Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite!!

A tempestade está passando e tudo se normalizando. Demorou mas chegou hahaha
Não tenho muito o que dizer, apenas agradecer a todos, principalmente Lenisoldes que favoritou a fic, e a todos que comentaram.

Surpreendi vocês com o Jack né?? HSUAHSAUHAUSAH
#CORREJACK e pegas os papeis. haha A participação de Jack não acaba aqui, mas ele não volta agora.

Demorei com esse cap, mas espero não demorar com o próximo. Obrigada quem me acompanha, vocês são demaais.

Boa Leitura.



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— Nenhuma notícia. – ouço Jim falar ao meu lado. – duas horas e nenhuma notícia.

Jim tinha me encontrado parado de frente aquelas portas. Ele me trouxe ao que chamam de sala de espera, onde os familiares esperam por notícias dos médicos, mas pra mim, isso tá mais para uma sala de tortura. Não aguento mais ficar aqui, mas o simples pensamento de ir lá fora para tomar um ar causa arrepio no meu corpo. Tenho medo que ao sair daqui, nem que seja por um minuto, e venham dar notícias da Kate. E eu preciso estar aqui quando eles vieram falar que ela estar bem. Ela tem que estar bem.

Jim anda até a recepção a cada cinco minutos. Ele está tão preocupado quando eu. O Agente Taylor conversa com Esposito e Ryan, que falaram comigo quando chegaram, mas eu realmente não estou a fim de conversar. Todos estão preocupados com a Kate, mas nenhum está com o medo que eu estou.

Na última vez que ela esteve em um hospital ela me pediu espaço. Um tempo para poder superar tudo isso. E duas semanas foi o máximo que eu consegui dar a ela naquela época, mas agora é diferente. Não conseguiria dar a ela nem um minuto de espaço. Se ela quiser superar isso ela terá que me aceitar ao seu lado.

Sei que esse meu medo não faz sentido, mas mesmo assim eu sinto ele. É impossível deixar de sentir. Se eu estava disposto a cuidar dela naquela época, hoje eu estou muito mais. Se eu me sentia culpado naquela época, hoje eu me sinto muito mais. Eu poderia ter evitado que ela fosse, eu sei que poderia, mas no fundo no fundo, eu queria que ela fosse, e trouxesse minha filha de volta.

Enxugo uma lagrima solitária no canto do eu olho e vejo Lanie correr em minha direção.

— Hey, como ela está? – ela fala meio ofegante.

— Não sei. – dou os ombros. – nenhuma notícia até agora.

— Eu vou tentar descobrir alguma coisa. – ela sai com a mesma pressa que chegou. Para apenas para falar com Jim, e depois continua seu caminho.

Quatro horas e meia. Esse é o tempo que eu estou aqui nesse hospital. Minha roupa tem um pouco de sangue dela, e mesmo sendo pouco eu acho que é demais. Não deveria ter nada dela aqui, ela não deveria ter sido ferida. Isso não deveria está acontecendo. Minha visão começa a ficar embaça e meus olhos a molharem, mas antes que eu possa chorar, vejo Lanie se aproximar com uma médica, a mesma que me prometeu que cuidaria dela.

Levanto num só pulo e ando até elas. Seus passos, mesmo sendo num ritmo normal, era devagar demais pra mim. Qualquer segundo sem notícias era como se fosse uma vida inteira. E eu não posso com isso mais. Preciso saber se ela está bem.

— Senhor Beckett. – ela se dirige pra Jim, que está ao meu lado. – sua filha levou um tiro no braço, mas conseguimos retirar a bala e ela não vai ter nenhuma sequela, apenas terá que imobiliza-lo.

— Mas ela está bem? – Jim pergunta com a voz tremula.

— Vamos chegar nessa parte. – ela diz olhando para pequena multidão a sua volta. Todos já estavam aqui, praticamente cercando a mulher. – Ela bateu forte com a cabeça, provavelmente uma queda brusca, ainda não sabemos. Fizemos alguns exames e aparentemente está tudo bem.

— Aparentemente? – eu interrompo.

— Sim. Vamos saber mais quando ela acordar.

— Ela ainda está sob efeito de remédios, então está dormindo. – Lanie explica.

— Eu conversei com o médico responsável pela primeira cirurgia dela, a do coração. Ela deveria ficar sob repouso, mas sua recuperação foi bem rápida, e apesar de não está cem por cento, ela estava bem, e já deve sua primeira revisão, certo? – faço que sim com a cabeça. – devido ao esforço e a alguns pequenos traumas causados na região da cirurgia, que pode ter sido por vários motivos, ela teve uma pequena complicação. O coração está bem, ela não corre risco de vida, mas nós tivemos que abrir a cirurgia dela novamente, e limpa-la.

