Dangerous escrita por Karina A de Souza


Capítulo 34
Andrew Fellow


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo hoje :)



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—Onde você estava?-Ress perguntou, assim que passei pela porta. Ele parecia preocupado. Não por menos, eu cheguei tarde e estava com o rosto todo marcado por lágrimas.
—Em casa.
—Jen, você sabe que...
—Não, não no meu apartamento. Estava na casa onde morei... Com... As pessoas que diziam ser meus pais.
—Jenna, o que aconteceu?-Me sentei no sofá.
—Vem aqui. Tenho que contar uma coisa.
Contei toda a história à Ressler, começando quando li no meu arquivo que morei por quatro anos num lar adotivo, e terminando quando Red disse que um dia me contaria tudo.
—Tenho medo do que ele não me contou. –Confessei, Ress segurou minha mão. –Muito medo. Se ele não quis dizer... Então essa história é mais sombria do que acho.
—Acha que ele machucou você?
—Não, claro que não. Reddington não é do time dos bonzinhos, mas não é o tipo de cara que machuca crianças. Sei que ele está escondendo algo, mas não imagino o que.
—Além de que esqueceu quatro anos da sua vida.
—É. Tipo... O que aconteceu? Por que esqueci tudo? Red sabe, mas não me contou. Acho que... Algo ruim aconteceu, e talvez eu tenha bloqueado isso. –Respirei fundo.
O que raios Reddington fez comigo?
Toda vez que eu forçava minha mente, pra tentar lembrar de algo daqueles quatro anos... Vinha apenas a escuridão. Quatro anos apagados. Quatro anos vivendo com Raymond Reddington. Por que eu havia os esquecido? Me lembrava da morte dos meus pais, mas nada além disso, e depois, quando fui levada à Dangerous. Aquele intervalo entre os dez e catorze anos era pura escuridão. Não havia nada para se lembrar.
***
—O próximo nome da lista nos leva a um clube de luta clandestino, onde todo tipo de crime é cometido. –Keen começou, olhando algumas pastas. –O lugar está no nome de Andrew Fellow. Precisamos de provas...
—E temos um plano. –Red interrompeu. Me ajeitei melhor na mesa de Aram, recebendo um olhar reprovador do mesmo. –Andrew vai falar tudo o que preciso, caso ganhemos uma luta. Preciso de dois agentes disfarçados comigo.
—Eu posso...
—Não. Você não. Não é um lugar agradável, coisas ruins acontecem lá. Você não vai. Jenna pode ir. Ela era uma Dangerous, vai se dar bem.
—Posso ser sua lutadora. –Ofereci.
—Infelizmente, não.
—Por quê?
—Mulheres não são bem vindas lá, acompanhadas tudo bem, mesmo assim, não são. Mulheres lutadoras são raras, é um clube de homens, e poucas se arriscaram lá. As que perdem as lutas são violentadas na frente de todos. Uma lição horrível para o sexo feminino. –Tentei não mostrar o choque que passou por mim. Que espécie de lugar era aquele?
—Acho que posso ganhar. Já me viu lutando?
—Não vou arriscar. –Suspirei. Keen parecia vingada.
—Então quem vai lutar por você?
—Ele. –Apontou para Ress, que pareceu surpreso.
—Não acho uma boa ideia.
—Posso fazer isso. –Ressler avisou. –E vou.
—Ress...
—É um tipo de vale tudo, se não me engano. –Red interrompeu. –Acho que vai sobreviver. Se perder aquela luta, estaremos ferrados. Se ganhar, consigo as provas contra Andrew.
—Por que ele está na sua lista?
—É uma longa história. –Se virou e saiu.
***
—To começando a achar que tem algo errado aí, Raymond. –Avisei, girando no lugar, exibindo o resultado após colocar o vestido vermelho, curto e colado, que precisava pro disfarce. –Que mania de me fazer vestir essas coisas. Tem algo que queria me dizer?
—Não. Mas esses vestidos combinam com você.
—Sem comentários. Você é um velho sem vergonha, é isso que é. Uau. –Ress saiu da sala dele, já pronto. Bermuda de lutador, jaqueta por cima de uma regata branca.
—Parece que estamos prontos.
—Parece que sim.
No carro, Red tinha conselhos pra mim.
—Não abra a boca em momento algum. Eles não gostam de mulheres.
—São gays?-Provoquei, tentando não me deixar ficar nervosa.
—Machistas ao extremo.
—Saquei.
—E fique perto de mim. –Olhei pra ele.
—Isso é por que é perigoso ou você tá afim de mim, Raymond?-Ele não respondeu, apenas sorriu.
A casa de lutas clandestinas era mais longe do que eu imaginei. Por fora aparentava ser um bar, cujo nome estava apagado pelo tempo. O local exterior era sujo, fiquei imaginando o interior.
