Entrevista de emprego escrita por Yasmim


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
Aqui está mais uma one, espero que gostem.



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P.O.V Percy

Sexta-feira. Finalmente.

Essa semana foi bem estressante. O dia mau começou e eu não via a hora de ir pra casa. Que atire a primeira pedra quem gosta de trabalhar em plena sexta feira, em um calor de quarenta graus. Eu só queria chegar logo no meu escritório e ligar o bendito ar condicionado.

Entrei na empresa e fui direto para o elevador. Apertei o botão com o número do andar e fiquei observando a porta fechar. Segundos depois a porta se abre novamente agora no segundo andar, e uma mulher entra.

Ela tinha o cabelo loiro com cachos nas pontas e incríveis olhos cinzas. Vestia um vestido preto, curto, mas comportado e segurava várias pastas. Era, com certeza, a mulher mais bonita que eu já vi na minha vida. Ela apertou o botão e me encarou.

- Bom dia - diz educadamente.

- Bom dia - digo e então fitamos a porta, que se fechava lentamente - Vem sempre aqui?-perguntei tentando puxar assunto.

- Não, essa é a segunda vez. E o senhor?

- Eu trabalho aqui. E não me chame de senhor,por favor. Eu sou Percy Jackson.

- Percy...Bonito nome. O meu é Annabeth Chase -disse estendendo a mão.

- Prazer-disse apertando sua mão .

Então voltamos ao silêncio. Ela estava encarando o chão e parecia preocupada. Se passou um tempo, ela levantou a cabeça e disse.

- Está demorando bastante né?

- Realmente, o elevador está demorando muito pra chegar no nosso andar - falei olhando a minha companheira de elevador.

Assim que terminei de falar o elevador parou, empurrei a porta para que pudéssemos sair, e percebi que a mesma não abria.

- Algum problema? - perguntou Annabeth.

- Estamos presos.

- Não, você só pode estar brincando. Eu tenho que sair daqui se não vou chegar atrasada.

- Sinto muito, mas vamos ter que esperar. Vou ligar para a recepção.

Chamou,chamou e ninguém atendeu o interfone. Só faltava a energia... Não.Como eu não estava com muita sorte, em questão de segundos ficou tudo escuro, só dava para ver a luz do celular de Annabeth.

- Era só o que me faltava, estou presa no elevador, sem energia e com um completo desconhecido - ela fala já nervosa.

- Também não precisa ofender .

- Me desculpa, acontece que eu acabo de perder a chance de trabalhar aqui.

- Relaxa! Você parece ser uma pessoa muito inteligente, competente, tenho certeza que vai conseguir um emprego -digo sendo sincero e ela cora- vou acender a lanterna do meu celular, assim você não precisa gastar a bateria do seu.

- Você é muito gentil - ela diz se sentando no chão e encostando a cabeça na parede do elevador.

- Posso? - pergunto apontando para o espaço ao seu lado.

- Sem problema.

- Obrigado-agradeci me sentando ao seu lado- Você é casada?

- Não, homens dão muito trabalho.

- Você sempre tem uma resposta para tudo?

- Você é sempre assim tão curioso?

- Só com algo que realmente me interesse-respondo encarando seu lindos olhos cinzas.

- Isso foi uma indireta?

- Entenda como quiser-digo dando a ela um sorriso.

- Tudo bem.... quer? - perguntou me oferecendo um pacote de balas.

- Já que você insiste - peguei algumas balas e comi vagarosamente - Por que você guarda isso na bolsa?

- Nunca se sabe quando acontece uma emergência.

- Claro, por isso você tem balas em vez de... remédios,curativos, uma arma quem sabe.

Ela ri

-Você é muito engraçado, se minha mãe estivesse aqui ela diria que você é o pretendente perfeito.

- Isso é uma indireta?

-Entenda como quiser-ela responde me fazendo rir.

- Então devemos agradecer por ela não está aqui. Onde sua mãe mora?

Ela demorou para responder e antes de o fazer levantou o rosto e me encarou, estava com o olhar triste e os olhos lacrimejados.

- Ela morreu a três anos -respondeu com o rosto tomado pelas lágrimas.

- Sinto muito Annabeth -digo chegando mais perto e secando suas lágrimas com as costas da mão.

- Não tem problema, já passou-diz se afastando delicadamente.

- Ok. O que vamos fazer agora?-pergunto tentando mudar de assunto.

- Não sei, me conte um pouco sobre você.

- Não tenho muito o que falar. Me chamo Percy Jackson, tenho 25 anos, solteiro, gosto de ir a praia, e amo meu trabalho. E você?

- Eu não tenho trabalho...

- Ainda.

Ela ri.

- Moro em um apartamento, tenho 23 anos, gosto de viajar, amo ler e... acho que só.

- Solteira?

- Sim. Acha que vamos ficar aqui por muito tempo?

- Minha companhia está tão ruim assim? -digo dando um sorriso de lado.

- Não, só acho que faz muito tempo que estamos aqui, no escuro, sozinhos .

- É o destino- falo e a vejo corar-mas o que você veio fazer aqui?

- Agora que me mudei para Nova Iorque, preciso de um emprego. Vi na internet que estavam procurando alguém para ajudar um senhor. Então decidi tentar.

- Que ironia.

- O que?

- Acontece que esse senhor, não é tão senhor assim, é ninguém mais ninguém menos do que eu, Percy Jackson.

- Jura? Nossa isso é muita coincidência, então podemos fazer minha entrevista aqui!-Annabeth diz animada.

- Aqui no escuro?

- Claro.

- Então tá.

Começamos uma entrevista de emprego ali mesmo, no escuro, dentro do elevador, sentados no chão. Eu fazia as perguntas e ela me respondia rapidamente. Annabeth era uma mulher perfeita, inteligente, alegre, divertida e muito bonita.

Quando notei estávamos tão próximos que eu podia sentir sua respiração contra meu rosto, seus lábios estavam a centímetros dos meus e íamos nos aproximando cada vez mais .Então, fomos interrompidos quando a luz acendeu e a porta do elevador foi aberta.

Nos entre olhamos, ela estava corada e eu não devia estar diferente, e levantamos. Annabeth arrumou seu vestido e pegou sua bolsa, passou a mão nos cabelos levementes bagunçados e já estava saindo do elevador quando segurei seu braço, fazendo com que seu corpo se chocasse contra o meu.Fiquei encarando-a um tempo.

O que eu estava fazendo? Até parece que ela ficaria comigo.

E então, Annabeth fez algo que eu não esperava, ela me beijou. A princípio eu fiquei surpreso, mas depois correspondi. Coloquei as mãos em volta de sua cintura, trazendo-a para mais perto e ela segurou meu rosto com as mãos. E devo dizer que esse foi o melhor beijo que já dei em toda minha vida. Rompemos o beijo por falta de ar. Ainda com as mãos em sua cintura, olhei no fundo de seus olhos cinzentos e disse.

- Está contratada.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Não se esqueçam de comentar, favoritar e quem sabe recomendar. Beijos, e até a próxima.



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