Meu Jeito escrita por Palas Silvermist


Capítulo 33
Capítulo 33 – Despedidas




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“I wish you could stay
I’ll wait for the day
I’ll be remembering you”
(Eu queria que você pudesse ficar
Eu esperarei pelo dia
Eu estarei me lembrando de você)


Steven Curtis – Remembering you

Era a última semana no castelo. Os setimanistas aproveitavam os dias de sol sem mais nada com o que se preocupar, enquanto os outros anos ainda tinham uma ou outra prova.

Saf aproveitou uma dessas tardes de céu claro para pagar uma última visita a Hagrid. Quando ela já estava de saída, ele acabou dizendo saudoso:

—Você tem os mesmos olhos que ele. – referiu-se a Vinícius Knight, avô dela

Safira sorriu passando a mão pelo pescoço mais uma vez.

—Mande lembranças a seus pais. – ele pediu

—Claro que mando.

—Seu pai estava no terceiro ano e sua mãe no segundo quando entrei em Hogwarts.

—Sério?

—Eh. – disse já na porta de sua cabana – Até um dia, Safira.

—Até um dia, Hagrid.

Despedidas nunca eram fáceis...

A moça saiu andando a esmo pelo Jardim e viu Sirius deitado na grama à sombra de uma árvore. Tiago tinha acabado de sair de lá para encontrar Lily.

Saf sentou ao seu lado apoiando as costas no tronco do carvalho.

—Dolce far niente. – disse ela

—O quê? – fez ele virando a cabeça para ela

—Significa algo como “doce fazer nada”, ou “agradável ociosidade”.

—Doce realmente.

Saf observava o movimento, havia mais alunos pelos Jardins. Por um momento ela estava ali, mas não estava realmente. Os pensamentos longe…

—O ano já está acabando. – falou ela – Passou tão rápido… e ao mesmo tempo é como se eu estivesse aqui há tanto tempo…

Sirius se sentou.

—Acho que vou sentir quase tanta falta de Hogwarts quanto sinto de Avezzano.

—Foram anos fantásticos. – comentou ele

Ficaram observando o tempo. O cheiro das árvores e o calor de início de verão os envolvia.

Inesperadamente, Sirius segurou a mão dela. O efeito nas batidas do coração de Saf foi imediato.

—Me acompanha à festa do Slughorn amanhã?

—Sirius…

—Não estou pedindo nada, – ele falou em um tom calmo – só sua companhia amanhã à noite.

Os olhos dela se fixaram nele por um instante.

—Claro. – ela respondeu

Não soltaram as mãos e ficaram ali por mais algum tempo.

… … … … … … … … 

Na Ala Hospitalar, Lílian saía de seu último dia de estágio.

—Precisa de mais alguma coisa, Madame Pomfrey?

—Não, senhorita Evans, está dispensada. – disse a enfermeira – Mas antes que vá, gostaria de lhe entregar isso.

Ela estendeu à moça um envelope. Lily não tinha idéia do que poderia ser.

—É uma carta de recomendação. – disse a enfermeira

—Madame Pomfrey, muito obrigada. – disse Lily de todo coração

—Foi a melhor auxiliar que tive. Desejo a você muito sucesso.

—Obrigada. – Lily agradeceu com os olhos começando a encher de água

Tiago a esperava do lado de fora.

—Lily?

—Estou bem. – ela respondeu – Só não gosto muito de despedidas.

… … … … … … … … 

Na noite seguinte, Safira e Sirius iam logo atrás de Lily e Tiago em direção à sala de Slughorn. Estavam no terceiro andar quando Sirius teve uma idéia. Cochichou algo no ouvido de Saf fazendo-a rir de leve. Ela fez como pedido: pegou sua varinha, e os dois murmuraram quase inaudivelmente:

Lumus.

Ao ver o reflexo das luzes, Lily parou olhando para trás. Tiago fez o mesmo.

—Por que isso? – Lily perguntou

—Já que é para irmos de velas para vocês dois, vamos a caráter. – Sirius respondeu

A ruiva colocou a mão na testa balançando negativamente a cabeça. E seguiram assim.

Chegando à porta da sala, Lily pediu:

—Apaguem isso.

Apenas Saf o fez antes de o professor vir recebê-los.

—Boa noite, professor.

—Boa noite. – ele respondeu com seu sorriso característico – Sirius, meu rapaz, por que está com a varinha acesa?

Lily apenas fechou os olhos.

—Achei que as masmorras estavam um pouco escuras, professor. – respondeu ele no seu ar mais natural

—Verdade? – fez Slughorn – Um dos archotes deve ter apagado. Depois eu falo com o senhor Filch. Mas entrem, entrem. Fiquem à vontade.

—Obrigada.