Saí do carro dando umas dicas pra Ressler. Red me fez entrelaçar o braço com o dele, e repetiu seus conselhos.
—Já entendi. –Interrompi. –Nada de falar e nada de me afastar de você. Não precisa repetir, eu não sou burra.
—Mas tem uma leve tendência a não seguir ordens.
—Leve?-Ress murmurou, sem olhar pra mim. Entramos. Parecia só um bar, mas Red disse que as lutas aconteciam no porão. Assim que nos aproximamos de um balcão, um cara que devia ter minha idade se meteu na nossa frente.
—Reddington, que surpresa. –Disse. –Posso saber o que quer aqui?
—Uma luta. –Red respondeu. –Meu lutador contra o da casa. –O homem olhou pra Ressler, segurou o riso, e olhou para Red de novo.
—Tem certeza? O nosso campeão está invicto faz umas dez lutas.
—Hoje ele vai perder, Marcel. –O homem nem se abalou.
—Quanto?
—Se ganhar, quero conversar com Andrew.
—Tudo bem. Se perder... Bem... Fellow vai saber o que fazer. –Olhou pra mim como se não tivesse me visto e eu fosse bem desagradável. –E essa daí?
—Está apenas me acompanhando.
—É bom não desgrudar dela, temos muita gente lá embaixo hoje. Vamos. –Seguimos Marcel para o porão, que era maior que o próprio bar. Era impressionante. Mais de sessenta homens se espremiam pra caber lá embaixo. Um ringue grande, com grades de mais de quatro metros, estava bem no meio do porão. O cara lá em cima era enorme.
—Esse é o campeão da casa?-Sussurrei, me inclinando na direção de Red. Donald vinha bem atrás de mim.
—Sim. –Respondeu.
—Ele dá três do Ress. Vai matá-lo.
—Vamos ter que descobrir. Tente fotografar alguma coisa, pode ser útil. –Fiz que sim. Ress foi chamado por Marcel e passou por mim, me entregando a jaqueta.
—Boa sorte. –Assentiu.
Com a jaqueta em mãos, eu peguei o celular, escondendo-o da vista dos outros e bati umas fotos. Havia garotas menores de idade ali, com caras bem mais velhos. Havia droga, sendo passada de mão em mão, e até foi oferecida à Red, que recusou (“Eu até aceitaria, mas quero me manter focado na luta”).
Parei de fotografar quando Ressler entrou no ringue.
—Senhores... E... Prostituas... –Marcel começou, lançando um olhar pra mim. Filho da mãe. –Hoje teremos uma luta... Comum. Nosso campeão, James, contra o lutador de Raymond Reddington, Mike. –Sim, Mike. Não podíamos arriscar dizendo o nome verdadeiro do nosso lutador, podíamos? –Façam suas apostas! E que comece a pancadaria!
Um som alto soou, então James investiu contra Donald, acertando um soco nele. Ress revidou, mas tive a impressão de que não foi tão forte. Meu coração disparou. O campeão da casa ia matá-lo e faze-lo em pedacinhos!
James era como uma máquina de matar. Acertava um soco atrás do outro, sem parecer se cansar. Donald não conseguia manter o ritmo do campeão. Ele era um agente treinado pelo FBI, mas não para enfrentar um lutador (que parecia estranhamente profissional) de quase três metros e que tinha uma fúria assassina.
Quando Ress caiu pela primeira vez, eu dei um passo involuntário pra frente. Red apertou meu braço, me puxando pra trás.
—Se ir lá, vão te matar. –Sussurrou, sem largar meu braço. –Fique aqui.
Donald não conseguiu levantar rapidamente. Pensei que a luta tinha parado, mas James não esperou o oponente levantar, apenas se lançou contra ele, empurrando-o contra a grade e acertando-o repetidas vezes. Acho que gritei.
Ressler caiu de novo. James se preparou pra chutá-lo. Dessa vez eu ia até lá, mas Red me puxou de novo, as unhas se enterrando no meu braço.
—Jenna...
—Ele vai matá-lo, Red.
—Esperem!-Marcel gritou. Alívio me inundou assim que James se afastou de Donald, que parecia lutar consigo mesmo pra conseguir se levantar. –Temos um pequeno problema. Meus companheiros me avisaram que temos uma visita ilustre hoje. –Franzi o cenho. –Jenna Mhortiz. Uma Dangerous. –Apontou pra mim. Merda. –Seja bem vinda. Agora morra.
Não sei de onde saíram aqueles caras, só sei que dois deles agarraram meus braços, me forçando a ficar de joelhos no chão. Alguma coisa encostou na minha cabeça. Uma arma.
—Marcel, que isso?-Red perguntou, o tom não indicando nervosismo, apenas aborrecimento. –Não pode matar a minha garota.
—Ela é uma garota da lei, Raymond. Não pode ficar aqui. Atire nela.
