Edward não sabia como chegou até a cachoeira com Bella. Era como se todo o trajeto tivesse sido suprimido pela raiva que estava sentido e complementado com um outro sentimento que não sabia nomear. Tudo que sabia naquele momento era que estava perdido no beijo de sua esposa.

Ainda estava furioso com Belle pela insensibilidade e falta de respeito com a própria irmã, sem falar do descaramento em falar tão abertamente do antigo relacionamento deles na frente de sua família. Aquele comportamento foi inadequado e inaceitável para Edward. Nunca imaginou que Belle agiria daquele jeito irracional e maldoso. Era como se a Belle que conheceu fosse outra pessoa, alguém totalmente diferente do que se lembrava.

Ele mesmo não estava se reconhecendo, sabia que algo havia mudado nele. Já não era mais aquele homem de antes, pois sabia que o seu antigo eu jamais teria aceitado de bom grado tais mudança, e de certa forma estava agradecido por ter se tornado um homem melhor.

Percebendo como Bella de repete ficou tensa, Edward se afasta vendo em como ela tentava evitar olha-lo, ele levanta suavemente seu queixo, fazendo com que ela olhe em seus olhos.

— Ei, o que foi? – Pergunta percebendo ela morder os lábios.

— Estou receosa que com a chegada dela as coisas possam mudar. – Diz em um fio de voz, enquanto evitava não desabar ali na frente de Edward.

Sabendo que era o maior culpado por Bella não confiar nele, sabia que tinha que fazer de tudo para que ela acreditasse que estava de corpo e alma em fazer com que o casamento deles funcionasse. Agora sabia que já não podia agir como um jovem que não ligava para as consequências de suas atitudes. Ele tomou sua decisão, fez escolhas e estava pronto para enfrentar todas as dificuldades e consequências.

— Sei que agi por muito tempo como um tolo, que você não tem motivos para confiar em minha palavra. – Sem desviar os olhos, pegou aos mão dela nas suas, e ali fez seu voto. – Mas, peço para confiar que eu jamais irei ir contra minha palavra de honra. Prometi honra-la e farei com que nosso casamento funcione.

— Mas... – Porém, Bella é interrompida pelo beijo roubado de Edward.

— Sem mais.... – Murmurou com a voz rouca, enquanto toca seus lábios com os de Bella.

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Belle andava de um lado para outro, estava perturbada por ter seus planos sendo todos desfeitos desde que chegou. Primeiro teve o total afastamento por parte de Edward, que a evitava como se ela tivesse alguma praga, só para ter que vê-lo sempre junto a Bella. O que a deixava ainda mais furiosa era que eles sempre sumia e voltavam ao entardecer. E o estopim era que toda a família Cullen a odiava, eles não a tratavam mau, agiam com toda polidez, só que não era ingênua, sabia que eles a tratavam bem por ser a esposa do Príncipe e futuro Rei.

Sua boca secou apenas em lembrar da cena que viu quando seguiu Edward e Belle em um de seus passeios.

— Aquela puta! – cerrou os punhos, imaginando estar estrangulando aquela cópia barata de si mesma. – Aqueles beijos eram meus! Meus! Somente meus! – Estava tão furiosa, que nem percebeu que derramava lagrimas de verdadeiro ódio, bem como tentou com força tampar os ouvidos, na tentativa de evitar escutar os gemidos que estavam gravados em sua memória.

Seu olhar era macabro quando fitou o espelho a sua frente.

— Você pode ser parecida comigo, mas não é e nunca será Belle Swan! Ele será meu novamente!

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O jantar daquela noite estava sendo um pesadelo para Bella. As insinuações e provocações de Belle estavam ainda mais perigosas. Se Edward não estivesse estando ao seu desde a chega de Belle, era muito capaz de ter caído na armadilha que a irmã estava armando, no qual sempre insinuava que Edward esteve com ela e que ainda mantinham alguma relação. Porém, Edward a evitava de todas as maneiras de ficar a sós com Belle. Sempre sai na companhia do irmão, ou alguém de confiança, a família estava sendo ao seu lado, não deixando brechas para que Belle pudesse causar alguma confusão. Edward percebeu que se não tomasse cuidado com Belle, acabaria caindo em sua armadilha, por esse motivo estava agradecido por sua família estar ao seu lado lhe dando forças para não cair nas provocações.

