Rise escrita por Mrscaskett


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Boa noitee.

Primeiramente queria agradecer os comentários de vocês. Muitas opiniões e muitas teorias sobre o que vai acontecer. Kate vai ou não vai? Vamos descobrir aqui.

Esse cap é diferente dos outros que escrevi, não é só da Kate e não é só do Rick. Para entendermos melhor tudo o que se acontece e o que cada um sente, resolvi dividir o cap para os dois, espero que gostem.

A cada palavra que escrevi meu coração se apertava cada vez mais. Espero que vocês sofram tanto quando eu sofri escrevendo, porque foi dificil. ops, um spoiler :|
Espero que gostem do cap, prometo não demorar a postar, fiquei de férias, então como prometi, sou toda de vocês. Podem me explorar a vontade.

PS: cap dedicado a todos que acompanham essa história no grupo do whats, vocês que veem me aperreando pelo proximo cap sempre e dando ideias loucas.

PS 2: uma leitora teve uma duvida quando ao tempo que se passou na fic, então vou esclarecer algumas coisas para vocês. 1) se passou um mês e pouco, quase dois meses desde o dia da cirurgia dela. 2) Não sou louca, sei que esse tempo é muito pouco para ela se recuperar, ela não está recuperada 3) Kate está bem, mas será mesmo? Esperem os próximos cap.

Espero ter esclarecidos algumas coisas, apenas peço para vocês aguardarem, os próximos capitulos serão em volta disso tudo, e um pouco mais.

Agora, depois dessa nota tão longa, só me resta desejar uma coisa: Boa Leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690213/chapter/22

CASTLE POV.

Ela ia tentar. Ela nunca esteve tão vulneral com agora e ia apenas tentar. Eu estava perdendo a Kate. Aos poucos eu estava perdendo a Kate para esse caso. Vira e mexe e esse caso sempre a puxa para baixo, de qualquer maneira possível eles a puxam para baixo, a enterram sobre o monte de merda que eles faziam. Mas dessa vez era diferente. Se ela fosse, não iria voltar. Ela sabia, eu sabia. Aquele merda de Agente sabia, e não iria fazer nada para impedi-la, pelo contrário, ele iria dar ela de presente para eles.

Em pensar que tudo isso começou por causa da Alexis. Ela começou com o ciúmes, ela inventou essa história maluca de ir para a mãe dela! Mas nada disso é culpa dela, eu sei, se eles queriam ela, dariam um jeito de tê-la de qualquer maneira. E é exatamente por isso que Kate está indo, ela se sente culpada. Culpada por uma coisa que ela não fez e não tem como controlar, os únicos culpados dessa história são eles, sejam lá quem eles são. E mesmo sem culpa ela vai, mesmo com a Alexis ‘agredindo’ ela daquela forma para mim, ela vai. Não importa o que eu dissesse, ela iria. Então apelo para única pessoa que eu sei que pode impedi-la. Lanie.

Essa seria a última vez que tentaria impedi-la de ir. Se nem a Lanie conseguisse, ninguém mais conseguiria. Então não tinha mais nada a ser feito, a não ser desistir. Katherine Beckett veio com uma grande bagagem, mas eu não me importava, lutaria com ela até o fim, eu só não poderia vê-la indo para nunca mais voltar. Minha filha está em perigo e eu me sinto horrível por não permitir que Kate vá e a traga pra mim, mas eu sinto que se esperássemos mais um pouco, conseguiríamos achar um jeito de trazer a Alexis de volta sem deixar a Kate em risco. Pena que ela não pensa assim.

Lanie chega ao loft e eu a recebo, sua cara mostra que ela está tão preocupara quanto eu, mas eu já não sei o que minhas expressões demonstram. Estou vulnerável e não consigo demonstrar nada assim, a não ser frieza. Indico o quarto e ela vai até lá, abrindo a porta sem nenhum aviso prévio, e então se tranca lá dentro com a amiga.

KATE POV.

— Você está brincando comigo, né? – a voz da Lanie me assusta. Olho para a porta que ela acaba de fechar e se aproxima de mim.

— Lanie? O que você está fazendo aqui?!

— Tentando colocar um pingo de juízo na sua cabeça. O que você acha que está fazendo?

— Lanie...

— Não me vem com Lanie...— ela tá brava. – o que você tem na cabeça para dizer que vai a esse encontro? Kate você acabou de passar por uma cirurgia. Você não pode ir. – ela apelou para o lado médico.

— Lanie eu estou ótima. Você foi na consulta comigo, você viu o que o doutor disse. Eu estou bem. – porque ela está aqui afinal?

