Meu Pequeno Amor 2 - Segunda Geração escrita por FireboltVioleta


Capítulo 26
Epílogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691520/chapter/26

 

ROSE

 

Engraçado.

È engraçado o como coisas tão pequenas se tornam tão especiais, depois que algo extraordinário acontece.

Tudo, no fim das contas, havia voltado ao normal.

Os Malfoy, aliviados, haviam tirado o dia para paparicar Scorpius – e, surpresa, agradecer a Pandora por ter nos ajudado, antes que fôssemos resgatar Scorpius.

Papai e mamãe também haviam conversado com ela. E, ao menos para mim, papai finalmente superara seu anterior rancor com a mulher, ao ponto de presenteá-la com um bem-intencionado – mas risível – lenço de cabelo. Pandora rira tanto que Madame Pomfrey teve que lhe dar uma Poção da Serenidade numa tentativa de acalmá-la.

Oliviene tratara de finalmente arquivar o novo caso de acidentes com vira-tempos, e se encarregara de treinar um grupo de funcionários do Ministério para quaisquer outros casos como esse. Assim, se – Deus nos livrasse – algo desse tipo ocorresse novamente, não ficaríamos a mercê das pesquisas de reversão.

Fred e Clary haviam assumido o namoro de uma vez por todas, fazendo várias pessoas ficarem desoladas e furiosas. Havia até quem tivesse torcido para que o garoto levasse um pé na bunda no mesmo dia - o que, para desgosto dos invejosos, não aconteceu.

Ambos, felizes e carinhosos, roubaram atenção o bastante dos alunos para que ninguém perguntasse o que diabos acontecera comigo e Scorpius.

Havíamos decidido não tocar no assunto até então. Primeiramente por que eu estava feliz por vê-lo de volta ao normal.

Mas também por que ainda doía.

Sentia uma imensa falta do meu anjinho louro.

Ainda estava confusa com toda aquela gama de sentimentos e emoções que o pequeno Scorpius deixara em meu coração. E não conseguia desvincular a personalidade temporariamente fraternal dentro de mim. Ele havia me feito sentir e ser como jamais acontecera em minha vida. Me ensinara a amá-lo de novas formas e extensões.

No entanto, aquela sensação saudosa era encoberta o bastante pela alegria de ter meu namorado irresistível, adorável e teimoso ao meu lado novamente.

Por mais incrível que fosse, nada sobre o que ocorrera na Casa dos Gritos chegou aos ouvidos de ninguém em Hogwarts, exceto eu e minha família.

Ainda assim, de alguma forma, alguém pareceu descobrir, e contar para a última pessoa que poderíamos querer que soubesse do ocorrido.

Foi com uma desagradável surpresa que cruzamos com Rachel Belmore em um dos corredores do castelo, dois dias após a reversão de Scorpius.

Scorpius automaticamente agarrara meu pulso, pondo-me atrás de seu corpo. Era estranho senti-lo me protegendo outra vez, quando fora eu a protegê-lo em todos aqueles últimos dias.

Rachel trazia a varinha em riste, coçando o queixo indolentemente, nos encarando de forma maldosa.

— Ah, aí estão vocês – ela sacudiu um pouco a varinha em nossa direção. Senti minha mão e a de Scorpius enrijecerem na direção dos bolsos – então é verdade. Era você o tempo todo – deu um muxoxo ao encarar Scorpius – bem que eu suspeitei que aquela carinha catarrenta me era familiar.

— Não sei do que está falando – rosnou Scorpius, olhando-a enfurecido – agora saia da frente, Belmore.

Para nossa surpresa, o comparsa de Rachel, William, surgiu logo atrás dela, mirando em nossa direção com sua varinha. Belmore nos impediu de prosseguir, pondo-se entre nós e o próximo corredor. Apontou a própria varinha para nós, fazendo com que desembainhássemos as nossas na mesma hora.

— Não tão rápido, doninha – ela falou em voz baixa e ameaçadora – se quer saber… ainda devo uma azaração para os dois!

Antes que pudesse prosseguir, porém, um vulto surgiu entre nós quatro, virando-se na direção de Rachel e William.

