Vidas Trocadas. escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 4
Armadilha


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas. Como irão notar,coloquei uma capa na fic(eu que fiz...Aiii que emoção!). Tá, não ficou lááááá essas coisas mas pelo menos agora ela tem um rosto né!Rostos,melhor dizendo... E por falar nisso, vamos a mais um cap.
Boa leitura,...Rewiews, pleasseee!!
Bjinhos flores
P.S: Aquelas que acompanham todas as minhas fics vou pedir um pouco de paciência com reação as outras três por dois motivos:
1- Prefiro atualizá-las no final de semana pois tenho mais tempo e sossego já que gosto de atualizar todas(durante a semana só dá pra fazer uma e olhe lá!)
2-Estou praticando o despego já que SMdA está no final(este final de semana será,extra oficialmente,o penúltimo capítulo ;( !)



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Hospital Geral de Central City

Thomas

—Por favor, Claire Snow está em que andar? -pergunto na recepção logo que chego ao hospital.

—Tommy! -escuto a voz de Eric e me viro indo até ele, agradecendo a atendente.

—Como ela está? O que aconteceu? Quando aconte...-Eric me interrompe, levantando a mão me pedindo para esperar.

—Estável, mas não fora de perigo.- começa a explicar enquanto caminhamos para o elevador.Entramos assim que as portas abrem - Ontem,  na consulta ,ela estava bem. Tanto que a deixei com mamãe e fui acompanhar Cassie - para um segundo para darmos espaço as  pessoas que entravam - Quando o pré dela terminou, as duas já nos esperavam na ante sala. Nos reunimos e fomos para casa. - nova parada, desta vez para sairmos. Eric respira fundo antes de recomeçar - Durante o jantar, ela reclamou de um desconforto, mas como pouco depois disse que havia passado, nos despreocupamos - nesse ponto, para a minha frente, me impedindo de seguir adiante e o encaro. Só então percebo o quão abatido está.

—Tommy,nós...eu -corrige-se - tentei te ligar várias vezes desde o momento em que ela começou a ter a crise até a chegada no hospital e sempre caia na caixa postal.

—Eric, não recebi nenhuma chamada sua antes de hoje de manhã,te asseguro- digo, pegando o celular, verificando as chamadas não atendidas - Veja você mesmo. - estendo o aparelho para ele, que recusa - Se tivesse recebido, teria vindo imediatamente!

—Eu sei Tommy,eu sei - assegura - A questão não é você ter atendido ou não. - respira fundo, pensativo, como se escolhesse as palavras que dizer a seguir - A questão toda é que mamãe e papai estavam, depois do jantar, conversando sobre você e o que tinha acontecido esta tarde..- nova parada- A senhora Mackenzie cancelou o resto do contrato. O que foi feito será pago, integralmente, mas o restante não será mais feito. -informa - Não por nós. - acrescenta.

Levo as mãos ao rosto, respirando fundo. O contrato feito pelos Mackenzie, todo ele, daria para pagar uma parte da cirurgia de Claire. Uma boa parte. O médico que acompanha o caso dela havia conseguido, com um amigo cirurgião, uma redução no valor e também um acordo para que pagássemos em duas vezes.

—Tem certeza? - questiono e ele confirma com um aceno- Droga! Droga!Droga! - soco a parede no momento em que meu padrasto e minha mãe surgem no corredor.

—Finalmente, lembrou que tem família e resolveu aparecer. -ironiza, caminhando em nossa direção. O ignoro, me dirigindo direto para minha mãe

—Mãe, eu não sabia de nada, juro, ou teria vindo imediatamente - digo, segurando suas mãos, olhando-a nos olhos - Por favor, acredite em mim -peço.

