A garota que disse não escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
A aposta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, eu não sei se alguém vai ser o ao menos se dar ao trabalho de comentar uma fic Fugaku e Mikoto, mas se tem alguém aqui seja bem vindo. Caso você acompanhe meus outros trabalhos, espero que saiba que essa é uma história menos dramática que a que eu contei para eles na outra fic, um pouco de comédia romantica em nossas vidas. Kisskiss



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Uchiha Mirai e Fugaku caminhavam pelas ruas do distrito com o caminhar altivo daqueles que conheciam suas habilidades. Eram os dois melhores de sua geração, nenhum outro Uchiha chegava perto de suas habilidades em campo de batalha. A mulher tinha cabelos longos jogados para o lado e andava sempre impecavelmente arrumada com as melhores roupas disponíveis. Onde quer que fosse era vista, admirada e invejada. O homem por sua vez se vestia de modo simples, mas ainda sim com traços bem distintos que chamavam atenção.

— Então, vai me contar ou não quem tanto procura pelas ruas do distrito? – levantou uma sobrancelha e viu a careta dele.

— Não estou procurando ninguém.

— Oh, não canse minha beleza, Fugaku! – bufou girando o cabo da sombrinha entre os dedos – Eu conheço você e desde o festival que está procurando alguém. Eu conheço todo mundo.

— Não é ninguém, Mirai, não seja irritante.

— Ah é alguém sim... será que alguma jovem sortuda entrou no seu coração enquanto eu estava no meu encontro?

Rolou os olhos e o puxou para entrarem na casa de chá. Eles haviam crescido juntos e compartilhavam uma amizade de longa data na vida civil e ninja, às vezes uma amizade com muitas cores, mas isso não era da conta de mais ninguém. E apesar de muito reservado o Uchiha se deixava levar pelos caprichos de Mirai simplesmente porque dava menos trabalho. Sentaram em uma mesa reservada e ela o fitou do outro lado da mesa.

Sabia que não adiantava tentar evitar, ela ia infernizá-lo o resto da vida se não contasse.

— Não é nada demais, eu só conheci uma moça e... – sorriu de lado para ela que gargalhou.

— Infernos! Você presta tão pouco... Não disse que foi para cedo aquela noite?

— Eu nunca disse que fui sozinho. – bebericou o chá – De manhã ela saiu muito cedo e tinha me dito que é Uchiha, mas nunca mais a vi por aqui, então deve ter mentido.

— Uhuuu... Uma garota que o deixou sozinho e não te procurou mais. Está perdendo o jeito, querido. - Riu da careta dele passando a mão pelo cabelo. – Essa moça por acaso tem nome? Ou não se deu o trabalho de perguntar?

— Mikoto. – respondeu rápido, tinha gravado o nome dela de primeira.

Mirai arregalou os olhos e quase não respirou.

— Uchiha Mikoto? Rosto redondo, cabelo preso e Yukata azul escuro?

— Essa mesma.

— Oh kami, o mundo está perdido mesmo, você transou com a Mikoto? Não pode ser, não... Miki não é muito adepta de sexo casual com estranhos.

— A conhece então?

— Claro que sim, meus pais são muito amigos da família dela. Eu a conheço da vida toda, e ela não é desse tipo. Não é o seu tipo de garota.

Moveu as sobrancelhas.

— Meu tipo?

— Sim. Bimbos. Bonitas, burras e sem nenhum senso.

— Sabe que é meio contraditório você dizer isso, certo?

— Não seja idiota, eu não sou sua garota, Fugaku. – rolou os olhos – Tem certeza que era Mikoto? Você é péssimo com nomes.

— Sim. – afirmou firmemente.

— O inferno deve estar congelando... Oh kami... Os pais dela são os donos da loja de artigos ninja do distrito e você não a viu por aqui porque ela não mora no distrito. Miki vive no centro da vila, num apartamentinho até charmoso.

— Como? Mas ela não é Uchiha? Foi deserdada por acaso?

— Deserdada? – gargalhou – Não tem filha mais amada nesse clã, ela vive na cidade porque é meio desligada de muitas das nossas tradições. É jounnin, mas prefere dar aulas na academia e tem três pirralhos insuportáveis de time. Todo mundo que perguntar nesse distrito é apaixonado pela Mikoto-chan. Inclusive sua mãe.

— Minha mãe?

— Ela é a queridinha das aulas de Ikebana da Ume-sama... Tudo o que sua mãe não gosta de mim, ama a Miki.

