Tempestta escrita por Krika Haruno


Capítulo 36
O fim está próximo




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Duas linhas de ataque haviam se formado no espaço sideral de GS. De um lado a Ramaei liderava as forças de Ranpur, do outro lado a Nau 3 liderava as de S1. Tanto Sttup quanto Orrin sabiam que aquele seria o último combate e que precisariam usar todas as táticas que conheciam caso quisessem sair vitoriosos.

— Vamos exterminar GS. - disse Orrin. - atirem.

O.o.O.o.O

Depois do problema do buraco negro, a Euroxx navegava para sair do hiper-espaço. Mask tinha sido chamado na sala de controle.

— Quanto tempo capitão?

— Dez minutos. Sairemos próximos nos limites da área cento e seis. Navegaremos por uma hora e depois voltaremos para o hiper-espaço, praticamente já dentro do território de S1, mas sem o risco de buracos negros.

— Noticias dos demais ataques?

— Nossa comunicação será restabelecida quando entrarmos no nosso território.

— Há sinais de batalha? - indagou Iskendar.

— Só saberemos quando chegarmos.

— Quanto tempo para o alvo principal?

— Três horas.

— Deixe todos de prontidão. Não poderemos usar mais um torpedo, então as armas auxiliares terão que está funcionando.

No quarto, Shaka estava num profundo silêncio. A falta de noticias de Urara o deixava preocupado.

— Sua namorada está bem, buda. - disse Kanon. - ela não é fraca. Urara e Niive são fortes.

— Está tranqüilo?

— Não, mas preciso confiar nas habilidades da Nii. Ela não é diretora a toa.

Luzes em amarelo começaram a piscar. Era o sinal que a Euroxx voltaria para o espaço de GS. Os cavaleiros dirigiram-se para a cabine.

— Seiscentos segundos para o fim do hiper-espaço.

— Potência dos motores diminuindo em dez por cento.

Navegação sendo ajustada. Posição X875y369z874. Margem de erro 0,004 por cento.

— Liguem nossos espelhos refletores. - pediu Evans. - registrem todas as comunicações.

Todas as atenções estavam para o vidro. Não sabiam o que encontrariam quando a Euroxx saísse. O maior temor de Marius é que fossem descobertos. Aquela missão era muito importante para ser arruinada.

A imagem do espaço despontou para eles. A princípio só havia eles naquele local, mas a Euroxx sofreu um impacto pela direita.

— O que foi isso?! - gritou Evans.

— Batalhas senhor. Forças de S1 e GS.

As imagens foram colocadas na tela. Havia um confronto de naves.

— Usem a artilharia auxiliar. Deixem os Legos de prontidão.

Iskendar e Mask viam as trocas de raios.

— Precisamos fazer alguma coisa. - o policial olhava os raios azuis.

— Então vamos mostrá-los do que dois Tempesttas são capazes. – sorriu.

O policial entendeu a colocação do canceriano achando uma loucura, mas gostou da ideia.

— O que pensam que vão fazer? – indagou Evans aproximando dos dois.

— Voltar as origens. – Mask colocou o elmo da sua armadura enquanto levitava. – só use  nossa artilharia em extrema necessidade, capitão.  – sumiu.

— Eron!! – gritou Marius.

— Um inconseqüente... – murmurou Iskendar também levitando.

Ele também sumiu. Rapidamente Evans buscou imagens do exterior da nave. Os dois estavam lá.

— Eles ficaram doidos? – Etah olhava as imagens.

No exterior...

Não se ouvia som algum, mas os clarões das naves incidiam nos rostos deles.

— Qual o plano? – perguntou Iskendar.

— Pensei que teria.

O policial o fitou na hora.

— Não tem um plano?

— Sou apenas um pião. Esperava que meu irmão mais velho me guiasse. - deu um sorriso lavado. - O velho Torin não disse que devemos agir juntos? E você não diz que é melhor do que eu?

— Sinceramente não sei qual parte da família você puxou. Seu louco. – riu.

— Você contem os tiros e eu abato.

— Tudo bem.

Os dois sorriram.

Dando um impulso Mask pulou sobre uma nave que passou perto da Euroxx. Lembrando-se de como Dohko havia abatido naves  fez o mesmo. Mirava seu cosmo nos motores. Enquanto isso Iskendar repelia os mísseis que iam de encontro a nave. No começo os dois agiam sem jeito mas com o tempo as ações tornaram se mais precisas e fortes.

O poder de Iskendar parecia se aperfeiçoar a medida que usava. Ele não apenas segurava, como também conseguia repelir. Na Euroxx, todos assistiam surpresos.

— Eu não sabia que Mask era capaz daquilo. – disse Kanon.

— Nem o irmão dele. – comentou Shura.

— É o poder combinado dos Tempesttas. – disse Shaka. – Torin foi bem claro em dizer que os dois precisavam trabalhar juntos.

— Mask não vai admitir mas está se divertindo. – a voz de Aioria chamou a atenção. – foi a mesma emoção que senti quando Aiolos e eu lutamos juntos em Asgard. Ao que parece os dois finalmente estão se vendo como irmãos.

Mask tinha derrubado muitas naves, assim como Iskendar repelindo outras. Apesar do perigo, o policial estava gostando da situação. Era uma sensação esquisita, mas prazerosa. Mask parou ao lado dele.

— Será que tem seqüela ficarmos tanto tempo no espaço?

— Sei lá. – fitou a armadura de Câncer. – eu queria usar isso.

— Quem sabe algum dia.

O papo foi interrompido pela abertura de um hadren. Uma nave de porte médio saiu dele.

— Temos um peixe maior. – o italiano estralou os dedos.

— Não liga se formos atingidos? Podemos morrer.

— Todo cavaleiro sabe que a qualquer momento pode ser o último.

Iskendar deu nos ombros.

— Eu darei um jeito no motor, enquanto acerta com sua energia. - o policial já olhava para o alvo. -  Vamos derrubar essa nave.

Os dois usaram o teletranporte.

Em Atália, Haykan recebia a informação de batalhas ao sul de GS.

— Coloque na tela.

A imagem deles foi projetada.

— Eles... – murmurou Haykan. – malditos Tempesttas...

No local da batalha, dezenas de Legos inimigos saíram da nave para tentar conter o ataque dos príncipes.

— Estamos cercados. – disse Iskendar.

— Cuide do motor, eu dou um jeito neles. O velho Máscara da morte está precisando extravasar.

O cavaleiro avançou sobre os legos. Usava seus punhos e as vezes sua energia para dete-los. Enquanto isso Iskendar posicionou-se sobre um dos motores. Com seu campo de força faria o implodir.

O canceriano avançava contra os inimigos. Pequenas naves de S1 aproximaram, começando a atirar.

— Mexeram com a pessoa errada.

Acumulou uma grande quantidade de energia nos punhos disparando. Foram avariadas. Enquanto isso, Iskendar aplicava mais força nos motores. Ficou surpreso pela fluidez que ele corria. Sentia-se cansado, ao mesmo tempo feliz. Não achava que era algo inerente aos Tempesttas, porque tanto Bruni quanto Soren, não saiam por aí destruindo naves. Desviou o olhar para o irmão. Mask derrubava-os como se fossem insetos.