—Me ignorar não muda o fato de que, por sua causa eu e sua mãe, pela primeira vez em anos de casamento, discutimos. - diz - Por causa dessa discussão,Claire teve uma crise de ansiedade, que gerou o quadro em que ela se encontra agora.- continua sua lógica torta, apontando o dedo em minha direção - E finalmente, por sua causa perdemos a melhor chance de realizarmos a cirurgia de Claire. - enfatiza - Sua família tendo uma noite de cão ao lado de sua irmã, sem saber se ela sobreviveria ou não, enquanto você se divertia com seus amigos e aquela vagabunda! - cospe as palavras em cima de mim e tenho que me controlar para não soca-lo.

—Já disse que não sabia o que estava acontecendo.- repito - E deixe meus amigos e Helena fora disso.

—Por que Thomas? - escuto minha mãe perguntar -Por que ela tem que ficar de fora se justamente por causa dela você não estava perto de mim e de Claire quando mais precisamos de você? -emenda,os olhos cheios de lagrimas.

—Mãe, eu não...- nesse momento o médico de Claire se aproxima de nós.

—Então doutor, como ela está? Podemos ter esperanças? - Sebastian se adianta.

—O quadro geral dela melhorou- informa,mas antes que possamos respirar aliviados, completa- Mas infelizmente não podemos esperar mais para realizar o procedimento. Se Claire não for operada ainda hoje, não resistira mais do que vinte e quatro horas.- informa-nos - Eu sinto muito.

—NÃO! Minha filha,não!! - se desespera minha mãe e Sebastian a ampara - Por favor, não deixe ela morrer, por favor! - implora agarrada a ele, que tenta acalma-la - Nossa filhinha,Sebastian, não deixe ela morrer!.

Sebastian pede e o médico nos conduz a uma sala onde poderíamos sentar e decidir o que faríamos. Lá dentro, nos concentramos em primeiramente acalmar minha mãe. Uma enfermeira traz um calmante que, com muito custo, a fazemos tomar. Assim que ela relaxa, meu padrasto sai da sala dizendo que daria alguns telefonemas a fim de conseguir o restante que faltava, Eric atende a ligação de Cassie, mentindo sobre o que estava acontecendo, enquanto eu fico ao lado de minha mãe.

—Mãe, me desculpe. Eu não devia..- ela coloca a mão em meus lábios,me calando.

—Eu que tenho que lhe pedir desculpas. - diz - Estou nervosa com tudo. Você não tem culpa de nada meu amor.- acaricia meu rosto. Abraço-a, encostando minha cabeça na sua, sentindo o perfume em seus cabelos. Ela relaxa. Estamos assim quando meu padrasto retorna, o rosto tenso. Ele senta, fazendo um sinal negativo com a cabeça e logo em seguida seu telefone toca. Ele levanta-se novamente, saindo da sala, porém deixa a porta entreaberta, de forma que podemos ouvir parte de sua conversa.

—Não, não consegui nada...É, eu sei....Não, ele não tem....Se pelo menos os Mackenzie não tivessem cancelado o restante do contrato, eu pediria um adiantamento...sei lá - continua a falar, caminhando pelo corredor .

Fecho os olhos sentindo a respiração compassada de minha mãe, tomando uma decisão.

—Eric,  fique no meu lugar por favor- peço, me levantando.

—Onde vai? -pergunta quase ao mesmo tempo que ela.

—Conseguir o dinheiro. -afirmo - Diga ao médico que providencie tudo. Quando voltar, trago o dinheiro.

—Thomas o..- minha mãe começa a falar mas não a deixo prosseguir.

—Não se preocupe com nada,mãe.- peço - Só descanse - faço um sinal para Eric, que senta no lugar onde eu  estava. Na saída, cruzo com meu padrasto.

—Onde vai? - pergunta fechando a cara.

—Resolver tudo..

Alguns minutos depois, estou parado na porta da frente da casa dos Mackenzie.  A empregada da casa me atende.

—A senhora Mackenzie está? - pergunto e ela responde que sim -Poderia perguntar se ela me receberia? Diga que é o enteado do senhor Snow- falo e a mulher sai retornando pouco depois.

