A vida me ensinou que a minha história é você
E não importa o que aconteça eu vou te encontrar porque
Tudo no meu coração
Só se completa no seu
E o meu felizes para sempre
Foi você quem escreveu

 Hope, com três anos agora, ia em passinhos rápidos pelo corredor branco.  Em uma das mãos tinha um elefante rosa que ganhou do seu pai no seu aniversário de 1 ano, Mr. Elephant. Na outra mão, amarrado no pulso, tinha um balão, também, cor de rosa que balançava ferozmente enquanto ela caminhava.

— 1, 2, 3.... Pa-rou. – disse Robin em voz alta a fazendo parar no meio do corredor.  – Muito bem, little Aplle.

— Vamos logo, papai! – Hope se virou para ele fazendo beicinho e batendo o pé.

Robin revirou os olhos, a menina poderia ter os seus olhos azuis, o seu sorriso, mas além dos cabelos escuros, a sua personalidade era igualzinha de Regina.

— Estamos ansiosos, não? – Robin foi até ela a pegando no colo e aproveitou para fazer cosquinhas.

—  Muito – ela se contorcia enquanto ria.

O loiro virou a direita e foi até uma porta branca a abrindo.

— Mamãe! – a pequena gritou ao ver a figura de sua mãe na cama de hospital.

— Shii, querida. – Robin beijou a bochecha dela – O que conversamos?

— Falar baixinho – ela colocou a mão na boca cochichando.

Com a filha nos braços Robin foi até a mulher cansada que estava sorrindo desde o momento em que eles entraram na sala.

— Está tudo bem, está somente eu aqui! – Regina recebeu um beijo terno de Robin que logo foi atrapalhado por uma garotinha de cabelos lisos que se agarrou no pescoço da mãe, fazendo os dois mais velhos rirem.

— Eu estava morrendo de saudades. – apertou os braços envolta de Regina para enfatizar o que dizia.

— Estava morrendo de saudades de você também, joaninha. – lhe encheu de beijos a fazendo rir.

— Onde ela está? – a menina se afastou da mãe olhando para todos os lados do quarto e quando não achou o que procurava fez cara de choro e olhou para o pai. – Papa, você disse que ela estaria aqui.

— Ela estava aqui, little Apple. – se sentou na cama ao lado de Regina. – Papai não mentiria.

— Eu sei. – fez beicinho.

— Ela já vem. – prometeu Regina acariciando o rosto da filha.

Ao terminar de falar a porta foi aberta por uma enfermeira trazendo um rolinho verde em seus braços.

— Parece que você tem visitas – a mulher sorriu para o pacote e se aproximou da cama para entrega-lo a Regina.

Hope engatinhou até o colo do pai que trocou um sorriso com ela, logo a atenção da pequena foi tomada pelo outro ser minúsculo que estava no colo da mãe.

A morena beijou a testa do bebê e se virou para o marido e filha que estavam com o mesmo brilho nos dois pares de olhos azuis a olhando encantados. Seu coração chegou a inflar de tanto amor. Se anos atrás falassem que ela teria uma família, riria e não acreditaria que o universo pudesse ser tão bom com ela assim.

— Hope – sussurrou para filha – Essa é sua irmã Victoria...

— Awwn – a menina se curvou para o ver o rosto da irmã. – Oi, Victoria.

— Ela não é linda? – Robin sorriu.

— Sim. – Hope concordou e acariciou o rostinho pequeno. – Eu posso segurar, por favorzinho?

— É claro que pode. – Regina beijou a testa de Hope. – Sente-se no colo do papai e eu coloco ela no seu.

A menina fez o que a mãe pediu, largou o Mr Elephant nos pés da cama e estendeu os braços para pegar a irmã. Depois que Regina colocou Victória no colo de Hope, Robin a puxou mais para si, assim, as três estavam em seus braços.

A morena se ajeitou mais nos braços dele, sempre com uma das mãos ajudando Hope com a irmã e Robin beijou seus cabelos e sorriu.

— Mamãe – Hope sussurrou – Ela é como eu pedi.

Regina riu com o comentário da filha  - Sim! Ela é...

Sete meses antes.

— Oi, Mat. – Hope gritou ao se aproximar do local que agora tinha um balanço na arvore, ela adorava ir lá, era onde sua mãe ia conversar com Matthew. – Eu tive uma ideia e queria saber... – colocou o dedinho na boca e olhou para sua companheira de quatro patas Lola – Se você concorda, queria pedir para a mamãe e o papai uma irmãzinha. – pulou animada. – O que você acha?

