Maze Runner — A Sobrevivência escrita por Phraysee, cycytv


Capítulo 10
Capítulo 9 — Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Alô, alô, pessoal! Phraysee aqui, tudo bom com vocês?
É, é, sei que demorei. E muito. Sinceramente, não estou conseguindo inspiração alguma para essa fanfic e os capítulos, na minha opinião, estão saindo péssimos. Estou realmente insatisfeita e com esse daqui não foi diferente.
Mas espero que me perdoem por isso e prometo melhorar futuramente. ♥



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P.O.V Annebell

 

Meus pulmões pareciam prestes a explodir, estavam queimando com o pouco ar que recebiam, o suor corria as bicas pelo meu corpo. Mas eu me recusava a parar.

 

Não sabia nem mesmo para onde estava indo, mas sabia que não podia parar, tinha que continuar correndo até o Verdugo se distrair e me perder, ou que outra coisa chamasse sua atenção. Virei várias vezes e por fim, o barulho de raspagem sobre a pedra foi ficando para trás. Olhei ao redor, procurando algum lugar que pudesse me esconder. Perto de outra curva, um amontoado de heras deveria servir e fui para lá, me encolhendo o máximo que podia para que nada do meu corpo ficasse visível. Respirei fundo, fechando os olhos por alguns segundos e tentando pensar em como sairia daquele pesadelo. 

 

"—  Você sabe que Annebell nunca foi de colaborar com a gente. Ela tem o mesmo espírito teimoso que Jocelyn  —  Ouvi uma voz por detrás de uma porta branca e franzi o cenho, esperando.

 

—  Eu não me importo. Quero resultados. Faça o que tiver que fazer  —  O homem terminou, a voz autoritária e só ouvi um breve murmúrio em concordância da outra pessoa, uma mulher."

 

Uma garra fincou-se ao lado de minha cabeça, abrindo uma cratera na parede. Estava há centímetros de meu rosto e isto foi suficiente para dissipar a visão estranha que aparecera em minha mente. Arregalei os olhos, em choque. Eu não ouvira nada, não sentira nada, mas o Verdugo estava ali. Bem na minha frente, fazendo vários ruídos mecânicos, uma gosma esverdeada caindo de seu corpo e sujando meus pés. A garra forçou saída da pedra e logo foi para trás, preparando-se para mais um golpe. Dessa vez ele não erraria.

 

Não pensei duas vezes antes de rolar para o lado, voltando a correr como uma louca. A criatura logo atrás de mim, agindo suas várias próteses mecânicas, querendo muito me fatiar em vários pedaços, de preferência de uma maneira que eu sofresse bastante. Seu desejo em me pegar era quase palpável.

  

Trinquei os dentes. Não, eu não podia morrer ali. Não daquele jeito e muito menos sem saber nada sobre o lugar em que encontrava. Uma lâmina raspou em minhas costas, rasgando minha blusa e cortando a pele. O cheiro do sangue pareceu fazer o Verdugo ficar ainda mais afobado, levantando as lâminas e os braços mecânicos. Corri ainda mais rápido e fiz uma curva — percebendo que o bicho não era lá muito bom nessa hora, derrapando e perdendo velocidade —, encontrando Minho. O asiático acenou para que eu o seguisse e foi o que eu fiz, aliviada por finalmente encontrá-lo. Se tinha alguém que conhecia esse Labirinto e como despistar os Verdugos, esse alguém era ele.

 

Enquanto corríamos, mais Verdugos juntaram-se ao banquete, famintos por sangue e carne fresca. O som de metal raspando em metal, na gosma fazendo-os derrapar a cada curva, estava fazendo-me ficar tonta e certamente irritada. Beleza que podiam ser maquinas mortíferas, mas será que não poderiam ser um pouquinho menos irritantes? 

 

Em uma curva brusca, Minho segurou meu pulso, ajudando-me. E tive vontade de socá-lo quando vi o que tinha na nossa frente. Um penhasco que era impossível de se ver o fundo. Agora era isso ou os Verdugos. Já estava criando coragem para pular antes de ser fatiada.

 

— Temos que enganá-los. — Sussurrou Minho, olhando-me expressivamente. E arregalei os olhos, um sorriso frouxo brotando em meus lábios.

 

— Vamos fazê-los cair no penhasco. — Balancei a cabeça, uma sobrancelha erguida. — Tem certeza que consegue? 

 

— Você vai se arrepender de ter perguntado isso — Minho tomou como desafio e pude vê-lo ajeitar a postura, pronto para acabar com os Verdugos.

 

Estes pararam na curva e ficaram apenas ali por alguns segundos, como se rissem por estar cercados. E então três dos cinco vieram na nossa direção rapidamente, foi fácil irmos para o lado afim de desviar. Eles não conseguiram nem mesmo tentar frear e foram para o vazio. E o que me fez ficar confusa foi que não os vi caindo para a morte, quando atingiram o preto do penhasco, simplesmente... sumiram. Mas não tinha tempo para questionar o porquê.

