Yin Yang escrita por Typewriter


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Desejo-lhes uma boa leitura



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A Professora Sprout estava parada atrás de uma mesa de cavalete no centro da estufa. Havia uns vinte pares de abafadores de ouvidos de cores diferentes arrumados sobre a mesa. Quando Harry tomou seu lugar entre Rony e Hermione, a professora disse:

— Vamos reenvasar mandrágoras hoje. Agora, quem é que sabe me dizer

as propriedades da mandrágora?

Ninguém se surpreendeu quando a mão de Hermione foi a primeira a se levantar.

— A mandrágora é um tônico reconstituinte muito forte — disse Hermione, parecendo, como sempre, que engolira o livro-texto. — É usada para trazer de volta as pessoas que foram transformadas ou foram enfeitiçadas no seu estado natural.

— Excelente. Dez pontos para a Grifinória — disse a Professora Sprout. — A mandrágora é parte essencial da maioria dos antídotos. Mas, é também perigosa. Quem sabe me dizer o porquê?

A mão de Hermione errou por pouco os óculos de Harry quando ela a levantou mais uma vez.

— O grito da mandrágora é fatal para quem o ouve — disse a garota prontamente.

— Exatamente. Mais dez pontos. Agora as mandrágoras que temos aqui ainda são muito novinhas.

Ela apontou para uma fileira de tabuleiros fundos ao falar, e todos se aproximaram para ver melhor. Umas cem moitinhas repolhudas, verdes arroxeadas, cresciam em fileiras nos tabuleiros. Não pareciam ter nada de mais para Harry, que não fazia a menor ideia do que Hermione quisera dizer com o "grito" da mandrágora.

— Agora apanhem um par de abafadores de ouvidos — mandou a professora.

Os alunos correram para a mesa para tentar apanhar um par que não fosse peludo nem cor-de-rosa.

— Quando eu mandar vocês colocarem os abafadores, certifiquem-se de que suas orelhas ficaram completamente cobertas — disse ela. — Quando for seguro remover os abafadores eu erguerei o polegar para vocês. Certo … Coloquem os abafadores.

Harry ajustou os abafadores nos ouvidos. Eles vedaram completamente o som. A Profª. Sprout colocou o seu par peludo e cor-de-rosa nas orelhas, enrolou as mangas das vestes, agarrou uma moitinha de mandrágora com firmeza e puxou-a com força.

Harry deixou escapar uma exclamação de surpresa que ninguém ouviu.

Em vez de raízes, um bebezinho extremamente feio saiu da terra. As folhas cresciam diretamente de sua cabeça. Ele tinha a pele verde-claro malhada e era visível que berrava a plenos pulmões.

A porta da estufa foi aberta bruscamente e uma jovem loira invadiu o local correndo diretamente para a muda de mandrágora, a tirando das mãos da mulher mais velha.

— Shi… já passou, ninguém vai mais puxar você. —Disse a recém-chegada de voz doce e melodiosa ninando a planta como se fosse um bebê.

Todos ali olharam espantados para a moça que fizera a plantinha ficar quieta.

A mandrágora foi posta num vaso e recebeu carinho em suas folhagens.

— Quem é o responsável por essa estufa? — A bruxa questionou olhando em volta.

Professora Sprout se aproximou espantada.

—Pode me ensinar? — Perguntou ela com admiração, para o espanto de seus alunos.

— Pegue sua varinha e faça um feitiço de expansão no vaso. — A loira instruiu.

— O que você pensa que está fazendo?! - Um rapaz esbelto e com uma aparência sombria encostado no batente da porta grunhiu.

— Ensinando esses bruxos a reenvasarem sem maltratar as mandrágoras. — Ela respondeu se voltando para ao homem.

— Não sabemos onde estamos e você quer brincar na terra, Helga?! — Brandiu exasperado.

— Se houvesse dementadores aqui já teriam atacado. Vá brincar com suas poções e me deixe com minhas plantas. — Ela mandou irritada—Estamos seguros, Salazar, e algo me diz que esses bruxos sabem onde estamos. - Concluiu amável.

— O fato de que eles possam saber onde estamos não significa que eles são confiáveis. — Resmungou o bruxo entrando ali caminhando prepotente até se agachar frente a Helga para, então, ergue-se com ela.

— Será que dá para ao menos perguntarmos a eles onde estamos ou você pretende usar de adivinhação para saber nossa localização e descobrir como voltamos para onde Godric e Rowena estão? - Inquiriu a feiticeira o olhando com uma sobrancelha loira arqueada.

— Certo, certo, mas se for uma armadilha feita por trouxas para conseguirem nos capturar eu vou matar todos. — Concordou ameaçadoramente.

— Ora, pare de assustar essas pobres crianças e esta senhora. Ninguém aqui me atacou, mas  se continuar com essa atitude eu mesma vou atacar você. Merlim sabe o quanto você é prepotente, desconfiado e irritamente! — Disparou ela simplesmente.

— Se eu não fosse assim já estaríamos mortos! — Retrucou ele com um olhar fuzilante. — E você é doce demais para se atrever a duelar comigo, Helga. — Afirmou ele se pondo entre a garota e os outros presentes ali.

—Só porque eu prefiro ver o lado bom das pessoas e acredito que os mestiços ou até mesmo os trouxas de nascimento são descentes de bruxos poderosos e você os menospreza, só por ser mais pacífica e compreensiva que você não significa que eu sou indefesa. Você não sabe do que eu sou capaz, Salazar! — A dama replicou sentindo-se frustrada.

— Pela trigésima vez, eu não te considero indefesa. Você é a melhor de nós quatro, Helga e estou tentando te manter assim. — Ele disse tão calmamente que parecia outra pessoa, ou, talvez, até mesmo ter um caso de dupla personalidade. - Agora fique atrás de mim. — Mandou ele a colocando atrás de si novamente quando ela tentou passar para a frente dele.

— Quando foi que vocês casaram? — A pergunta de Neville e fez com que a dupla parasse de discutir e se o encarasse, lembrando-a de eles não estavam sozinhos ali.

—Neville! — A professora o repreendeu enquanto o casal ficou corava fortemente e negava veemente com a cabeça.

—Onde é que nós estamos? — Helga perguntou mudando de assunto descaradamente.

—Aqui é Hogwarts, senhores. — A professora respondeu fazendo uma reverência.

—Ó! Nosso sonho se tornou verdade, Salazar? Se isso for real adoraria que nossos amigos estivessem aqui para ver isso. — Disse Helga saindo de trás dele e o encarando com olhos brilhantes.-— Não pensei que viveria para ver isso. — Disse maravilhada.

Salazar murmurou algo na língua das cobras que fez com que a moça abaixasse a cabeça entristecida.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que acharam e fazem esta autora feliz



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