Vidas Trocadas. escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 28
Acontecimentos....part II


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas. Voltando para mais um capítulo. Malcom está cada vez mais perto da verdade. Mas tanto ele quanto Tommy e Eddie precisam ficar atentos...Muita coisa ainda pode mudar.
Boa leitura...Rewiews,please..
Bjinhos flores.



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"....Era fácil, nem dá pra esquecer,aí;

E eu nem sabia,como era feliz de ter você;

Como podê, queimar nosso filme?;

Um longe do outro,morrendo de tédio e de ciúme..."

Acontecimentos

 

Apartamento de Eddie   

Manhã de sexta

Thea

Acordo com a claridade em meu rosto e me viro, procurando Eddie na cama.

—Eddie!?!- chamo, abrindo os olhos, erguendo a cabeça do travesseiro -Eddie?- repito.

—Aqui - responde, sentando na borda da cama, calçando o tênis.

—Onde vai? Que horas são?- pergunto.

—É cedo ainda. Vou correr.- avisa - A porta vai ficar trancada. Gravei meu número no seu celular- coloca-o perto de mim- Qualquer coisa estranha, me ligue e se tranque aqui ou em outro lugar certo?- aceno que sim, vendo-o sorri- Volto já- garante, beijando minhas costas, causando um arrepio gostoso, me fazendo agarrar o travesseiro.

Escuto a porta ser fechada ao mesmo tempo em que Duquesa pula na cama, se aconchegando a meu lado, lambendo-se em seu banho matinal.

—Bom dia gatinha- saúdo-a, fazendo um carinho em sua cabeça- Seu dono tem uma energia de dar inveja sabia?- comento, me espreguiçando, olhando ao redor.

No meio da madrugada fui acordada pelos beijos dele, que havia se virado, deitando-se de lado,aconchegando meu corpo ao seu. Acabamos transando mais uma vez..." E ainda assim, acorda cedo....- pego o celular, vendo a hora: 9:00- É, nem tão cedo! Mas bem que podia ter dormido um pouquinho mais!!",reflito, voltando a espreguiçar-me, suspirando...

—Pois é gatinha, acordei!- exclamo,conversando com Duquesa, que esfrega sua cabeça em meu braço - Desse jeito vou ficar mal acostumada. Vocês dois vão me fazer falta quando voltar pra casa - admito, fazendo cafuné nela - Vamos, Thea, espanta a preguiça e levanta- motivo a mim mesma, procurando alguma coisa pra vestir, fazendo uma careta ao lembrar que só tinha duas mudas de roupa e já tinha usado as duas..."Sem contar que minhas lingeries também estão sujas.!", lembro,mordendo o lábio.

Me enrolo na coberta, prendendo a ponta para evitar que caísse e vou até o guarda roupa dele, abrindo-o,vasculhando suas roupas em busca de algo que pudesse usar.

Acabo escolhendo uma camiseta da época da academia de policia, pelo que pude perceber tanto pela cor como por ter o sobrenome dele e um número inscritos nela.   Abro as gavetas, pesando em usar uma de suas cuecas para completar. Escolho uma que, acho, poderá me servir e vou para o banheiro.

Tomo um banho demorado, aproveitando para lavar meus dois conjuntos de lingerie, além da mini saia e da blusa que usara noite passada.

Me enxugo e visto as roupas que havia pego , saindo do banheiro para o quarto, onde pego uma cadeira e coloco em um canto na varanda, fazendo-a de varal para secar minhas coisas, voltando para dentro a seguir. Coloco um fone de ouvido ligado ao celular e começo a arrumar tudo,ouvindo e cantarolando...

Eu tenho febre, eu sei...Humm,é um fogo leve que eu peguei...do mar ou de amar,não sei mas deve ser da idade..-— estico os lençóis,forrando a cama, agradecendo mentalmente pelos vários acampamentos que fui nas férias da escola, jogando as camisinhas no lixo, recolhendo e dobrando as roupas de Eddie que estavam espalhadas pelo chão..--Acho que o mundo faz charme, e que ele sabe como encantar...por isso sou levada e vou nessa magia de verdade...

Vou para a cozinha quando a barriga reclama,pedindo alguma coisa para comer--o fato é que eu sou sua amiga ...ele,me intriga demais!-- abro os armários e a geladeira, encontrando pão, cereais, leite, sucos, além de bacon , ovos, frutas e iogurte natural.

—O que será que ele come quando volta da corrida?- me questiono, mordendo uma unha, olhando Duquesa, que me seguira a procura de comida- Diz ai gatinha, o que posso fazer pra ele hein?-coloco ração e água para ela, que agradece se esfregando em minhas pernas--Um pouco de bacon com ovos sempre é bem vindo!- pego-os na geladeira, levando até a bancada onde fica a pia e o fogão, que acendo, rindo comigo mesma ao pegar a frigideira com a qual acertara o homem que o ameaçava- Agora dá pra rir, mas na hora...- balanço a cabeça a fim de espantar  essas lembranças, passando manteiga em várias fatias de pão, pondo-as na torradeira, deixando o celular de lado.

