Segunda Chance - 2ª Temporada escrita por British


Capítulo 16
Reconciliação (?)


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Eu não sei quantos capítulos a mais vai ter, porém a fanfic está chegando ao final. Está próximo!



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Sasuke já estava há dez minutos no lado de fora da casa de Tsundade. Não tinha coragem de entrar. Não queria olhar para a cara de Kakashi e ver o sorriso cínico do sogro, pois, certamente, o pai de Sakura deveria estar radiante por causa da briga do casal. Sasuke tinha plena consciência de Kakashi só o suportava para não cortar os laços definitivamente com a filha. No passado, ele havia tentado separá-los com uma chantagem cruel que só não surtiu efeito porque Sakura descobriu antes de Sasuke abandoná-la definitivamente.

Sasuke estava com tanta raiva, que não suportaria ver Kakashi zombando das inseguranças dele. Sakura devia ter contado aos pais o que ocorrera no piquenique. Com certeza, Kakashi havia escolhido o lado de Kiba. Não era muito difícil de adivinhar. E Sasuke tinha suas dúvidas sobre a posição de Tsunade na história. Sua sogra gostava muito dele, mas ela também gostava de Kiba. Será que permaneceria neutra? Por quanto tempo? Será que seria capaz de incentivar Sakura a largá-lo como Kakashi sempre fazia só por causa de seu desejo “na hora errada” de ser pai? Ele não sabia e ficar pensando sobre a resposta para essas perguntas estava tirando seu sono.

Ainda sem coragem de entrar, Sasuke mandou uma mensagem para o celular de Sakura avisando que estava de carro na porta para buscá-la. Dentro de cinco minutos, a rosada apareceu, o cumprimentou com um beijo após colocar o cinto e o perguntou se estava mais calmo. Sasuke assentiu sem falar muito.

— Conversaremos em casa. – Avisou o Uchiha e Sakura não o importunou por todo o caminho. Também tinha suas inseguranças sobre o que o namorado queria.

Ao chegarem em casa, ambos estavam sérios. Sabiam que a conversa não seria fácil.

— A raiva já passou? – Perguntou Sakura, pois o silêncio de Sasuke não estava ajudando a decifrar a situação.

— Ainda não. – Confessou ao se sentar ao lado da namorada.

— O que eu posso fazer para que nós dois fiquemos bem de novo?

— O problema não é você, Sakura. São nossos desejos. Eles estão em conflito.

— Você tinha aceitado esperar...

— Eu sei. Eu não posso lhe cobrar nada. Mas o nosso pior problema não é só minha vontade de ser pai.

— E o que mais seria?

— Kiba, seu melhor amigo.

— De novo isso, Sasuke?

— Eu me sinto inseguro. Ele é igual a você, pensa da mesma forma, tem a mesma faixa etária.

— Até parece meu pai falando! – Retrucou Sakura.

— Seu pai não é idiota, Sakura! Ele também percebeu e está torcendo muito para que Kiba nos desestabilize.

— Você quer que eu me afaste dele?

— Queria, mas não tenho direito de te pedir isso. Não vou te pedir isso.

— Obrigada.

— Quanto a minha vontade de ser pai, aceito a sua vontade. Não vamos mais brigar por isso. Nós vamos esperar. – Sentenciou Sasuke. Não estava feliz, mas estava cansado de brigar.

— Obrigada por isso. Sei que está sendo difícil, meu amor. – Sakura abraçou Sasuke e ele a envolveu em seus braços.

— Passaremos por isso. Já passamos por coisas piores, não?

— Sim. Isto é só mais uma tempestade! Vai passar! – Prometeu Sakura.

 

[...]

 

Após a reconciliação, Sasuke e Sakura ignoravam os motivos de sua última briga. Não falavam mais sobre filhos e, muito menos, sobre Kiba. Durante as férias, sempre que Sakura saía com o amigo, Sasuke não participava. Ele odiava os ver juntos, mas a confiança em Sakura ainda era maior que sua maldita insegurança. No entanto, aquilo estava prestes a mudar.

No último dia das férias, Kiba foi até a casa de Sakura. Por sorte, Sasuke tinha saído com Naruto e afilhado, por isso, não o atrapalharia.

— Que surpresa vê-lo aqui, Kiba. Seu voo não era agora? – Questionou Sakura ao ver o amigo com sua mala.

— É um pouco mais tarde. Quis passar aqui para me despedir. – Avisou.

— Quer entrar?

— Quero.

Sakura deu espaço e Kiba entrou na casa. Em seguida, se acomodou no sofá ao lado da amiga, trazendo sua mala para perto de si.

— Preciso lhe dizer algo importante, Sakura. – Disse Kiba.

