Josie Woodwork P.O.V.
— Você está... – escuto Kaden iniciar uma conversar com cautela depois do discurso de Eadlyn e dela ter escolhido Eikko como noivo, pois antes disso ele tinha se sentado ao meu lado e tinha falado poucas palavras e logo tudo ficou uma bagunça, mas eu continuei sentada, depois de todos esses dias com Eadlyn percebi que mais ninguém além dela precisa de espaço como agora, mas Kaden se aproxima sem saber direito o que falar.
— Estranha? – falo antes dele, pois eu estava com vestido totalmente diferente do usual. Estava com uma maquiagem leve, e usava um vestido azul simples. Olho com curiosidade para saber se ele concordaria.
— Não... Você não está e nem... nem é estranha Josie, você está bonita – ele fala um pouco enrolado o que acho fofo e acabo rindo. - Très belle! – ele fala em outra língua.
— Muito bonita? Francês? – arrisco um palpite.
— Exatamente – Kaden fala se soltando mais na conversa.
— Você fala francês?
— Muitas línguas, não só o francês – ele se orgulha.
— Tipo?
— Muy bonita. Hardd iawn. Heel mooi. Mycket vacker. Molto bello – ele fala várias coisas.
— O que significa? – pergunto curiosa.
— Muito bonita em várias línguas – ele fala coçando a cabeça um pouco envergonhado.
— Legal.
— Obrigada! – ele responde. – Então como você está? Soube que está ajudando Eadlyn.
— Estou bem, e gostando de ajuda-la, estamos ficando próximas, mais do que poderia imaginar – falo sorrindo.
— Hora das fotos – minha mão aparece do nada.
— Como? – eu pergunto.
— Eadlyn vai tirar fotos e nos chamou também. Kaden você é da família, vamos querido – ela fala nos puxando para onde seria tirado as fotos.
Primeiro ela tira com Eikko sozinha, ela tinha um sorriso radiante assim como ele. Depois todos da família se juntaram a foto, América e Maxon atrás de Eadlyn, Osten ao lado de Eikko e Kaden ao lado de Eadlyn e na frente dos pais. Uma linda foto, depois ela pede para tirar com meus pais, comigo e Kile, e vamos, depois ela deixa a compostura, pede para tirar uma apenas com Kile e depois uma apena dos pais e logo em seguida uma apenas dos meus pais, que tentaram recusar, mas Eadlyn rindo falou “eu ordeno” e eles foram.
O mais surpreendido foi que ela falou.
— Acho que agora poderíamos tirar uma de Kaden e Josie – ela fala sorrindo.
— O que? – eu pergunto.
— Vamos logo, Kaden suba – ela fala e ele meio atordoado vai, eu ainda permaneço parada. – Ande Josie – ela fala me empurrando.
— Por que isso? – eu pergunto.
— Vocês têm a mesma idade, quero uma foto – ela fala simples.
— Cheguem um pouco mais perto – o fotografo fala. Vejo de relance Eadlyn, Eikko e Kile conversando olhando para nós e sorrindo. Fecho a cara.
— Sorria querida, você também Kaden – América fala bondosamente e não tem como não obedecer.
— Alteza poderia colocar sua mão na cintura da senhorita Woodwork? – o fotografo pergunto, Kaden um pouco inseguro faz o que foi pedido, quando ele me toca sinto uma carga elétrica pelo meu corpo. Sorrimos e “clik” a foto foi tirada.
— Linda a foto – o fotografo diz.
Eadlyn sorri.
— Ótimo!
Logo nos dispersamos.
[...]
Uma semana depois de tudo aquilo e ainda o palácio se encontrava em bagunça e conversa. Eikko tinha chamado os pais já ele viraria principe-consorte e Eadlyn precisava conhecer os sogros. Digamos que ela está com os cabelos em pés pelo nervosismo. Estava com um tempinho livro e decidi ir aos jardins, estava distraída olhando pelas janelas enquanto andava que só percebi a pessoa a minha frente já tinha trombado nela e nos dois tínhamos caído. Ainda com a visão um pouco turva olho e vejo Kaden.
— Me desculpe Josie, não tinha visto, estava olhando para os jardins – ele fala e eu começo a rir. – Por que está rindo?
— Porque eu também estava olhando, me desculpe, também é minha culpa – digo.
— Então gostaria de ir aos jardins comigo? Estava querendo ir desde de manhã, mas não tinha companhia – ele fala se levantando. Um guarda que estava parada mais para frente, avança provavelmente para me ajudar a me levantar, mas Kaden o para com um gesto e ele volta onde estava. Kaden estende a mão para mim. E me ergue.
— Obrigada, e sim gostaria – falo e ele me dá o braço como apoio. E aceito.
Começamos a descer as escadas.
— Como você acha que será hoje? – eu pergunto.
— Sobre os pais de Eikko estarem chegando? – ele pergunta e eu afirmo que sim. – Acho que Eadlyn pode estar nervosa mas vai saber o que fazer!
— Também – concordo e quando estamos ao centro do salão ouvimos.
— E esse é meu irmão Kaden e essa é Josie Woodwork – nos apresentando.
— Lindo, são namorados? – uma mulher, que posso desconfiar ser mãe de Eikko perguntou. Eu coro.
— Não, são apenas amigos – América responde.
— Ah!
— Querida, não seja inconveniente – um homem, provavelmente pai de Eikko diz para a esposa.
— Acho que nós vamos... vamos por ali – Kaden fala apressado me puxando junto com ele para a primeira saindo aos jardins.
Quando pisamos na grama ele começa a rir e eu rio com ele.
— Isso foi muito constrangedor - ele fala e fico seria, como assim?
— Por que?
— Não! – ele assume um tom de desculpa. – Não era isso que queria dizer, é que não temos nada... poderíamos, mas não... quer dizer, eu não sei mais o que estou dizendo... só estou tentando... – ele começa tentar se explicar e fica fofo novamente.
Não era possível que eu estou vendo Kaden com outros olhos, nunca me apaixonei, não sei como é isso, mas será que é assim? Vendo Kaden tentar se explicar, e percebo o que ele tenta dizer, por incrível que pareça o entendo.
Então ele se acalma e fala.
— Non stiamo datazione, ma un desiderio giorno in cui fosse possibile. – ele fala em outra língua.
— Como?
— Italiano – ele responde e respira fundo. - Não estamos namorando, mas um dia gostaria que isso fosse possível.
Fico chocada e coro, ninguém nunca tinha me olhado daquele jeito. Fico hipnotizada nos seus olhos e no seu sorriso que se forma devagar quando se deu conta do que disse. Eu apenas me inclino e ele faz o mesmo, fecho os olhos. Sinto seus lábios mais que macios contra os meus, ele devagar me puxa pela cintura nos aproximando mais ainda. De repente nos separo.
— Eu... eu preciso... Eadlyn pode estar precisando de mim – e é a minha vez de enrolar a língua e saio andando o largando para trás.