— Limpa-la?

— Sim. Ela teve uma pequena hemorragia interna, e se não cuidássemos disso logo, o quatro dela teria se agravado mais.

— Mas agora ela está bem? – pergunto. – digo, ela está realmente bem né?

— Sim. – ela finalmente abre um sorriso. – está no quarto descansando. Um de vocês pode passar a noite com ela se quiser.

— Eu fico! – digo rápido demais e todos olham pra mim. – eu fico. Claro, se o Jim concordar.

Ele me olha e balança a cabeça positivamente. — Eu só quero ver ela por cinco minutos. Posso? – ele pergunta a médica.

— Sim. Quando o senhor sair, você pode entrar. – ela diz apontando pra mim.

Eu abro meu maior sorriso. Ela finalmente está bem, viva e perto de mim. Lanie se afasta com a médica e os rapazes me abraçam. Sei que eles se sentiram mal por não poderem fazer nada nesse caso, mas eu entendia perfeitamente. Além disso, eu tinha a melhor ao meu lado, eu tinha a Kate.

— Agente Taylor. – a voz de Lanie atrás de mim.

— Sim.

— Encontraram isso no bolso da roupa que a Kate estava. – Lanie entrega um papel dobrado.

O Agente começa a abrir, e eu estou ao seu lado, vendo um pequeno mapa desenhado a mão ganhar vida.

— É um mapa do depósito até um lugar... estranho...

— É o lugar onde a Kate estava. – eu concluo. – mas como ela conseguiu desenhar?

— Não sei. Você pergunta a ela quando ela acordar, e eu vou para esse lugar, quem sabe eu encontro algo.

— Nós também vamos. – Espo diz.

O Agente não discute, apenas concorda e eles saem do hospital.

Eu não sei de muita coisa. Não sei quem levou minha filha, não sei como Kate conseguiu escapar, não sei como ela conseguiu chegar até a minha casa, e principalmente, não sei pelo o que ela passou. A necessidade de vê-la, nem que seja dormindo, está maior que tudo. Vejo Jim voltar, saindo dos corredores que davam acesso aos quartos. Ele passa por mim e sorrir, e eu apresso meu passo para onde Kate estava. Quarto 1026.

Paro em frete a porta, encarando aqueles quatro números metálicos no alto da porta. Eu nunca esperei tanto por esse momento. Era só girar a maçaneta que eu iria encontrar a Kate novamente, diferente da última vez que eu a tive em meus braços, ela estaria bem. Respiro fundo e giro a maçaneta sem pensar muito. Assim que entro no quarto, a passos lentos, vejo Kate deitada na cama.

Tudo silencioso demais, e isso estava me matando. Eu queria ouvir a voz dela. Mas tudo o que eu escuto um o barulho do aparelho ao lado dela, e eu sei que aquele ‘pi’ que ele faz é sinal de que ela está bem. Me aproximo devagar tocando os dedos dos pés dela, subindo delicadamente os dedos por todo o seu corpo. Meus dedos tocam apenas o cobertor, mas ainda assim, era como se eu tivesse tocando sua pele.

Quando eu todo suas mãos eu me permito chorar. Deixar que tudo o que estava guardado dentro de mim saia. Tocar a sua pele, entrelaçar meus dedos com os dela, mesmo que ela não responda. Apenas esse toque me faz pensar no que seria de mim se eu a tivesse perdido.

Em meio as lágrimas eu me aproximo de seu rosto, tocando meus lábios contra sua testa. Kate parecia tão tranquila deitada ali, e eu não via a hora de poder ver seus olhos verdes brilharem novamente. Ver seu sorriso. Escutar sua voz. Eu não via a hora de ter minha Kate de volta.

Eu ainda estava aqui, sentado num banco alto ao lado dela, segurando sua mão e vendo-a dormir serenamente. O dia já começa a amanhecer e a claridade começa a entrar no quarto. Kate ainda dorme, e eu posso ficar cobiçando ela sem que isso possa parecer estranho. Mas de repente eu sinto seus dedos se moverem sob os meus. Olhos para nossas mãos unidas e vejo que não é cansaço, ela está mesmo acordando.

Volto meu olhar para seu rosto e Kate tentar abrir seus olhos com dificuldade.