— Ele é um psicopata... - sorriu. - e eu também. - aumentou o sorriso. - Vão se ferrar!

Ele aplicou mais força. Os motores não agüentaram a pressão, entrando em colapso.

Dentro da nave, as sirenes de emergência começaram a ecoar. Na Euroxx, viam a destruição da nave de S1.

— Eles derrubaram uma nave...? - Evans não acreditava.

Mask saltou para perto do irmão.

— Vamos dar o fora daqui.

A explosão espalhou se em cadeia. Não apenas essa nave explodiu, mas outras de S1 também tiveram o mesmo fim. Iskendar e Eron voltaram para a Euroxx.

— Vocês estão bem? - indagou Marius aproximando.

— Ótimos senhor Marius. Fazia tempo que não me divertia.

— Mask. - Shaka chamou sua atenção.

— Brincadeira.

O policial olhava para as mãos. Seu poder tinha aumentado rapidamente. Que outras coisas poderia fazer com ele?

— Eu quero fazer isso de novo. - disse. - parece que quanto mais eu usar, mais ele cresce.

— Seu poder despertou por completo. - disse Mu. - agora é só desenvolve-lo.

— Juntos somos fortes. - o canceriano estendeu a mão.

— Longa vida aos Tempesttas. - retribuiu.

Enquanto isso, numa região próxima a Atália...

A batalha seguia intensa, centenas de naves, de ambos os lados, disparavam e desviavam dos mísseis lançados. A equipe de Legos da Ramaei estava toda no exterior, auxiliando no combate.

Niive teve que se segurar para não ir ao chão, pois a Ramaei tremeu quando foi acertada.

— Danos. - pediu Sttup que segurou em sua cadeira.

— Escudos intactos senhor.

— Eles estão mais fortes. - disse a diretora.

— Não podemos perder essa batalha. - Sttup fitava o painel. - dê ordem para que todas as naves de S1 sejam derrubadas não importa como.

— Sim senhor.

— Eu irei ajudá-los presidente. - Niive prepara-se para sair do recinto.

— Espere diretora. Comandará as tropas daqui.

— Daqui? Não tem como, é um combate senhor presidente.

— É uma ordem senhorita Jay. - a fitou frio. - não podemos arriscar perder uma diretora. Comande suas tropas da cabine ao lado.

Niive bufou, mas acatou a ordem.

Enquanto isso na Nau, Orrin analisava sua estratégia de batalha. A mando de Haykan a nave tinha ganhado mais dois super torpedos o que ultrapassaria o poder de fogo da Ramaei.

— Vamos com tudo contra eles. Dispare dois torpedos, vamos destruir os escudos deles.

Na Ramaei o som de alerta ecoou.

— Presidente, estão armando dois torpedos.

— Dimensões?

— A força conjunta é dois anti. Nossos escudos não vão agüentar.

— Dispare um dos nossos, tentaremos neutralizar ao menos um.

Os dois armamentos principais das maiores naves de GS e S1 preparavam para atirar.

— Fogo! - gritou Orrin.

— Fogo! - gritou Sttup

Foram disparados. Como planejado por Sttup, um dos torpedos dos inimigos foi neutralizado, mas o outro não deixou de impactar na nave, fazendo o escudo brilhar.

— Disparem um torpedo de 1 e outro de 1,5. - disse o presidente. - não podemos prolongar essa batalha.

Orrin recebeu o alerta.

— Qual o poder?

— 2.5 comandante. Podem destruir nosso escudo e ainda danificar nossa nave.

— Dispare na mesma proporção. Para a Ramaei sobrará apenas mais um disparo. Ao impacto dos disparos use a velocidade v9.5, pegaremos -os por trás.

Como da primeira vez os avisos soaram nas duas naves. Tanto Sttup quanto Orrin não estavam dispostos a perder por isso atacavam com tudo que tinham. O presidente, aguardava também informações da Euroxx. A chegada daquela nave a Atália era crucial.

Dispararam. Como a força foi igual, apenas uma grande explosão no centro dos dois aconteceu, levando com ela dezenas de naves que estavam nas proximidades. Sttup viu o brilho diminuir e ficou preocupado quando não viu a Nau.

— Localização!

— Sumiram dos nossos radares.

— Ela é mais rápida... - murmurou. - como daquela vez...coloquem os escudos...

— Detectamos senhor! Estão atrás de nós!

A Nau surgiu em toda a sua prepotência atrás da Ramaei.

— Disparem! - ordenou Orrin.

Sem chance de defesa a Ramaei foi atingida.  Primeiro os escudos foram destruídos e em seguida a parte esquerda da nave. Ela sacudiu levando os desavisados ao chão. Niive foi um deles.

— Droga... - levou a mão a testa, sangrava. - esses desgraçados.

Na cabine ao lado...

— Escudos destruídos. Perdemos três motores auxiliares senhor.

— A ala esquerda foi danificada. As portas de contenção foram abaixadas.

Sttup cerrou o punho. Eles estavam mais fortes.

— Usem os motores vandreds na sua totalidade, precisamos igualar a velocidade deles.

— Mas isso pode comprometer os motores. Forçá-los poderá destruí-los e ficaremos a mercê dos motores auxiliares que restaram.

— Não importa. Carregue o ultimo torpedo e preparem as Tbombas. Quando o escudo deles forem destruídos disparem com tudo que temos.

Os controladores olharam entre si mas obedeceram.

Da Nau, Orrin via o aumento nos motores.

— Vamos entrar num hadren, quero ver como vão se sair.

A Nau fez uma manobra evasiva. Quando Sttup viu o hadren, soube que era tudo ou nada. Se estavam fugindo ou se era uma distração, não importava, tinha que derrubar aquela nave.

Dentro do hadren a Nau 3 mantinha a velocidade máxima sem problemas, mas a Ramaei estava bem atrás.

— Senhor, não conseguiremos alcançá-los.

— Dê o alerta 3.5. Desvie essa energia para os motores vandreds. Não vamos perder aquela nave.

Na cabine ao lado, assim que ouviu o alerta, Niive foi para a cabine principal.

— Presidente.

— Onde está seu cinto diretora?

Ela obedeceu.

— Senhor, perderemos a gravidade em sessenta segundos.

— É tudo ou nada.

Quando passou o tempo, todos sentiram o corpo mais leve, a nave deu um solavanco, antes que os motores recebessem a energia máxima.  Na Nau, o alerta tocou.

— Comandante, a Ramaei aumentou a velocidade.

— Eles não tem esse poder... force nossos motores.

A Nau ganhou velocidade e Sttup pediu o mesmo.

— Disparem o torpedo principal e em seguida os Tbomba.

Bem próximos a Nau, os torpedos foram disparados. O principal destruiu o escudo da Nau e os outros provocaram danos significativos na nave. A Nau 3 rodopiou dentro do hadren, sendo lançada para fora.

— Conseguimos presidente!

Mal disse isso, a Ramaei foi lançada para fora do hadren.

— Danos. - pediu Sttup.

— Perdemos os dois motores vandreds e os auxiliares esquerdos.  Temos condições de chegar a Ranpur, mas levará muitas horas. Precisamos também de energia, pois os geradores de gravidade estão baixos. Por enquanto não poderemos nos mover, até atingirmos trinta por cento. Só temos a artilharia que não faria grande estrago contra a Nau.

