Coisas Quebradas escrita por Adriana Swan


Capítulo 8
Sansa Stark


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que não leram os livros, Alayne Stone é o nome que Sansa Stark usa quando está fingindo ser filha bastarda de Lord Petyr Baelish no Ninho da Águia.
A fic é baseada no livro, logo, Sansa continua no Ninho da Águia indo conhecer um rapaz que possivelmente poderia ser o futuro Lord caso o pequeno e doente Robert Arryn venha a falecer. Petyr pretende oferecer a garota em casamento a ele.
Essa explicação é das coisas que estão acontecendo no livro na última vez que Sansa aparece, caso você só tenha visto o seriado.
Agora vamos a fic!



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Coisas Quebradas

Adriana Swan

ALAYNE STONE

— Então… vamos falar sobre homens— Myranda falou enquanto se servia de mais uma taça de vinho.

Estavam num pequeno forte que não era nem de longe seguro como o Ninho da Águia. Lá em baixo, a maioria dos fortes (como aquele em que estavam) era feito em madeira e pedra, tornando-o seguro contra pequenos ataques e frágil para um guerra.

A neve caía mansa cobrindo o chão gelado lá fora. Estavam ali desde a noite anterior enquanto as mulas descansavam e se preparavam para partir de novo no dia seguinte em direção as terras da Senhora Waynwood, onde uma grande festança estava sendo preparada para o Lord Protetor, Petyr Baelish, o "pai" de Alayne. Um dúzia de cavaleiros havia decido das terras da senhora para encontrá-los ali no forte que marcava o meio do caminho entre o Ninho e as terras dos Waynwood. Estavam sendo esperados a qualquer instante desde que se ouviu o toque de um corno avisando que se aproximavam e o boato de que Harrold Hardyng era um desses cavaleiros deixara Alayne nervosa.

Mas Myranda tinha seus próprios meios de fazer o tempo passar.

— Melhor, vamos falar sobre reis— ela completou com um sorriso travesso.

No meio do grande salão, homens iam e vinham entre bebida, conversas e risadas. Lord Petyr estava sentado há alguma distância na mesa principal, enquanto que Alayne Stone ocupava uma mesa mais discreta e de acordo com seu nascimento bastardo ao lado de Mya Stone. Como haviam poucas mulheres (principalmente jovens) no Forte com quem conversar, Myranda resolvera se juntar as duas com um copo de vinho e muita malícia.

— Não sei nada sobre reis – Mya respondeu bebericando seu vinho morno parecendo emburrada antes mesmo de começarem o assunto.

— Não precisa saber muito sobre reis para conhecer os boatos, tolinha, - Myranda continuou se sentando mais junto as duas garotas no grande banco de madeira mais afastado das outras mesas. – Westeros teve tantos reis no último ano que poderíamos passar horas fofocando de suas vidas.

Alayne não estava nem um pouco inclinada a falar sobre Joffrey (ou mesmo lembrar dele), então teve a cortesia de ficar calada.

— Ora, vamos, numa guerra com Cinco Reis, não tem nenhum que vocês gostariam de esquentar a cama? – ela falou exasperada com a falta de interesse das garotas. – Mya? Nada a declarar? Alayne?

— Somos bastardas – Alayne comentou, educada, se pondo no lugar que agora lhe cabia.

— Não estou falando em casamento, estou falando em aquecer a cama deles. – Ela piscou fazendo charme.

O olhar de Myranda parecia realmente desapontado com o silêncio das duas, então Alayne resolveu entrar na brincadeira e fofocar também, um pouco de distração não lhe faria mal. Tentou varrer a imagem de Joffrey de sua mente e buscar a imagem de algum rei… algum que pudesse fofocar de forma interessante com a garota mais velha. Uma ideia se iluminou em sua mente.

— Humm… na verdade – ela começou baixando o tom, para tornar a fofoca mais divertida como fazia em seus tempos de menina inocente com Jeyne Poole – O falecido Rei Renly… bem, Renly Baratheon era um homem muito bonito, eu acho.

— Aha, - Myranda riu batendo palminhas de contentamento – conheço tantas histórias cabeludas de Renly Baratheon que te deixariam horrorizada.

