La Reina. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Natal.




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P.O.V. Narrador.

Como sempre, chegou a época mais esperada do ano. O natal.

Mas, com ela no meio vai ser muito difícil manter a paz entre os homens de boa vontade.

O tempo passou, mas Klaus, Elijah e Renesmee não envelheceram nem um ano. Entretanto, os dois irmãos que antes eram muito unidos agora brigam por ela, disputando sua atenção.

P.O.V. Renesmee.

Finalmente o século em qual nasci chegou. O século XXI

E o meu plano está funcionando exatamente como eu queria. Dividir e conquistar. Embora eu sinta um pouco de pena do Elijah de vez em quando.

—Gostaria de dançar comigo?

—Claro. Seria uma honra.

Nós estávamos rodopiando graciosamente pelo salão de baile.

—O que você é?

—Eu sou a evolução da evolução. Mais forte do que um vampiro e mais poderosa que uma bruxa. Eu sou um pecado ambulante, odiada pelos dois lados do tabuleiro. As bruxas e os vampiros me odeiam, bom quase todos os vampiros me odeiam.

—Eu não a odeio.

—Eu sei.

Ele me rodopiou e de longe eu vi.

—Caramba! O que esses desgraçados querem dessa vez?

—O que? De quem está falando?

—Estão na porta. 

—Não estamos no dia das bruxas estamos?

—Não. Mas, eles não estão usando lentes de contato se é o que quer saber. Por favor, não faça nada sem me consultar ou eles vão torturar você.

Paramos de dançar e eu comecei a caminhar em direção a eles.

—Espere! Não pode ir lá sozinha.

—Relaxa.

Infelizmente ele me segurou e só me deixou passar quando estavam ele e o Klaus um de cada lado.

—O que estão fazendo aqui, Volturis?

P.O.V. Elijah.

A maneira como ela proferiu o nome foi com ódio e nojo.

—Viemos celebrar.

—O que posso saber?

—Só se me disser o seu nome.

—Não se lembra mais de mim, Aro? Porque será que eu não estou surpresa.

—É a cria dos Cullen, Mestre.

—Melhor ser cria de Cullen do que ser escrava de assassinos.

—Dor.

—Você é realmente patética e imatura Jane. Quantos anos você tem uns trezentos, quatrocentos? E ainda não aprendeu a se controlar e nem a se expressar.

A adolescente nanica e mirrada ficou chocada. Ela começou a procurar alguém com os olhos:

—A minha mãe não está aqui Jane. Eu sei me defender sozinha contra você.

—Como?

—Assim. Dor.

A garota foi para o chão, ela gritava desesperadamente, se debatia. Era como se estivesse sentindo uma dor terrível.

—É porque ela está Elijah. Ela está provando um pouco de seu próprio veneno.

—Você? Você tem os poderes de Jane?

—E os de Alec, os seus, os de Chealsee e o de todos os membros da guarda que você levou para a clareira naquele dia. Eu sou eficiente como uma máquina de xérox.

—Está dizendo que tem o dom de copiar outros dons?

—Viu? Eu sabia que ele tinha um cérebro em algum lugar.

—Como? Como adquiriu essa habilidade?

—Acho que Deus gosta de mim. 

—Está dizendo que nasceu com isso?

—Felizmente hoje você não esqueceu o cérebro no castelo.

O homem de olhos vermelhos tentou em vão avançar sobre ela. Niklaus e eu nos colocamos em seu caminho.

—Você tem novos protetores agora não é? Por isso está tão corajosa.

—Eu não preciso deles pra matar você.

De repente os olhos dele começaram a sangrar. Era como se ele chorasse sangue.

O homem passou a mão no rosto e cheirou.

—Isso é...

—Sangue. Seu sangue.

Ele continuou a sangrar pelos olhos até gritar:

—Eu não consigo ver! Eu estou cego!

—Você sempre foi cego Aro. Só não sabia disso ainda.

Ele se virou para os demais.

—Por Deus irmão! O que houve?

Niklaus respondeu:

—Houve a Renesmee.

—Como fez isso?

—Eu sou o ser mais poderoso do mundo. Não se preocupe Aro, logo você vai voltar a ver, mas não vai ver como via antes.

—Explique.

—Os olhos são os espelhos da alma e agora eu inverti os seus espelhos. Você vai ver as almas das pessoas ao invés de ver o corpo físico delas. E deve permanecer assim, até que aprenda o que é verdadeiramente importante.

Então os olhos dos outros dois começaram a sangrar. E os três vampiros a quem os outros chamavam de Mestres ficaram cegos.