— Estou a dias aqui, Edward... – resmunga Belle, fazendo beicinho. – Estou com saudades de nossos passeios no Clã de meu pai. Me lembro como era maravilhosa nossas tardes. – Insinua enquanto se abanda com um leque. – Era tão bom... acredito que devia me fazer uma visita, sabe né? Para lembrar os bons momentos de nossa querida amizade, não concorda, Bella? Isso o deixaria mais feliz. Vejo ele tão estressado.

— Chega! – vociferou Edward. – Exijo que trate minha esposa com respeito!

— Eu é que deveria ter sido sua esposa! – rosnou Belle, que se leva de forma abrupta fazendo a cadeira cair. E apontou um dedo acusador para Bella. – Ela meu roubou tudo! Você me ama! me deseja! Por causa dela, você foge de mim como se eu fosse uma praga! Diga a ela que sou a única mulher que você deseja! Que ela não passa de uma substituta de mim!

Todos ao redor paralisaram e olham calados o escândalo que estava sendo armado.

Edward olhou ao redor, vendo que todos o olhavam de forma acusadora, pois de certa forma era o culpado por todo esse transtorno. Depois fitou Bella que estava tremula enquanto segurava as lagrimas, devia tomar as medidas necessárias ou corria um sério risco de pôr tudo a perder.

Ele se aproximou de Belle, seu corpo todo estava tenso, enquanto tentava acalmar sua fúria que o consumia, sua esposa e família estavam sendo exposto a um escândalo que logo seria espalhado pelo Reino todo.

— Se contenha, Belle! – Sentenciou Edward, enquanto a puxava pelo braço. – Está descontrolada!

— Você não imagina o quanto! – Grita, só para depois virar o rosto para Bella que olhava pálida a cena. – Está vendo?! Ele me escolheu!

— Pare! – Rosnou Edward, estava cansado daquele jogo que Belle estava fazendo. – Está agindo feito uma louca, se recomponha!

— Sim! – Grita e acrescenta enlouquecidamente, enquanto tenta beija-lo a todo custo. – Estou louca de amor!

Bella queria desaparecer. A noite tinha se torna o seu pior pesadelo. Belle estava totalmente transtorna, e para piorar tinha que presenciar Edward evitar os beijos quando ela se jogava em cima dele na tentativa de beija-lo. Temia que nem tudo o que Belle gritou fosse mentira, ainda mais vendo que seu marido arrastou uma Belle histérica para longe do salão e da vista de todos.

Sem perceber estava em lagrimas e sentia seu corpo todo estremecer. E naquele momento agradeceu quando sua sogra veio abraça, lhe dando o conforto que necessitava.

— Tranquila, querida. – Disse com a voz amorosa, na tentativa de acalma-la. – Precisa ter confia no Edward, que tudo será resolvido.

— Estou tão cansada. – soluçou com a voz tremula, enquanto segurava o choro.

Enquanto isso, Edward levava uma Belle furiosa por ter seus beijos evitados, que berrava para todos ouvirem que ela era amante amada e a escolhida por ele. Foi levada a força para o quarto dela, e foi jogada sem cuidado na cama, por um Edward que não estava nenhum pouco feliz com os acontecimentos da noite.

— Amor, se queria me ter na sua cama, era só ter dito; Não precisava agir como um homem das cavernas. – Comenta com um sorriso cínico nos lábios. – Eu sei que deve estar louco para fazer amor.

— Pare com suas insinuações descaradas! – cerrando os punhos, esbravejou Edward enquanto encarava a mulher que um dia achou que seria sua esposa. Respirou fundo e tentou se acalmar. – Ambos estamos casados. Quero que meu casamento funcione, e isso nunca irá dá certo se você continuar com esses joguinhos de insinuações para minha esposa e família. Está agindo feito uma louca e envergonhando a todos e a sí mesma! Tenha mais orgulho e pare com esse teatro.

Belle empalideceu com as palavras de seu amado. Cobriu as orelhas com as mão para não ter que escutar aquelas sentenças. Edward estava lhe destruindo com aquelas palavras. Então da dor veio a fúria:

— Você prometeu me amar para sempre! – Belle gritou furiosamente, não acreditando que estava escutando aquilo. – Que jamais me esqueceria, seu bastado!