Uma vez lá dentro, Lily falou:

—Sirius, você é muito cara-de-pau.

—Ah, imagina, o que é isso. – disse ele com um gesto de modéstia – Só achei que você ia ficar vermelha demais se eu contasse o motivo real. Ia ficar muito difícil distinguir onde terminava seu rosto e onde começava seu cabelo.

—Muito espirituoso, Sirius. Obrigada. – disse ela

Não havia convidados especiais naquele dia. Era apenas uma festa de encerramento de ano letivo para os alunos.

Em determinado momento, Sirius conversava com um amigo da Corvinal, e Lily e Tiago dançavam. Safira se sentou na ponta de um sofá e ficou a observar o ambiente. Um pouco depois, Sirius se sentava ao lado dela.

—Entediada?

—Não, na verdade, não.

—Distraída?

—Por assim dizer. É interessante observar as pessoas.

—Pra você deve ser mais interessante do que para qualquer um. – disse ele

—Talvez… É impressionante como cada um tem um jeito muito característico. O jeito de andar, de se movimentar, ou não. O tom da voz, a forma de falar… mais brincalhão, mais sério, mais tímido, não importa. A expressão do rosto… não há duas pessoas que tenham a exata mesma expressão para uma mesma situação. A expressão dos olhos… pode delatar o que a voz e o sorriso escondem.

Os olhos de Safira brilhavam ao dizer isso, falava de forma apaixonada. Pareceu ainda mais bonita para Sirius. Ele nunca a vira falar assim. Nem dessa maneira, nem desse assunto. Parecia revelar um pouco de si, do que pensava, do que sentia, de quem ela era.

—É impressionante como nada tem um outro igual. Não existem duas pessoas com a mesma voz, ou duas folhas de uma mesma árvore com o mesmo desenho. – ela olhou diretamente para ele – Isso é mágica. Muito mais incrível do que aprendemos a fazer.

—Você consegue perceber tudo isso nas pessoas? – ele perguntou suave

—Só uma parte. Ninguém consegue perceber tudo, é mágico demais. – ela levantou ligeiramente os ombros.

—Nunca ouvi você falando assim.

Saf desviou os olhos um pouco sem graça.

—Passei muito tempo precisando me esconder. Estou me acostumando com a liberdade de novo.

Sirius sorriu e segurou a mão dela.

—Obrigada. – ela falou inesperadamente

—Pelo quê? – ele abaixou as sobrancelhas

—Mesmo sem saber, você foi uma companhia em horas que me senti sozinha. Como depois do ataque a Hogsmeade e no dia da Votação.

Sirius beijou o dorso de sua mão.

—Não foi nada.

Assim que a música acabou, Lílian e Tiago foram se sentar com eles.

—E quais os planos para o futuro próximo? – Sirius perguntou

—Esperar o resultados dos N.I.E.M.s para depois mandar currículos. – Lily respondeu

—Acho que não vou precisar dos N.I.E.M.s por enquanto. – Tiago falou – Slughorn convidou o treinador dos Tornados para assistir nosso último jogo. Ele precisou sair logo que acabou, mas me mandou uma carta. Quer marcar uma entrevista.

—Verdade, Tiago? Que bom. – fez Saf

—É, e ele ainda elogiou minha Finta de Wronski. – falou Tiago orgulhoso

—E você, Saf? – Lily perguntou

—Vou voltar para a Itália daqui mais ou menos uma semana. – ela respondeu – Depois lá eu vejo o que fazer.

—E você Sirius?

—Eu? – disse ele um tanto desnorteado – O mesmo que você, Lily. Primeiro esperar o resultado dos N.I.E.M.s.

Slughorn em seguida chamou a atenção dos presentes para um brinde. Todos se levantaram e dois elfos passaram distribuindo taças. Depois que cada um já estava servido, o professor ergueu sua taça e começou:

—A mais um ano letivo que termina, às perspectivas do próximo, à saúde de todos que estão aqui. E, especialmente, aos nossos formandos: muito sucesso. – terminou com um grande sorriso

Todos ergueram suas taças e beberam.

Uma música lenta começou a ser tocada. Aos primeiros acordes do piano, Sirius perguntou a Safira:

—Dançaria comigo?

—Dançaria. – ela aceitou a mão que ele lhe estendia.

You will be far away, so far from me
Você estará distante, tão longe de mim

Saf passou os braços pelo pescoço dele, enquanto ele a envolvia pela cintura. A respiração dos dois ficou desregulada com a aproximação.

And maybe someday I will follow you in all you do
'Til then, send me a song
E talvez um dia eu seguirei você em tudo que fizer
Até lá, me envie uma canção

—Você aprendeu bem. – ela falou – Eu devia te dar o certificado da Academia de Dança da Senhorita Knight.

