Sophia Potter - a Segunda Marota escrita por Gabriella Aragão
Depois daquele beijo, nem preciso dizer que Alicia fez a maior gritaria no Três Vassouras, suas risadas eram tão altas que chamavam atenção de todos, o que fez Ced ficar envergonhado.
Cedrico e eu decidimos apenas ficar juntos, eu gosto muito dele, mas temos que lidar com uma situação de cada vez, as coisas não podem me atropelar. Foi a melhor visita Hogsmeade da minha vida! Nunca notei como a vila era bonita...
Voltamos para o castelo de mãos dadas, me despedi dele e segui para o salão comunal.
Eu segui submersa demais em meus próprios pensamentos e acabei trombando com alguém, e imagine quem era? Olívio Wood.
–Olá – falei coçando a cabeça, sem jeito algum para lidar com ele.
–Não vou mentir, eu odeio aquele Diggory e segundo você está fazendo a maior burrada da sua vida, não pode sair com ele! Ele é um lufano, um adversário – ele ‘cuspiu’ as palavras na minha cara e saiu andando sem esperar resposta. Afinal, quem ele está pensando que é?
Por um momento fiquei com uma cara de trasgo e então resolvi seguir meu rumo.
Primeiro, acho que Wood é retardado, segundo tenho que concordar que ele precisa visitar o St. Mungus urgentemente, porque ele está pirando...
No salão comunal alunos se esquentavam e conversavam, fui direto para o meu dormitório e coloquei um casaco mais quente.
Estava caminhando para o salão principal sozinha, até que alguém me puxou.
–Oi namorada do Diggory – disse Katie rindo.
–Hei você já sabe? – olhei para ela incrédula.
–Eu contei, é uma fofoca bombástica – disse Alicia.
–É Alicia, você deveria ser o Profeta Diário de Hogwarts, noticias de primeira mão, mais rápida que uma Nimbus 2000 – ironizei enquanto seguia para o salão acompanhado das garotas, que vinha ao meu encalço.
–Oli está praticamente morrendo de ódio – disse Angelina.
Contei para elas sobre a esbarrada em Olívio no corredor, Alicia quase morreu de tanto rir, afinal, ela ri por causa de tudo praticamente.
Estávamos na direção da porta para o Salão Principal quando meus olhos treinados avistaram algo que eu não gostei nadinha. Cedrico e a Emily Penks conversando, ou melhor, Emily dando mole para o Cedrico. Maldita loira desclassificada, nem preciso dizer que quase pulei em cima dela...
Ela irá sofrer um pequeno incêndio na aula de Feitiços, sorri maldosamente com a ideia, como eu sou brilhante! Emily pode até pertencer a Corvinal, mas não é mais inteligente que a moça aqui.
Rosnei quando a vi tocar no braço de Cedrico, Angelina e Katie me puxaram para a mesa da Grifinória sem pestanejar.
Alicia sentou na minha frente, Angelina e Katie do meu lado.
–Sophia não adianta aquela loirinha não tem nada demais – disse Alicia.
–Ela estava dando em cima do – mas Angelina me cortou.
–Ela não poderia fazer nada, Cedrico não é idiota.
Cerrei os olhos, mas deixei rolar.
No domingo de manhã, fui para o salão principal sozinha.
Encontrei Fred e Jorge conversando.
–A nova nimbus é perfeita – disse Jorge.
–Talvez, estão tentando encontrar algum defeito nela – falei entrando na conversa.
–Sempre fazem isso – disse Fred mal humorado.
–E sempre acham – falei mordendo uma torrada.
–Olá Sô – disse Olívio se sentando perto de nós, hum... Ok, uma hora ele está totalmente agressivo para o meu lado e outra hora está me tratando como se nada tivesse acontecido. Isso é o maior caso de bipolaridade conhecido no mundo, oh Merlim!
–Oi, e o quadribol? – perguntei entrando no mesmo jogo que ele.
–Sabia que está andando com o novo capitão da Grifinória? – ele se gabou.
Fred e Jorge riram.
–Já, essa é a milésima vez que você diz isso Olívio – disse Fred.
Ele olhou feio para Fred.
–Ora, parabéns – falei olhando minhas unhas fofas que estavam pintadas de vermelho e amarelas.
–Bom, eu queria saber se você... Vai fazer o teste para artilheiro? – perguntou.
–Não sei, quem sabe? – perguntei dando de ombros.
–Talvez você queira pedir para o seu namoradinho – murmurou para si.