Sttup ficou em silêncio, naquela situação a Ramaei não passava de uma nave comum.

— Presidente, nosso sistema de comunicação foi afetado em vinte por cento.

— Conseguem contato com a Antares e Euroxx?

— Antares está incomunicável e estamos buscando o sinal da Euroxx.

— E a Nau?

— Ainda fora dos nossos radares.

— Envie a nossa situação a Euroxx. Talvez o príncipe não possa contar com nossa ajuda. 

Na Euroxx...

— Capitão, estamos recebendo informações da Ramaei. Ela foi gravemente interceptada.

— Contra quem?

— A Nau 3.

Kanon pensou em Niive imediatamente.

— Evans, mude nosso curso, precisamos ajudá-los. - disse Mask.

— Mas alteza... o plano inicial...

— Darei um jeito depois. - os cabelos ficaram brancos. - preparem os motores, vou abrir um hadren vermelho.

Mask sumiu. Mesmo que aquilo custasse sua missão, não poderia deixar que a Ramaei fosse destruída. Talvez ela fosse a salvação para a galáxia.

Há quilômetros dali...

A Nau 3 ainda tentava se estabilizar depois dos disparos. Orrin teve que se segurar para não ir ao chão.

— Cretinos... relatório de danos!

— Perdemos um dos motores vandreds. A ala sul e sudeste foi destruída. Estamos baixando as paredes de contenção.

— Ainda temos munição?

— Não senhor. E sem um dos motores não conseguiremos entrar num hadren.

Orrin estreitou o olhar.

— A Ramaei ainda tem munição?

— Não creio senhor. Ela não está melhor do que nós já que usaram os motores vandreds além da capacidade.

— Nem que seja a última coisa eu faço... - limpou um filete de sangue que desceu pela testa. - eu vou derrubar aquela nave. Desvie os centros de energia para o vandred.

— Não conseguiremos uma taxa muita alta de velocidade.

— Não tem importância! Desligue o centro de gravidade em oitenta por cento da nave. Quero que essa energia sirva de arma.

— O que pensa em fazer senhor?

— Nós iremos derrubar aquela nave. - olhou para os controladores. - falta pouco para nossa galáxia triunfar, não podemos desperdiçar essa chance. O senhor Haykan conta conosco, mas quem quiser, pode abandonar a nave.

— Desculpe senhor mas ficaremos. - disse um dos homens. - se for para a glória de S1 iremos até o fim.

— Seus nomes ficarão registrados na história. Reúnam toda energia! Vamos destruir a Ramaei Enterprise!

Em Atália...

Do centro de operações Haykan aguardava informações do confronto entre as titãs GS e S1.

— Senhor, chegaram os últimos dados da batalha.

O líder aproximou da tela, vendo os dados e imagens.

— O que Orrin vai fazer...?

Dentro do hadren vermelho a Euroxx seguia a todo vapor. Pela distância e por estarem no vermelho chegariam em pouco tempo. Na cabine, Evans buscava por noticias da Antares e considerava a situação do plano. Só restava três torpedos e talvez eles não fossem suficientes para destruir Atália.

Na Ramaei, Niive avaliava os estragos provocados pelo uso além da capacidade. Levaria alguns meses até a nave voltar ao que era. Sttup, aguardava a Nau 3 ser localizada.

— Localizamos senhor. Está a oitocentos mil quilômetros de nós.

— Qual a situação?

— Está completamente sem energia. Eles não tem como fugir por um hadren pois estão sem um dos vandreds.

— Vigie as ações deles.

— Presidente. - Niive chegou na porta. - os estragos foram grandes.

— Avise a Ranpur sobre nossa situação.

Na Nau...

— Estamos com oitenta por cento senhor. Com isso teremos energia equivalente a um torpedo 1 anti.

— Trace a rota de colisão.

As duas naves estavam paradas. Sttup estava apreensivo. Sabia que Orrin não desistiria, tão pouco renderia a eles. Ele estava arquitetando algo, mas não sabia o que.

— Presidente, estamos detectando um acumulo de energia por parte da Nau.

— Vão atirar? - indagou Niive perplexa.

— Não se trata de uma arma. A nave toda está se energizando.

Sttup teve um estalo.

— Em quanto tempo conseguiremos nos mover?

— Em meia hora senhor.

— Tempo demais... Dê a ordem para evacuar a nave.

— O que?! - exclamou a diretora.

— Eles vão derrubar a Ramaei usando a Nau... comecem a evacuar.

— Não teremos tempo senhor, apenas os setores quatro e cinco estão operando.

O presidente sentou lentamente...

— Comece agora então.

Na Nau...

— Cinco por cento para a totalidade senhor.

— Eles podem esquivar?

— Estão sem energia para isso.

Orrin sorriu.

— Transmita as últimas informações para o senhor Haykan.

— Sim.

— Noventa e seis por cento... noventa e sete... noventa e nove... cem por cento.

— Ajuste a velocidade máxima.

Quando o controlador ia dar o comando, diante da Nau e da Ramaei surgiu um hadren vermelho...

— Euroxx... - murmurou Orrin.

— A Euroxx?! - Sttup estava receoso. O que ela fazia ali?

Na Euroxx...

— Abram um canal de comunicação com a Ramaei, - pediu Evans. - quero dados das duas naves.

— Qual é a situação capitão? - indagou Mask chegando com os demais.

— As duas não conseguem se mexer e...

— Capitão, a Nau 3... ela está preparando para atirar.

— O que???

Evans!— a imagem de Sttup apareceu na tela. - saia daqui imediatamente!

— Senhor Sttup?

Estamos sem munição e Orrin planeja jogar a nave contra nós, usando energia a um anti. Saiam daqui!

Evans e Marius arregalaram os olhos. Aquilo poderia facilmente destruir a Euroxx.

— De jeito nenhum. - disse Mask. - e os nossos torpedos?

— Eron... - Iskendar tocou no ombro dele. - talvez teremos que usar dois para derrubar a Nau, sobrando apenas um para Atália, não podemos correr o risco.

— Nós vamos assistir a Ramaei ser destruída? - indagou Kanon. - tem vidas lá.

Saia daqui Kanon!— berrou Niive. - Capitão Evans, seus superiores lhe deram uma ordem. Saia imediatamente.

Evans recuou, assim como Kanon.

— Niive...

Preciso que alguém cuide da minha família e a vida dos príncipes são mais importantes!

— Não somos melhores que vocês... - Mask cerrou o punho.

Na Nau...

— O que faremos senhor?

— Iremos acabar com a guerra. Passe por cima da Euroxx.

Tanto na Euroxx, quanto na Ramaei soou o aviso de perigo. Eles viram a Nau começar a se mover. Os dourados estavam apreensivos, o que poderiam fazer? Kanon era o mais agoniado. Não poderia perder Niive, deveria ter uma solução...

— Exclamação de Atena. - a voz saiu.

Os dourados o fitaram na hora.

— Disparar uma exclamação? - Aioria o fitou. - daqui de dentro?

— Você quer matar todo mundo? - Dite nem acreditou no que ouviu.

