Lover Conflict - Interativa escrita por Luna Kiara


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Hey! Galera!
Eu sei que vocês querem me matar, ainda mais por que eu não cumpri com o prometido não é mesmo?
hehehehe~
mas eu tive bons motivos... tipo fui bem mal na minha prova e minha bisa de 98 anos faleceu ;-----;
Por isso me perdoem só dessa vez... plizzzz!

Agora sem mais demoras... o capítulo!



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CAPÍTULO III –

Yousei suspirou ao fechar a ultima caixa. O dia havia sido cansativo, desde o momento em que Asuka havia trago a carta do pai e a lerá para todas. A carta além de trazer a inesperada noticia do casamento de Eiiji trazia também uma nova mudança.

Mais uma... — pensou a loira olhando o dia virar noite pala janela.

Yousei não era contra o casamento, muito pelo contrario era totalmente a favor, apoiava o pai, mas gostaria que pelo menos ele houvesse vindo pessoalmente dar a noticia.

Bem... – pensou, aquelas eram as manias irreparáveis de um homem solitário, que viveu e vivia a maior parte de sua vida no trabalho.

Eiiji podia ser um homem ocupado pelo trabalho, mas uma coisa que não poderiam negar sobre o senhor Tsubaki, é que ele era um homem bom, apaixonado pelas filhas.

Yousei riu de seus próprios pensamentos, ao se lembrar do que achava de Eiiji quando ele a adotara. Lembra-se claramente de pensar que o homem que a tomou como filha era “um homem, estranho que colecionava garotas para fazer o que bem quiser”, mas com o passar do tempo, percebeu que não era bem assim, começou a gostar dele e das irmãs. Mas bem sabia a loira que havia muitas pessoas que pensavam dessa forma, já que tempos em tempos algum assistente social vinha fazer uma visita.

Já sentindo suas pernas ficarem dormentes, Yousei se levantou observando seu quarto, a maior parte de seus pertences já estavam guardados em caixas  – os tecidos que usava para fabricar suas roupas, os livros, roupas, sapatos... – empilhadas próximas a janela, só esperando para serem carregadas para o andar de baixo, e mais uma vez Yousei suspirou, agora deveria ver se suas irmãs já haviam terminado de organizar as próprias coisas.

Mal tinha dado um passo para a porta do quarto, quando o barulho de algo se espatifando no chão ecoou pela casa.

Sim, ela realmente deveria ir verificar...

[...]

— O que as duas estão fazendo? – Yousei pergunta descendo as escadas e encontrando Aria e Madoka sentadas em volta da mesa de centro da sala.

— Jogando xadrez – Madoka responde sem tirar os olhos do tabuleiro.

— Yukino e Maiko também estão aqui – Aria apontou para dois corpos que ressoavam tranquilos no tapete felpudo, a visão das duas dormindo fez Yousei sorrir terna.

— Ao invés de estarem jogando, não deviam estar empacotando suas coisas – pergunta a mais velha.

— Bem eu acho que deveríamos, sim – Aria moveu a torre – e vamos quando o jogo acabar

— E quem esta ganhando? – Yousei pergunta analisando o tabuleiro

— Estamos empatadas – Madoka moveu o bispo – Já jogamos quatro vezes, está dois a dois.

— Certo, - suspira Yousei – quando terminarem por favor comessem a arrumar suas malas – disse analisando as duas mais novas, enquanto Madoka parecia concentrada no jogo, Aria parecia inquieta, mastigava a bochecha, sinal que Yousei reconheceu como preocupação – O que há Aria?

— Nada... – murmurou a menor -...

— Ela está preocupada com a mudança – Madoka entregou. Aria abriu a boca para reclamar, mas Madoka cortou dizendo: - Está escrito em sua cara.

— Tudo bem – Aria jogou as mão para o alto – digamos que eu esteja preocupada com essa mudança, não é sem motivo.

— Que motivos? – Yousei se senta ao lado de Madoka – Se mover o bispo para a E-5 você pode dar cheque.

— Não de dicas! – Aria grita indignada – poxa, assim não vale! Mado não dê ouvidos a ela! – Aria moveu a rainha para o canto do tabuleiro – E não tenho nenhuma preocupação a não ser que vamos morar com garotos desconhecidos.

— E qual o problema nisso? – Yousei.

— E se forem um bando de pervertidos? – Yousei quase riu da mais nova, aquilo não era realmente um argumento

— Isso não é um argumento, Aria.