— A única coisa que eu ouvi é que você ainda está se recuperando. Você se sente bem, mas não está nada bem. Kate! Você tem noção do quanto isso é arriscado? Não só pela sua cirurgia, mas por causa do caso da sua mãe! – eu via pânico em seus olhos. O mesmo pânico que eu vi nos olhos de Castle.

— Ele te ligou não foi? – ela faz um sinal positivo com a cabeça e meus olhos caem. Me sento na cama a procura de um ponto de equilíbrio. – eu preciso ir, Lanie. É a filha dele. Se fosse por mim, eu nunca iria. Você acha que eu quero morrer assim? Você acha que é justo com ele? Comigo? Não é. Mas o que ele não entende é que eu preciso ir.

— Ele não quer te perder, você sabe. – ela senta ao meu lado.

— E nem eu quero perder ele. – olho para ela. – mas é preciso. Na vida a gente tem que fazer alguns sacrifícios. E eu não quero viver com a culpa de que ele perdeu a filha por minha causa, ele me perderia do mesmo jeito assim, só que por outros motivos. Eu não saberia suportar olhar pra ele com essa culpa.

— Kate, você não pode ir. Deve ter outro jeito de fazer isso, deve ter...

— Não tem. – lamento. – eles me querem, e eu tenho que ir. – lagrimas caem pelo meu rosto. Não sei se é apenas uma ou mais, tudo o que sinto é Lanie me abraçar. Era bom ser compreendida.

— Você sabe o que está fazendo? – sua voz abafada pelo abraço.

— Não... – sussurro.

— Kate, não vá.

— Não me pede isso. – o nó em minha garganta me impede de falar mais, então só a aperto em meus braços. Ela retribui na mesma hora, e desde aquele telefonema, é a primeira vez que me sinto bem.

— Apenas tente voltar. – ela diz desfazendo nosso abraço e me olhando nos olhos. – apenas volte para nós.

Uma batida na porta nos interrompe. Quando levanto meu rosto para olhar quem era, vejo Castle lá, com medo de entrar no próprio quarto. Mas ao contrário da última vez que o vi, ele não tem nenhuma expressão no rosto, está frio, assim como eu.

Lanie levanta e segue na direção dele, que ainda não disse nada. Quando chega perto ela diz um “eu tentei” e passa a mão pelo seu ombro, como se quisesse conforta-lo. Castle dá um pequeno sorriso de canto de boca, mas assim como todo o resto do seu rosto, não vejo nada ali. Talvez ele tenha desistido de mim, e pela primeira vez desde que tudo isso começou, sinto um vazio no peito.

— Sua nova Capitã está aqui. – é tudo o que ele diz quando Lanie vai embora. Eu assinto e ele sai do quarto, sem ao menos olhar pra mim direito.

Respiro fundo e vou até o espelho, tento me recompor, fazer com que as lagrimas que insistiam em descer pelo meu rosto parassem, mas é um pouco em vão. Algo mudou em mim e eu não consigo mais controlar minhas emoções, e isso não vem de hoje, isso vem desde quando ele disse que me amava naquele cemitério, quando eu quase morria. Isso, quase morria, quase. Agora eu estou indo, literalmente, para me entregar para eles. Não gosto de imaginar, mas não tenho tanta certeza de que voltarei viva de lá.

— Capitã. – digo assim que entro na sala. Ainda não conhecia ela, apenas tínhamos nos falado por telefone, mas ela não parece ser das mais simpáticas.

— Detetive, venha comigo. – ela diz já tomando conta da casa do Castle como se fosse sua, indo em direção ao escritório. Eu a acompanho sem ao menos olhar para os olhares curiosos de Martha e Meredith do outro lado da sala. – eu vim até aqui porque soube o que você quer fazer.

— Não é o que eu quero, é o que eu preciso fazer.

— Você tem consciência que não está em serviço, certo? – eu concordo. – então eu não posso te impedir. Te deixei na responsabilidade do Agente Taylor, e ele quer que você vá, mas você tem que estar cientes dos riscos. Principalmente... pela sua saúde.

— Eu estou ótima, Capitã. Eu posso fazer isso.

— Eu não tenho dúvidas. Não trabalhamos juntas ainda, mas sei da sua reputação. Só queria que você pensasse melhor detetive, vamos encontrar outro meio de encontrar a filha do Senhor Castle.

— Não tem outro meio de encontrá-la. Eles me querem. Eu, apenas eu.

— E porquê dessa obsessão por você?

— É complicado. Um caso antigo...

— Tem a ver com a sua mãe?

— Sempre tem. – digo baixo, mas ela escuta.

— Eu só quero deixar claro que essa é uma decisão sua. Se você quer ir, você pode ir. Mas se você não quiser ir, ninguém vai te obrigar.

