Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.

Cap novo de Rise e um pouco tenso. Tudo está acabando, mas será que vai acabar bem?!

PS: quero agradecer a Lee, que favoritou a fic, e dar uma bronca nela, porque só agora? você é a que mais me aperreia por Rise! HASHSAUHUHSAUHSUAS brincadeira miga ♥
Aproveitando, queria agradecer a Leidy, que me deu algumas ideias sobre esse cap, e a todos vocês que comentam e acompanham a história.

Bom, não tem muito o que dizer. Então, boa leitura.



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CASTLE POV.

— Desculpe, Jim. – disse olhando para o chão. Não tinha forças para encara-lo.

— Você não tem culpa, filho. Conheço a filha que tenho. Quando escutei aquele recado no meu celular, sabia que tinha algo errado, muito errado. – eu não podia olha-lo direto nos olhos, então fitava algo além dele, mas não ele diretamente.

— Se eu pudesse ter feito algo para impedi-la, acredite, eu teria feito. Mas eu tentei de tudo, e não funcionou.

— Quando a Kate decide, não tem quem a faça mudar de ideia. – solto uma sorriso meio irônico, era verdade. Nada poderia fazê-la mudar de ideia.

— A quanto tempo ela foi? – ele pergunta enxugando as lagrimas em seus olhos.

— Ontem à noite.

— Quase vinte e quatro horas. E nenhuma notícia? – faço que não com a cabeça.

Jim era o único que poderia me entender, ele sabia a dor que eu estava sentindo. Sua filha estava lá com os bandidos, igual a minha, com a minha. Só que a minha dor é maior. Os meus dois amores estão lá, e sabe-se lá o que vai acontecer com elas. Jim apareceu aqui querendo notícias da filha e tudo o que eu tinha era um eu não sei.

Meu celular toca, mas eu ignoro todas as vezes que ele vibra em meu bolso. Queria que esse minha conversa com Jim fosse feita da melhor maneira possível. As dúvidas, e até os medos dele, teriam que ser tirados por mim, já que ele se recusou a conversar com os Agentes. Mas na quarta vez em que o celular vibra em meu bolso eu o pego, apenas para desligar, eu poderia ligar depois. E qual foi minha surpresa quando vejo que o número era desconhecido. Meu coração começou a bater mais forte, poderia ser a Alexis, ou até mesmo a Kate, então eu atendi.

— Alô.

— PAI! – o grito da sua voz faz meu coração disparar.

— Alexis! Filha você tá bem? Onde você está? – desesperadamente eu corro até a sala e chamo a atenção dos técnicos, que olham para mim e começam a mexer em seus equipamentos quando digo: É a Alexis!

— Eu não sei, ele apenas me deixaram aqui. Tá escuro, e eu estou com medo. – vejo a movimentação dos técnicos para rastrearem a ligação e fico impaciente, andando de um lado pro outro em frente a ele.

— Calma filha, fica calma que eu estou indo te pegar. Eles fizeram alguma coisa com você, eles te machucaram?

— Não. Eu estou bem. Eles devolveram minhas coisas, tinha dinheiro dentro da bolsa, consegui um telefone público para te ligar.

— Não tem nada próximo a você?

— Não. Está escuro e deserto, eu não sei onde estou. – a voz dela era chorosa, e meu coração se partia em mil pedaços.

— Ela está no Bronx, no mesmo galpão onde Kate foi! – diz um dos agentes.

— Eu estou indo filha, não desliga o telefone.

Ignorando minha mãe e Meredith, que me olhavam em busca de respostas, eu saio seguindo os Agentes, não tem a menor chance de eu ficar aqui esperando por notícias. Durante todo o caminho eu falei com a Alexis. Ela estava mais calma, mas ainda com medo. Não queria perguntar da Kate agora, teria que ser com calma. Queria ver como minha filha estava, queria ter certeza que eles não fizeram nada com ela. Meu coração praticamente parava a cada sinal fechado que a gente pegava, ao todo foram dez, dez malditos semáforos que o Agente fez questão de respeitar um por um. Levou uma eternidade para chegarmos ao tal galpão, e assim que nos aproximamos, eu vi minha pequena ruivinha, encostada num telefone público, encolhida num casaco que eu sabia de quem era.

