Jasper estava em sua sala preparando a sua prancheta para a primeira sessão com Elena Petrova quando Edward bateu na porta sendo seguido por uma bela morena. Ela avaliava a sala e isso não passou despercebido aos olhos do psicólogo.

Edward: Jas, vim acompanhar Elena até aqui. – o irmão assentiu e ele deixou os dois.

Jasper: Sou Jasper Salvator. Pode se sentar e ficar a vontade Elena. – ela sentou como ele pediu e depois falou

Elena: Podemos começar quando quiser doutor. – ele sorriu

Jasper: Prefiro que me chame Jasper pois Edward também é médico e muita gente acaba confundindo. – ela assentiu – Me fale um pouco de você Elena.

Elena: Provavelmente você leu minha ficha. Tenho mesmo de falar o que já sabe?

Jasper: Eu prefiro que o faça pois o que consta em sua ficha foi escrito por uma pessoa qualquer e lá não consta os seus sentimentos, aquilo são apenas palavras soltas.

Elena: Tudo bem. Me chamo Elena Petrova e tenho 25 anos. Foi abandonada em criança na comunidade FlorAzul e uma das moradoras, Jenna me criou como filha. Todos da comunidade sempre me trataram com muito carinho e quando começei a tomar consciência das dificuldades por que muitos passavam, principalmente as crianças não achei justo. – parou um pouco – Aprendi algumas técnicas de luta e como sempre soube me virar bem decidi que não faria mal roubar pessoas que enriqueceram ilegalmente. Todo mundo da comunidade sabia o que eu fazia e começaram a me comparar com o Robin dos Bosques dizendo que eu era a sua versão feminina mas eu não me considero tanto assim e depois tem quem me chame de Anjo porque com o dinheiro que roubei  consegui salvar muitas pessoas. – Jasper anotava algumas coisas

Jasper: Interessante sua história e o facto de não mostrar arrependimento pelo que fez. – ela deu de ombros – Posso te perguntar algo que me esta deixando curioso?

Elena: Pode perguntar o que quiser que terá sua resposta caso eu saiba.

Jasper: Nas comunidades é costume haver pessoas ligadas ao tráfico de drogas e que mandam por ali. Acho que na sua não é diferente. Como os traficantes te tratavam sabendo o que fazia?

Elena: Infelizmente existe tráfico na comunidade ForAzul mas eu nunca tive problemas com o chefão. Lorenzo sempre me respeitou e eu já ajudei a salvar algumas pessoas próximas dele e o cara é um dos que me apelida de Anjo e quando soube que eu foi presa queria invadir a delegacia. – disse sorrindo

Jasper: Pelo pouco que me contou sobre você penso que irá dar muita dor de cabeça a meu irmão. Damon não está preparado para ter uma pessoa como você aqui. – olhou-a pensativo

Elena: Nosso diretor? É o único Salvatore que eu ainda não conheço mas já ouvi falar muito dele desde que cheguei aqui.

Jasper: Por hoje nossa sessão fica por aqui Elena. – ela levantou

Elena: Nesse caso acho que irei ter com Alice. – os olhos de Jasper brilharam ao escutar aquele nome

Jasper: Você ficou amiga de Alice? – perguntou interessado

Elena: Sou colega de cela dela e ficarei trabalhando na enfermaria com ela. Sim ficamos amigas.

Jasper: Isso é bom pois ela é uma boa pessoa. – Elena o olhou séria

Elena: Acho que deveria dizer isso para ela. – ele não entendeu – Ela não teve um passado fácil e saber que uma pessoa como você acha isso dela poderia ajudar.

Elena saiu da sala e Jasper ficou a pensar no que ela falou. Alice estava a cuidar de uma detida que estava muito machucada quando Elena entrou na enfermaria e se aproximou delas.

Elena: O que aconteceu com ela? – perguntou preocupada

Alice: Elena esta é Ângela uma novata que nem você. Ela não caiu nas graças de Tanya e acabou assim. – Elena ficou em choque

Elena: Você deixou a vaca loira te bater? – perguntou a garota

Ângela: Quem me bateu foram as seguidoras dela por eu ter esbarrado nelas.

Alice: Edward e as meninas já sairam por isso estou fazendo um pequeno curativo.

Elena: Deixa que eu te ajudo a cuidar dela.

As duas começaram a desinfetar os machucados de Ângela que chorava baixinho com as dores e isso fazia Elena não gostar nada da vaca loira. Tanya estava a vestir as suas roupas na sala de Damon depois de ter transado loucamente com ele.