— Pensei que estivesse dormindo, Yukino – Yousei mirou a irmã deitada no tapete

— Uaahh! – A albina bocejou erguendo o corpo – Até que foi um bom cochilo – disse analisando o tabuleiro – Madoka...

— Não dê dicas! – Aria bufou irritada – Qual é!? – Yukino riu dela – vocês fazem isso de proposito não é?

— É divertido irritar você – A albina riu

— Irrite Madoka no meu lugar.

— Não – Yukino e Madoka disseram juntas – Ela é uma bomba relógio – completou Yukino

— Hey!

— Sorry, mana – Yuki riu encolhendo os ombros – mas é verdade – Madoka rolou os olhos inflando as bochechas – Mas voltando à questão... Já pensou se um desses garotos tiver alergia a gato? Teríamos que abandonar o Green!

— Quem vai abandonar que? – Miranda descia as escadas com Green nos braços. O pequeno gato preto ronronava com as caricias da garota.

— Por enquanto ninguém – Yousei tranquilizou – Agora escute meninas – disse olhando para as três mais novas – essa mudança não é permanente, podemos voltar para cá se alguma se alguma coisa der errado – a loira sorriu tranquila – e o pai só quer ver a nossa família unida.

— Hey pessoal – Asuka entrou na sala com uma tigela de massa de bolo – Papai chegou – Anunciou sorrindo de orelha a orelha.

— Chegou? – Maiko que até então estava adormecida se ergueu do tapete em um salto – Papai chegou?

— Sim, - Asuka confirmou – seu carro acabou de estacionar ali na frente – disse ao mesmo tempo em que a porta de entrada se abria revelando um homem de meia idade de aparência e sorriso jovial.

— PAI! – Maiko correu até o homem  que a pegou nos braços e a girou no ar.

— Você andou crescendo Maiko? – Pergunta Eiiji sorrindo radiante para a filha mais nova em seus braços.

A chegada de Eiiji tornou a casa barulhenta, todas falavam ao mesmo tempo, dividindo com o pai os acontecimentos do dia-a-dia em que ele esteve fora, abraçando-o e perguntando como foi a viajem. E Eiiji como um bom pai ouvia a todas, sorrindo e beijando-lhes a testa carinhosamente.

— Vocês estão fazendo muito barulho, sabiam disso?

— Holly! – Hanabi sorriu para a morena parada no alto da escada – Olha só que chegou.

— Bem vindo de volta á casa – disse Holly sorrindo minimamente para o pai que lhe retribui o sorriso – Agora que chegou pode nós contar que historia é essa de casamento?

— Holly!

— O que foi? Todas nós queremos saber, mesmo?

— Mas também não precisa ir direto na lata – Mitsuki reclamou franzindo as sobrancelhas – papai mal chegou...

— Está tudo bem Mitsuki – Eiiji pousou a mão nos cabelos da filha – Eu queria mesmo falar disso, vamos todos nos sentar – depois que todos estavam sentados, Eiiji tomou folego para falar – Onde está Aoi?

— Você a conhece, está perambulando – Yukino respondeu dando de ombros. Eiiji riu para si mesmo conformado com a estranha mania da filha.

— Ela decidiu sair mais cedo hoje – Ayame completou – Já que teremos muitas coisas para organizar

— Já começaram a mudança? – Eiiji olhava surpreso para as meninas – Pensei que iriam me esperar e ouvir o que tenho a dizer, primeiro.

— Se você está feliz – Haruka segurou a mãe do pai – Nós estaremos felizes também.

— É... – Aria fez joinha e piscou marota – Só não nós responsabilizamos por possíveis traumas...

— Traumas? Que traumas? – A expressão confusa do pai as fez rir.

— Não somos a família mais convencional do mundo, sabe? – Holly disse imitando o joinha de Aria com um sorriso contido

— Somos deveras peculiares – Miranda completou, piscando e exibindo um sorriso malicioso.

— de-de-veras? – Maiko olhava confusa para a mais irmã mais velha, tentando repetir a palavra enquanto fazia uma careta engraçada.

— Obrigado meninas – Eiiji agradeceu emocionado, acariciando os sedosos cabelos da filha mais nova – Eu amo vocês sabiam disso?

— Sim – responderam todas juntas, sorrindo para o homem a quem chamavam de pai.