— Nós é que vamos matar todo mundo na Nau. - disse Mask. - tem condições de usar seu cosmo? - fitou o pisciano.

— Tenho...

— Shura, Mu e você farão um exclamação. Aioria, Shaka e eu, outra.

— Duas?? - berrou Shura.- surtou?

— Como vamos deter essa energia daqui dentro Giovanni? - indagou Shaka calmamente. - ela vai fazer um rombo na estrutura da nave. E também nem sabemos se dará certo.

A discussão foi interrompida por um bipe. Era o aviso que uma grande quantidade de energia estava na rota de colisão.

— Não sei o que é exclamação, mas não tem como pará-los. - disse Marius.

— Não faça pouco caso dos cavaleiros de Atena. - Mask sorriu. - Kanon, abra uma fenda dimensional. Ela ligará o interior ao exterior sem danificar a estrutura. Vamos passar nossos cosmos por ela.

O marina piscou algumas vezes. O plano poderia dar certo.

— Iskendar. - fitou o irmão. - espero que seu poder esteja forte.

— O que pensa em fazer? - indagou Shaka.

— Vamos usar o poder dele de segurar ataques. Ele vai criar uma redoma no nosso entorno. Assim a força do descolamento da nossa energia não atingirá esse local.

— Ele não tem força para isso. - disse Mu preocupado. - pode matá-lo.

— Posso fazer. - disse o próprio. - eu vou conseguir. - sabia que a situação realmente poderia custar sua vida, mas faria. - só me diga o que tenho que fazer. - fitou o irmão mais novo.

— Ninguém obedece mais nada... - murmurou Dite. - Exclamação de Atena virou algo banal... - suspirou.

— Evans e os demais fiquem atrás do meu irmão. - pediu Mask. - transmita a Ramaei nosso plano.

— Mas alteza... - murmurou Evans.

— Confie em nós.

Marius não opinou muito. Estava curioso a respeito da tal exclamação. Se eles temiam o uso daquilo era porque deveria ser algo estrondoso. Só torcia que tudo terminasse bem.

Do lado direito da cabine, Shura posicionou-se no centro, tendo Mu a esquerda e Dite a direita.

— Iskendar, - Eron tocou no ombro dele. - tem certeza?

— Sim.

— Será um grande desprendimento de energia, no estilo do ataque ao palácio e não poderá recuar ou todos vamos morrer.

— Já disse que vou fazer. Não faça pouco caso de mim.

— Só estou preocupado com você.

— Vamos terminar logo com isso.

Iskendar posicionou-se entre os cavaleiros e a tripulação da Euroxx. O policial começou a sentir sua energia fluir.

— Sua vez Kanon.

O cavaleiro abriu uma fenda, suficiente para que as energias das duas exclamações passassem e com seu cosmo a mantinha aberta.

— Vai ficar aberta até o final?

— Assim espero.

Shaka ficou ao centro, tendo Aioria a direita e Mask a esquerda.

— Vamos mostrar a Haykan do que somos capazes.

Na Ramaei, o plano de Mask foi transmitido.

— Eles são loucos... - murmurou Niive.

Na Nau, Orrin esperou até o último minuto.

— Agora!

A nave começou a se mover em grande velocidade, na direção da Euroxx. Na visão do comandante as duas naves de GS seriam destruídas.

— Vamos rapazes!

Os seis cavaleiros começaram a liberar seus cosmos. O resultado foi na hora, a Euroxx começou a tremer.  Iskendar sentiu uma grande força empurrá-lo para trás, mas não fraquejou. Marius e Evans traziam os olhos arregalados ao verem aquele brilho dourado.

— Exclamação de Atena!

O brilho dourado ofuscou a visão dos presentes. Iskendar foi de joelhos ao chão, mas não desfez a proteção. A bola de energia passou pela fenda criada por Kanon, indo em direção a Nau.

— Comandante! A Euroxx disparou!

Orrin via aquele brilho dourado vindo em sua direção, mas não se abateu.

— Continuem!

A energia dos dourados chocou-se com a Nau 3. Na Ramaei todos assistiam abismados aquele encontro.

— A Euroxx não tem esse tipo de arma... - murmurou Sttup.

Niive olhava o brilho dourado.

— Não é possível... - lembrou-se dos combates de Kanon. -  são eles...

— Eles? - Sttup a fitou imediatamente. - eles quem?

— Os cavaleiros de Atena...

As poucas naves de S1 que haviam sobrado, estavam a distância e uma delas transmitia imagens para Haykan. O líder de S1 via com assombro aquele brilho dourado.

A Nau 3 tremia com o impacto. Orrin não acreditava que a Euroxx tivesse uma arma tão poderosa.

— Não vamos perder! Forcem tudo!

Com isso a Nau empurrou a energia dos dourados.

Kanon mantinha a fenda aberta. Apesar de não está participando diretamente, experimentava os efeitos da cosmo energia dos amigos.

A Euroxx começou a tremer mais forte e partes da sala de controle começaram a rachar.

Iskendar sentia os braços doerem, a pressão era grande e em qualquer momento poderia quebrá-los. Infelizmente era mais fraco que Eron. Deu um passo para trás. O nariz começou a sangrar. A tripulação que estava atrás dele, olhavam assustadas para as rachaduras nas paredes e assoalho da nave. Temiam que ela desintegrasse.

A Nau forçou ainda mais seus motores, os cavaleiros sentiram a pressão. Os estragos na Euroxx aumentaram.

Marius olhava a forte ventania dentro da "bolha" criada pelo príncipe mais velho.

— "Eles tem limites?..."

— Aquilo é feito de metal, não pode ser mais forte. - reclamou Aioria.

— E não é. - disse Mask.

Iskendar recuou mais um passo. Aquele poder era forte demais.

— "Droga... eu não vou agüentar..."

— Príncipe Iskendar... - murmurou Evans vendo os dedos dele sangrarem.

Mask teve a atenção chamada para isso. O irmão não tinha uma proteção, ele poderia morrer e ainda levar todos na Euroxx. Livrou-se de sua armadura, fazendo com que ela fosse para o corpo do irmão.

— O que...? - indagou quando viu os braços revestidos pela vestimenta.

— Mask assim vai morrer. - disse Dite.

— Nunca vi ninguém morrer usando a exclamação! Apenas elevem seus cosmos. Vamos derrubar aquela nave.

— Está certo. - disse Shura.

Os seis elevaram seus cosmos, ofuscando a visão de Iskendar e dos demais.

— Ah!!!!!! - gritaram os seis.

Com o aumento da energia a própria Euroxx foi empurrada para trás, os motores foram ligados para estabilizá-la.  O policial também aumentou a sua energia para que o tal cosmo, não ferisse as pessoas e destruísse a nave. Da Ramaei, Sttup e Niive viram o raio dourado ficar mais grosso.

— Kanon!

Orrin viu o raio dourado aproximar cada vez mais. Estava com ódio pois não ajudaria seu senhor naquela missão. Sua visão foi ofuscada. No raio de centenas de quilômetros viram uma bola dourada expandir-se e depois alastrar-se em todas as direções. A Ramaei tremeu com o impacto e foi arrastada por quilômetros. A Euroxx sofreu a mesma coisa. O interior da "bolha" feito por Iskendar estava destruído. Kanon estava no chão, assim como os demais.

