Mudanças (Naruhina) escrita por princesahyuuga1


Capítulo 17
Fogo dentro do peito


Notas iniciais do capítulo

Leitores queridos!!! *-* Sentiram minha falta?
Eu senti a de vocês. Sabiam???
Bem, esse capítulo é para botar fogo meeeermo! Vai gerar uma polêmica... e também teremos o momento que todos esperam... eiiita que hoje tem! Sem mais delongas, aqui vai "Fogo dentro do peito":
~
HINATA POV



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Logo que chegamos na cidade vizinha, nos estalamos em uma barraca simples ao ar livre. Sasuke e eu preferíamos assim, livre de olhos curiosos e de falatórios.

Sabíamos da fama que estávamos tendo e achávamos graça disso. Quer dizer, de anjos, não tínhamos nada e também não éramos e nem seríamos nunca um casal. Que ideia mais estapafúrdia! Ri com o pensamento.

— O que é tão engraçado, Hyuuga? – Sasuke me perguntou voltando da mata e trazendo gravetos para acender a fogueira. Seria uma noite fria. - Katun! – O ouvi dizer.

Olhei para trás e a fogueira já estava acesa. Sasuke retirou a túnica bege que o cobria, revelando uma roupa decente que usava por baixo.

— Finalmente resolveu tirar o traje de mendigo! Até eu que não vou com sua cara tenho de reconhecer que está lindo assim, vestido direito.

Sasuke corou e eu comecei a rir.

— E então, não vai me dizer do que está rindo? – Ele insistiu.

— Ah, nada de mais! Somente lembrando dos rumores espalhados pelos quatro cantos do mundo de que somos um casal de olhos especiais.

Sasuke grunhiu irritado.

— Essa gente desocupada deveria cuidar da vida deles.

— Como sempre mal-humorado!

Ele fez uma cara azeda muito engraçada. As meninas que eram apaixonadas por ele só o eram porque não tinha noção de como Sasuke era ridículo. Cai na risada.

— Você é irritante – ele me disse.

— Esse papel é da Sakura. Eu sou maravilhosa.

Dessa vez Sasuke não conseguiu segurar a risada.

— Você é ridícula.

— Você que é! – Respondi indo para cima dele e dando um soco de brincadeira em seu ombro.

Como Sasuke não sabia pegar leve, me deu outro soco e então eu o soquei de novo, de modo que logo estávamos os dois embolados socando um ao outro – brincadeira leve – e então, ele me derrotou, segurando-me com o único braço que tinha e usando o peso de seu próprio corpo, prendeu-me debaixo dele.

— Isso é meio humilhante – eu disse. E ele continuou me olhando com aquele olhar escuro em desafio – Eu fui derrotada por um cara que só tem um braço.

Pensei que ele ia revidar, mas ao invés disso, ele começou a rir. Rir de verdade e eu ri junto. Sem perceber, estávamos próximos demais um do outro. Eu não senti vergonha, nem paixão, nada do tipo. Mas eu era uma mulher adulta e como tal, tinha minhas necessidades fisiológicas. Eu era desprovida de sentimentos somente, não de instinto. E naquele momento, sob a luz das estrelas e em frente à fogueira eu senti um fogo dentro de mim. Queria muito sentir o calor de um homem e acontece que o único disponível no momento era Sasuke – o que era uma merda. Isso iria estragar nossa amizade, o que seria muito problemático, de modo que consegui raciocinar.

— Acho que deveríamos sair hoje à noite – desviei a atenção.

Ele pareceu sair do transe. Sasuke me olhava estranho também. Talvez estivesse pensando o mesmo que eu. Resolvi perguntar.

— Você estava pensando em transar comigo, Sasuke?

Vi ele ficar vermelho como um pimentão e agradeci aos céus por não ter mais sentimentos. A Hinata de tempos atrás JAMAIS verbalizaria isso. Eu ri. Tive de rir.

Ele ficou ainda mais desconfortável que antes e saiu de cima de mim.

— Desculpe, Hinata – a voz dele era só um fio. – É só que...

— Tudo bem, Sasuke. Eu também senti vontade, mas sei que isso é um erro. Iria trazer mais problemas do que satisfação. Honestamente, não nos amamos. Você sabe que seu coração pertence à Sakura ainda que seja orgulhoso demais para assumir. E eu, bem... eu não posso amar ninguém e se amasse seria ele – evitava falar o nome de Naruto porque sempre causava reações no meu selo amaldiçoado. – Sendo assim, o melhor que poderíamos fazer esta noite é sair para o festival Hime que está acontecendo esta noite na vila vizinha e encontrar acompanhantes agradáveis para nos distrairmos. Que tal?

Ele pareceu avaliar minha sugestão. Levou um tempo até Sasuke se acostumar com o meu novo eu – que não tinha papas na língua e era prática. Ele dizia que era somente por isso que viajar ao meu lado era suportável. No geral, ele não suportava drama.