— Mesmo? – ela perguntou surpresa, a jovem e bonita face de Renly tomando seus pensamentos e a enchendo de curiosidade. – Que tipo de histórias?

— Das mais cabeludas e safadas possíveis – Myranda respondeu levando Alayne e até mesmo Mya aos risinhos. – Se os lençois de Rei Renly contassem histórias deixariam vocês duas de cabelos em pé.

— A Rainha dele era muito bonita, segundo disse meu pai – Alayne informou, lembrando com carinho de Margaery.

— Vi dizer que está presa, vocês ouviram? – Mya comentou, entrando no assunto. Alayne concordou com a cabeça, uma certa tristeza invadindo seu peito. Gostava muito de Margarey Tyrell.

— Presa por fornicação – Myranda deu um risinho malicioso – vendeu-se a Rei Joffrey e Rei Tomem como virgem e segundo boatos, teve homens esquentando sua cama em Porto Real.

— São só boatos – Alayne se viu na necessidade de defender a amiga – além do mais, se ela realmente está desonrada como dizem, provavelmente foi com Rei Renly, pelo tempo em que estiveram casados.

Maragaery lhe parecera bastante honrada na época em que a conhecera, o que a fazia desconfiar de todos aqueles boatos sobre a honra da garota e ainda mais do absurdo dela estar se deitando com Sor Osney Kettleblack. Quanto a não ser mais donzela… bem, Margarey já fora casada, apesar de ter mentido quando casara com Joffrey e com Tomem, seria natural que ela tivesse consumado seu casamento com Renly.

Não haviam muitas pessoas por aí como Sansa Stark, que casara e continuara sendo donzela. Essa era uma graça que Sansa teria que agradecer a Tyrion um dia, se tornasse a vê-lo.

Mas Sansa Stark desaparecera, agora só restava Alayne Stone.

— Claro – Mya concordou – e além do mais, Rei Joffrey era muito menino ainda e… um Rei não tão bom assim. Eu também ia preferir Renly.

Alayne concordou satisfeita. Preferiria mil vezes ter mil noites com Renly Baratheon que uma única com Joffrey.

— Segundo os boatos que ouvi, não tenho certeza que Rei Renly seria realmente capaz de desonrar a rosa Tyrell – Myranda comentou fingindo pouco interesse.

As duas garotas bastardas abriram bem os olhos, surpresas.

Como assim?!— As duas questionaram juntas.

A outra tomou mais um bom gole de vinho, se vangloriando por conhecer aquela fofoca digna de realeza.

— Dizem os boatos que na verdade o Rei Renly – ela informou baixando o tom e observando a reação das outras duas – gostava mesmo era de rapazes.

O queixo das duas caiu de surpresa.

Sério?!— Mya indagou divertida.

— Não creio – Alayne falou meio abobada lembrando de Renly, do quanto era bonito, do quanto era vaidoso, do quanto era másculo.

— Na cama de um rei tudo é possível – Myranda falou se mostrando muito bem informada sobre a cama dos reis – Rei Robert era o safado que todas sabemos, com uma dúzia de bastardos espalhados pelos Sete Reinos, Renly… - ela ri de novo – dizem que gostava de rapazes e até Rei Stannis já é vítima de boatos maliciosos.

— Aquele sobre sua rainha ter deitado com seu bobo e sua filha ser bastarda? – Alayne perguntou. Ouvira esses boatos por toda Porto Real.

— Novos boatos – Myranda falou gesticulando para mostrar que os boatos do bobo eram passado. – Dizem por aí que Rei Stannis tem esquentado sua cama real entre as pernas de sua Sacerdotisa Vermelha.

O rubor subiu as faces de Alayne. O vinho, a conversa quente e a linguagem vulgar de Myranda a excitavam.

— Boatos maldosos para se falar sobre um Rei – Alayne falou, mas não resistiu um risinho malicioso também. Estava adorando a conversa. Desde seus tempos com Jeyne Poole não tinha uma conversa tão relaxada sobre homens, e Jeyne não era nem de longe maliciosa como Myranda e era tão inexperiente como a própria Alayne.