O primeiro a acordar foi o policial. Teve dificuldade de levantar, por causa do peso da armadura. Olhou ao redor, vendo que a única coisa que estava inteiro era o para brisa da nave.

— Que poder é esse...? - olhou para o vidro, não vendo a fenda criada por Kanon.

Marius e Evans acordaram. O capitão fitou a sala de controle. A Euroxx trazia muitos danos e era um milagre o alarme não ter disparado.

Iskendar a passos lentos foi até a área. Viu Kanon caído de um lado, Shura, Dite e Mu do outro e Shaka e Aioria. Seguiu o olhar vendo o irmão.

— Eron! - O caminhar foi lento. Queria se livrar daquele objeto, mas não sabia como. - Eron! - ajoelhou ao lado. Ele estava bem machucado. - Eron!

Haykan viu sua tela ficar negra, pois perdera a comunicação. O rosto tencionou. Se GS tinha aquela arma, era uma ameaça a seus planos.

— Liguem os motores. - disse para um dos seus homens. - vamos tirar Atália daqui.

— Mover? Para onde?

— Apenas obedeçam. - deu as costas. - vão me pagar caro pela morte de Orrin.

Há quilômetros dali...

Urara e Yahiku avaliavam os estragos a Antares. Felizmente nenhum ponto vital tinha sido acertado e com alguns ajustes conseguiriam se locomover, mas lentamente. Até o momento não tinham conseguido contato com as demais naves. Urara que supervisionava os reparos, sentiu o peito oprimir.

— "Shaka..."

A caminho da divisa de GS com S1, a nave que levava Lirya e os cavaleiros recebiam as primeiras informações. Ainda desencontradas.

— A Euroxx? - indagou a rainha. - o que ela faz nesse local?

— Não temos dados concretos majestade, mas parece que a Ramaei e Nau 3 também estão lá.

— O que?!

— Perdemos comunicação com uma nave nossa, cerca de cinco minutos atrás, contudo foi relatado que houve um grande disparo de energia.

— Eron... - murmurou a rainha agoniada.

— Será que foi a Ramaei? - Alisha também ouvia.

— Não sabemos alteza de quem foi o disparo, pois não foram nas cores vermelhas nossas e nem azuis de S1.

— De que cor foi? - Shion pensou em algo. Se a Euroxx estava lá...

— Dourado... ao que parece foi uma grande quantidade de energia.

Shion ficou em silêncio. Sem comunicação, Euroxx presente num local onde não deveria está e uma energia dourada, só poderia significar...

— Não pode ser a exclamação ou pode? - Dohko o fitou pensando na mesma coisa.

— Eles usaram a exclamação?! - berrou Miro.

— Uma hipótese. Precisamos chegar o quanto antes. - disse Shion.

— Por favor capitão, - disse Lirya preocupada pela expressão de Shion. - aumente a velocidade.

Quando o capitão iria dar o comando, a nave sacudiu.

— Fomos almejados, capitão. - disse um controlador. - algumas naves de S1 estão no nosso entorno.

— Temos armamentos? - indagou Miro.

— No que está pensando? - indagou Shion.

— Derrubar as naves.

Rapidamente Miro foi levado para o compartimento superior da nave. Acomodou-se na cadeira, recebendo brevemente instruções do uso da arma.

— Nada vai nos impedir de chegar até o Mask.

O escorpião tomou posição começando a atirar.

O.o.O.o.O

Niive sentiu o braço latejar. No balanço da Ramaei acabou indo ao chão caindo sobre ele.

Olhou ao redor, vendo outras pessoas também se levantarem.

— Presidente?

— Estou aqui. - Sttup estava de pé, olhando o ferimento na testa.

— O que aconteceu?

— Não sei. - olhou para a tripulação. - como está a nave?

— Sem danos.

— Onde está a Nau?

— Sumiu dos nossos radares.

— Faça contato com a Euroxx.

xxxxx

Iskendar chamava o irmão sem sucesso. Aos poucos os demais cavaleiros despertaram.

— Essa doeu... - Aioria levou a mão a cabeça.

— Eron!

O grito do policial chamou a atenção deles. Rapidamente reuniram-se ao redor do italiano.

— Giovanni... - murmurou Shaka.

O corpo do cavaleiro estava cheio de ferimentos principalmente nos braços e mãos.

— Acorda seu idiota! Você é um Tempestta não pode morrer assim! - exclamou.

Evans já tinha acionado a equipe médica da nave que não tardou em chegar.

— Afaste-se por favor alteza. - pediu o médico a Iskendar.

— Não vou sair daqui! - berrou. - Tirem essa droga de mim! - apontou para a armadura.

— Venha Iskendar. - Afrodite o puxou. - deixe os médicos trabalharem.

Mu fitava o canceriano, sentia o cosmo dele, mas bem fraco. Não sabia se era por conta do desgaste ou se era...

Marius afastou-se. Preferia esperar de longe.

— Chanceler. - uma tripulante aproximou. - temos uma comunicação da Ramaei.

— Vamos conduzir nossa nave até eles, por favor.

Enquanto a equipe examinava Mask, a Euroxx aproximou da Ramaei. Sttup e Niive embarcaram na nave real.

— Niive. - Kanon a abraçou. - graças a Atena está bem.

— O que fizeram? - olhou ao redor. - cadê o príncipe Eron e porque...? - viu Iskendar usando a tal armadura.

O marina apenas apontou para o chão. Iskendar olhava o irmão no chão, mais precisamente para os cabelos.

A mudança de cor nos cabelos indicavam quando um Tempestta estava morrendo. De brancos iam para negros. Mas Mask não tinha essa coloração e os cabelos continuavam num profundo azul.

— "Eron..."

— Capitão Evans, - o líder da equipe o fitou. - precisamos levá-lo para Ranpur, urgentemente.

— Ele corre risco? - indagou Dite.

— Os ferimentos nos braços são graves e se não fizermos nada pode piorar....

Iskendar nem escutou o restante da frase. Agachou diante de Eron.

— Acorda logo seu estúpido! - segurou o colarinho da camiseta, sacudindo-o. - acorda!

— Alteza!? - exclamaram perplexos pela reação.

— Não vai ver nosso pai ainda! Acorda! - sacudiu mais forte.

— Quer me matar? - abriu os olhos.

O policial o soltou na hora. Shaka e os demais suspiraram.  Com um pouco de dificuldade, Mask sentou.

— Eu não disse que a exclamação não mata?

— Porque é sortudo seu idiota. - ralhou Dite. - poderia ter morrido seu imprudente.

— Cumprimos a missão isso que importa. - deu um sorriso lavado. Olhou para o irmão. Ver a armadura com outro e ainda mais com ele era esquisito. - até que ficou boa em você.

— E Soren ainda me pede para cuidar de você... - levantou, puto de raiva. - francamente...

— Obrigado pela preocupação.

— Giovanni, - Shaka agachou. - seus braços.

— Já estive em situações piores. - fitou Sttup e Niive. - vejo que estão bem.

— Foi imprudente alteza, mas obrigado. - disse o presidente.

— Definitivamente não puxou Soren. - brincou Marius.

