Slytherin escrita por Lyn Black


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hey,
Para finalizar com chave de prata, temos o conto sobre S. Slytherin. Por um tempo já me considerei bastante dessa casa, embora atualmente eu não me veja mais nela (sou a intersecção entre Slyth, Raven e Huffle). Considero que essa foi a mais difícil de retratar devido as controvérsias. De qualquer forma, acho que fiz um bom trabalho.
Espero que gostem,
Sem mais demoras,
Boa Leitura!



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Salazar Slytherin

O jovem Salazar sempre foi recluso, talvez um tanto introvertido quando criança. Com seu rosto fino e aristocrático, carregava nos ombros o peso da linhagem Slytherin. Apesar de seu pai ter aumentado um tanto a história de sua família, Salazar tratou de honrá-la. E, não pensem que ele se resumia nisso. Comenta-se a ironia sobre como a casa taxada de preconceituosa era a maior vítima de preconceitos entre as quatro. Não que ela seja inocente.

Descrito como ambicioso, Salazar foi criado numa época onde o ódio entre trouxas e bruxos estava crescendo. Há quem diga que por causa de traumas desejava erradicar a presença daqueles que não provinham de famílias mágicas. Outros escrevem que sua família passou-lhe tais valores e consequentemente ele os carregou. É verdade que Salazar Slytherin defendia uma ideologia preconceituosa, mas a casa Slytherin não é feita disto, muito menos o próprio Salazar.

O já chamado astuto Slytherin dos brejais pelo Chapéu Seletor, e nascido nas regiões pantanosas da Grã-Bretanha, tinha cabelos escuros como a noite e olhos tão claros quanto os de um fantasma. Educado e com um ensinamento refinado, era esperto e prezava outros que também o eram.  Sempre persuasivo e persistente, sabia jogar as peças a seu favor.

Helga Hufflepuff pensou que ele haveria de ser o mais difícil de convencer. Para a sua surpresa, ele tomou seus planos como seus e apostou muito na construção da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. É claro que a Ravenclaw e o Gryffindor também fizeram seus esforços, mas a ideia o fascinou de imediato. Slytherin apenas era precavido demais para responder na hora. Educar os bruxos, lhes dar suporte, passar a diante conhecimentos era algo que o interessava. Mas ele tentava não ser impulsivo.

Quando Hogwarts foi finalmente fundada, cada fundador ergueu uma casa para si. E Salazar tomou a liberdade de escolher seus aprendizes a dedo. Nada mais justo, ele achava. 

Slytherin não concordava com a entrada de estudantes nascido-trouxas, o que gerou diversas discussões entre os quatro. Se não podia impor a sua convicção na escola, ela estaria presente em sua casa. Na verdade, ela sempre esteve, mas ele só se separou dos quatro quando o assunto foi abertamente discutido e ele se viu num ponto sem retorno. E, é por isso que a casa da Slytherin não tem o costume de aceitar os totalmente associados aos trouxas. Ora, Salazar era rancoroso, não que isso seja algo dos seus aprendizes. Ele tinha justificativas para as suas decisões. Plausíveis ou não.

Salazar prezava os alunos que faziam mais do que sonhar grande. Seus aprendizes sonhavam grande e trabalhavam arduamente para concretizar os seus sonhos. Inteligentes e observadores, os da sua casa podem ser reclusos diante dos outros, mas dentro de seus salões são eles mesmos. Eles deixam bem claro que quando querem algo; conseguem.

Outra característica especial dos da Slytherin é o preconceito. Alguns dos integrantes provem de famílias preconceituosas puros-sangues, é verdade. Mas todas as casas possuem bruxos megalomaníacos. E os desta fazem questão de se lembrarem dos caminhos onde os seus podem cair. Quem não se lembra do passado está fadado a repeti-lo.

Mesmo fragmentados em espectros de cores, os alunos dele não negam. “É verdade, mas um humano cometer uma atrocidade não implica que toda a humanidade cometerá”. É verdade que eles buscam todos os caminhos possíveis para fazerem o que querem e se não o encontram, criam um. Eles são determinados. Persistentes. E ambiciosos. Orgulham-se disso. 

“Meus caros, se vocês não têm ambição estarão condenados a se manterem no mesmo lugar, sem avanços, estagnados. A ambição nos leva a usar da coragem que nem sabíamos que existia, da inteligência que sempre duvidamos e inclusive da justiça e da sinceridade. Ansiamos um mundo diferente, melhor. Como isto haveria de ser ruim? Ora, e os outros não podem nos ignorar. As pessoas acham que somos loucos, mas esquecem-se que pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, mudam. “  

Os slytherins também são leais. A eles próprios, aos seus interesses e aos outros. E, saiba que entre os da Slytherin poderá encontrar os seus irmãos. No final, eles são uma família. Uma família apesar de todos os apesares unida.

Ditos tradicionalistas, os slytherins apreciam conhecer as tradições, mas muitos preferem criar novas. Eles podem ser teimosos. E bem alegres. A casa não tem peças uniformes, nenhuma tem. Talvez eles sejam frios e distantes, mas é quase uma tentativa de controle de si próprio constante. Eles apenas desejam ser destemidos.

Quando Slytherin idealizou a morada de seus estudantes, buscou uma região isolada, exclusiva para eles. Seus alunos moram nas masmorras o que pode até parecer assustador, mas Salazar fez questão de lhes conferir todas as regalias possíveis. Considerada a casa mais luxuosa de Hogwarts, os salões ostentam riqueza e um ar de mistério é palpável. Além disso, os Slytherins têm uma vista invejável: a do fundo do Lago Negro. E podem passar horas a fio observando a mutabilidade imutável do lago, fascínio de muitos estudantes. 

Não podemos nos esquecer que o nobre Salazar tinha um dom: falava com as cobras. Seres tão julgados quanto ele. Chamadas de vis e venenosas, as cobras eram associadas ao pecado e a ruindade. E elas entendiam o belo homem. Faziam das dores dele, as suas.

Além do mais, Slytherin admirava a suavidade com a qual as serpentes deslizam. O mistério que as envolve, sempre ocultas por um véu de suspense. Elas são astutas e só jorram o veneno diante de ameaças. Ou quando precisam se alimentar. E, assim a cobra é o símbolo da casa dos astutos.  Desliza prepotente, atenta as variações do ambiente, porque a cobra, tal como Salazar, sabe. Ele é aliado, mas também é inimigo. E usa do mimetismo para sobreviver.

As cores que escolheu para o representaram são o verde, vivo e altivo, e a prata, preciosa, nobre e metálica como o fio da espada.

Salazar no final apenas queria ensinar a todos sobre como podemos tentar moldar o mundo. Alguns de seus preceitos estavam errados é verdade. E outros estavam certos. Nesse caso, a dualidade se baseia no inferimento dos direitos alheios. 

Porém, como a água, que com sua força constante recorta a terra, apaga o fogo e reina com o ar, Slytherin está em constante mudança. E, assim como ele, os seus aprendizes são transformadores em contínua transformação.


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