— Minha mãe te acha abusada e petulante.

— E tem toda razão... – sorriu e piscou um olho nele – Se quer ver a Miki assim sem pretensão dê umas voltas perto da academia pré-gennin. Mas você não faz o tipo dela...

— Acho que ela discorda.

— E claramente foi por isso que ela cascou fora de manhã cedinho e nunca mais apareceu para você?

— Ela tinha algo para fazer...

— Pobre, Fugaku, essa foi seu primeiro toco? – riu da careta dele –

— Não seja tola, Mirai, a garota só resolveu usar um pouco o cérebro e não pular na minha frente em cada esquina.

— Isso é uma aposta?

— Seja mais específica.

— Eu aposto que a Mikoto não tem interesse.

— Ela foi para casa comigo bem feliz.

— Com a sua fama? Até eu iria, se já não soubesse, só para verificar a veracidade dos boatos. Apesar de eu não entender a Miki fazendo isso, e aquela petulante mentiu para mim sobre a noite do festival.  Enfim, apostado ou não?

— Se eu ganhar fico com a sua parte do pagamento da próxima missão.

— Feito. – esticou as mãos com as unhas pintadas de um vermelho vivo.

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A dupla estava caminhando ao redor da academia bem na hora da saída como quem não queria nada. Iam encontrar a jovem Mikoto para tirar a limpo a aposta deles. Havia uma infinidade de crianças barulhentas e irritantes correndo para suas casas até que os senseis começaram a sair também.

Mikoto saiu conversando com uma professora usava os cabelos presos para cima num rabo negro e brilhante. Sua blusa transpassada e shorts eram muito mais discretos que Mirai, mas ainda sim facilmente se notava sua beleza. As duas eram belezas em extremos. Em Mirai estava a opulência do dos Uchihas em toda sua glória, enquanto em Mikoto havia uma beleza mais simples e ambas eram fascinantes.

— Mikoto!! – a mulher chamou e acenou.

— Mirai! – sorriu sem reconhecer de cara o acompanhante, a amiga sempre tinha uma boa companhia ao seu redor –

— Oh... Quanto tempo, Miki!! – a abraçou e depois apontou o homem – Mikoto esse é Fugaku, mas eu acho que já se conhecem...

Os olhos negros e gentis subiram no shinobi seguidos de um sorriso amável.

— Oh sim, Fugaku-san é filho mais velho de Ume-sama. É um prazer. – fez uma reverencia leve.

— Claro, claro... mas vocês se conhecem de outros lugares também...

— Todo distrito conhece vocês dois, Mirai, certamente Fugaku-san já comprou na loja dos meus pais e eu o atendi.

Mirai olhou bem a expressão da amiga e não havia nenhum titubear, kami... Mikoto realmente era mais esperta do que poderia pensar.Antes de falarem qualquer coisa um trio de garotos de não mais de oito anos, ou era o que Mirai achava, ela não entendia de crianças, apareceu.

— Mikoto-senseeei!!!

— Mikoto-senseeeeei!!

— Mikoto senseeeeei, nossa mais linda professora! É para você!

Os meninos estenderam um buquê de flores cosmos a ela que sorriu.

— Oh que gentil, meninos! – se abaixou e beijou a testa deles – Não se esqueçam da prova amanhã! – eles saíram correndo e discutindo a fazendo rir – Tão adoráveis, não?

— Er... Não. Pirralhos escandalosos... você devia estrangular todos...

— Mirai, não seja cruel, são apenas crianças gentis.

— Você tem problemas... Enfim, não quer comer comigo hoje?

— Oh, hoje não, Mirai-chan. Kushina vai cozinhar e vamos ter uma noite de garotas.

— Kushina, Kushina... – resmungou – Aquela ruiva escandalosa... Vai mesmo me trocar por ela?

— Kushina-chan me chamou primeiro, não seja assim...  – sorriu e pegou uma das flores colocando no cabelo da amiga –

— Que seja, eu sei que me ama mais que aquela ruiva chata!

— Eu tenho que ir agora. Foi um prazer conhecê-lo, Fugaku-san, com licença.

 A mulher virou andando tranquilamente com o buquê entre as mãos nas costas cumprimentando as pessoas. Mirai tirou a flor do cabelo e riu.

— Eu vou comprar um brinco de brilhantes com o pagamento da nossa próxima ranking S, parece que encontramos a garota imune ao seu sorriso lateral, querido.

 


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