Entre Irmãs escrita por Cristabel Fraser, Paty Everllark


Capítulo 7
Tendência do Passado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal mil perdões por não ter atualizado antes, tenho atravessado uma semaninha difícil, pois o pai da minha mãe veio a falecer (mas que agora está descansando, porque ele muito sofria). Daí fica difícil trabalhar na escrita. Mas agora está tudo bem, só a saudade que fica alojada. Perdoem-me também, pois o capítulo de hoje está com pouquinho mais de 3.000 palavras. Eu não queria ter excedido tanto, mas quero acelerar esse encontro da Kat com a irmão e com o nosso amado Peeta. Espero que gostem e feliz dia Internacional das MULHERES a todas vocês. Na verdade, acho que o dia da mulher poderia ser todos os dias, há muitas mulheres guerreiras por aí... boa leitura.



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 POV KATNISS

— Kat, pode arrumar meu cabelo? – perguntou minha irmã com sua voz suave e rouca por ter acordado naquele instante.

— Claro, sente-se aqui. – indiquei a beirada do sofá e comecei a escovar suas belas madeixas douradas.

Depois de trançar seu cabelo me aproximei de Prim, abraçando-a.

— Minhas meninas, venham até aqui!

Minha mãe entrou na sala do trailer, usando um vestido justo de lantejoulas cor beterraba com franjas douradas. As contas estavam atrasadas. Vovó Becky não se intrometia nos assuntos familiares. Haymitch vivia bêbado. Tinha dias que bebia tanto que nem aparecia em casa por semanas. O casamento dos meus pais ia de mal a pior e, nessa época não entendia, mas minha mãe começou a fazer algum tipo de “show” para arrecadar algum dinheiro para assim podermos viver um pouco.  Eu precisava agir rápido, não podia ver minha mãe chegando daquela maneira em casa. Que exemplo ela estava nos passando?

— Mamãe? – estendi a ela uma revista amassada que havia encontrado na biblioteca local.

Ela pegou a revista e leu o destaque na página aberta que lhe entreguei, que dizia:

“Procura-se atriz madura para pequeno papel em série televisiva. ” Então vinha com o endereço de Los Angeles.

— Deem um abraço na mamãe.

Lançamo-nos em seus braços. Eram raros esses momentos depois que ela tem saído a tarde de casa e voltado muitas vezes pela madrugada. E quando nos abraçava e demonstrava seu “amor” por nós, era como se aquecêssemos até os ossos.

— Obrigada, Kat querida. Não sei o que faria sem você. Vou ligar agora mesmo para o agente e marcar um teste. Los Angeles é longe, não sei quando voltarei. Cuide bem de sua irmã, põem para dormir e tenham juízo que eu preciso ir, mas farei de tudo para voltar o mais rápido.

Ela fez o teste e ainda por cima conseguiu o papel principal na trama. Não pensou duas vezes em largar Haymitch para trás e mudar não só de vida como de nome também. Elizabeth Everdeen Abernathy se tornara Effie Trinket com seu mais novo sotaque repulsivo.

(...)

— Kat? – Delly, minha sócia me encarava enigmaticamente.

— Oi, Delly. Não me diga que você já está por dentro das últimas notícias.

Ela me encarou com tristeza diante do meu comentário.

— Sabe que poderia ter morrido. – ela tinha os braços cruzados na altura do peito.

— Mas não morri e cá estou, sã e salva. Pronta para trabalhar. – Delly meneou a cabeça de modo negativo, tinha os lábios comprimidos e isso com toda certeza não era um bom sinal.

— Tire umas férias, depois retome seu trabalho.

Abri minha boca várias vezes tentando não acreditar nas palavras que tinha acabado de escutar.

— Não posso tirar férias. Faz ideia de quantos casos tenho para resolver e de quanto dinheiro estamos falando? – novamente ela negou com a cabeça.

— Distribuirei pessoalmente aos demais advogados da empresa. Temos excelentes advogados dessa área e tenho certeza que darão conta.

— Mas sou a melhor! – senti que minha pressão estava aumentando gradativamente.

— Sei que é a melhor e por isso quero que tire essas férias, pois sei que vem me enrolando com isso há um tempão.

— Delly, eu sei que posso...

— Katniss, não voltarei atrás. A empresa é tão sua, quanto minha. Se você ama o que faz, respeite minha decisão.

Simplesmente ela deu meia volta e se foi, me deixando totalmente desnorteada.

Que escolha eu tinha senão aceitar a presente situação?

Uma enfermeira desferiu minha pressão mais uma vez e depois de algumas horas me liberaram.