—Espera!-Gritei, erguendo um pouco a cabeça. –Eu quero lutar com seu campeão. Se vencer, vocês não matam nenhum de nós, e nos deixam ir. Além de deixarem Red falar com Andrew. Se eu perder...
—Se você perder, matamos vocês três. Além de... Você aprender uma lição antes. –Engoli seco. James, do ringue, sorriu. –Vai mesmo arriscar? Se morrer aí, sem lutar, será uma morte rápida.
—Vou lutar.
—Tudo bem. –Me soltaram, levantei. –Façam suas apostas!-Ressler saiu do ringue, sangue pingando do nariz e da boca, diversas marcas no rosto todo. Ele estava muito machucado.
—Não faça isso. –Sussurrou, Red o segurou antes que ele caísse.
—Eu preciso. –Retruquei. Tirei os saltos, a pulseira e os brincos. –Estou pronta!
Os homens na minha frente abriram espaço, como se eu fosse uma celebridade passando no meio deles. Enquanto eu passava, alguns gritavam coisas feias, atiravam coisas, e uns até puxaram meu cabelo. Respirei fundo. Eles não iam me assustar.
Subi no ringue. James não parecia tão machucado quanto Ressler. E parecia bem animado. Achava que ia me vencer. E tinha grandes chances, infelizmente.
O mesmo som de antes soou. James avançou. Recuei acertando um chute nele, mandando-o pra trás. O vestido ia me atrapalhar, mas era isso ou lutar sem ele.
Furioso por ter levado um chute, James voltou, dessa vez com força total. Tentei desviar, mas ele foi mais rápido, acertando um soco na lateral do meu rosto. Caí, surpresa com a força dele. O cara mais parecia um touro.
Levantei rapidamente, sabendo que nem estando no chão ia escapar. Não era uma luta limpa.
James agarrou meu cabelo, provavelmente arrancando parte dele, e me virou, me prendendo de costas pra si, e passando um braço pelo meu pescoço. Marcel, bem humorado, gritou no megafone que segurava que James não devia me matar ainda.
Acho que o lutador não deu bola, ou não ouviu, pois aumentou a pressão no meu pescoço. Sem escolha, eu afundei os dentes no braço dele sem soltar. Sangue encheu minha boca, James me soltou com um grito. Cuspi e avancei na direção do lutador, acertando alguns socos nele. James logo revidou.
Desviei depois do quarto soco. O campeão me empurrou de cara na grade. Acabei caindo de bruços. Não consegui levantar.
Ressler e Red estavam bem na minha linha de visão. Donald parecia querer se aproximar, mas Raymond estava o segurando e falando alguma coisa pra ele, no mínimo o mesmo que me disse.
James me puxou pela perna de volta ao meio do ringue e me virou pra cima, ficando em cima de mim. Virei o rosto. Era isso. Perdi a luta. Não tinha forças pra levantar. Estava... Ferrada. Íamos morrer, mas não antes de eu levar a tal lição.
Inesperadamente, algumas memórias voltaram. Um dos meus instrutores da Dangerous estava gritando comigo, me chamando de fraca, de inútil, dizendo que eu não devia estar lá, que devia ser substituída por algum garoto. Eu não me lembrava do rosto do instrutor, mas me lembrava dos insultos dele. Isso me deixou com raiva o suficiente pra tirar forças sei lá da onde.
O braço direito de James estava apoiado perto da minha cabeça. Como sabia que eu já estava nocauteada, não tinha pressa alguma. Era como um gato encurralando um rato. Ele só se esqueceu que ratos mordem.
Assim que meus dentes cravaram no braço de James, a multidão de homens começou a gritar mais alto. Empurrei o grandalhão de cima de mim, derrubando-o. Não hesitei, acertei um soco atrás do outro no rosto dele, sem deixar tempo para que reagisse. Quando tive certeza de que ele já estava apagado, parei, me levantando com dificuldade. A multidão silenciou.
Eu havia ganhado. Eu. Uma mulher. Não podiam estar mais chocados. Marcel demorou a se recuperar do choque.
—Hã... É... Abram caminho, a campeã e seus companheiros vão passar.
Saí do ringue cambaleando. Ressler me segurou antes que eu fosse de encontro ao chão. Agora que eu não estava levando uma surra de James, podia sentir todos os machucados em mim. Meu lábio estava sangrando, assim como cortes no resto do rosto. Meu braço estava doendo, o pescoço e resto todo. Era como se James tivesse me pisoteado.
—Foi bem, Dangerous. –Red disse, se virando e seguindo Marcel. Ressler e eu fomos atrás de ambos.
O escritório de Andrew era lá em cima, nos fundos do bar. Marcel disse para Ress e eu ficarmos num tipo de sala de espera e seguiu com Red para o escritório do chefe.