Senti vontade de rir quando reconheci a longa juba de cabelos bastos.

Belmore recuou um pouco, surpresa.

— Ah… olá – ouvi Pandora dizer, sem adivinhar se ela havia aberto algum tipo de sorriso torto – então vocês são as pequenas cobrinhas que andam dando tanto trabalho para Rose – ela me olhou de relance, e agora podia ver que realmente sorria, de um jeito sarcástico – bem… - voltou a cabeça na direção deles – eu vou direto ao ponto, crianças. Já fui e já lidei com vermezinhos como vocês. Fiquem longe desses garotos e não arrumem problemas… - sua voz baixou, num tom suave que, apesar de tudo, soou aterrorizante – ou quem terão problemas... serão vocês dois.

William piscou, aturdido. Rachel grunhiu de um jeito que devia soar ameaçador, mas vi seus olhos se turvarem de medo.

Parecia que mais alguém notara que Pandora não era o tipo de pessoa ao qual se devia aborrecer, afinal.

— Isso é uma ameaça..? - ela gaguejou, tentando fingir coragem, sem sucesso – você n-não pode fazer isso! Vou contar para a diretora..!

— A diretora? - Pandora fez gesto de pouco caso – ela é uma velha amiga… ah, meninos… eu já fiz coisas… que deixariam vocês estraçalhados— Pandora riu – não tenho nada a perder tirando mais uma ou duas criaturas do meu caminho… então estejam avisados – ela se virou para nós – bem… qualquer coisa, é só me mandarem uma coruja, queridos – suspirou – mal posso esperar por uma oportunidade de usar aquela velha adaga outra vez...

Vi que Scorpius usava todo o autocontrole para não sorrir, enquanto Pandora passava por nós, desaparecendo com uma última piscadela no corredor anterior.

Era hilário ver Rachel e William agora – ambos aparvalhados e amedrontados. Achei que ia morrer sem vê-los assim.

Belmore me lançou um olhar encolerizado, mas simplesmente fechou a mão no braço de William e o arrastou para trás, correndo com ele pelo corredor adiante, e sumindo de vista.

— Ok – Scorpius disse, após alguns segundos – isso foi…

— Estranho – completei, rindo.

— Eu ia dizer “memorável” - ele sorriu, me cutucando – acho que Rachel não vai mais nos importunar por um bom tempo agora – ele franziu oc enho – sua colega?

Suspirei, segurando sua mão.

— Uma… amiga da família – falei, abrindo um sorriso.

— Amiga sinistra – ele brincou, fazendo-me gargalhar.

Scorpius segurou meu rosto entre as mãos, olhando em meus olhos.

Eu não cansava de ver os dele – aquelas duas piscinas límpidas e profundas, na qual eu jamais me cansaria de mergulhar.

— Por que você é tão bonita, Rosie? - ele suspirou, encostando a testa na minha.

— Para combinar com meu namorado – eu disse, pousando minha mão sobre seu peito enquanto ria – e não estou falando do lado de fora. È aqui que você simplesmente é maravilhoso, Scorpius.

Ele pareceu tentar retrucar com algo igualmente espirituoso, mas simplesmente inclinou o rosto e me beijou – o que dispensava qualquer coisa que quisesse dizer.

Deixei que meu corpo se aninhasse no ninho macio de seus braços, retribuindo carinhosamente, enganchando meus braços em seus ombros.

Meu coração pulou, rejubilante, absorvendo a felicidade pulsante que me dominava.

Aquele seria meu futuro – amar aquele garoto com todas as minhas forças.

Ser amada na mesma intensidade por Scorpius Malfoy, o inusitado e extraordinário amor da minha vida.

Mas, além de tudo, lembrar dele de todas as formas possíveis – incluindo a sua parte meiga, infantil… aquela que, assim como eu, via alegria em toda e qualquer parte de sua vida.

Afinal, eu nunca esqueceria de todos os momentos maravilhosos que passei – e viria a passar – com aquele que fora, desde sempre, o meu pequeno amor.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Pequeno Amor 2 - Segunda Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.