Peguei um taxi e segui para casa. Delly me informou que um funcionário da empresa tinha deixado meu carro no condomínio que eu morava e deixado as chaves com o porteiro. Minha mão direita começou a tremer. Pisquei os olhos devagar. Ao passar pela portaria e pegar as chaves do meu carro segui para meu apartamento. Rumei diretamente para o banheiro e tomei um relaxante banho em minha banheira.

Vesti uma roupa um pouco mais sofisticada, peguei minha bolsa e saí. A noite estava tranquila. Detive-me à porta aberta do Athenian. Poderia entrar achar alguém com quem passar o tempo. Mas de repente só consegui pensar no que realmente aconteceria. Conheceria um homem, cujo nome não importaria e depois seria deixada ainda mais solitária do que já me sentia. De repente, em meu olho esquerdo um tique iniciou. Peguei meu celular na bolsa. Digitei o número, mordendo o lábio enquanto ouvia os toques. Ia desligar quando atenderam.

— Alô? Katniss, estou reconhecendo o número do seu celular.

— Vou processar quem inventou o identificador de chamadas.

— São 20h30. Por que está ligando para mim? – perguntou Paylor.

— Minha pálpebra esquerda está se fechando como as asas de uma borboleta alucinada. Preciso de uma receita de relaxante muscular.

— Nós conversamos sobre isso uma vez, lembra?

— Lembro. Estresse pós-traumático.

— Em trinta minutos estarei no consultório. – disse ela.

— Seria bom se você pudesse telefonar para uma farmácia...

— No consultório em trinta minutos. – determinou ela.

— Estou indo para lá.

Levei menos de quinze de minutos para chegar ao consultório.

Exatamente às nove, minha psiquiatra apareceu. O cabelo estava em um coque mal feito e seu rosto desprovido de maquiagem.

— Cobrarei o dobro, se fizer palhaçada com meu cabelo. – disse abrindo a porta.

— Eu? Nem sonharia em comentar algo. – falei com ironia, pousando minha mão no peito.

Passei pela sala da recepção e entrei no grande consultório. Paylor ascendeu as luzes e sentou-se em seu respectivo sofá.

— Sente-se, Katniss. – pediu apontando para o divã.

— É necessário?

— Apenas, sente-se. – insistiu e acabei obedecendo. Ela juntou as mãos apoiando-as em sua prancheta e olhou-me – Hoje que o marido da sua cliente tentou atirar em você?

Por instinto minha perna esquerda começou a se movimentar, como se estivesse com Parkinson.

— É.

— Tem que tomar cuidado com certas atitudes, Katniss.

— Eu sei.

— Tem conseguido dormir?

— Não, nem sempre. – ela rabiscou algo em sua prancheta e voltou a me encarar.

— Descreva a cena que vivenciou hoje à tarde.

— Foi tudo rápido demais... a bala zunindo no meu ouvido... a maneira como ele depois largou a arma e caiu de joelhos. Madge correndo para ele, abraçando-o, dizendo que tudo ficaria bem. Que ela o apoiaria... a polícia levando-o algemado. – puxei o ar e falei sarcasticamente – Foi maravilhoso, aliás. Desmaiar e acordar em uma enfermaria.

— Não é sua culpa. Foi toda a tensão do momento.

— Eu sei. Mas também sei que conduzi mal a ação de divórcio deles. Perdi a capacidade de me compadecer das pessoas. – desviei meu olhar para a janela – Hoje minha sócia pediu... na verdade exigiu que eu tirasse férias.

— Talvez seja uma boa ideia.

— Será que vou me sentir melhor no, Havaí, Roma, Paris ou quem sabe ir para o Brasil... sozinha?

— Por que não entra em contato com sua irmã? Poderia passar as férias no interior.

— Prim e eu não conseguimos conversar nem cinco minutos sem discutirmos feio.

— Então poderia passar esse tempo com sua mãe.

— Não obrigada, prefiro ter um ataque de pânico.

— Está me dizendo que não tem aonde ir, nem quem visitar?

— Só estava imaginando para onde viajaria. – acho que fora um erro vir até aqui. Paylor estava fazendo com que me sentisse pior – Olhe, Paylor... – minha voz soava mais baixa que de costume – Estou desmoronando. É como se eu estivesse perdendo o controle da minha vida. Só quero que você me dê um remédio para acalmar minhas crises. Você me conhece. Estarei bem daqui a um ou dois dias.

— Está negando a si mesma novamente, Katniss.

— Quando algo funciona para mim, agarro-me a isso. Compreende?

— Só que, já não está funcionando, está? É por isso que seu sistema nervoso está descontrolado. Por isso que não consegue dormir. Não dá para deixar o passado para trás. Um dia você vai ter que acertar-se com a Prim.

— Isso não tem nada a ver com a Prim, mas que droga! – acabei explodindo.

— Cedo ou tarde, Katniss, sempre tem a ver com a família. O passado possui uma tendência irritante de se ligar ao presente.

