Noiva em fuga escrita por Zabalza


Capítulo 9
Maga do Chicote e a Saga da Velha louca.


Notas iniciais do capítulo

*foge das pedradas*
OI GENTE!
Que saudades dessa fic e de vocês, lindos leitores, eu estava!
Aconteceu umas broncas, meu computador morreu eu perdi o meu guia para essa história, PORÉM EU ESTOU AQUI
Eu sei que ficou meio curto, mas eu quis dar um sinal de vida enquanto me organizo com a história
ESPERO QUE CURTAM!



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Seria uma cena comica, se não fosse trágica: Quatro pessoas sentadas na mesa de jantar enquanto Britney Spears toca no fundo. 

É claro que a unica coisa que eu queria é fazer que nem o microondas e me jogar da janela. Os meus olhos encontraram os de Alec que olhava para Isabelle furioso, ela por sua vez olhava para o chão. 

O silêncio era constrangedor. O que geralmente acontece nos filmes quando tem uma cena que todos ficam em silêncio? Talvez um discurso inspirador que pudesse nos ajudar a resolver essa situação e deixar todos bem? 

— Magnus Bane, abaixa essa porcaria dessa música!— A nossa vizinha gritou, bem não era esse o discurso que eu esperava 

— Eu posso até abaixar, mas você nuca calará a voz da rainha! Velha louca.— disse levemente irritado, agora não é uma boa hora. 

— Quem é que você está chamando de velha?! 

— Ninguém, você é uma linda e jovem moça.— Alec passou por cima da voz do Magnus. 

— Não precisa se intrometer em coisas que não foi chamado. 

— Eu não precisaria me intrometer se alguém me deixasse a parte das coisas que acontecem. 

— Talvez se você não sumisse saberia do que acontece. 

Os dois começaram a se exaltar, olhando mais fixamente um para o outro. Isabelle sorria super desconfortável e eu segurava um castiçal, espera, eles estão brigando não se pegando. 

— Eu não sumi, eu fui estudar. 

— Certo, Alexander. Você seguiu com sua vida, por que insiste tanto em mim? Tudo na sua vida foi sempre comprado com dinheiro, por que não sai e paga alguém para escutar seus lamentos? Ou até vai chorar para sua esposa. 

— Esposa?— Isabelle e Alec falaram juntos, cruzando os olhares por um segundo. 

— Não vem com essa história, eu recebei sua carta me convidando para o casamento. 

— Eu acho que Alec era capaz de passar repelente contra mulher se uma desse em cima dele.— o comentário dela arrancou uma risada minha, desculpa, eu tentei ficar sério. 

— Isabelle. 

— Desculpa. 

— A propósito, por que veio ficar na casa do meu ex-namorado? 

— Na verdade, acho que foi tudo uma mera coincidência.— eu disse, tentando parecer descontraído.— A encontrei por acaso no metro e a trouxe para cá. 

— E por que não ligou para mim? 

— Se você não percebeu, o mundo não gira ao redor de você. Será que ela queria que ele ligasse? Já parou para se perguntar por que ela fugiu? Não, né? Você continua com a sua péssima mania de achar que só você tem problemas.— Não quis interromper os dois, outra vez eu e Isabelle nós olhamos desconfortáveis. 

— Ela tem uma vida, não pode simplesmente sumir quando bem entender! As obrigações são importantes, cumprir as agendas, prazos. 

— Não sei se percebeu mas ela não é um robô. Se você abdica da sua vida e se escraviza por dinheiro é uma coisa, não tente a arrastar junto.—  Magnus falou tentando manter um tom calmo. Eu nunca tinha visto ele ser tão direto com alguém. 

Pelo olhar de Isabelle eu conseguia ver que tudo que saia da boca dele era verdade, como os dois passavam mais tempo juntos com certeza teriam conversado mais. Era triste ter que pensar que ela fazia tudo só por que "era sua obrigação" 

— Quando foi a última vez que viu a chuva?— completou, logo se levantando e indo para cozinha. Eu não sei o que está se passando na cabeça dele, porém tenho certeza que as coisas estão pegando fogo entre os dois. 

Alec abaixou a cabeça, as palavras de Magnus pareciam ter feito algum estrago nele. O olhar  dele era vazio, não teve forças nem para achar uma resposta á altura. Sabe aqueles filmes que o mocinho leva um chute de realidade e fica pensando sobre a vida? Me bateu uma vontade de colocar "Hello" da Adele para ser a trilha sonora desse momento. 

Eu ia abrir minha boca para tentar quebrar esse clima ruim, mas foi o tempo em que ele se levantou e foi até a cozinha provavelmente continuar a discussão. Era bem estranho ter que ficar entre os dois, e eu percebia no olhar de Isabelle que ela não estava confórtavel com a situação. 

— Me ensina a jogar aquele seu jogo da maga...— ela disse sussurrando. 

— Tá..— eu falei meio confuso, pelo visto ela só queria sair da sala.— Vamos lá no quarto.— antes que eu pudesse concluir a frase ela foi na frente em direção ao corredor. 

Eu acho que "Say something" ficaria uma trilha sonora melhor para esse momento. 

(..) 

— Tá, eu acho que tô entendendo..— disse, tentando preencher a ficha de personagem.— Mas eu posso escolher a roupa que ela vai usar? 

— Pode, desde que isso não altere os Skills dela.. 

— Skills são as habilidades não é? Aquela dos pontinhos da outra ficha. 

— Exatamente..— eu respondi, tentando me concentrar em fazer meu personagem. 

— Eu quero que ela tenha um chicote em formato de cobra, e umas tatuagens bacanas.— ela disse, sorrindo para o desenho que fazia. 

— Chicote de cobra? Essa é nova. De onde tirou essa? 

— Não sei, só me veio a cabeça..— eu a olhei, parando de desenhar. Quem diria que eu estaria ensinando uma modelo como se joga RPG. 

Ela tentava entender, isso não posso negar. Demorei um pouco para  explicar a base de ficha de personagem, mas o seu jeito era tão empolgado que eu não conseguia perder a paciência. E aqui estávamos nós fazendo o design de personagem, eu tentei deixar ela mais livre para fazer o que quiser, não sei se vale a pena dizer que magos não usam chicotes. 

Isabelle parecia estar bem empolgada com o desenho, e não tirava o olho dele. Eu vi lentamente quando uma mecha caiu em seu rosto e ela colocou o pedaço atrás da orelha, ela é tão bonita. 

Concentra, Simon. 

Tentei disfarçar que olhava descaradamente, porém fui logo flagrado. Droga, eu tenho que aprender a ser um pouco mais discreto ( Eu sou o tipo de pessoa que quando dizem: " olha discretamente" vira a cabeça parecendo a garota do exorcista) 

— Tá tentando espionar? Assim acaba a surpresa!— ela riu  

— Você tá tão feliz com esse desenho que eu tô começando a ficar curioso. 

— Eu gosto de desenhar, é só isso... 

— Agora é sua culpa, tá me deixando mais curioso ainda.— eu sorri e ela devolveu.  

Alguma coisa pulava no meu peito, por que eu me sentia assim perto dela? Meu estômago dava um nó só de ver ela. Eu com certeza estou doente ou com alguma infecção, não é possível. 

Duas batidas na porta foram suficiente para puxar nossa atenção. Devagar, Alec abriu a porta e nós olhou com uma expressão séria. 

— Magnus quer falar com vocês. 

 


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