 — Eu sei disso, obrigada Capitã. Eu vou. – Olho para o relógio e tenho exatos quarenta minutos para o encontro. – Eu tenho que me preparar... Licença.

— Você tem certeza, Detetive? – ela me pergunta assim que abro a porta do escritório. Lanço um olhar para Castle, sentado nos bancos altos do balcão da cozinha de costas para mim.

— Sim, eu tenho. – digo sem olha-la. Sigo em direção ao o quarto dele e me tranco lá com meus pensamentos e dúvidas.

CASTLE POV.

Estou aqui perdido em pensamentos... em lembranças.... Na tela do meu celular tem uma foto nossa, minha e da Kate, nossa primeira fotos juntos, sentados na varanda da cabana do pai dela, ela entre minhas pernas e o rosto enterrado em meu peito, como se quisesse se esconder da foto. O sorriso dela era lindo, ela parecia leve e divertida, como se nada do que aconteceu com ela semanas antes importasse mais, ou ela não lembrasse mais. Éramos só nós, duas pessoas apaixonadas passando uma tarde juntos. Queria que nunca tivéssemos chegado a esse momento, queria que minha filha estivesse aqui, queria que Kate ficasse aqui. Mas não posso fazer mais nada contra isso. Minha filha está lá e Kate quer ir, eu não vou mais tentar impedi-la.

Fiz o que deveria ter feito a mais tempo, fechei meu coração. Se fosse para perde-la, eu preferia começar a me preparar para minimizar ao máximo a dor que sentiria depois. Eu tento pensar positivo, mas não consigo. Tudo o que eu penso é que ela não vai mais voltar, e se for para eu ter uma última lembrança dela, que seja essa da foto, ela linda, sorrindo e, principalmente, feliz ao meu lado. Não queria me lembrar dela saindo pela porta, saindo para nunca mais voltar.

Perdi a noção de tempo ali, comecei a perceber um movimento de pessoas começando a se preparar para sair. A voz do Agente dizia a Kate que ela não estaria sozinha. Eles iriam seguir ela até o galpão abandonado e de lá até onde eles a levassem. Kate não dizia nada, mas eu não podia vê-la, ainda estava de costas para a sala, ou melhor, de costas para a porta que ela iria sair.

— Querido, eles já vão. – ouço minha mãe dizer próximo a mim, enquanto sua mão fazia carinho em minhas costas. Não disse nada, apenas fiz que sim com a cabeça. – você não vai falar com a Katherine? – e mais uma vez não falo nada, apenas faço um sinal negativo. Sem nunca tirar meus olhos da nossa foto no celular.

Tudo está silencioso, não ouço mais passos pela sala, todos já saíram, ou melhor, quase todos, não escutei o salto alto de Kate até agora.

— Vamos? – a voz do Agente Taylor soa pelo lugar um tempo depois. Não ouço a resposta dela, apenas os seus passos e o som do salto indo em direção a porta e ficando cada vez mais longe. Na mesma a tela do celular se apaga, como se fosse um sinal de esse era mesmo o fim. Mas será?

Um desespero imediato toma conta de mim. Como eu posso deixa-la ir sem ao menos dizer que a amo, que no fundo do meu coração eu quero que ela volte pra mim, que ela traga minha filha de volta e que isso tudo pode acabar logo. Olho para a porta e ela ainda está fechando em câmera lenta aos meus olhos, o som metálico dela batendo devagar me faz despertar, eu não posso deixa-la ir assim.

KATE POV.

Ele não quis falar comigo. Ele não quis se despedir de mim. Isso só me faz ter mais certeza de que ele desistiu de mim, de nós. Então minha única esperança é de que tudo der certo e que eu possa, junto com a Alexis, voltar para casa, para o Rick. E que ele me aceite de volta, porque tudo o que eu mais quero é ele.

Antes de sair daquele quarto eu liguei para meu pai, mas ele não atendeu. Eu não queria ir sem dizer que o amo uma última vez, não seu o que vai acontecer e só penso nas piores coisas possíveis. Deixei um recado rápido, não sou muito boa nessas coisas, despedidas e expressar o que sinto, mas dizer um eu te amo era o mínimo que eu devia a ele, levando em conta que ele não sabe nada do que está acontecendo aqui. Se soubesse com certeza ficaria ao lado de Castle nunca me deixaria ir, então é melhor que ele pense que eu ainda estou curtindo meu fim de semana feliz ao lado de Castle.