— Jura? – revirei os olhos, já estava cansada e só o que eu precisava era do maldito remédio.

— Está se desviando do ponto “X” da questão.

— Não. Estou rejeitando o assunto. – levantei-me sentindo mais exaustão do que antes – Isso quer dizer que você não vai receitar o relaxante muscular?

— Não irá resolver seu tique.

— Tudo bem então. Darei um jeito.

Ela também se pôs de pé.

— Por que não me deixa ajudá-la? – me lançou um daqueles olhares de compaixão – O que você quer? – perguntou-me.

— Não sei. – bufei me sentindo por um segundo, derrotada.

— Sabe sim. Quer parar de se sentir só.

Um calafrio atravessou meu corpo.

— Eu sempre fui só. Já me acostumei.

— Não. Nem sempre.

Voltei meus pensamentos para aqueles anos, quando Prim e eu éramos inseparáveis, melhores amigas. Ou depois de conhecer o Finnick. Uma época em que eu sabia amar. Chega! Isso não me levaria a lugar nenhum. Peguei minha bolsa do chão bruscamente e avancei até a porta.

— Mande o recibo para minha secretária. Cobre o que quiser. Adeus, Paylor.

Pelo meu olhar e minha fala ela sabia que não voltaria, pois geralmente nas sessões passada eu dizia “até mais” em vez de “adeus”. Antes de fechar a porta atrás de mim sua voz me deteve.

— Tenha cuidado. Ainda mais agora. Não deixe que a solidão a consuma.

 (...)

No dia seguinte ao chegar na empresa todos me encaravam. Era como se tivesse escrito na minha testa o ocorrido com o marido louco da minha cliente.

— Todos sabemos o que aconteceu ontem, Katniss. Sentimos por você. – Rosalyn, uma outra advogada da vara familiar me saudou de modo fraternal. - A bala não a acertou por poucos centímetros. Delly me chamou e disse que irá distribuir seus casos a nós enquanto tirará umas férias. Olhe, isso será bom para você.

— É. – minha mão direita começou a tremer – Com licença, preciso organizar algumas coisas antes de ir. Obrigada pelo afeto.

Rapidamente passei pela minha secretária dando-lhe um rápido cumprimento e adentrei minha sala.

Minha mente variou por um instante. Não conseguia pensar em quase nada. Ao fechar meus olhos, procurando me concentrar, via a arma apontada em minha direção, e ouvi o tiro alto. Quando abri os olhos, não conseguia acreditar na visão da minha mesa. Estava vazia, nunca imaginei vê-la assim um dia. Todos os processos pendentes já haviam sido retirados da minha sala e certamente já estava sendo distribuídos aos outros advogados. Delly se encarregou disso. E, acredito que minha secretária a ajudou na tarefa. Prometi a minha sócia que ficaria pelo menos três semanas de férias, mas já me arrependia por isso. Não sei se me sentiria bem, estando a tanto tempo sem ocupar minha mente com trabalho. O que eu faria para passar o tempo?

Olhei a manhã pela janela de minha sala. Tinha a impressão que choveria mais tarde, amenizando, ou não um pouco o calor. Juntei minhas coisas e saí do edifício que trabalhava. Me sentia tão vulnerável.

Quando passei pela portaria do meu prédio cumprimentei o porteiro e subi para meu apartamento. Abri a porta e o lugar estava assustadoramente silencioso. Modéstia parte meu apartamento era muito bonito e arrumado, sem nenhum objeto fora do lugar. Na sala além de uma das paredes serem de vidro grosso - a vista era a imensidão azul do céu e da Sound - tinha dois sofás um de frente para o outro. Uma mesinha de centro, uma estante enorme de madeira escura com minha TV de plasma e meu aparelho de som sofisticado.

Tirei meus saltos e liguei a TV no canal E!

Levei alguns segundos para conhecer a música-tema. Era uma reapresentação de um programa que minha mãe fez. City of Stars, minha mãe corria pelo palco usando um ridículo vestido de borboletas - parecia que voariam a qualquer momento -, os saltos pareciam duas aranhas uma em cada pé. A maquiagem pesada demais e uma enorme peruca dourada na cabeça, tudo ridiculamente exagerado. Mas o que mais me irritava era aquele sotaque falso. Ela adorava falar daquele jeito, dizia que os fãs esperavam isso dela.

Por um instante minha mente fez um tour em uma outra época, que morávamos em Belleville... Suspirei cansada, não queria que meus pensamentos fossem tão longe.

Tendência do passado, era isso que Paylor me dizia.

Desde aquele tempo Prim e eu deixamos de ser irmãs de verdade. Mamãe aceitara o papel de atriz indo embora, nos abandonando e só depois veio me buscar deixando minha irmã aos cuidados da vovó Becky e Hay, que ainda bebia muito.