Ele esboçou um sorriso. Era tão ruim vê-lo assim…

—Por que tão triste? – ela perguntou suave

—Não estou tão triste.

Saf inclinou a cabeça para o lado. Sirius sabia que não conseguiria enganá-la.

—Vou sentir sua falta. – ele falou com a voz fraca

Safira respirou antes de dizer:

—Vou sentir sua falta também. Muito.

Cinza e azul-marinho estavam presos um ao outro. Ele abaixou sua cabeça, enquanto ela levantava a dela até que seus lábios se encontraram.

Não importava mais se alguém os via ou não. Era como se estivessem sozinhos.

When you think of me, wave to me and send me song
Quando pensar em mim, acene para mim e me envie uma canção

—Eu tenho que ir. – ela falou em um fio de voz – Deixei muita coisa para trás… Eu sinto muito…

—Eu sei. – e se inclinou beijando-a de novo

Saf encostou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos guardando o momento… a música, a sensação de tê-lo tão perto…

Rápido demais, porém, aquele som harmonioso se encerrou, e ela levantou a cabeça.

—Acho que seu fã-clube não vai gostar muito de ficar sabendo disso. – ela entortou a boca ao falar

—Você acha que eu me importo?

Safira o avaliou com o olhar por um minuto e, franzindo o nariz, respondeu:

—Não.

Os dois riram de leve, e ela mais uma vez encostou o rosto no ombro dele.

Na volta para a Torre da Grifinória, eles foram de mãos dadas.

Tiago não perdeu a oportunidade. Cochichou algo no ouvido de Lílian, e logo estavam ele e a namorada com as varinhas acesas atrás de Sirius e Safira.

… … … … … … … … 

Os dias seguintes se passaram como o vento. Logo os alunos embarcavam no Expresso de Hogwarts.

Os setimanistas da Grifinória ficaram todos em uma cabine (magicamente ampliada para que não ficassem apertados). Observaram o castelo pela janela até que ele desaparecesse depois de uma curva.

Uma sensação de perda, de tempo passado, de momentos que não voltam. A expectativa do que os aguardava, por aquele instante, se tornou menor. A saudade preponderava. Uma sensação… de despedida.

… … … … … … … … 

Na quarta-feira seguinte, quatro dias depois de voltarem de Hogwarts, todos marcaram para se encontrar na Sorveteria Florean, no Beco Diagonal, à noite. Era uma chance de se verem e também de desejarem boa viagem a Safira, que partiria no dia seguinte.

Todos já estavam acomodados em duas mesas unidas ao ar livre e conversavam alegremente. Faltava ainda apenas a moça de olhos azul-escuro.

Vendo Sirius consultar o relógio pela quarta vez, Lily murmurou para ele:

—Ela já deve estar chegando.

Passados uns cinco minutos, uma coruja cinza-azulada pousou ao lado da ruiva.

—Mirra? – fez ela

Assim que a carta foi retirada de sua pata, Mirra piou e levantou vôo de novo.

Lily abriu o envelope com disfarçada pressa. Vendo a quem a mensagem era destinada, ela chamou a atenção dos outros:

—É de Saf.

E começou a ler em voz alta:

“Olá a todos,

 minhas mais sinceras desculpas por deixá-los esperando.

Pedi a Mirra que enviasse essa carta porque não poderei me despedir pessoalmente de vocês. Apareceu uma chance de eu partir ainda essa tarde, e preciso chegar à Itália o quanto antes.

Encontrei em Hogwarts maiores amizades do que achei que seria possível conquistar em apenas um corrido e turbulento ano. Vocês me ajudaram quando mais precisei e mais do que imaginam, mesmo antes de saberem a confusão em que eu estava envolvida. Jamais vou esquecer isso.

Deixei muita coisa para trás na Itália. Casa, amigos que ficaram sem nenhuma explicação do meu desaparecimento, memórias, planos. Sinto que tenho coisas a resolver. E preciso voltar para depois seguir adiante.

Pretendo voltar à Inglaterra, mas não sei quando. Também não sei se para morar ou para visitar.

Quando Mirra chegar à Sorveteria Florean, já estarei na França. Mais uma vez, desculpem por eu não aparecer.

Tenho de encerrar essa carta. Assim que puder, mando novas notícias. E por favor me mandem sempre as novidades. Mirra vai adorar ter trabalho, e eu receber correspondência depois de termos ficado um ano sem correio-coruja.

Um enorme abraço, Safira”

Uma tristeza passou por eles quando Lily terminou de ler a carta. Lamentavam a ausência da amiga. Aos poucos, a conversa voltou, embora não animada quanto antes.

O efeito da notícia foi maior em Sirius, que ficou particularmente silencioso, falando apenas quando alguém lhe perguntava qualquer coisa diretamente.