— Kate? – pergunto baixo para não assusta-la.

— Cas.. – ela move a cabeça para os lados e abre mais os olhos. – onde eu estou?

A voz dela é tão rouca e cansada. Pego um copo com água que a enfermeira deixou ali e ofereço a ela, que aceita de bom grado. Eu posiciono o canudo na boca dela, e mesmo com dificuldade, ela se inclina um pouco para beber.

— Como você está meu amor? Tá sentindo dor? – ela me olha um segundo e balança a cabeça num sinal negativo.

— Onde eu estou?

— Você não lembra de nada? – pergunto fazendo carinho em sua mão.

Kate fecha os olhos e respira fundo, pensando um pouco. Mas logo os abre novamente, mas ainda parece tão perdido quanto antes.

— Eu... eu estava com ele.

— Ele quem, Kate?

— Eu não sei quem ele era, ele apenas disse que era amigo do Roy. – para novamente. – disse que tinha uns papeis, papeis importantes que me manteriam viva.

— Kate o que aconteceu desde que a Alexis saiu? – ela para seu olhar no meu. Suas pupilas mais dilatas que antes.

— A Alexis, como ela está?

— Bem, ela está em casa. – ela dá um leve sorriso e suspira aliviada. – graças a você, Kate. Eu nunca vou poder agradecer o bastante.

— Eu fiz tudo por você também. Eu te amo. – ela diz sorrindo, mas logo faz uma careta de dor.

— Tá doendo onde?

— Minha cabeça. Foi uma dor de repente, parece que vai explodir. – ela leva a mão não imobilizada até o rosto com uma certa dificuldade.

— Eu vou chamar a enfermeira. – digo já levantando, mas ela segura minha mão rápido.

— Não. Fica aqui comigo.

— Mas meu amor, eu preciso ir lá, é rápido, eu prometo. – mesmo não querendo, separo nossas mãos.

Vou correndo até a porta, e por sorte, a mesma médica que fez a cirurgia da Kate está passando.

— Doutora, ela acordou! – digo agitando, ela me encara um segundo e me acompanha.

— Kate? Como você está? – ela diz com a voz calma, pegando uma espécie de lanterna no bolso e começando a examinar ela.

— Estou com uma dor de cabeça horrível.

— Isso é normal? – pergunto.

— Sim, você acabou de acordar de uma cirurgia. E bateu forte com a cabeça.

— Cirurgia? – ela me olha.

— Nós precisamos cuidar de uma pequena hemorragia que você tinha na sua cirurgia. – médica olha pra Kate, completamente atordoada e com um olhar de espanto. – Pode ficar tranquila, você está vem, sem mais complicações. Mas terá que ter um repouso de verdade agora, sem mais esforços. Ok?

— OK. – ela diz meio relutante.

— Eu vou cuidar dela, pode deixar. – falo para a médica, mas sem desviar meu olhar de Kate.

— Não duvido disso. – a médica sorrir. – Bom, vou passar um remédio pra dor, o que deve fazer você ficar um pouco sonolenta.

— Não queria dormir mais. – ela diz meio emburrada.

— Mas precisa, Kate. Você vai poder aproveitar mais seu marido quando estiver de alta. – ela diz, e Kate me olha toda errada.

— Ele não..

— Nós não... – dizemos juntos. – Não somos casados. Ainda. – digo olhando pra Kate e médica sorrir.

— Desculpe o engano. – a médica diz sem graça. – Volto pra te ver mais tarde.

Assim que ela sai e vejo a porta se fechar, sento novamente no banco alto ao lado da cama dela. Sorrio só em ver a cara emburrada que ela ainda faz.

— Você deveria aproveitar enquanto pode me ver, daqui a pouco essa beleza toda só vai estar em seus sonhos. – digo e ela rir, me presenteando com uma gargalhada gostosa.

— Pode acontecer o que for, você sempre vai se achar, não é Castle?

— Ah, a gente faz o que pode. – digo dando os ombros e Kate abre a boca, num bocejo tão grande que me faz rir. – Já está com sono? – ela diz que sim balançando a cabeça. – Então dorme, quando você acordar eu ainda vou estar aqui.

Ela concorda com a cabeça e fecha os olhos, procurando minha mão na cama, e quando acha, segura ela firme pra ter certeza que eu estava aqui. Eu sorrio, eu não iria deixar ela sozinha nunca. Eu cuidaria dela até meu último dia de vida.


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Notas finais do capítulo

Rick vai cuidar da Kate agora. sim ou não?