Do you remember us? escrita por Agatha DS


Capítulo 51
Capítulo 51 - I remember everything.


Notas iniciais do capítulo

Aquele momento que eu dou uma de mãe e falo: EU AVISEI kkk eu avisei que iria valer a pena toda aquela situação.



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 Relutante abri os olhos, eu me sentia exausta, mas algo me puxava de volta á lucidez,  forcei meus olhos e havia um homem me olhando, seu cabelo era escuro e ele era alto, após alguns segundos o reconheci, era o Dr. Lincoln.

— Srta. Gilbert – ele sorriu ao me ver abrir os olhos.

 E então me recordei do meu sonho, minhas memórias, todas de volta, absolutamente tudo dos últimos quatro anos que haviam sido deixados em um lugar desconhecido estavam aqui novamente, não pude conter uma alegria, meu coração se encheu de felicidade, e então vi minha mãe apressada segurando minha mão.

— Você está bem filha? – ela perguntou.

— Estou, estou muito bem, minhas memórias – sussurrei rindo – mãe eu me lembro de tudo – meus olhos encheram de lagrimas, eu estava muito feliz, queria desesperadamente sair dali e correr para os braços de Damon, e então veio o tapa na cara, ele estava inconsciente.

— Filha isso é tão bom – ela me abraçou forte.

— Já era hora em – Dr. Lincoln me deu um sorriso.

— Damon – sussurrei, eu queria vê-lo.

— Ele ainda está desacordado filha, está no CTI.

— Eu preciso ver ele, agora. – um desespero tomou conta de mim.

 Uma dor insuportável me bateu, parecia que alguém estava segurando meu coração na mão e o apertando com força, meu corpo tremia, eu não conseguia respirar e foi como se tudo a minha volta ficasse mudo, ele estava desacordado, logo agora que minhas memórias voltaram.

— Por favor Dr.  – olhei para ele – eu preciso muito ver ele – disse chorando.

— Tudo bem, acho que você tem o direito de ver ele, mas tem que ser rápido.

 Eu apenas assenti, ele me acompanhou pelo corredor do CTI no andar de cima, e eu tive que vestir uma roupa apropriada para entrar lá, lavei minhas mãos com álcool em gel e entrei. Ele estava do mesmo jeito, sua respiração era fraca, peguei sua mão e a levei em meu rosto, tentando não chorar de novo, beijei a palma de sua mão por longos segundos.

— Volta pra mim meu amor – comecei a chorar de novo, me lembrando de como eu fui ridícula – Eu me lembro de tudo bebê, de tudo – disse contra a palma de sua mão.

 Tive vontade de bater na minha cara, eu terminei com ele, eu me divorciei dele, e por que? Por uma criança que pode nem ser dele, como fui ridícula, e me lembrei de uma conversa que tivemos á alguns meses, dele dizendo que era diferente o amor que sentia por ele, do que o que eu sentia antes do acidente, e agora eu entendia perfeitamente o que ele quis dizer, me lembrando de tudo, eu sou capaz de entrar na frente de uma bala por ele, tomar toda a sua dor para mim, capaz de absolutamente tudo apenas para ver seu lindo sorriso, eu o amo não apenas com o coração, eu o amo com a minha alma. Fiquei mais alguns minutos admirando o homem que por anos foi a razão da minha vida, e me lembrei de seu olhar frio e de dor quando me viu com Nick, como pude fazer isso com ele? Como pude deixar tudo isso acontecer?

— Como você foi idiota Elena – disse em voz baixa á mim mesma.

 Eu estava sem memória, e praticamente voltei a ser a garota mimada e infantil que eu fui e tanto desprezava, infelizmente agora não adianta ficar lamentando, minhas decisões sem minhas memórias foram em sua grande maioria a pior possível.

— Elena – disse Lincoln ao abrir a porta – você precisa sair.

 Me aproximei de seu rosto, e dei um selinho demorado em seus lábios.

— Volta para mim meu anjo – passei a mão em seu cabelo, e relutante soltei sua mão e sai do quarto.

 Voltei á sala de espera, agora Caroline estava ali, corri até ela e abracei com força, fazendo ela cambalear, minha Car, como eu fui uma péssima amiga para ela, e ainda assim ela não me deixou, ainda assim me chamou para ser sua madrinha.

— Car – eu chorava em seu pescoço, agarrada á seu corpo quase a sufocando.

— O que é isso? – ela perguntou rindo.

— Eu me lembro, me lembro de tudo – ela soltou um oh e me abraçou com toda a força, chorando em meu ombro.

— Elena – ela me apertava, e eu não me importei, a sensação de abraça-la era maravilhosa, amo Caroline como uma amiga, uma irmã.

 Ficamos longos minutos ali, abraçadas e chorando sem parar, aos poucos nos soltamos, sua maquiagem estava toda borrada e ela fungava.