— São os únicos que me chamam a atenção – Myranda continuou. – Acho que se os homens de Pyke não fossem tão… piratas, seria um bom Rei para se aquecer a cama. Dizem que os Homens de Ferro são cheios de fogo na cama.

— Ah, com certeza – Alayne concordou lembrando-se de Theon Greyjoy. Fazia meses que não pensava no antigo protegido do seu pai, na verdade, desde soubera de que ele matara seus dois pequenos irmãos ela evitava ao máximo pensar nele.

Myranda e Mya olharam para Alayne com um sorriso travesso nos lábios.

— E posso saber como a bastardinha donzela do Senhor Protetor tem tanta certeza sobre o calor da cama dos Homens de Ferro? – Myranda indagou sob o sorriso de aprovação de Mya.

— Eu… - Alyane se sentiu corar ainda mais, envergonhada e sem saber bem o que responder. – Eu ouvi histórias. Só isso.

As duas deram uma sonora gargalhada do constrangimento da moça.

— Claro que ouviu – Mya concordou rindo.

Alayne ficou feliz que não questionaram mais aquele respeito. Passara a vida ouvindo a mãe reclamar sobre as condutas vulgares de Theon Greyjoy e mais de uma vez a ouvira pedir ao marido que o punisse para que deixasse de ser pervertido. Seu pai apenas dava conselhos a Theon (nunca na frente de Sansa, é claro) e no fim nunca se importara o suficiente com aquilo para o proibir do que quer que fosse. Claro, tudo isso se passara na vida de Sansa Stark, não na dela.

—E você está nos enrolando, Mya, - Myranda repreendeu bebendo mais do vinho, suas faces já vermelhas de excitação – Alayne e eu já falamos com qual Rei nos deitaríamos. Falta você.

As faces da bastarda ficaram vermelhas como das outras duas.

— Eu? Bem… acho que nenhum – ela falou olhando para o próprio vinho, constrangida.

— Ande, deixe de bobagens. Até Alayne que é praticamente uma irmã silenciosa de tão pura já disse com quem deitaria. Fale Logo. – Myranda reclamou animada.

Mya Stone engoliu em seco.

— Bem… eu… - ela hesitou – Acho que me deitaria com Robb Stark.

O queixo de Alayne caiu de surpresa enquanto Myranda batia palminhas de felicidade. Quando falaram em reis-que-gostariam-de-esquentar-a-cama é claro que Alayne sequer incluíra Robb entre as possibilidades.

— Har, sabia que a danadinha da Mya já tinha alguém em mente – Myranda piscou com malícia olhando para Mya – Uma amiga minha viu Robb Stark em Correrrio no começo da Guerra. – Ela continuou como sempre, se mostrando bem informada - Disse que o Jovem Lobo era tão bonito quanto o Cavaleiro das Flores.

Mya assentiu animada, o rubor ainda em suas faces. Alayne ficou calada sem saber o que dizer. O irmão de Sansa era mesmo muito bonito, sempre se orgulhara, mas achava Loras Tyrell um dos homens mais bonitos que já vira, como os cavaleiros das canções que Sansa gostava, um homem com o qual sonharia em ser esposa, e comparar Robb a tudo isso… ou será que ela pensava isso porque o via apenas como irmão mais velho? Porque nunca o olhara verdadeiramente como homem? Seu meio irmão Jon também era bonito e o protegido de seu pai era muito bonito mesmo, mas Robb com seus cabelos ruivos e olhos azuis sempre fora muito mais bonito que ambos. Pensando assim, ele realmente parecia ter uma beleza digna de ser notada.

— Ele era mais jovem que você, não era? – Myranda perguntou franzindo o cenho um pouco.

— Rei Joffrey e Rei Tomem são mais jovens que a flor dos Tyrell – ela argumentou em sua defesa – além do mais, você disse que não era sobre casamentos, era sobre aquecer a cama dele.

Mya sorriu com certa malicia misturada com vergonha enquanto Myranda gargalhava animada. Alayne sentiu as faces queimarem. Em Winterfell, Sansa sabia que muitas criadas desejavam aquecer a cama de seu irmão e esse era um ponto que sua mãe tratava com bastante cuidado, mantendo todas essas mulheres longe do castelo assim que ficava sabendo de sua malícia. Dizia que não caía bem ao filho de um grande senhor deitar com criadas, podia se tornar um vício. Seu pai concordava sempre, mas nunca fizera nada para afastar nenhuma dessas mulheres do castelo.