Tanya: Ficou sabendo o que aconteceu pela manhã na cantina? – perguntou

Damon: Emmett me contou o que houve com uma das novatas.

Tanya: Ela é muito abusada e acho que deveria dar uma lição nela. – Damon riu

Damon: Tanya não pense que só porque a gente transa às vezes que pode me manipular ou mandar em mim. Seus problemas com as outras detentas não me interessam. – ela não gostou do que escutou mas fingiu estar tudo bem

Tanya: Apenas pensei que poderia mostrar para ela que não deve me desafiar mas tudo bem.

Damon: Tá na hora de você sair pois o que tinha a fazer aqui já está feito.

Tanya saiu com cara de poucos amigos e acabou esbarrando no corredor com Jasper que logo percebeu que seu irmão a tinha colocado no lugar. Ao entrar na sala de Damon encontrou-o a rir sozinho.

Jasper: Vou pensar que está ficando louco. – brincou com ele

Damon: Tanya achava que podia me manipular contra a novata.

Jasper: Por falar nisso conheci a Petrova. – Damon o olhou com atenção – De certa forma acho que entendo o porquê de nossa mãe gostar tanto dela.

Damon: Edward também simpatizou com ela. – disse pensativo – Espero que não se deixem enganar por um rostinho bonito.

Jasper: Como sabe que ela é um rosto bonito se ainda não a conheceu?

Damon: Emmett a achou bonita e confio na apreciação dele. – disse balançando a cadeira

Jasper: Você é o único Salvatore que não a conhece. Não está curioso?

Damon: Para conhecer uma criminosa? – perguntou rindo – Por favor Jas, ela deve ser que nem todas as outras. – o irmão balançou a cabeça

Elena e Alice durante a noite conversaram sobre Jasper e Edward. Apesar de achar os dois lindos Elena tinha sentido mais simpatia por Edward devido ao olhar que ele lhe mandou sem a conhecer, ele não a recriminou como muitos fazem e parecia querer entender o porquê dela ter feito o que fez.

Na manhã seguinte os quatro Salvatores estavam na sala de Damon comentando o que tinham feito na noite anterior, eles tinham o hábito de aos domingos tomarem ali o café da manhã e colocarem a conversa em dia. Emmett estava a contar que tinha ido em uma discoteca e que pegou uma ruiva quando Irina entrou de rompante pela sala atraindo todos os olhares para si.

Irina: Acho que estamos com problemas. – disse nervosa e Damon levantou de seu sofá

Damon: Seja mais clara Irina. O que aconteceu para estar assim nervosa?

Irina: Estamos com falta de guardas para vigiarem as visitas. – Damon a olhou sério

Damon: Não seja tonta, o número de guardas é o mesmo de outros domingos. Ninguém esta a faltar.

Irina: O problema é que a senhora sua mãe chegou com dois autocarros cheios de pessoas e todos estão querendo visitar Elena Petrova. – todos os Salvator se levantaram

Edward: Você está brincando né? – ela negou com a cabeça e Emmett começou a gargalhar

Emmett: Pelo jeito mamãe estava certa ao dizer que ela é quase que uma celebridade.

Damon: Cala a boca Emmett. – o irmão levantou as mãos em sinal de rendição

Jasper: O que vai fazer Damon? Sabe que aos domingos não pode limitar o número de visitantes.

Damon: Permita a entrada de todos Irina mas com ordem, eles devem ser apenas moradores da comunidade e não serão um perigo.

Irina: Há outro problema. – Damon a olhou impaciente esperando que ela fala-se – Pelo que um dos guardas me disse o chefe do tráfico daquela comunidade também a quer visitar.

Damon: Isso sim só pode ser brincadeira. – ela continuou calada – Não posso acreditar que um criminoso quer entrar em uma penitenciária.

Jasper: Pode acreditar irmão porque sei que os traficantes tem respeito por Elena e nós nem os deviamos chamar assim pois não há provas de que sejam isso.

Damon: Todo mundo sabe que são criminosos Jasper, não foram ainda pegos porque sabem bem o que fazem. – disse irritado – Permita as visitas mas peça que estejam atentos a esses indivíduos.

Irina: Sim senhor. Mais alguma coisa?

Damon: Quando as visitas forem embora traga a Petrova até minha sala. É hora de eu conhecer quem está colocando minha penitenciária em um rebuliço.

Irina saiu correndo para cumprir as ordens de Damon que ficou na sua sala encarando os irmãos. Desde que trabalhavam ali no máximo aos domingos iam cerca de 20 pessoas visitar as presidiárias mas aquele dia estava a ser diferente já que só para visitar uma das detidas estavam dois autocarros cheios de pessoas.