Passado o susto, Mask foi cuidar dos ferimentos. Os reparos a Ramaei continuaram e só dariam um tempo para seguirem em direção ao alvo principal. Sttup, Evans e Marius estavam na cabine.

— Eu jamais vou esquecer daquilo. - comentou o capitão da Euroxx. - o poder, energia, ou cosmo, não sei... foi um brilho intenso e uma potência... eu não sei se aqueles garotos têm limite. Destruíram uma nave do porte da Nau usando apenas as mãos... se não fosse príncipe Iskendar, teríamos morrido apenas com o desprendimento do ar.

— O poder de um elementar é algo fora da nossa compreensão. - Sttup lembrava do brilho dourado.

— Está muito além. - disse Marius. - eles são apenas protetores e podem fazer esse tipo de feito, imagine o poder de um elementar puro.

— Imagine os treze reunidos fazendo aquilo. - Evans fitou os amigos. - podem destruir qualquer coisa.

— Capitão. - aproximou uma policial. - uma nave se aproxima de nós.

— Inimiga? - indagou Marius.

— É de Ranpur.

xxxxxx

Num quarto privativo, Niive fazia um curativo na testa do marina. Havia sido um corte superficial, mas ela fazia questão de tratá-lo.

— Foi por pouco. - disse a diretora. - não imaginava que a Nau fosse tão poderosa.

— Eu pensei que não fosse dar certo. Ainda mais quando Mask tirou sua armadura... aquilo poderia ter desequilibrado a exclamação e ele poderia ter morrido. Foi um milagre.

— Qual o limite do poder de vocês? - o fitou. - se é que tem um limite.

— Enquanto tivermos nossos cosmos podemos lutar. Claro que aquilo foi loucura. Poderia ter dado tudo errado e a Euroxx acabar sendo destruída.

— Vocês são loucos, mas obrigada. - sorriu. - salvou a minha vida novamente.

— É isso que os guerreiros fazem, - passou o braço pela cintura dela. - salvar as donzelas. - deu um selinho nela. - e agora? A Ramaei vai voltar?

— Não temos mais munição e nem velocidade para escapar de uma possível investida. Seremos apoio da Euroxx.

— Certo. - levantou. - fico tranqüilo sabendo que ficará quieta aqui.

xxxxxx

Giovanni recebia o tratamento médico em seu quarto. Devido as queimaduras nos braços e mãos, eles estavam sendo enfaixados. Dite estava com ele. O canceriano fazia caras e bocas dizendo que estava tudo bem, mas ele o conhecia muito bem. Seu cosmo estava mais fraco e era nítido que estava cansado. Em pouco mais de vinte e quatro horas tinha usado uma grande quantidade de cosmo. Era natural que seu corpo estivesse fraco. Fora as queimaduras, que não eram nada superficiais.

Iskendar estava sentado na cama tentando tirar a armadura.

— Por Atena, ajuda ele! - pediu ao pisciano.

Afrodite aproximou do policial.

— Obrigado. - disse Iskendar. - não sei como conseguem usar isso. É muito pesado e incomodo.

— Força do hábito. - tirava as peças sem dificuldade. - não está ferido?

— Não. - Iskendar voltou o olhar para o irmão. - aposto que está com alguma coisa quebrada.

— Estou, mas não é o suficiente para me deter. - levantou após a enfermeira terminar o serviço. - ainda posso lutar. - sentiu as pernas bambas e para não revelar voltou a sentar rapidamente.

— Eron! - a porta abriu de uma vez.

— Mamãe?! - o italiano arregalou os olhos.

— Perdeu o juízo? - o abraçou. - vocês dois. - fitou Iskendar. - querem me matar de susto?

— Desculpe majestade, mas fui forçado por seu filho. - sorriu.

— Forçado o caral...

— Giovanni, respeite sua mãe. - pediu Dite.

— Duas exclamações de Atena. - Shion surgiu logo atrás. - perderam o juízo?

— Foi preciso mestre. Fico feliz que tenha se recuperado. Pensei que deixaria Alisha viúva. - o canceriano deu um sorriso malicioso.

— E eu pensei que perderia meu irmão. - Alisha entrou e foi direto em Mask. - acho que ficar no espaço sem respirar afeta seus miolos.

— Foi necessário.

— Você é um inconseqüente.

Os dois começaram a discutir. Iskendar olhava-os. Era claro que eles se tinham como irmãos e eram muito próximos. Ele ainda seria um estranho perto deles.

— Daqui a pouco estará no meio deles. - comentou Dite que o olhou de rabo de olho. - serão irmãos.

A chegada dos demais cavaleiros interrompeu a discussão.

— Fico aliviado por vê-los bem. - disse Eron.

— Deixe me ver seus braços. - pediu Dohko. - é um milagre está vivo.

— Não conheci ninguém que morreu usando a exclamação. - rebateu.

— Mas estava sem armadura. - Dohko deu um tapa de leve nas costas dele.

— Ai! - exclamou.

— Como eu pensei. Está todo quebrado por dentro.

— Não é nada.

— Precisa se cuidar Gio. - disse Shaka.

— Vou cuidar disso. - disse o chinês.-  Podem encher uma banheira com água?

— O que vai fazer Dohko? - indagou Shion. O libriano ainda não tinha se recuperado da cura dele e de Miro.

— Não se preocupe. - o libriano sorriu. - Saiam todos, vou curar esse irresponsável.

O.o.O.o.O

Da primeira vez que removeram a arma para a lua Atália, levaram dois dias para o processo. Dessa vez, a equipe de Haykan levou apenas uma hora. O alvo não foi escolhido aleatoriamente e sim pois o líder de S1 queria se vingar de Eron. A arma, que leva o mesmo nome do seu antigo lar, Atália, foi posicionada numa lua próximo a um pequeno planeta que estava servindo de refugio para tropas de GS. Além de contar com alvos humanos, o lugar era estratégico. De lá tinha alcance para atirar em qualquer planeta do grupo dos nove e sem ser percebida por qualquer radar.

— Senhor, a arma não sofreu dano com o transporte.

— Quanto tempo temos para a potência máxima?

— Duas horas.

— Noticias da Nau e de Orrin?

— Infelizmente não temos. Eles foram derrotados pela Euroxx.

— Quem está a bordo?

— Ainda não temos certeza, mas parece que os príncipes Tempesttas estão nela.

— E o planeta?

— É uma base da polícia. Está cheia de policiais e a Antares se aproxima.

— Ótimo. Cerque-os. Ao meu sinal abra um canal de comunicação com a Euroxx. Vamos negociar. - deu um sorriso sarcástico.

Depois dos reparos, a Antares conseguiu contato com a Euroxx. Disse que se uniria as demais tropas num planeta mais a frente de GS.

O.o.O.o.O

Giovanni sentia-se estranho mergulhado naquele liquido azulado. Quando Dohko tocou a água e ele a viu mudar de cor assustou.

— Em poucos minutos estará recuperado. - disse o libriano.

— Se voltar com esse dom para Terra, será de grande ajuda para Atena. - respondeu o italiano.

— Espero que sim. - vendo que estavam sozinhos... - foi imprudente cavaleiro. As duas exclamações poderiam ter matado todo mundo.