— Esse sentimento continua comigo. – Recruta com os punhos cerrados. – Jamais irei esquecer, isso irá me acompanhar para o resto da vida. Mas, não posso trair meus votos por esses sentimentos! – Grita furioso consigo, com ela e com o mundo. – Quero que entenda que não podemos ter um caso ou qualquer relação. Nossa história acabou a muito tempo e não adiantará gritar, espernear nada vai mudar. Fiz minha escolha e você não faz parte dela; Estou reconstruindo minha vida e você precisa seguir em frente.

Então do nada ela estanca paralisada ao compreender algo. E o olha cheia de acusações.

— Você sente algo por ela... – Diz baixinho com medo que esta frase fosse se realizar. Só para então a fúria a consumir com força total. – Você a ama! Você! Como pode ama-la!?

Belle estava indignada. Como uma cópia pôde lhe roubar tudo em um piscar de olhos. Ela sabia que ele a amou, que ele teria feito tudo por ela, mas isso mudou, podia ver isso o olhando agora. Seu ódio só aumentou ainda mais, por ele ficar calado sem negar suas palavras. No entanto, ela sentiu que no fundo ele ainda sentia algo por ela, talvez se ela mais persistente ele voltasse a ser seu.

— Você não me deixou outra opção. – Diz calmamente enquanto evita responder sua indagações. – Depois de sua chegada recebi uma carta do Rei, no qual ele me informava que sabia do nosso envolvimento, e caso você tentasse alguma aproximação, eu poderia manda-la de novo para o castelo Black.

— Como ousa me despachar como um fardo! – Grita totalmente histérica. – Sou a futura rainha! Eu que devo lhe dizer o que deve fazer e não o contrário! Você não passa de um súdito! O meu súdito para ser mais clara! – Estava desesperada por já não deter poderes sobre Edward, que as lagrimas de raiva e dor começam a descer por seu rosto. – Você não pode ama-la, está me escutando?! – diz apontando um dedo acusador para ele. – Eu sou a única mulher a quem você deve amar! Você me prometeu isso! Lhe exijo que cumpra sua palavra de honra! – Gritava desesperada enquanto socava o peito dele. – Você me prometeu o seu amor!

Não poderia aceitar perder único homem que amou para a infeliz de sua irmã. Ela não sofreu atoa para perder o seu homem. Não acreditava que iria perder para aquela coisa insignificante. Tinha que fazer algo, mas estava perdida na dor e ódio, que a consumia de uma forma abrasadora.  

— Sou um homem de honra! – diz alterado, pois aquilo era difícil para ele também. Pois estava divido entre os seus sentimentos entre as duas mulheres. – Lhe prometi ama-la, e irei cumprir essa promessa. Não importe quanto tempo passe, irei levar esse sentimento comigo, irei ama-la sempre. Mas, também fiz uma promessa a minha esposa, na qual irei cumprir a sendo fiel e dando uma chance ao meu casamento. – ele diz fazendo uma pause, dando as costa para ela. – Prometi ama-la, Belle. Nunca lhe disse que depois que me casasse iriamos ser amantes.

Belle soltou uma risada irônica misturada com dor e raiva:

— Você se deitou em minha cama no dia de seu casamento!

— Não sou hipócrita, Belle! – Trovejou Edward, com o maxilar rígido e o corpo todo tenso, enquanto se virava de frente, e olhava nos olhos de Belle. – Sim! fiz amor com você antes de ter me casado, antes de ter jurando na frete de Deus e testemunhas, que seria fiel e que honraria minha esposa. – Ele suspira profundamente. – Agora sou um homem casado, tudo mudou. Eu jamais iria sujeitar você a ser minha amante e nem faria Bella sofrer por ser infiel e muito menos iria fazer minha família passar por mais vergonha.

Bella cai no chão de joelhos, desabando em um choro desconsolável.

Edward ficou paralisado ali, sabendo que está era a única solução. E ele precisa por um ponto final na história deles; Só assim cada qual poderia seguir seu caminho, sem falsas esperanças.

— Assim que o sol nascer, você irá para junto de seu marido. – Informou já com a voz mais calma. – Desejo que você encontre seu caminho e seja feliz. Adeus.

Com a saída de Edward, não demorou muito para que a aia entrasse para ajudar sua senhora arrumar seus pertences. Ela mal entrou e foi expulsa com os gritos de Belle, que se levantou em frangalhos e começou a gritar enlouquecidamente toda sua dor e raiva, enquanto derrubava e destruía tudo que estava em seu caminho. E ali perdida em sua dor, jurou se vingar de todos. Cada um iria sentir as consequências de humilharem Isabelle Swan.