—Eu.. eu posso ver vocês, mas vocês dois são horrendos.

—Cometemos muitos pecados.

—Ela no entanto, não mudou nada. Continua exatamente como estava antes só que ela brilha.

—Linda. 

—Vou dar um concelho a vocês três. Não se olhem no espelho.

—Eu adoro essa música. 

Nós dois lhe oferecemos como parceiros de dança, mas ela me escolheu.

—Lamento Klaus, eu amo você. Mas, você não é meu.

—O que?

—Elijah é o homem da minha vida. E logo você vai encontrar a mulher da sua vida. Não deixe-a escapar.

Voltamos a dançar uma música que eu não conhecia.

—É One Republic. Chama Say (All I Need).

—Então, sou o homem da sua vida?

—Sim você é. Que porcaria!

—O que?

—Você tá ferrado. Os meus parentes estão aqui.

—E daí?

—É com o seu pescoço que estou preocupada. O meu pai vai te interrogar e verificar as respostas, aconteça o que acontecer não minta para ele.

—O que quer dizer com verificar as respostas?

—Meu pai é telepata e eu também.

Ela sorriu meio sem jeito.

—Consegue ler a minha mente?

—É. Eu não queria que soubesse, porque iria me olhar assim. A minha vida toda, todos que sabem olharam pra mim assim!

—Assim como?

—Vocês nem ao menos percebem não é? Olham pra mim com desconfiança como se eu fosse uma espiã ou coisa do tipo.

—Eu não penso que seja uma espiã.

—Não mesmo. Mas, tem medo que eu saia espalhando seus pensamentos por ai e eu não faço isso. Diferente do meu pai eu tenho uma espécie de botão liga e desliga. O meu pai não tem.

—Então...

—Está desligado agora. Tem muita gente em volta. Eu não gosto isso me deixa com dor de cabeça.

—Obrigado.

—Por?

—Me contar.

—De nada. Um relacionamento é baseado na confiança e vou contar-lhe tudo sobre mim. Você verá assim que eu sou muito mais do que os olhos podem ver.

—Eu já sabia disso.

Ela sorriu pra mim.

—Com licença, será que posso dançar com a minha filha?

—Claro senhor.

Eles se afastaram de mim, mas eu ainda podia ouvir a conversa.

—Caramba pai, pelo amor de Deus não faça isso.

—Eu só quero te manter segura querida. Quero saber se o rapaz é digno, se é de confiança.

—Algumas coisas nunca mudam.

—Você é a minha primeira e única filha. É o meu dever te proteger.

—Tanto faz. Só não me envergonhe.

—Posso tentar.

—Que seja. Agora, por favor pare de rodopiar.

—Porque?

—Porque se não parar vou vomitar.

Eles pararam e quando pararam ela caiu sentada.

—Querida!

Corri ao seu socorro assim como quase todos os presentes.

—Eu vou ficar sentada aqui até o salão parar de rodar.

Ela se deitou e ficou lá olhando pra cima.

—Você tomou seus remédios querida?

—Não. Eles me deixam bêbada.

—Renesmee. Você tem que tomar os seus remédios corretamente.

—Vocês querem me controlar. 

—Não querida.

—Sim! 

Ela se levantou num pulo.

—Sempre me impediu de evoluir!

—Para o seu próprio bem.

—Você quer me transformar numa mortal, mas eu sou uma Deusa!

—Essa não. Bella!

—Tirem as pessoas daqui. Vamos.

Os objetos começaram a flutuar, o piso rachou no meio abrindo um abismo no meio da mansão.

—Jesus.

As coisas eram atiradas no senhor Cullen. Mas, ele não sentia nada.

—Vão. Sou o único que pode detê-la.

—Ela está fazendo isso?

—Está. Minha mulher contratou uma bruxa para colocar uma barreira na mente da minha filha, impedindo-a de acessar todo o seu potencial por assim dizer. Nunca houve ninguém como ela antes, tiveram que criar um novo patamar na escala para conseguir classificá-la. A sua mutação atinge a classe dez que foi criada só para encaixá-la.

—Mutação?

—Explico depois. Vão.

Niklaus teve que me empurrar para fora. E logo a nossa mansão foi parar no chão. Foi a coisa mais estranha do mundo, ela fez como um bolo e murchou.

—Renesmee!

Os escombros da mansão caíram sobre ela e o pai. Aquela que eu imaginei ser a mãe desabou junto.

—Edward!

A mulher correu para os escombros, mas eu a parei.

—Não senhora. Eles se foram.

—Olhem!

Impressionantemente o senhor Cullen saiu de lá sem um único arranhão.

—Edward!