—Você está bem?-Perguntei, me virando para Donald. Ele me puxou pra um abraço, ignorando que ambos estávamos sujos de suor e sangue.
—Estou. Jen, o que foi aquilo? Ele podia ter te matado.
—E podia ter matado você também. –Me afastei. –Eu ganhei a luta e estamos vivos, é isso que importa. –Levantei, enchendo um copo de água num bebedor. Lavei a boca e cuspi num lixeiro ali perto. –Que nojo, mordi aquele cara e provavelmente vou ficar com o gosto do sangue dele por um mês. Depois dessa merecemos umas férias.
—Estamos vivos, Meera não vai nos dar férias. –Sorri, apesar da dor no corpo todo.
—Não, ela não vai.
***
—Não acredito que ganhou a luta. –Keen disse, saindo comigo da enfermaria, onde Ressler e eu fomos após chegar à base. Eu estava bem melhor que meu namorado, por incrível que pareça. Ele não tinha sido liberado.
—Nem eu. Não sei como fiz aquilo. –Ela olhou as horas no celular.
—Tenho que ir, vamos invadir o bar de Fellow, já temos provas o suficiente. E não, - Interrompeu, vendo que eu abri a boca. –você não vai. Meera mandou você e Ressler saírem do caso.
—Mas eu estou inteira.
—Não são ordens minhas. –Parei de andar, ela continuou.
Na sala principal, Aram parecia indignado, mexendo no computador. Me aproximei, sentando na ponta da mesa.
—Que foi agora?-Perguntei.
—Reddington não gravou a conversa.
—Que?-Olhei pra ele.
—Ele levou uma escuta, pra gravar a conversa com Fellow. Mas não gravou nada. O estranho é que tem gravações desde que coloquei aquela escuta nele, mas ela para depois da sua luta.
—Talvez tenha acabado o tempo, ou...
—Não, a gravação continua depois que ele saiu do escritório. –Franzi a testa.
—Isso significa que ele não gravou a conversa de propósito. Então que provas estão usando?
—Suas fotos e o depoimento seu e de Ressler. –Assenti, me levantando.
—Vou descobrir o que aconteceu.
***
—Reddington disse que não devo deixá-la entrar se estiver com raiva. –O “capanga” de Red avisou, não me deixando passar por ele.
—Não estou com raiva... Hã... Como é mesmo seu nome?
—Dembe.
—Isso, Dembe. Não estou com raiva. Só quero conversar. –Ele pareceu refletir, então deu de ombros e saiu da frente da porta. Red estava sentado perto da janela, digitando numa máquina de escrever.
—Não acredito que ele te deixou entrar. –Comentou, sem olhar pra mim.
—Que raios você tá fazendo com isso?-Me sentei na frente dele.
—Escrevendo uma carta.
—Numa máquina de escrever?-Olhou pra mim.
—Isso fica entre mim e quem receberá a carta. O que quer?
—Por que não gravou a conversa com Fellow?
—Por que nada do que ele diria diz respeito ao FBI.
—A missão era nossa.
—E ele está na minha lista. –Sorriu e voltou a digitar.
—Não sei o que está armando agora, mas não deve ser bom.
—Não estou armando nada.
—Ah, está. Sempre que omite uma parte de uma história, sei que tem algo errado. Assim como sei que está escondendo muita coisa sobre mim e os quatro anos que passamos juntos.
—Algumas coisas precisam de tempo. –Estreitei os olhos na direção dele.
—O que quer dizer com isso?
—Que algumas coisas precisam de tempo. Que parte não entendeu?
—Não começa com gracinhas. O que não me contou? Por que me esqueci daqueles quatro anos?
—Se não contei, é porque não está pronta pra saber.
—Assim como Lizzie não está pronta pra saber que é sua filha?-Agora ele olhou pra mim.
—Do que está falando?
—Você é pai dela, não é? Se você me protege porque cuidou de mim quatro anos, o motivo de proteger Elizabeth deve ser muito maior. É pai dela ou Keen era outra garotinha sequestrada por aí que você acolheu?
—Você tem que parar de beber. –Voltou a escrever. Estava evitando olhar pra mim.
—Devia contar a verdade pra ela.
—Não existe verdade.
—Red!
—Jenna, se já acabou... Acho que já pode ir. –Me levantei.
—Ambos sabemos do que estou falando. E saiba de uma coisa: mentiras nunca ajudam numa história. Sei que é pai da Keen e que está escondendo alguma coisa sobre meu passado. E você vai me contar.
—Eu prometi que contaria, não prometi?
—Mas quando?
—Quando estiver pronta.
—Eu estou.
—Não. Não para a verdade.
Me virei e saí. Quando estaria pronta?


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Notas finais do capítulo

Teorias? Palpites? Alguém imagina por que toda essa confusão entre Red e Jenna? Comentem aí.
Até o próximo! ♥



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