— Você demorou demais – ela deu um tapa leve no meu braço e eu ri.

— Me desculpa, eu fui uma amiga terrível – a abracei de novo.

— Você foi mesmo – ela fungou – vai demorar para compensar todo esse tempo.

— Ai Caroline – a apertei novamente.

 - Finalmente você recuperou essas benditas memórias Elena – disse Klaus parado do nosso lado, eu soltei Caroline e ele me deu um abraço forte e rápido – bem vinda de volta minha querida – e deu seu sorriso de lado.

— Obrigada, e me desculpem, mais uma vez.

— Você não teve culpa Lena, mas agora você voltou e é o que importa – Car riu limpando as lagrimas dos olhos, fiz o mesmo.

 Após longos minutos sendo abraçada pelos meus dois melhores amigos, vi Dani com uma cara triste, eu sabia que ela estava com ciúmes, fui até ela e me sentei ao seu lado.

— Por que está com essa cara? – perguntei.

— Agora que você se lembra dela, não vou mais ser sua melhor amiga.

— Daniela me poupe – disse rindo – você sempre vai ser minha melhor amiga, eu recuperei minha memória mas não vou me esquecer de você jamais, você esteve comigo em todos esses momentos difíceis.

— Mas é diferente Elena, você vai ficar diferente – nisso ela tinha razão.

— Vou ficar diferente para melhor – disse a abraçando, e ela fez o mesmo.

 O restante do dia foi difícil, eu era consumida por uma dor que não conhecia, algo sufocante, e a alegria de ter minhas memórias de volta foi afastada e empurrada por uma onda de desespero de perder meu amor, ele tinha que voltar para mim, a vida não pode ser tão injusta assim.

— Elena – minha mãe se sentou ao meu lado. – Estão querendo transferir o Damon para um hospital particular, onde o seguro de saúde dele vai cobrir.

— Tudo bem, vou até lá assinar. – disse me levantando, mas ela me segurou.

— Filha, você não pode mais fazer nada por ele, vocês estão divorciados – eu tinha me esquecido completamente disso, dessa grande burrada que eu fiz.

— Certo – não pude evitar a irritação, me sentei de novo.

— A Lilly já foi resolver tudo, e ele será transferido hoje a noite – ela deu uma pausa e ficou me analisando – o que você acha de ir para casa? Tomar um banho, comer alguma coisa e descansar um pouco.

— Não quero sair daqui mãe, quero ser a primeira pessoa a ver ele quando ele acordar, quero estar ao lado dele todos os minutos.

— Filha ele está praticamente dopado com a anestesia e os remédios, e vai ficar por mais algumas horas, você pode ir um pouco para casa, ele não vai acordar nas próximas oito horas.

— Tudo bem, eu vou para casa, tomar um banho, comer alguma coisa e vou para o outro hospital.

 Ela assentiu. Alguns minutos depois Lilly voltou á sala de espera, ela se sentou ao meu lado e pegou minha mão.

— Fico feliz que você tenha recuperado sua memória filha – Lilly, sempre me chamando de filha e me tratando com carinho, eu a adorava, e agora me lembro perfeitamente disso.

— Eu só queria que ele estivesse por perto quando isso acontecesse – choraminguei e ela passou a mão nas minhas costas.

— Ele vai ser transferido a noite, você pode ir para casa um pouco e voltar, se quiser eu posso deixa-la com ele na ambulância.

— Você faria isso? – ela estava sofrendo tanto quando eu, ele é o filho dela, o único.

— Eu imagino o que você está passando, todas as coisas que aconteceram entre vocês enquanto você estava sem suas memórias, e tenho certeza que não é fácil, e você deve estar se culpando – ela estaria lendo meus pensamentos? Ou isso estava tão na cara assim? – eu vou ficar aqui até você voltar.

— Tudo bem Lilly – suspirei – eu volto o mais rápido possível.

 Minha mãe disse que ficaria lá, para dar apoio a Lilly, pois ela sabia muito bem pelo que ela estava passando. Fui de carro com a Dani até em casa, ela estava em total silêncio o caminho todo. Entrei no apartamento e parecia que estava tudo diferente, mas a única coisa diferente ali era eu.

— Vou tomar um banho – disse á Dani, ela assentiu e foi para o sofá.

 Espero que ela entenda que nada vai mudar entre nós, ela é uma pessoa que vai ficar na minha vida, uma das poucas coisas que não me arrependo nem por um segundo é ter ficado amiga dela. Deixei a agua quente cair na minha cabeça, e relaxando meu corpo, pensando em Damon naquela cama e a vontade de gritar voltou á minha garganta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? aguardo os comentários (:
Gente não sei se vou postar mais um cap hoje, porque saiu nova temporada de OITNB e eu pretendo fazer maratona k então não sei se posto ainda hoje, enfim quem quiser falar comigo no twitter é @dobreholtt bj.



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