Fomos eu e ela correndo até ele que carregava a filha inconsciente.

—A minha filha!

—Ela ainda está viva Bella. Mas, se não chegarmos a um hospital rápido pode não estar mais.

—Vai. Você é o mais rápido. Vai.

Em segundos ele já havia sumido de vista.

—Venham. Eles já devem estar lá.

—Bom, vamos então.

Fomos de carro para não chamar a atenção e logo estávamos no hospital.

—Estamos procurando Renesmee Cullen.

—Ela está na U.T.I. o pai está com ela.

Notei que apesar de estar com o rosto choroso ela não lacrimejava.

Passamos pela Unidade de Tratamento Intensivo e vimos ela pelo vidro. Estava toda entubada.

O Senhor Cullen saiu.

—E então?

—Tiveram que induzir um coma Bella. Os ferimentos dela são graves e extensos, as velas que caíram começaram um incêndio e incrivelmente apesar dela ter aspirado aquela fumaça escaldante, aquilo não queimou a mucosa da boca, nariz e garganta. Ela está intacta.

—Um dragão.

—O que?

—Ela é um dragão.

—Como pode saber?

—O fogo não pode matar ou ferir um dragão. Mas, e o estado dela?

—Eles temem que ela não acorde nunca mais.

—O Carslile...

—Ele a examinou e disse que ela tem chance de acordar, mas pode levar alguns anos. Ele está ministrando sangue e mesmo assim nós não sabemos se a garota que está diante de nós é a nossa filha ou a Fênix lutando furiosamente para se libertar.

—Edward, o bloqueio tem data de validade. Logo ela vai ter total acesso aos próprios poderes e Deus sabe como pode ser perigoso tanto para ela quanto para o resto do mundo.

—E o que sugere que façamos? 

—Vou ligar para o Magnus. Ele vai refazer o bloqueio enquanto ela está em coma.

—Mesmo que ele refaça, não há garantias de que vai durar. Os intervalos entre as sessões estão diminuindo cada vez mais Bella.

—Eu sei. Conforme ela cresce, seu poder cresce junto.

—É impressão ou aquele tubo se mexeu?

—Ai Meu Deus!

Ela mesma se desentubou e levantou da cama. Estava totalmente consciente.

Ela saiu da U.T.I. e passou direto por nós. Parecia estar sentindo uma dor indescritível. Fomos atrás dela e a vimos atacar a enfermeira que passava no corredor bebendo o sangue dela até o fim.

De repente, ela pareceu acordar e olhou para as próprias mãos que estavam cobertas de sangue. 

As luzes do corredor começaram a piscar e as coisas a levitar.

—Querida...

Renesmee começou a chorar. Um choro sofrido.

—Mamãe. Mamãe!

Ela caminhou até a mãe que a abraçou.

—Está tudo bem querida.

—Não. Eu sou uma assassina. Eu matei aquela pobre enfermeira.

—Não, você não sabia o que estava fazendo. 

—Me salve.

Uma outra enfermeira passou e gritou.

—Ajude-me Niklaus, vamos esconder o corpo.

Meu irmão e eu levamos o corpo para o mato e a enterramos. 

—Pronto. Acabou.

Assim que voltamos ao hospital elas ainda estavam abraçadas e sentadas no chão exatamente do mesmo jeito que estavam antes.

—Vamos pra casa tomar banho. Vem.

A mãe teve que carregá-la porque ela estava em estado de choque. 

—Vocês fazem aquele negócio de controle mental certo?

—Sim senhora.

—Não dá pra usar esse troço pra fazer o médico assinar a alta?

—Sim.

Compeli o médico a assinar a alta dela e fomos para a residência dos Cullen.

—Podem sair do carro por favor? 

—Claro.

Estava evidente que a senhora Cullen tentava arrumar uma maneira de tirá-la do carro.

—Porque está demorando tanto Bella?

—A gente tem que tirar ela Edward.

—Obviamente.

—Mas, como?

—Puxando.

—Ela pode bater a cabeça.

—Abre a porta do carro Bella. 

A esposa obedeceu e o pai começou a puxar lentamente o corpo inerte da filha.

—Cuidado com a cabeça querido.

—Vem cá me ajudar rapaz. Segura o tronco dela, assim mesmo.

Tivemos que puxa-la e o senhor Cullen perguntou:

—Acha que consegue carregá-la?

—Consigo.

Ele a ajeitou nos meus braços e disse:

—O quarto dela é a terceira porta á direita.

Deitei-a na cama e fechei seus olhos. Ela parecia ser a Bela Adormecida com aquele lindo vestido dourado e brilhante.


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