— Pois fale! Está tão sério! – Disse Sakura notando que tinha algo de diferente em Kiba dessa vez.

— Primeiro, gostaria de agradecer pela sua companhia durante as férias. Sei que atrapalhei você e Sasuke. Vocês até brigaram por minha causa. – Tentou desculpar-se.

— Kiba, casais brigam. É normal. Não foi nada demais. – Sakura tentou amenizar a culpa dele, mesmo sem imaginar que Kiba não se sentia tão culpado assim.

— Na verdade, Sasuke tem razão por ter ciúmes de mim. – Confessou Kiba.

— Como assim?

— Eu gosto de você, Sakura. Não. Mais que isso. Eu estou apaixonado. – Confessou Kiba.

— Não posso correspondê-lo, Kiba. – Afirmou Sakura.

— Eu já tentei reprimir o que sinto, mas falhei. Eu quero saber o gosto da tua boca. Provar pelo menos uma vez... – Sussurrou Kiba.

O rapaz não se conteve e beijou Sakura, que num primeiro momento tentou afastar. No entanto, a esquiva foi suprimida por um forte e aconchegante abraço. Kiba tomou conta de seus lábios, invadiu sua boca com sutileza, a explorou com a língua sem qualquer vergonha. Sakura estava tão surpresa que não teve forças para reagir. Paralisada, o beijo só foi cortado por Sasuke. Que apareceu na sala batendo palmas. O Uchiha havia esquecido a carteira e no meio do caminho lembrou. Então, voltou para casa e acabou flagrando os dois juntos.

— Que bela cena! – Disse Sasuke ainda aplaudindo.

— Sasuke, não pense que... – Sakura começou, mas Sasuke não permitiu que terminasse.

— Que você está gostando? Você pareceu gostar, Sakura. Não estava se debatendo nem pedindo para que ele parasse! – Irritou-se Sasuke.

— Ela tem razão! A culpa foi toda minha! – Responsabilizou-se Kiba.

— Dane-se de quem é a culpa! Aconteceu! – Rebateu Sasuke.

— Sasuke, eu sinto muito! Eu... eu não queria que isso tivesse acontecido! – Jurou Sakura.

— Agora você percebe o que ele quer? Que ele sempre te quis? Que eu não sou o maluco ciumento? – Questionou Sasuke.

— Sasuke... – Disse Sakura já chorando.

— Eu preciso ir para não perder o meu voo. Eu só vim me despedir, Sakura. Sinto muito por causar este transtorno. Nos vemos em Londres, Sakura. – Disse Kiba ao pegar a mala.

— Tomara que o avião caia! – Praguejou Sasuke e Kiba riu.

— Você não vai se livrar de mim, Uchiha! Não tão fácil! Eu vou lutar pela Sakura! – Admitiu Kiba e saiu.

— Ouviu o que ele disse? – Provocou Sasuke e Sakura ainda estava chorando.

— Sasuke, esse beijo não teve nenhuma importância! Eu amo você. Só você. – Jurou Sakura.

— Eu sei, Sakura. Mas, às vezes, só amor não sustenta uma relação... – Disse Sasuke com o semblante vazio.

— O que você quer dizer com isso?

— Talvez você não tenha mais tanta certeza sobre o que quer...

— Eu quero você! – Esbravejou Sakura.

— Não quer como antes! Você quer independência, um bom emprego... Talvez Kiba seja melhor para você. Talvez seu pai tenha razão.

— Sasuke, você tem noção das besteiras que está dizendo? Está dando razão ao meu pai?

— Por que consentiu o beijo? – Perguntou amargurado.

— Não consenti.

— Sakura, eu vi!

— Fiquei com pena! Só isso!

— Você gosta dele. – Afirmou Sasuke.

— Apenas como amigo.

— Eu quero um tempo. – Pediu Sasuke.

— Como assim? – Estranhou Sakura.

— Eu quero digerir o que vi hoje, como me senti. Você se importa se eu voltar para Londres hoje?

— Sasuke, nós íamos voltar juntos amanhã!

— Eu quero ficar um pouco sozinho. – Pediu.

— Se você prefere, tudo bem. Mas, Sasuke, eu amo você. Eu não tenho dúvida. É com você que eu quero ficar. – Sakura abraçou Sasuke, mas ele não a abraçou de volta.

— Aproveite esse tempo pra pensar também. Quando chegar em Londres, eu estarei no quarto de hóspedes. – Avisou e se distanciou. Sasuke ia ligar para Naruto avisando que não iria mais ao encontro dele e do afilhado, pois tinha que voltar para Londres.

— Nós estamos nos separando? – Indagou Sakura.

— Ainda não. – Sasuke sentenciou e aquilo machucou Sakura.


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