 

Os dois que sobraram foram mais espertos e não vieram tão rápido, cada um atingindo um de nós, querendo nos fatiar. Um deles veio com uma lâmina que chegava a brilhar com o sangue que tinha ali — meu sangue, do corte nas costas —, consegui segurá-lo, mesmo que sua força fosse maior.

 

"—  Não! Não podem fazer isso, parem!  —  Gritei, furiosa. Jocelyn estava caída no chão, um corte em sua testa sangrava, os olhos fechados. Um golpe forte em sua testa fora o suficiente para fazê-la desmaiar.  —  Parem!"

 

O flashback sumiu e quando minha visão voltou, a lâmina estava a centímetros do meu rosto, prestes a dar o golpe final. Gritei de frustração, usando toda a minha força para afastá-lo. Nessa hora, Minho jogou seu Verdugo no penhasco e, num ímpeto, joguei o meu. A força, porém, foi tão grande que estava quase sendo levada junta. Dois braços passaram por minha cintura, puxando-me com força para longe da beira do penhasco.

 

— Você está bem? — O asiático perguntou, a respiração ofegante, o suor empapando sua testa e roupas. Caí no chão, tentando me acalmar e fechei os olhos. Malditos flashbacks. Não consegui entendê-los e eles quase custaram minha vida.

 

— Eu estou viva. Isso serve? — Sussurrei.

 

— Eu não acredito nisso... — A voz de Minho se fez ouvir e logo ele riu. Gargalhou, para ser exata. Sem entender, abri os olhos. Estava amanhecendo. Pela posição do sol, não demoraria mais que meia hora para os Portões se abrirem. — Nós conseguimos! Que mértila, você é uma fedelha muito sortuda! 

 

Limpou o suor de sua testa e me ajudou a levantar, ainda sorrindo, feliz por estar vivo, dando leves tapinhas no topo da minha cabeça. Falei para ele que deveríamos buscar Alby, sua expressão ficou sombria e apenas disse:

 

— Se ele estiver vivo — Revirei os olhos, me recusando a acreditar que ele não estaria. Eu não tivera aquele trabalho todo e quase fui jantar de Verdugo para ele amanhecer sendo um cadáver.

 

E durante o percurso apenas fizemos alguns comentários. Ao chegarmos no líder dos clareanos, ele estava muito pálido, mas respirava fracamente, as veias saltadas no pescoço e num tom verde doentio. O barulho dos portões logo foi ouvido e, colocando um dos braços de Alby sobre cada ombro, seguimos para o Portão Leste, sendo saudados por gritos e aplausos. Estavam felizes e, com certeza absoluta, muito surpresos por nos verem vivos.

 

A morena estava em choque, os olhos arregalados, um breve sorriso estampando sua boca. Claro que não era de fazer todo um reboliço, mas eu consegui perceber que estava feliz por nos ver vivos. Andei até a mesma e a abracei, enterrando o rosto em seu pescoço. E após alguns segundos, a garota me abraçou de volta.

 

— Eu tive algumas lembranças. Joy... — Respirei fundo. — Precisamos conversar.

 

A morena assentiu fracamente, já se afastando. Mas antes que eu a puxasse para conversarmos num lugar mais privado, um braço passou por meus ombros, puxando-me.

 

— Deem um salve pra essa fedelha aqui! — Minho gritou e riu, levantando o braço. Vários clareanos o imitaram e senti meu rosto esquentar, ruborizando pela vergonha. Certo, aquilo não era necessário. — Ainda não consegui decidir se você é idiota ou corajosa.

 

— Um salve? Ela quebrou a nossa maior regra — Uma voz rouca se fez ouvir, calando várias pessoas e provocando uma careta no rosto do asiático. — Vão deixar passar simples assim?

 

— Ela salvou Minho e me salvou, Gally. Cala a boca — Praticamente grunhiu e cruzou os braços, Minho realmente parecia irritado. Seu humor mudara tão rapidamente que agora meu rosto demonstrava confusão. Tinha vontade de xingar Gally, pois ele não seria capaz de suportar duas horas dentro do Labirinto, mas queria saber como o asiático mudava tão rápido, também.

 

— Então é fácil assim. Todo mundo pode quebrar as regras então, já que ninguém vai ser punido.

 

— Infelizmente ele tem razão, Minho — Newt falou a contragosto. — Ela quebrou a regra mais importante, temos que fazer um conselho para decidir o que faremos com ela.

 

— Vocês só podem estar brincando comigo.

 

Falei e nenhum deles pareceu dar atenção. Franzi o cenho e cerrei os punhos. Ótimo, uma noite inteira correndo de Verdugos para chegar aqui e um imbecil falar que eu tinha que ser punida. Eu tinha vontade de socar o rosto de Gally para desfigurar ainda mais aquele nariz torto que ele ostentava.


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