— Eu sei... - murmurou. - mas eu não tinha muitas opções. Não poderia deixar a Nau destruir a Ramaei e nem usar os torpedos que são para Atália.

— Seu irmão tem um grande poder. Conseguiu segurar por algum tempo a onda explosiva.

— Ele daria um bom cavaleiro. - Dohko sorriu. - ele suportou bem.

— Suportou. - sorriu, para depois ficar sério. Por que o cosmo de Dohko estava tão fraco?

— O que foi? - o libriano ficou cismado pela forma que Mask o fitava.

— Nada. Só pensando nos próximos passos.

Dohko apenas concordou. Ele fitou os ferimentos de Mask. Tinham melhorado, mas não a ponto de curados totalmente, como foram de Shion e Miro. Além do mais sentia o cosmo do italiano fraco.

— "Talvez eu tenha um limite para curar."

Na sala de controle, Evans e Sttup conversavam. O painel da comunicação apitou.

— Capitão, temos uma transmissão.

— Antares? - indagou aproximando.

— Não. Vem do sul da galáxia. Área cento e cinco. Não é sinal que nós usamos.

— Abra a comunicação. - pediu Sttup.

A imagem de Haykan se fez.

Dohko e Mask ainda conversavam sobre os poderes de Iskendar, quando o mesmo abriu a porta do banheiro.

— Haykan. - disse.

Em poucos minutos a sala de controle estava tomada por todos. Mask passou por eles parando a frente. Usava roupas civis.

Príncipe Eron Tempestta e príncipe Iskendar. É um prazer revê-los.

— O seu fim está próximo Haykan. - disse Giovanni.

Vejo que trouxe uma grande comitiva para testemunhar minha vitória. - fitou todos os presentes, principalmente os dourados que estavam com suas armaduras. - inclusive os tais elementares. São mais resistentes que pensei.

— Vai pagar por tudo que nos fez. - disse Miro.

Haykan apenas sorriu.

— O que quer? - indagou Iskendar. - não entrou em contato atoa.

O líder de S1 fitou o neto.

É um traidor como sua mãe foi. E pagará com a vida a traição ao seu povo.

— Não pertenço a S1. Sou um Tempestta.

— O que planeja Haykan? - Marius entrou no meio.

Vejam isso.— o líder afastou, deixando-os o ver o que tinha atrás dele. Na Euroxx os olhares foram de assombro. - foi com isso que destruir o planeta Obi e é com isso que irei exterminar Orion, Eniac e Lain. Os três primeiros alvos. Em seguida, Ranpur, Eike e Maris e por último Clamp e Alaron.

— Não tem poder para isso. - disse Evans.

Só usei trinta por cento da capacidade para destruir Obi, capitão. Minha arma pode acabar com o grupo dos noves em uma hora.

Na sala ficaram em silêncio. Eron olhou discretamente para Iskendar.

— E o que pretende Haykan? - Shion tomou a frente. Não permitiria que ele ameaçasse seu lar.

Há atlantiks entre os povos de VL... interessante... é muito simples: rendição.

— O que? - berrou Sttup.

Ramaei e Antares estão fora de operação. Só contam com a Euroxx que pode ser facilmente destruída. Meu pai já provou isso. - sorriu.

— Cretino... - murmurou Lirya.

— Sabe que nunca iremos nos render. - disse Mask.

Sei disso alteza e aprecio sua coragem, mas na qualidade de rei precisa pensar no seu povo. Quer que tudo seja exterminado?

— Diga logo o que planeja. - Iskendar o fitou frio.

Rendição. Eu não queria ter que chegar ao extremo de destruir tantos planetas. Eles podem me ser úteis, mas se não me derem outra escolha... Em uma hora e meia ela estará carregada e com a capacidade de destruir  três planetas. Deixarei que pensem. Tomar decisões no calor da emoção nem sempre nos fazem pensar direito.

— Não estamos em negociação! - gritou Etah.

Pense pequeno príncipe. - Haykan ignorou Etah. - tem o poder de vida e morte sobre toda GS. Mais de cinqüenta bilhões de pessoas que podem morrer em uma hora.

— Patife... - Iskendar cerrou o punho.

Tem uma hora e meia para pensarem e nem tentem algo diferente, ou as primeiras vitimas serão eles...

A imagem mostrou um pequeno planeta. Tropas de S1 cercavam as de GS fazendo-os de refém. Shaka ficou pálido ao ver Urara ao lado de Yahiku.

— A Antares... - murmurou Alisha.

— Tenha uma boa decisão alteza.

Haykan cortou a comunicação. A sala ficou em silêncio. Mask abaixou o rosto. Não acreditava que aquilo estava acontecendo. Novamente não tinha escolhas. Rendição, morte de todos ou morte de Urara e os demais policiais caso tentasse algo.

— É inadmissível! - gritou Niive.

Os dourados olhavam entre si. Quando achavam que tinham uma vantagem, Haykan dava um passo a frente.

Giovanni passou as mãos de forma nervosa pelo cabelo. O que faria?

— Eron.

Ele fitou a mãe. O que faria? O que faria? Marius e Sttup fitavam o príncipe. Cada um tinha uma visão dos fatos, mas pensavam que a solução menos pior seria destruir a arma, mesmo que custasse a vida dos policias que estavam encarcerados.

— Shion. - ele fitou o grande mestre. - o que...

O ariano ficou surpreso. Eron que era o príncipe e cabia a ele as decisões.  Se fosse o santuário poderia opinar, mas ali havia outros lideres.

— Pode ser um blefe? - perguntou Aioria. - ele ter energia para destruir três planetas?

— Não acho. - disse Beatrice. - eu vi os dados conseguidos por Jhapei. Haykan realmente tem esse poder.

— Onde essa arma está agora? - Mask fitou um dos policiais.

— Na área cento e cinco alteza. Pela localização ele tem mira perfeita para qualquer um dos planetas mencionados.

— Alteza... - iniciou Sttup.

— Só um minuto presidente. - pediu. - Kamus... você estudou o mapa da região não foi?

— Sim.

— No que está pensando Gio? - indagou Dite.

— Ele deu esse prazo porque precisa dele para que a arma seja carregada. - disse Saga, prevendo o que Mask faria. - e precisa de mais alguns minutos para ela ser recarregada.

— No que está pensando? - perguntou Shaka. Estava apreensivo por Urara. Queria agir, mas não poderia ser tão imprudente.

— Temos três torpedos... - Mask pensou alto. - são capazes de destruí-la? - fitou Evans.

— Um conseguirá destruir a barreira no entorno. Creio que os outros se não destruir totalmente, pelo menos provocará um grande estrago a ponto de inutilizá-la.

— No que está pensando filho?

— Acha que podemos desativá-la? - Giovanni não respondeu a mãe, dirigindo a pergunta a Kamus.

— É uma possibilidade, mas é um sistema complexo.

— No que está pensando Eron? -  a voz de Iskendar saiu fria.

— Quero que me escutem. - olhou para todos. - eu preciso que uma equipe vá para o planeta e resgate Urara e os demais, mas tem que ser as escondidas.

— Não sabemos quantas pessoas temos lá. - disse Evans.

— Se libertamos a Antares, conseguiremos. Como Haykan disse, temos uma hora e meia para fazer isso. Nesse ínterim vou desativar a arma.