Começo a fritar o bacon junto com os ovos quando escuto o barulho da fechadura,me viro,  ficando tensa, relaxando a seguir ao vê-lo entrar, a roupa úmida de suor, parando ao me ver por detrás do balcão.

—Você cozinha? Sério?-questiona, aproximando-se.

—O quê? Não me diga que é daqueles que acredita que, hoje em dia, ainda exista mulheres que não sabem cozinhar?- revido, me arrepiando ao sentir seu toque em meu corpo.

—Mulheres,no geral não. Só as pirralhas dondocas!- me provoca, envolvendo minha cintura, puxando-me para si em um beijo casto ( se comparado a outros tantos que trocamos!), as mãos passeando por meu corpo. Estico os braços, envolvendo seu pescoço, retribuindo o carinho, escutando sua expressão de surpresa, interrompendo o beijo, no momento em que me toca entre as pernas.

—Está sem...Não está usando nada além dessa camiseta?- questiona e lhe dirijo um sorriso travesso, confirmando o que já sabia.

—Estavam sujas e as lavei -justifico -Tentei usar umas das suas cuecas, mas, além de ficar ridiculamente folgada, o tecido pinicou minha pele!- reclamo, fazendo-o gargalhar.

—Pirralha, você não existe!- exclama, me apertando contra seu corpo.

—Existo sim- beijo a ponta de seu nariz- Pra sua sorte...

—Pro meu prazer, eu diria- fala, malicioso, lhe dou um tapa no ombro e, quando me aproximo para beijá-lo, somos interrompidos pela campainha.

Eddie me larga, com um suspiro contrariado, indo atender, abrindo a boca, surpreso, ao abrir a porta.

—Eddie!- escuto a voz melosa de Michele e fico alerta- Poderia usar seu chuveiro? O meu quebrou- fala, entrando sem esperar resposta, enrolada em uma toalha miníma.

" Oi?? Como é produção? Estou vendo direito?"

Cerro os punhos controlando a vontade de voar no pescoço daquela....

—Não queria te incomodar- começa, colocando a mão sobre o peito dele, e tenho que me segurar pra não jogar a frigideira, com tudo que estava em seu interior, na cara dela--Mas vou me atrasar para o trabalho- completa, fazendo biquinho..."Não me diga!! Desde quando puta bate ponto??",respiro fundo, chamando atenção de Eddie, que se afasta dela instintivamente..." Isso, mesmo,meu bem....Sai senão vai sobrar pra você!", penso, tamborilando os dedos sobre o balcão.

—Hã..., lógico.Fique a vontade- responde, apertando a parte de trás do pescoço com a mão.

—Pode deixar, sei o caminho.- diz- Oh, olá,bom dia. Não tinha lhe visto ai- provoca-me, passando direto para o quarto.

Faço menção de segui-la,mas Eddie me segura pela cintura, tirando a colher de pau que tinha nas mãos.

—Thea, comporte-se- ralha e o fuzilo com o olhar.

—Eu?? Tem certeza que sou eu que tenho que me comportar!?- bravejo, tentando me libertar, sem sucesso.

—Não seja boba- diz, voltando-me para ele--Daqui a pouco ela sai. Relaxe.- pede, beijando meu pescoço.

—É bom mesmo, ou arranco aquele aplique horroroso que está usando!- ameaço, fazendo-o rir.

—Que gatinha brava!- brinca,me beijando.

Retribuo o beijo, ficando na ponta dos pés a fim de aumentar a pressão, as mãos em sua nuca, trazendo-o mais perto, minha língua invadindo sua boca.

Estamos assim quando ela retorna a sala, parando uma frase  que dizia no meio ao nos ver, murmurando um pedido de desculpas, saindo a seguir , não sem antes Duquesa lhe "saudar" com um miado ameaçador, arranhando a mão que estendera tentando acariciá-la.

—Tenho duas gatas bravas em casa,é isso?- brinca, fazendo carinho na gatinha.

—Pois é meu bem, comporte-se ou apanha viu?- ameaço, provocando uma nova e deliciosa gargalhada--O bacon e as torradas!!- exclamo, me desvencilhando dele, indo até o balcão a tempo de salvar nosso café da manhã-- Foi por pouco- suspiro, sentindo seus braços me envolverem, seguido de um beijo em minha nuca- Eddie... o café... vai esfriar..- gaguejo, meu corpo grudado ao dele, sua ereção sob a calça me pressionando.

—Sem problema- escuto sua voz rouca em meu ouvido pouco antes de ser virada, ficando de frente para ele- No momento,minha fome é outra!- sussura, levando as mãos até minha bunda, me suspendendo e enrosco as pernas em sua cintura, deixando-me ser levada para o quarto.

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Michele Taylor

Entro no apartamento batendo a porta com força, irritada, indo direto para a pia lavar o aranhão daquele bicho nojento.

—Gata maldita! Qualquer dia arranco a pele dela fora e faço um tapete pro meu banheiro- resmungo.

—Quanta maldade-!!-escuto uma voz grave atrás de mim, me assustando.