–Olha aqui Wood – me levantei do banco, ele olhou para cima assustado, pois eu nunca o chamei pelo sobrenome – Presta bem atenção, porque eu só falo uma vez, você não é nada meu, não tem direito de aprovar ou não Cedrico, então é bom você parar com essa palhaçada, porque eu não tenho paciência com bruxos mandões – sai bufando irritadiça, ótimo! Nada como começar o dia gritando com alguém, fui direto para Biblioteca, concluir um trabalho de Defesa Contra Artes das Trevas, sobre vampiros, dois metros de pergaminho.
Depois que finalmente conclui, pousei a pena no pote de tinta e observei a lula gigante nadar pelo lago numa tarde de outono.
Por Cedrico.
Estar confuso é bom? Porque eu estou achando um terror. Eu sei que sentimento é esse, sei tudo que sinto por ela, mas é tanta coisa em questão, que isso não é prioridade para nenhum de nós dois, e isso parece bem claro e de novo estou querendo saber como funciona a mente da minha querida Sophia.
Sempre fomos muito ligados, nos separamos, eu sentia que ela era sempre aquela pirralha espevitada. E ela me volta de Beauxbatons totalmente diferente, com um sorriso intrigante e lindo.
Olha que ela só tem doze anos viu, imagine quando tiver quatorze...
Quando Emily me puxou para conversar, eu já imaginava o que se tratava e não imaginava como iria sair daquela situação, não queria ser grosseiro, mas Sophia não iria gostar nada de vê-la tocando em meu braço, de uma forma gentil, mas melosa demais e perguntar com aquela voz fina e irritante se eu queria sair com ela.
Não demorei a conversa, tentei lhe explicar um ‘não’ sem lhe entristecer e procurei pela Sophia que estava perto alguns minutos antes, mas não a achei. E senti que aquilo me renderia problemas.
Na manhã seguinte eu tive treino, não teve tempo de vê-la ou falar com ela no café da manhã. Apanhei a pomo, e avistei Julia encostada na arquibancada conversando com alguém.
Voltei um pouco e avistei Sophia.
Voei para perto delas.
–Sophia – saudei.
Ela lançou um olhar superior e cínico.
–Oi – ela disse, se despediu de Julia e me deu as costas, andando para fora do meu campo de vista.
–O que aconteceu aqui? – perguntei incrédulo.
–Não quero me intrometer, mas começa com ‘E’ - disse Julia e voltei para o treino.
Eu queria ter ido falar com Sophia, mas estava no meio do treino e se eu pedisse para sair, o capitão iria me estrangular.
Essas garotas!
Cheguei ao Salão Principal faminto, já que eu não soube bem o que é café da manhã.
Estava um pouco curioso para saber o que Sophia tinha ido fazer no meu treino, mas avistei-a conversando com as amigas entre gargalhadas e resolvi não atrapalhar.
Uma explosão de risos predominou o salão enquanto eu me sentava ao lado de Julia.
Olhei para o portal e encontrei Emily Penks careca, sim careca.
Vi Julia piscar discretamente para Sophia que nesse momento quase caia do banco de tanto rir.
E não precisei de muita delonga para saber que Sophia tinha aprontado isso, era isso que elas falavam no treino? Mas o que Emily fez a elas? Depois do almoço segui as duas que saíram do Salão Principal juntas.
Elas foram para os jardins e me escondi atrás de uma árvore bem perto delas.
–Ela fez e recebeu – disse Sophia
–Não acha que você exagerou? – perguntou Julia.
–Eu nunca exagero – Sophia revirou os olhos.
–Porque não usa seu charme veela com Ced? – Julia deu uma risadinha.
–Isso eu já uso – Sophia riu. – mas as coisas são diferentes com ele...
–Vocês dois são tão fofos juntos – disse Julia.
–Se alguma retardada puxar assunto bobo para o lado dele. Ah Merlim! Vai achar um modo mais rápido de descer a torre de Astronomia.
–Pela janela – cantarolou Julia.
Senti que elas falaram alguma coisa, mas não consegui ouvir.
–Logo ela terá seus cabelos de volta, Madame Pomfrey deve dar a ela algum tônico ou coisa do tipo – assegurou Sophia. – Não que eu me importe com ela.
–É, até por que o encantamento foi leve... – concordou Julia pensativa.
–Tchau, eu tenho que fazer o teste de quadribol – disse Sophia.
Ouvi os passos dela, me encolhi para o lado esquerdo da arvore.
Ela passou por mim cantarolando algo como ‘Vai vai Grifinória’, e escorreguei até me sentar no chão e fiquei ali, observando o lago e pensando nela... É claro, Sophia.
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Xoxo