Quando finalmente saí do quarto Rick ainda estava do mesmo jeito, sentado nos bancos do balcão, olhando para não sei bem o que. Não dava para ver seu rosto, mas aposto que a expressão fria ainda estava lá. O Agente Taylor me deu umas instruções que eu não consegui prestar atenção, meus olhos e meus pensamentos estavam no Rick. Eu queria ir lá, dizer que estava indo, pedir um abraço, dizer que o amo. Mas ele não queria nada disso. Martha falou que eu estava indo e ele não disse nada, perguntou se ele iria falar comigo e ele disse que não. Meu coração se apertou com cada segundo que ele ficou calado ali, por um minuto eu vacilei e pensei em desistir de tudo. Daríamos um jeito nisso, pensaríamos melhor. Não sei.

Todos saíram e eu fiquei ali, olhando para ele, parada no meio da sua sala, na esperança de que ele me olhasse pelo menos por meio segundo. Eu precisava saber que ele ainda não tinha desistido de mim, e isso, só seus olhos poderiam dizer. Mas ele não fez, e eu tive que ir.

A porta do elevador se abriu e eu sai, enxuguei uma última lágrima solitária que descia pelo meu rosto contra minha vontade no curto espaço de tempo da cobertura até a portaria. Agora não tinha mais volta. Dei dois passos em direção a porta e escutei ele chamando meu nome.

— KATE! – sua voz ofegante e desesperada me fez parar imediatamente. Me virei para procura-lo e ele vinha correndo em minha direção, se desviando de dois Agentes que me acompanhava.

— Castle, o que você faz aqui... porque está correndo? – pergunto não conseguindo esconder a felicidade por ele ter vindo atrás de mim. Eu sabia a resposta da minha pergunta, mas queria ouvir da boca dele.

— Eu... – ele respira, tentando recuperar o folego de uma corrida não planejada. Não consigo deixar de sorrir, ele está lindo, ofegante, do mesmo jeito quando fizemos amor a primeira vez. Essa seria uma lembrança que eu carregaria comigo onde estivesse. – eu não poderia deixar você ir sem dizer que eu te amo. Eu te amo Kate e eu quero que você volte pra mim, eu quero que vocês voltem pra mim.

Ele prende meu rosto em suas mãos e leva sua boca a minha, num beijo urgente e apaixonado. Meu coração se aperta, mas dessa vez não de um jeito ruim, ele se aperta de emoção apenas para transbordar de amor em seguida, pelo homem que está a minha frente, me beijando com todo o amor que sente por mim. Ele não desistiu de mim, ele ainda me quer de volta e isso com certeza vai me fazer lutar por ele.

— Eu prometo que voltarei. – digo quando nossas bocas se soltam. – eu vou fazer de tudo para voltar meu amor, eu juro. Mas... se por acaso eu não voltar..

— Não. Não diz isso, você vai voltar Kate. – ele beija meus lábios ternamente.

— Eu quero muito, Rick. Mas se eu não voltar eu quero que você saiba que eu te amo muito. Sempre te amei. Fui covarde por não admitir isso antes, mas eu te amo. Se eu estou fazendo isso é porque eu te amo, nunca esqueça disso, ok?

Ele faz que sim e cola nossas testas. Suas mãos, agora em minha cintura, me apertam com força. Abro os olhos devagar e vejo duas lágrimas caindo por seu rosto, eu as limpo e o beijo novamente.

— Quando você ver a Alexis... diga que eu a amo também. Que eu estou com saudade e que nada disso é culpa dela. Ela deve estar se sentindo culpa. Por favor, faz isso por mim. – faço que sim. – eu quero vocês duas de volta, Kate. Vocês duas.

— Kate. – o Agente me chama e eu sei que minha hora chegou.

— Tenho que ir, babe.

— Ok... não demora pra voltar. – sorrio com isso.

Me solto dele um pouco e levo as mãos até a parte de trás do meu pescoço, tirando meu colar e deixando em suas mãos. Rick me olha sem entender, então eu explico.

— Fica com ele. Se por acaso eu não voltar... toda vez que você olhar para ele vai lembrar de mim, e da nossa história. Do que vivemos até chegar aqui.

— Kate, é o anel da sua mãe.

— E agora é seu... – ele sorrir.

— Sim, mas não por muito tempo. – ele me olha nos olhos. A profundidade que ele faz isso me arrepia. – Quando você voltar, porque você vai voltar, eu vou te devolver ele. Se você estiver perdendo a esperança em qualquer momento, e se pensar em mim não for o suficiente, pense nesse anel, no que ele significa para você. E então volte pra mim. Volte para pega-lo.

— Combinado.

Ele me dá um último beijo e eu saio, deixando ele parado me vendo ir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

#TenhaEsperançaKate #ElaVaiVoltarRick
será? :s