Olhou para céu que começava a limpar após uma intensa chuva. Hope detestava chuvas... Um vento frio passou por ela fazendo o balanço ranger, com passos rápidos em suas galochas rosas a pequena foi até ele e sorriu ao encontrar uma pena branca.

— Sabia que ia concordar! – sorriu e pulou – Obaaaaa... Eu vou lá dentro pedir. Me deseja sorte!

— Mamãaaa – um furacão de três anos e um de quatro patas entraram na sala fazendo Regina sair dos braços de Robin e olhar para filha com atenção.

— Hope! Já disse que não pode correr dentro de casa. – olhou para os pés da menina que estava com as galochas sujas de lama. – Você foi lá fora, querida? E com a Lola? O que já conversamos?

— Desculpa, mamãe! – fez beicinho e Lola deitou próxima a ela – Mas, eu precisava falar com, Mat!

— Está tudo bem, joaninha. – a segurou no colo ainda sentada no sofá – Eu só me preocupo.

— O que você tinha para falar com seu irmão, Little Apple? – Robin acariciou o nariz da filha.

— Era uma conversa muitooooo – abriu os braços para dar ênfase – Importante.

— E o que era essa conversa? – beijou os cabelos da filha.

— Quando queremos muito uma coisa, temos que rezar para o papai do céu, né? – pediu para Robin o que ela aprendeu com avó Stella.

— Certo! – sacudiu a cabeça.

— E antes de eu rezar... – mordeu o lábio inferior como a mãe fazia quando está nervosa – Queria ver com Mat se ele quer também!

— E o que você quer, meu amor? – Regina segurou as mãos dela.

— Uma irmãzinha! – soltou num folego só – Mat concorda! Ele me deu isso – mostrou uma pena a mesma que Regina guardava nas recordações de Matthew.

— Uma irmãzinha? – pediu Robin lentamente enquanto Regina permanecia séria.

— Sim. – juntou as mãos-  Por favorzinho!

— Não é tão fácil, assim, querida.... – tentou mostrar os pontos.

Sem uma palavra Regina colocou Hope sentada no sofá e se retirou.

— Eu deixei a mamãe triste? – fez bico de choro.

— Não, meu amor. – pegou a filha no colo e a abraçou – Mamãe só precisa de um tempo.

Alguns segundos depois Regina desceu com dois presentes.

— Aqui! Eu queria dar amanhã, porque é dia dos pais, mas... – entregou o maior para Robin e o menor para Hope. Ajudou a filha abrir enquanto via a reação de Robin.

O loiro pegou o papel tremendo, um exame de gravidez  escrito “positivo” em letras garrafais era visto, e sapatinhos de bebê completava o kit. – Apple! Isso é... – pediu emocionado.

— Sim! – deixou uma lágrima escorrer ao sentir o abraço apertado de Robin.

— O que é? – Hope pediu sem entender e olhou para o presente onde tinha uma camiseta – O que diz?

— Diz “Promovida a irmã mais velha” – Regina apontou para cada palavra –  Isso significa que você terá uma irmãzinha.

—Sério?! – ela piscou os olhos começando a chorar e abraçou a mãe.

— Shi, querida! – acariciou os cabelos da filha enquanto Robin abraçava as duas.

— Obrigada.- soluçou e se afastou – Onde ela está?

— Na barriga da mamãe! – Regina apontou cariciando a barriga.

— Ela vai demorar muito? – pediu ansiosa tocando no abdome da mãe.

— Alguns meses – sussurrou Robin sem acreditar, lia e relia o papel.

— Tenho que falar para o Mat!- saiu correndo com Lola atrás.

— Parabéns, amor. – Regina sorriu o abraçando.

— Obrigado! – rindo  a beijou o rosto todo enquanto ela gargalhava – Obrigado!

Tempo Atual

— Não posso acreditar que ela está aqui! – Robin acariciou o pé da bebê que por reflexo encolhia.

— Seja bem vinda a família, Victória! – sussurrou Hope para irmã.

— Feliz, senhor Locksley? – Regina sorriu para o marido.

— Imensamente e você? – lhe deu um selinho.

— Realizada! – riu e fechou os olhos – Exausta também, e vamos ficar ainda mais.

— Mamãe, Vic está puxando os meus cabelos. – fez biquinho enquanto a recém nascida tinha os fios de cabelos de Hope em suas mãos.

— Foi sem querer, ela não fez por mal. – a morena tirou os cabelos da filha da mão da pequena que começou a chorar, Regina olhou para Robin e sorriu - Pronto para uma nova aventura?

 FIM...