—Que droga Dark,quer me matar?- reclamo- O que faz aqui? Como entrou?- pergunto e ele ergue a sobrancelha- Deixa pra lá.

—Savage que saber como andam as coisas por aqui- informa, me acompanhando até o quarto.

—Não andam- respondo, tirando a toalha, pondo um vestido que havia deixado sobre a cama--Ele não está sozinho. Tem uma garota enfiada lá.

—Thea Queen- diz e o olho interrogativa - Ao contrário de você,minha querida- segura meu queixo me forçando a encará-lo- Eu faço meu trabalho direito. Agora, é bom que, depois que ela parti, consiga se aproximar dele, ou as coisas vão ficar complicadas pra você e sua irmã. Seria uma vergonha as duas serem passasdas para trás por uma ninfeta!!

—Vai ver é disso que ele gosta- bufo, me afastando, esfregando o rosto no lugar em que apertará, vendo-o sorrir.

—Ou talvez tenha se apaixonado - pondera,uma expressão indecifrável no rosto- De qualquer maneira,mais dia menos dia ela deve ir embora. Lhe aconselho,na minha ausência, a conseguir o que lhe foi pedido. Ele quer saber exatamente o que o garoto descobriu junto com aqueles amigos enxeridos dele.

—Pode deixar. Basta a moleca ir embora e dou um jeito de assumir o controle da situação- asseguro- Vai viajar? Pra onde?- quero saber.

—Conhecer nossa vizinha, aprazível e calorosa Star City.- revela- Savage que saber o que Thawne foi fazer por lá, além de se enrolar com a caçula dos Queen.

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Malcom Merlyn

Paro o carro na frente da casa número 45, no subúrbio da cidade, descendo a seguir.

Depois da conversa com Eddie Thawne, pensei em mudar minha estratégia,mas acabei desistindo, afinal, bem ou mau, mesmo desconfiado, o rapaz aceitara fazer o exame.

Me aproximo do portão, batendo palmas, visto que a casa não tem campainha. Pelo menos não que eu tenha visto.

Passam-se alguns minutos até que uma mulher surge, abrindo uma porta, permanecendo por detrás da outra feita de tela.

—Pois não?- pergunta.

—Bom dia - olho o relógio, verificando a hora : 11:30 - Bom dia- ratifico- Estou procurando a senhora Louise Grey- digo.

—É senhorita- corrige-me - Sou eu, pode dizer- pede,permanecendo no mesmo lugar.

—Meu nome é Malcom..-demoro um pouco para lembrar qual sobrenone havia dito a Thawne - Travis. Estou tentando falar com uma parente sua, Katherine Grey -informo, sem obter nenhuma reação por parte dela - Trabalho para o hospital de Central City. Estamos investigando, ou melhor, reavaliando, antigas queixas contra a administração anterior- ao mencionar o assunto, a mulher finalmente se move, abrindo a porta, vindo até mim.

—Por favor, não me diga que ela estava certa este tempo todo? - pede,parando a minha frente. Seus traços me fazem lembrar imediatamente de Caitlin _É isso não é? Katie estava certa,afinal. O bebê foi trocado de fato não foi?- bombardeia,me deixando zonzo.

—Desculpe, acho que não entendi. Poderia repetir?- peço.

—Minha irmã passou muito tempo afirmando que haviam trocado seu bebê. - repete - Nós não lhe demos crédito, na época, porque havia passado por um grande choque. O noivo fora morto em combate. Além dos problemas durante o parto,que quase a mataram, causando uma grave depressão - comunica - É sobre isso não é? Sobre a queixa que ela fez...-a interrompo, ficando cada vez mais desnorteado.

—Eu poderia entrar?- pergunto - Acho que o sol não me fez bem- justifico, e concluo que devo estar realmente com cara de doente visto que abre o portão rapidamente, indicando a varanda da casa, onde me sento, fechando os olhos, buscando ar.

—Aqui, tome um pouco de água- oferece e agradeço - O sol demora a aparecer por aqui,mas quando vem, capricha - diz, tentando me descontrair.

—Obrigado -  entrego-lhe o copo -Poderia repetir o que me disse agora a pouco?- peço e ela começa, lentamente, a me contar os fatos que sucederam na noite em que a irmã dera a luz. Ao final, vai até o interior da casa, voltando pouco depois com uma fotografia, que me entrega.

—Foi tirada no dia que chegou em casa, com o bebê -diz - Uma das poucas vezes que o segurou durante os primeiros meses.

Olho a foto e meu coração dá um salto. Não fosse o corte de cabelo,o bebê que segurava e a ausência total de qualquer tipo de emoção, diria que Cait, minha Cait, era a mulher na foto...

 

"... .O que é que há com nós...O que é que há com nós dois amor?

Me responda depois;

Me diz por onde você me prende;

Por onde foge, e o que pretende de mim..."

 

 


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Notas finais do capítulo

Altas doses de adrenalina. Daqui por diante, as coisas vão se complicar...Especialmente pra Tommy.
Bjinhos flores.



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