— Sempre soube que Mya gostava de animais – Myranda falou se dirigindo diretamente a Alayne – mas nunca soube que ela queria criar um lobinho.

— Ah, se criasse aquele lobinho – Mya comentou rindo da forma de se referir ao Jovem Lobo como um lobinho de estimação – não haveria de deixar faltar-lhe nada. Trataria, aparava o pêlo, daria banho. Dormiria bem aquecido todas as noites. – Ela terminou sorrindo.

— E bem alimentado – Myranda completou com malícia – aposto que daria de mamar a ele direto de suas tetas.

— EEECA – Alayne exclamou fechando os olhos e tentando se livrar da imagem mental daquele cena. Não conseguia pensar em nada mais nojento do que imaginar o próprio irmão em suas intimidades de cama.

Eca?!— Myranda riu alto da reação exagerada de Alayne – Você diz isso porque ainda não provou de um homem. Aposto que iria as nuvens se tivesse Robb Stark mamando nas suas pequenas tetas.

Não— Alayne afirmou enojada levando a mão ao rosto para apertar os olhos como se isso pudesse varrer as imagens que se formavam na sua mente – não quero nem pensar nisso.

— Está na hora de perder essa inocência, Alayne – Myranda reclamou impaciente – a cama de um homem não deve causar nojo ou medo. Um dia saberá. Tenho certeza que a cama do Jovem Lobo só lhe traria felicidades, menina.

Na verdade, Alayne conhecia todas as verdades nas palavras de Myranda. Em seu leito de casada com Tyrion Lannister, conhecera o nojo e o medo em sua noite de núpcias e ambos se mostraram infundados. Hoje quando pensava em seu casamento com o Duende, sentia certo remorso por não ter sido consumado. Tyrion nunca lhe quisera o mal ou fizera a ela nada que a machucasse ou humilhasse. Na verdade, as vezes, quando dormia com o pequeno Robert ou quando Petyr a beijava na boca, sentia saudades do anão. Tyrion nunca lhe fizera nada disso enquanto ele era o único que realmente tinha esse direito. E a protegera de Joffrey desde antes de casarem. A mantivera o mais longe possível daqueles que a queriam magoar. Lembrou com tristeza de sua oferta de ir embora de Porto Real, de ir para Rochedo Carterly e pensou se algo teria sido diferente se ela tivesse aceitado, mas recusara, enquanto ele só queria a confortar. Em Porto Real era difícil confiar em um Lannister, mas com a morte de Joffrey ela via mais claramente o que seu casamento significara. Só vivendo como Alayne Stone é que ela percebera o quanto devia ao Duende.

— Sabe – Alayne concordara tirando a mão do rosto e encolhendo os ombros derrotada – talvez a cama do Rei no Norte me fizesse bem mesmo.

Fugindo da malícia das garotas, refugiou-se nas lembranças de todas as vezes que dividira a cama do irmão. Era comum quando tinha pesadelos levantar no meio da noite agarrada com o travesseiro e vestida de roupa de dormir e ir correndo para o quarto do irmão mais velho, para que esse afastasse seus medos e a deixasse dormir juntinha a ele. Arya sempre corria para a cama de seu meio irmão, Jon Snow, mas Sansa Stark corria para a cama de Robb. Mesmo com seus irmãos virando rapazes, o que resultara numa briga da mãe com Jon Snow quando ela proibira que Sansa ou Arya dormissem nas camas de Jon ou Robb por estes já estarem em uma idade em que isto não era apropriado para a honra das meninas. Dessa vez seu pai intervira, argumentando que mesmo quando já era homem feito dormia com sua irmã Lyanna (que já era moça florida) e isso nunca trouxera desonra a nenhum deles. Assim sendo, Arya continuou a dormir com Jon Snow e Sansa continou a dormir com Robb sempre que tinham pesadelos.