— O que?!? - berraram todos.

— Mas alteza... - murmurou Niive. - pensa em ir até Atália?

— Sim. Haykan não espera que alguém vá até lá. Com as anotações e dados de Kamus e Jhapei conseguirei desligar aquilo ou até explodir a estrutura.

— É arriscado Giovanni. - disse Saga. - não sabe o que te aguarda lá, além do mais e se não conseguir desligar?

— Aí entra a Euroxx e vocês. Se dentro do prazo estabelecido eu não entrar em contato quero que Evans dispare todos os torpedos e que vocês lancem a exclamação para ajudar. Quatro exclamações serão suficientes.

— Tem noção do que está dizendo? - Iskendar o fitou nervoso. - quer entrar em Atália e desativar a arma? Isso é loucura!

— Iskendar tem razão Eron. - disse Alisha. - é muito arriscado.

— Mas é o único jeito. Se Haykan disparar, todos estaremos condenados.

Lirya estava em silêncio. Aquele plano era um absurdo. Ir até Haykan poderia custar a vida dele.

— Não vou deixá-lo ir. - a voz saiu baixa. - não vou perdê-lo de novo...

— Mãe... - Giovanni a abraçou. - eu não sou apenas um Tempestta. Sou também um cavaleiro de Atena e quando fui sagrado jurei que faria de tudo para defender a paz.

— Mas...

— Vaso ruim não quebra senhora Tempestta. - sorriu. - não vou morrer.

Os cavaleiros ainda estavam reticentes quanto ao plano de Mask. Era muito arriscado. Sttup também estava pensativo. Se desse certo poderia evitar uma tragédia, mas se desse errado...

— Tem certeza disso alteza? - indagou.

— Sim presidente. Eu tenho que por um ponto final nessa guerra.

— Você é louco. - disse Iskendar.

— Quem irá no resgate? - indagou Miro surpreendendo todos. - não temos escolha. - disse diante dos olhares. -  Se não destruirmos a Yggdrasil, Loki destruirá tudo.

Os dourados trocaram olhares.

— Eu irei para o planeta. - Kanon levantou a mão.

— Eu também. - adiantou-se Shaka.

— Também quero ir. - disse Etah.

— Muito bem. - disse Sttup. - quatro naves serão suficientes. Niive quero que chefie a equipe.

— Sim senhor.

Kanon não gostou muito, mas não poderia opinar.

— Niive, Etah, Kanon, Shaka, Mu e Aioria. - escolheu o leonino pois ficara impressionado pelos feitos dele em S1. - estão designados para a missão.

— Miro e Shura quero que escoltem o príncipe até Atália.

— Pode deixar. - disseram os dois ao mesmo tempo.

— Eu também vou. - Iskendar pronunciou.

— Ao menos um Tempestta deve permanecer aqui. - a voz de Sttup saiu fria.

— A rainha ficará. - respondeu no mesmo tom.

O presidente não discutiu. Quanto mais o tempo passasse mais próximo da destruição chegavam.

— Alteza, a nave de Iskendar lançará inúmeras câmeras no espaço para monitorar as ações de Haykan. Não sabemos se terá interferência na comunicação, então quando desativar a arma lance esse sinalizador ou até mesmo use seu cosmo. Saberemos que conseguiu. - entregou um objeto a ele.

Mask concordou com todas as ordens de Sttup. Num dos hangares da Euroxx a equipe de Niive preparava-se para partir.

— Tome cuidado e não faça graçinhas. - disse Saga a Kanon.

— Eu tomo conta dele Saga. - brincou Niive.

— Fico mais tranqüilo sabendo disso.

— Ei! - ralhou o marina. - não sou uma criança.

Um pouco afastado, Shaka colocava seu elmo. No seu intimo sabia que Urara estava bem, mas algo o incomodava. Os olhos ficaram parados num ponto por segundos. Na mente veio imagens de algo explodindo e um corpo flutuando no espaço...

— Shaka!

O indiano olhou para trás assustado.

— Gio?!

— A Urara está bem. - sorriu. - ela é forte.

— Eu sei... - tentou fixar o pensamento no corpo para ver de quem era mas não conseguiu.

— Shaka?

— Desculpe. Estava pensando na Urara. - mentiu. - boa sorte na missão.

— Obrigado, ah me prometa uma coisa. - muniu do seu melhor sorriso. - está na hora de nascer mais eijis.

Ao contrário das outras vezes, Shaka não ficou bravo tampouco envergonhado com os dizeres. A sensação que algo ruim iria acontecer estava tão forte que permitiu-se apenas sorrir.

— Até logo Giovanni.

Cinco minutos depois, uma frota com quatro naves partiu em direção a Atália. Giovanni abriu um hadren vermelho para não perderem tempo.

O.o.O.o.O

Dara tinha retornado para Ranpur. Quando soube da ida da rainha e dos demais amigos de Eron decidiu ir atrás. Como um bom eiji, trazia dentro de si uma sensação esquisita.

Haykan acompanhava o aumento de energia de sua arma. No tempo estabelecido GS seria exterminada.

O.o.O.o.O

Iskendar fitava Mask colocar o elmo da armadura. Ainda achava aquele plano muito arriscado.

— Está com medo?

— Não é medo. - rebateu o príncipe mais velho. - só acho arriscado demais. Você é o rei.

— Nós somos. Se algo me acontecer pode assumir perfeitamente.

— Eu não quero essa droga de trono.

— É o seu destino irmãozinho. - zombou. - vamos?

O policial balançou a cabeça de forma negativa. Passava por Giovanni quando...

— Escuta, - Mask o reteu. - é arriscado sim, mas é a nossa única opção. Não quero que mais ninguém morra.

— Faça como quiser.

— Pode me prometer uma coisa?

— Lá vem... - revirou o olhar.

— Se algo acontecer e não tivermos escapatória prometa que fará o possível para enviar minha mãe, meus amigos e os demais para a Terra.

— Eron...

— Prometa. Ficarão seguros lá. Haykan não irá encontrá-los. Promete?

— Sim. - soltou um suspiro. - farei o que me pede.

— Obrigado.

— Volte vivo. - Iskendar o abraçou.

— Pode deixar. - sorriu.

Kamus entregou ao canceriano um mapa do lugar e instruções do que deveria fazer.

Miro e Shura foram numa nave que serviria de proteção para que Iskendar e Mask chegassem o mais perto de Atália. A missão do Tempesta mais velho era deixá-lo o mais próximo e abrir um hadren para os três retornarem.

— Cuide-se. - Lirya acariciou o rosto do filho.

— Vou me cuidar.

— Não haja de forma impulsiva. - pediu Dite.

— Pode deixar e cuide da minha mãe.

— Está bem.

— Boa sorte Mask. - disse Aldebaran por todos.

— Obrigado.

E com o desejo que tudo terminasse bem, Lirya viu a nave do filho entrar num hadren vermelho... ele tinha uma hora e dez minutos para salvar todos...

— Ele vai conseguir majestade. - Afrodite parou ao lado dela.

A rainha não respondeu. O coração estava apertado e uma grande angustia dominava seu ser. Tinha a sensação que algo de muito grave aconteceria ao seu filho.

— Cuide-se...


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