— Alexis! – grito, chamando a atenção dela para o carro que ia parando próximo a ela.

Minha pequena solta o telefone e corre para os meus braços, apertando-me com força. E eu retribuo da mesma maneira, se não mais forte. Ela nunca seria grande o suficiente para não ter medos e deixar de ser minha pequena ruiva. Levantei-a nos meus braços, tirando os pés dela do chão e rodando-a, era bom ter minha filha de volta, era bom saber que ela estava bem, mas, eu não consegui ignorar o cheiro que vinha dela. O cheiro da Kate estava nela, o casaco que ela usada era da Kate, eu só sinto meu coração se apertar de amor e de medo por ela. Ou era mandou o casaco com alguma pista, ou ela tinha simplesmente dado ele para Alexis, para ela se aquecer. E qualquer uma das duas opções a faziam a mulher mais extraordinária do mundo.

— Meu amor, você está bem? – perguntei soltando-a após alguns minutos de abraço. Olhei cada pequena parte dela. Queria saber se ela estava realmente bem, por mais que ela já tenha repetido isso milhares de vezes.

— Pai, eu estou bem! – ela já dentro do carro, encolhida em meus braços.

— Eu senti tanto a sua falta. Tanto. – disse beijando seus cabelos.

— Kate me deu o seu recado. – ela fala e eu posso sentir o sorrio em seus lábios.

Eu fico em silencio, lutando contra a vontade de perguntar como ela está.

— Pode perguntar, pai. Eu sei que você quer saber sobre ela. – ela fala lendo minha mente.

— Ela está bem? – e de repente o semblante dela fica sério, e ela me olha.

KATE POV.

— Detetive Beckett, alguém quer ver você. – então a imaginem de um homem branco, de aproximadamente uns setenta anos, surge na sombra. Mas seu casaco e seu chapéu não me deixam ver o seu rosto.

— Levem ela para o outro quarto. A menina pode ser deixada em qualquer lugar. – ele dar as ordens com sua voz confiante, e segue para outro lugar.

Alexis, que estava sentada ao meu lado, se agarra em mim, segurando forte o bastante para que praticamente prendesse a circulação em meu braço.

— Kate, eu não quero te deixar aqui sozinha. – ela diz me olhando, seus olhos azuis da cor do mar agora estavam cheio de lágrimas outra vez.

— Você tem que ir, querida. Eu vim para você ir. – vejo um dos homens se aproximar de nós. – assim que eles te soltarem você procura alguém, procura por ajuda, liga pro seu pai, qualquer coisa.

— Não, Kate. Não. – ela me abraça enquanto o homem a puxa pelo braço.

— Apenas diga que eu o amo. – sussurro em seu ouvido antes de ela ser arrancada mim com toda a força, o que com certeza deixariam marcas nos seus braços tão claros.

— KATE! – ainda ouço ela gritar por mim antes da porta de fechar totalmente.

Então, no quarto escuro e frio, eu rezo para que eles realmente cumpram sua promessa de deixa-la livre. Porque, seja lá onde eles a deixarem, ela vai conseguir voltar pra casa, e essa história teria um final feliz. Ou nem tanto, dependendo do que me aconteça aqui, pra mim, esse final pode não ser feliz.

Sei que minha cirurgia ainda tá doendo, as vezes me incomoda, mas eu estou tão nervosa, tão ansiosa que simplesmente não sinto nada. Quero que isso acabe logo, quero poder voltar para casa, quero ficar com Rick, quero abraçar meu pai. E inconscientemente uma lagrima escorre pelo meu rosto.

— Não, Kate. Seja forte, seja firme! – então ouço a porta se abrir novamente. Minha vez de saber o meu destino final.

Eles me levam para o outro quarto, que também está totalmente escuro. Me sentam numa cadeira, e amarram minha mão para trás, a força com que eles fazem isso faz com que eu puxe me corpo pra trás, consequentemente repuxando mais minha cirurgia. Evito gritar, mas, assim como no carro quando eu estava vindo pra cá, minha cara era de dor.

— Pra onde vocês levaram a Alexis? – tento, mas eles não dizem nada. E então uma luz forte se acende, bem na minha frente.