— Posso me intrometer na mesa das garotas? – o voz de Petyr Baelish chegou a elas despertando Alayne de seus devaneios. Mya corou e tomou um longo gole de vinho quando ele se aproximou delas. – Atrapalho alguma coisa? – Ele perguntou divertido com o constrangimento da bastarda. – Posso perguntar qual o assunto?

— Qual seria? Homens!— Myranda respondeu com uma gargalhada baixando o tom e completando em seguida. – Estávamos debatendo qual de nós tinha vontade de esquentar a cama do Rei no Norte, o Jovem Lobo.

Petyr ergueu as sobrancelhas, um riso sarcástico no rosto.

— Mesmo? – indagou curioso. – E minha querida filha participou desta conversa? Não sabia que queria esquentar a cama do Jovem Lobo, querida.

— Claro que não queria, pai – Alayne falou, sentindo as faces queimarem e olhando para o vinho em vez de encarar Petyr.

— Ah, Senhor Protetor, sabe que ela não assumiria isso na sua frente. É uma boa menina. – Myranda comentou com um risinho – Além do mais… Robb Stark era sobrinho de sua falecida esposa, não era?

— Senhor Protetor, eles chegaram – um dos homens gritou do outro lado do salão. Para alívio de Alayne, as atenções foram todas voltadas para as grandes portas do salão e seu pai arrumou sua postura e se dirigiu para lá com boa parte de seus senhores.

As grandes portas de madeira se escancararam enquanto entravam os convidados, todos bem agasalhados contra o frio. Dava para ver que do lado de fora, montes deles estavam buscando abrigo enquanto pelo menos duas dúzias de senhores bem armados entrava no salão.

— Você deve ser Harold, suponho. – Petyr falou com um sorriso para um rapaz que entrara na frente, ladeado por um grande homem com marcas no rosto que pareciam tatuagens. O homem que devia ser Harry, o Herdeiro, parecia tenso e um tanto pálido. Não devia ter mais que vinte anos e algo na mente de Alayne a fez notar que estava desarmado, diferente dos homens que o acompanhavam. – Sou Petyr Baelish, o Protetor do Vale.

Havia certa hesitação em seu pai quando dissera aquilo, mas nenhuma resposta veio de ninguém a não ser um leve aceno de cabeça de Harry concordando. Havia algo tenso no ar. Muito tenso.

— Poderia nos servir uma bebida? Um pouco de vinho talvez? – Harry murmurou com a voz um tanto rouca. O silêncio no salão era total e todas as atenções estavam voltadas para ele e o Lord Protetor.

Petyr deu um meio sorriso sarcástico, olhou atentamente para os homens que acompanhavam O Herdeiro e respondeu.

— Para quê? As leis da hospedagem já não são as mesmas desde o Casamento Vermelho.

Harry ficou pálido como a morte ao ouvir aquilo e com um barulho de aço o homem grande a seu lado desembainhou a espada num piscar de olhos e a encostou nas costas dele, enquanto os tantos homens que vieram com eles fizeram o mesmo. Uma pequena confusão quis começar, mas os homens que chegaram, embora em número talvez inferior, estavam bem armados, enquanto os homens festejando ali dentro estavam bêbedos e sem aço. Vindo lá de fora podia-se ouvir o som de espadas onde uma luta começava.

— Sem leis de hospedagem? – o homem com a espada nas costas de Harry falou – Não sabia que estávamos lidando com Freys.

— O que querem? – Petyr indagou mantendo a postura de Lord protetor. – Ou melhor, parecem mercenários, podemos negociar. Gosto de mercenários.

— Soubemos que você está guardando uma pessoa, alguém de muito valor. – O homem prosseguiu – Não negociamos isso.

— Meu enteado, Lord Robert Arryn? – Petyr ergueu as sobrancelhas. – O amo como a um filho. Tenho certeza que podemos negociar, farei o que quiser por sua vida.

— Então fique com ele – o mercenário concluiu. – Podemos dar um olhada em suas mulheres? Nas ruivas, de preferência.

O estômago de Alayne se revirou e ela achou que fosse vomitar. Petyr Baelish ficou tenso, sua feição demonstrando nervosismo pela primeira vez.

— Como quiser – concordou com o mercenário.

Alayne engoliu em seco.


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