Enquanto as filhas riam de sua estranha sincronia, Eiiji refletia no que aquela mudança implicava.

Quando escreveu a carta, informando de seu compromisso com Miwa e a mudança que teriam que fazer, Eiiji tinha só a intenção de aproximar as duas famílias, para que tivessem uma boa convivência, nada, além disso. No entanto sua adorável futura esposa tinha outros planos.  Aproximar seus trezes filhos de suas treze filhas, para que formassem uma família – mão no sentido fraternal da palavra.

Eiiji pousou seu olhar sobre Maiko, sua fofa caçula dorminhoca e sentiu-se um pouco frustrado ao imagina-la daqui alguns anos no altar com Wataru ao seu lado, se o plano de Miwa funcionasse.

Ah!

As flores que cultivará com tanto amor e carinho em seu jardim, logo não lhe pertenceriam mais.

— Hey! Otou-san! Esta nós ouvindo?

— hã?! Sim o que foi Asuka? – pergunta despertando dos recentes devaneios

— Não ia nos contar como conheceu Asahina Miwa?

[...]

A bela garota caminhava distraída pelas ruas, observava o céu escurecer já antecipando a chegada das estrelas. Seus longos cabelos negros como a noite, ondulavam com a brisa que o entardecer trazia, seus cristalinos olhos azuis pareciam alheios a tudo a sua volta, buscava somente o brilho das estrelas.
Essa era Aoi. Uma das treze filhas de Tsubaki Eiiji.

Aoi tinha uma mania que geralmente assustava as outras pessoas, chamada drapetomania. Muitas vezes Aoi saia por ai sem destino algum, principalmente durante a noite. E é claro que suas irmãs e pai se preocupavam, mas já haviam se acostumado.

No entanto hoje, aconteceu algo bem fora do comum. Sem perceber Aoi entrou em uma área movimentada pelo fim de tarde, vários estudantes e pessoas que iam e viam do trabalho passavam por ali e logo ali na frente de um karaokê Aoi esbarrou em alguém.

— Ouch! Olhe por ande anda garota! – O garoto resmungou irritado.

— Desculpe? – Aoi ergueu uma fina sobrancelha incrédula – você também deveria olhar por onde anda.

— Hã?! O que disse? – O garoto olhou para Aoi de cima a baixo com visível desdém – Você sabe com que acabou de esbarrar?

— Deveria?

— Hey, Fuuto! Pare de azucrinar a garota e vamos logo!

— Já estou indo – disse ele de cara amarrada – Hunf! Olhe por onde anda, nem todos serão tão gentis como eu – disse isso Fuuto deu as costas e saiu sumindo no meio das pessoas.

— O MESMO EU POSSO DIZER PARA VOCÊ, BABACA! – Gritou Aoi irritada, erguendo o punho para o ar – Hunf!

[...]

Fuuto abriu a porta de casa, bufando irritado. Seu dia teria sido perfeito se não fosse aquela garota estranha.

— Cheguei – anunciou tirando os sapatos e entrando na sala – O que está acontecendo? – pergunta ao ver todos os irmãos e a mãe ali na sala.

— Estamos organizando as festa de boas vindas – Masaomi responde erguendo o olhar para o mais novo – Como foi o dia?

— Que festa de boas vindas? – Fuuto ignorou o irmão se dirigindo a mãe.

— A de suas novas irmãs, Fuuto querido – Miwa sorriu para o filho.

— Que irmãs? – O garoto se aproximou da mãe parecendo confuso.

— As filhas do Eiiji – responde a matriarca – não te contei sobre elas?

— Acho que não...

— Acho que contei sim, querido – Miwa franziu as delicadas sobrancelhas – contei quando lhes disse que me casaria.

— Elas vão morar aqui?

— Onde mais morariam? – Wataru interrompeu inocente.

— Na casa delas? – Fuuto apontou como se fosse obvio. Internamente Yusuke concordou com ele, não que ele fosse admitir isso em voz alta.

— Eiiji e eu queremos unir nossas famílias, filho, por isso elas viram para cá na semana que vem, - disse – e eu quero todos vocês aqui para dar as boas vindas – Miwa olhava para Natsume e Hikaru – Entendido?

 

 


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Notas finais do capítulo

"Eu gosto mesmo é quando tudo acontece por acaso,
Sem data, sem horário, apenas coincidências, ou então destino." - Jô Soares.