Era como um holofote, apontado bem para meu rosto. Meus olhos piscam até se acostumarem de novo com a luz, mas não adianta muito, tudo ao meu redor está preto. Mas mesmo assim posso ver a sombra de um homem sentar na minha frente, abrindo uma pasta e vendo alguns papeis.

— Sou um homem de palavra, Detetive. Deixei ela onde o pai possa pega-la. – diz a mesma voz que deu a ordem para me trazer pra cá.

— Viva? – pergunto meio com medo, mas ele rir.

— Isso você saberá em breve. Agora temos negócios a tratar. – vejo ele fechar a pasta e analisar alguns papeis, tento ver seu rosto, mas não consigo. – você não me conhece...

— E nem quero! – interrompo ele. E de novo ouço sua risada.

— Acredite, você quer. O que eu tenho em minhas mãos são arquivos, arquivos que pertencem a você.

— Que tipo de arquivo?

— Eu sou amigo do Roy. Ele me mandou isso. – meu corpo gela. O que o capitão tem a ver com isso? – São arquivos poderosos. Capazes de destruir pessoas poderosas.

— Como assim? – eu não estava entendendo nada.

Seja lá o que for, já não sinto tanto medo como antes, o capitão nunca me colocaria em risco de morte, isso no mínimo seria sobre a conversa que nós tivemos no Hangar. Sobre o caso da minha mãe, ou sobre meu atirador. Não consigo pensar em nada além disso.

— Ele guardava esses arquivos para te proteger.

— Que arquivos são esses? – pergunto firme.

— Eu não posso dizer. Apenas que eles são uma moeda de troca, pela sua vida, e pela vida da família dele. – não falo nada. Seu tom de voz era sério, ele não estava brincando. – fiz um acordo com quem tentou te matar.

— VOCÊ SABE QUEM FEZ ISSO?! – pergunto num grito depois que uma raiva súbita me atinge. Esse assunto ainda é muito delicado pra mim. Ainda não superei nada do que eu vivi naquele dia, e ele, além de saber quem atirou em mim, fez um acordo por mim!

— Eu não estou autorizado a dizer. Eu só trouxe você aqui para que saiba do acordo. Você está segura, ninguém mais vai tentar te matar. – ele diz com a voz calma.

— E isso incluía raptar a Alexis?! – pergunto ainda com raiva.

— Era o único jeito de fazer você vir. Não se preocupe, ela está viva, e provavelmente já deve estar com o pai.

— Ótimo, agora me deixa ir. – faço menção de levantar, mas as mãos grandes de seus homens me impedem, jogando-me de volta a cadeira. E mais uma vez eu sinto uma dor, e não posso fazer nada para não demonstrar isso.

— Ainda não detetive. Tem algumas condições para você ficar viva.

— E quais são?

— Você não pode chegar perto do caso da sua mãe.

— O QUÊ???

— Se você mexer no caso da sua mãe de novo, eu não vou mais poder te manter segura. Eles virão atrás de você.

— Você só pode estar brincando. – solto uma risada irônica, as lagrimas começando a cair em meu rosto. – esse caso é minha vida!

— Não se você estiver morta.

— Eu não vou deixar o caso da minha mãe! – digo firme. Nada do que ele diga ou faça vai me fazer mudar de ideia.

— Você não tem escolha, a não ser que queira ser morta.

— Eu não aceito esse acordo! Você fez um acordo pela minha vida como se eu fosse uma criança. É MINHA VIDA. MINHA! Não é você quem decide. – grito, ignorando minhas dores.

— O que você não entendeu, detetive, é que isso acaba aqui. Você querendo ou não. – ele levanta e puxa uma arma, que em apenas meio segundo está colada a minha cabeça. – ou você aceita essa segunda chance, ou você não sai viva daqui.

— Então pode atirar!

E então tudo escuto algo caindo no chão, algo metálico, e a fumaça tomar conta do local logo em seguida. Sou jogada no chão com força, e o barulho de tiros começa a tomar conta do lugar, junto com o fogo das armas disparadas. Algo começa a arder em meu corpo, tento me arrastar para o outro lado do quarto, onde vejo a porta aberta, mas não consigo, e tudo fica preto.


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