Algum tempo depois, quando todos já estavam de saída, Lily, deixando Tiago um pouco atrás, se aproximou dele.

—Sirius? – disse encostando a mão no ombro dele – Sinto muito.

Sem encontrar o que falar, o rapaz apenas inclinou a cabeça em resposta.

—Bom, Saf me pediu para te entregar isso depois que ela viajasse. – Lily estendeu a ele um envelope.

—Você a viu? Quando?

—Passei na casa em que ela e os pais estão em Londres ontem para ver se ela precisava de ajuda com alguma coisa.

—Você sabia que ela não ia vir?

—Não, só tinha um palpite.

—E por que não me disse?!

—Sirius, - Lily falou tranqüila – por que acha que ela não veio?

—Porque não éramos assim tão importantes para ela.

—Entendo que está triste, mas pense melhor. – Lily disse branda – Tenho certeza do que ela foi sincera no que disse a nosso respeito na carta que acabou de mandar. Só que ela tinha toda uma vida antes de vir para cá, e não teve a chance de se despedir dela. Nem sequer teve escolha de mudar ou não.

Sirius não disse nada.

—Sabe onde eu fui ontem para vê-la? Na casa que era do avô dela. Tem idéia do quanto foi dolorido para ela e os pais irem pra lá? – falou Lily

—Eu entendo isso, mas porque ela não veio?

Lily expirou com algum peso.

—Se ela perguntar, eu não te contei isso, mas depois que vocês dançaram juntos na festa de Slughorn, ela ficou em dúvida se voltava para a Itália ou não. Realmente em dúvida, algo como 50% de chance de ir e 50 de não ir. É uma sensação horrível não saber o que fazer. Porém quando entrou na casa do avô, teve certeza de que tinha de ir. Sirius, ela deixou muita coisa para trás, a chance de escolha dela ficou para trás. E agora ela teve de voltar para decidir por qual caminho vai continuar seguindo.

Lílian fez uma pausa antes de continuar:

—Se eu puder dar um palpite, acho que Saf não veio hoje por sua causa. Não por ela não se importar com você, mas exatamente pelo contrário.

—Você sabe o que está escrito aqui? – ele indicou o envelope

—Nem idéia. – Lily chacoalhou a cabeça – Chame a gente se precisar de alguma coisa.

—Obrigado, Lily.

—De nada.

—Lily? – Tiago apareceu ao lado dela – Prometi ao seu pai que te deixava em casa até as onze.

A ruiva disse um “até mais” ao amigo e manteve a expressão neutra até que se viu com o namorado longe dos ouvidos dos outros.

—Você estava com ciúmes? – perguntou divertida a Tiago

—Não. – ele respondeu em uma tentativa quase bem sucedida de disfarçar

—Eu não ouvi você dizer nada parecido ao meu pai. – ela acrescentou em um meio riso

—Não, mas acho que ele vai fazer uma imagem melhor de mim assim.

—Bobo. – Lily riu balançando negativamente a cabeça e o beijou

Sirius esperou voltar para sua casa para ler a carta.

“Sirius,

me desculpe.

Imagino que esteja pensando que se eu deixei essa carta com Lily é porque sabia que não poderia encontrar com vocês antes de viajar. Com toda sinceridade, eu tinha quase certeza de que não poderia aparecer na Sorveteria Florean. Sinto muito mesmo.

Sei que isso vai soar como uma enorme falta de consideração com todos, principalmente com você, mas, acredite, não foi. Ao contrário, foi exatamente por considerá-los muito que não apareci.

Não preciso dizer como você se tornou especial para mim. Fiquei com medo do que se te visse mais uma vez… se te abraçasse mais uma vez, perderia a coragem de ir.

Não sei explicar exatamente porque preciso tanto voltar para a Itália. Provavelmente Lily, acostumada a colocar tudo em palavras quando escreve, conseguiria se expressar muito melhor do que eu. Só sei que tenho de ir.

Deixo já aqui a falta que sinto de você.

Oh the nights will be long,
When I'm not in your arms,
But I'll be in your song,
That you sing to me, across the sea.
Somehow, someday.
I will sing to you...
If you promise to send me a song

 [Oh, as noites serão longas
Quando eu não estiver em seus braços
Mas eu estarei na canção
Que você cantar para mim, através do mar
De alguma forma, algum dia
Eu cantarei para você
Se você prometer me enviar uma canção]

Com amor, Safira”


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Notas finais do capítulo

N/A
Oi!
Créditos: A música que Sirius e Safira dançam é a mesma que ela escreve na carta: “Send me a song” das Celtic Woman. – Aliás, gostaram dessa cena?
Espero que estejam gostando e não percam o próximo, e último, capítulo.
Beijos, Palas



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