— Está bem. Mas precisamos nos vestir adequadamente para não destoar do restante.

— Não temos dinheiro para isso, Sasuke!

Ele me olhou em desafio. Aquele Uchiha mal-intencionado! Ele iria roubar roupas.

— Você virou um bandalheiro!

— Olha só quem fala! A Hinata-sama-santinha.

— Cala a boca, idiota! Como vamos fazer isso?

Ele riu antes de contar o plano. Logo, o botamos em ação e adquirimos as roupas. Não foi difícil. Afinal, Sasuke usou seu Sharingan para hipnotizar os donos das barracas que vendiam quimonos. Juramos devolvê-las depois. Era só um empréstimo.

Fizemos uma brincadeira. Eu escolhi a roupa dele e ele, a minha. Troquei-me e quando voltei Sasuke me olhava com a boca aberta.

— O que foi? Por que está me olhando com essa cara?

— Naruto é mesmo um idiota – ele engoliu a seco.

Repreendi-o com o olhar. Sasuke sabia que aquele nome era proibido, mas meu humor estava tão bom que o selo nem doeu. Virei-me para o espelho que tinha ao meu lado e entendi o que ele disse.

O quimono lilás de seda com girassóis bordados caia perfeitamente em minhas curvas, realçando todas elas na verdade. Eu era bem curvilínea e os seios avantajados estavam em destaque por conta do corte da peça.

— Nossa... eu não sabia que era gostosa!

Sasuke chacoalhou a cabeça parecendo revoltado e foi se trocar. Na volta, também o admirei.

— Você até que dá para o gasto, hein, Uchiha!

Sasuke sorriu de canto, grato pelo elogio. O quimono preto com detalhes mínimos em vermelho, lhe caía bem.

Ele me pegou admirando a silhueta masculina dele e riu para si mesmo.

— Fecha a boca que está escorrendo baba, Hyuuga.

Taquei nele uma almofada.

— Vamos logo que já estamos atrasados! – Resmunguei.

Assim que chegamos à feirinha ao ar livre, fui tomada pela energia boa do local. Depois de tanto tempo em letargia por não ser capaz de sentir nada, ver a alegria das pessoas ao meu redor, me dava um pouco de alegria por osmose. Havia tantas barracas e coisas coloridas. Sentia-me criança novamente.

Sasuke e eu nos dividimos em barracas diferentes, embora estivéssemos relativamente perto um do outro. Logo, ele estava rodeado de “Sasuketes” como eu apelidara toda menina que se arrastava por ele daquele jeito à lá Sakura. E eu notei vários olhares masculinos em mim e pela primeira vez na vida, me permiti aproveitar a atenção.

Na barraca de pesca ao pato, debrucei-me propositalmente para que meus seios ficassem ainda mais evidentes no decote, o que deixou vários homens – e algumas mulheres - enlouquecidas. Sorri me fazendo de tímida e nossa! Depois disso, ganhei vários presentes, bebidas e comidas pagas. Eu estava AMANDO aquela atenção toda. Alguns juraram amor para mim, outros embriagados de sakê até me pediram em casamento. Achei graça de tudo e aquilo serviu para gravar na minha mente que: sim, eu era gostosa para cacete! E poderia ter o homem que quisesse aquela noite.

Uau!

Anos atrás jamais pensaria que estaria nessa situação. Como as coisas mudam, não?!

Olhei ao redor em busca de Sasuke e o encontrei entrando em uma tenda que era uma espécie de motel na companhia de uma mulher de cabelo louro-avermelhado e de testa grande. Meu amigo devia sentir muita falta de Sakura, mas como tinha medo de se entregar para valer, preferia ignorá-la assim como o sentimento que tinha por ela.

Suspirei, cansada. Acho que era melhor eu voltar para o acampamento sozinha mesmo. Já tinha me divertido bastante, mas diferente de Sasuke, não estenderia a noite com um estranho.

De repente senti-me observada e olhei ao redor para encontrar quem era. Deparei-me com um par de olhos safira me encarando.

Senti o coração pulsar descompassado, o selo queimando em minha pele. Ah, não... eu não podia passar mal. Precisava me controlar! Respirei fundo calmamente e aos poucos recobrei o sentido. Quando olhei novamente para o mesmo lugar. Não tinha mais nada.

Respirei aliviada. Mas parte de mim se entristeceu por isso.

Oi?! Como assim, tristeza? Mas eu não sentia mais esse tipo de coisa! Devia ser o sakê que andei bebendo... Só podia ser. Estava vendo coisas e sentindo coisas estranhas por causa da bebida. Dei meia volta e esbarrei forte em alguém.

Puff! Uma fumaça branca desfez a imagem de Naruto à minha frente.

Merda! Aquilo não tinha sido alucinação por conta da bebedeira! Era uma Kage-Bushin de Naruto que a essa altura já devia saber onde eu me encontrava.


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Notas finais do capítulo

Boa noite, meus anjinhos...! =D