—Pode entrar, a senhora vai recebe-lo - abre a porta indicando com a mão para onde deveria seguir.

Sigo até o local que indicara, uma sala que fora transformada em academia, onde encontro-a fazendo exercícios com um vídeo. Sem parar, ela faz  sinal com a mão para que entre.

—Que faz aqui Thomas? Seu padrasto não avisou que não faremos o restante das reformas agora? - questiona, parando de se exercitar ,enxugando os braços, o rosto e o pescoço com uma toalha.

—Avisou. - começo - Eu...- procuro as palavras certas - Senhora Mackenzie, essa decisão tem alguma coisa haver com o que aconteceu ontem a tarde? Porque se tiver, lhe peço que reconsidere por favor. Minha família está passando por uma situação difícil e precisamos muito desse dinheiro.- explico, pegando uma toalha que me estende,virando-se de costas para mim em seguida, segurando os cabelos no topo da cabeça com ambas as mãos, expondo as costas nuas.

—Pode enxugar minhas costas, querido - faço o que me pede - Tenho que admitir que fiquei bastante chateada com o que aconteceu.- diz,virando-se para mim - Ou melhor, o que não aconteceu. Mas a decisão de parar as obras não foi só minha. Meu marido achou melhor parar por enquanto. Quem sabe, daqui uns meses...

—Não temos meses,senhora Mackenzie, minha irmã vai morrer se não for operada ainda hoje.- revelo

—Aquela mocinha que esteva aqui outro dia? - pergunta e confirmo - Céus, que triste! Se eu pudesse ajudar, mas ...- insinua e percebo seu jogo. Respiro fundo,controlando a raiva.

—Senhora Mackenzie, é a vida de minha irmã..

—Então deveria se decidir mais rápido não acha?- questiona, os olhos brilhando -Cartas na mesa Thomas. Você precisa do dinheiro e eu o tenho. Mas não sou nenhuma instituição de caridade. Posso lhe arranjar a quantia que precisar, toda, mas vou querer algo em troca. E antes que repita o que me disse ontem,não estou comprando você. Estou pagando por um serviço que você  fara. Simples assim.- apoia-se nas costas do sofá - Que me diz?

A encaro por um tempo.

—Eu aceito.- respondo, seco.

—Excelente. - comemora - Venha comigo- pede,passando por mim em direção a escadaria. Sigo-a em silencio. No final do corredor, entramos em um quarto, que supos a principio ser o de hospedes, mas vendo as fotos e outras coisas pessoais, percebo ser o quarto do casal.

—Este é o ...-começo a pergunta mas ela me interrompe,saindo do closet onde entrara trazendo um envelope nas mãos.

—Nosso quarto. Ultimamente mais meu do que dele- diz, entregando o envelope para mim- Tem cinquenta mil ai. Acredito ser mais do que necessário para a cirurgia de sua irmã. Quer conferir? - pergunta, sentando-se na cama

—Não. Confio na senhora.- afirmo.

—Pare de me chamar de senhora, por favor. Não sou tão velha assim- reclama, ficando de pé, chegando mais perto, espalmando as mãos em meu peito, percebendo minha tensão - Relaxe Thomas. Pense que só estamos terminando o que começamos ontem- encosta a boca em meu pescoço,mordendo a pele - Viu, seu corpo já está começando a reagir.- quando começa a abrir os botões de minha camisa, seguro suas mãos.

—Como sabe se não pretendo matá-la agora que já tenho o dinheiro?- questiono e seus olhos brilham.

—Porque você não é esse tipo de pessoa Thomas- diz, me beijando em seguida, as mãos sob a camisa- O único perigo que corro, é ficar viciada....Em você! 

 

continua


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Notas finais do capítulo

Pois é, não vai dar pra terminar agora.
Até o próximo cap. flores.
Bjinhos



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