O telefone tocou e logo o agarrei. Precisa me distrair falando com qualquer pessoa.

— Alô?

— Kat, sou eu. Como está queridinha?

Torci o rosto pelo sotaque. Seria apenas uma coincidência estar pensando nela?

— Estou bem, mamãe. E você?

— Não poderia estar melhor. O encontro com os fãs foi nesse fim de semana. Ai, minha nossa, dei tantos autógrafos que meus dedos doíam!

— Pois é, seus fãs te adoram.

— Graças aos pequenos milagres. É muito bom falar com você, Kat. Deveria vir me visitar.

— Estou de férias. – apressei-me em dizer – Talvez eu pudesse ir passar um tempo com você. Podíamos caminhar na praia todas as manhãs e... – nesse momento eu topava qualquer coisa menos ficar trancafiada por três semanas neste enorme apartamento.

— Ah, seria... ótimo. Quem sabe no Natal...

— Amanhã! – apressei-me arqueando as sobrancelhas.

— Amanhã?— ela riu – Querida um fotógrafo da revista Vanity vai vir me fotografar às 16 horas, e na minha idade, preciso de pelo menos dez mulheres para me deixar bonita.

Naquele momento queria desligar o telefone e dizer “deixe para lá”, mas quando olhei a minha volta, vislumbrei meu apartamento vazio. Sem muitos detalhes e sem fotografias - quase senti náuseas.

— Que tal na semana que vem, então? Poderíamos sair juntas, de repente ir a um spa.

— Você nunca assiste a TV? Estarei viajando para Sidney. Apresentarei um musical junto da equipe que estou trabalhando.

— Você? Fazendo um musical?

— Vou esquecer que ouvi esse tom de sarcasmo.

— Pare com esse sotaque ridículo, mamãe. Sou eu, a Katniss. Sei que você nasceu em Hayden. Elizabeth Everdeen é o nome na sua certidão de nascimento e, Abernathy se ainda estivesse com o nome de casada. – falei já irritada.

— Agora você está sendo mal educada. Sempre foi a mais irritada. Essa é uma grande oportunidade para mim.

Para mim. Suas palavras preferidas. Sempre individualista.

— Boa sorte. É melhor você se cuidar e a noite desfrutar de um sono reparador, antes da sessão de fotos para a revista.

— Essa é a mais pura verdade.— ela suspirou fundo – Talvez você e Prim pudessem vir quando eu estiver menos ocupada.

Como se isso um dia fosse acontecer, pensei.

— Claro. Tchau, e boa sorte com o musical.

— Tchau, queridinha.

Bufei assim que desliguei o telefone, detestava todo esse conto-de-fadas. Fiquei zanzando pelo meu apartamento durante uma hora, tentando traçar um plano que fosse no mínimo razoável. Novamente o telefone tocou e rapidamente corri para atendê-lo.

— Alô?

— Kat? Oi.

— Prim? Que boa surpresa! – e dessa vez era mesmo, era um alívio escutar sua doce voz ao invés a da nossa matriarca – Falei com Effie Trinket. Você não vai acreditar nisso. Ela vai fazer...

— Vou me casar.

— Um musical em... Casar?

— Ah, Kat... estou tão feliz. Sei que parece loucura, mas é o amor, eu acho.

— Quem é ele?

— Cato Ludwig. Eu o conheci há quase duas semanas atrás, em Chester. Sei o que irá dizer, mas...

— Duas semanas atrás, Prim! Às vezes a mulher foge para passar um final de semana ardente com um homem que acabou de conhecer. Isso se chama aventurar-se e não se casar com ele.

— Estou apaixonada, Katniss. Por favor, não estrague tudo. Tente ao menos ser feliz ou fingir isso por mim.

Desejei tanto despejar meus conselhos, que precisei trincar os dentes.

— Em que ele é formado?

— É cantor e compositor. Estava se apresentando em Chester quando o conheci. Meu coração parou por um instante. Já se sentiu assim?— antes de responder ela prosseguiu — Ele foi treinador de basquete. Passa o verão viajando fazendo suas apresentações. É dois anos mais velho que eu e tão lindo que você não vai acreditar. Mais bonito que o Brad Pitt. Ele vai ser um grande astro, tenho certeza.

Analisei todas as informações. Minha irmã estava prestes a se casar com um vagabundo de trinta e um anos, que sonhava em ser cantor de músicas românticas e o melhor palco que havia conseguido era o The Darth em Chester?

— Ele sabe quanto vale o acampamento? Sabe o quanto a vovó Becky deixou de herança para você? Vai assinar um contrato pré-nupcial?

— Que droga, Katniss! Você é inacreditável mesmo, ao menos não pode fingir que se preocupa de verdade comigo?

— Eu me preocupo, Prim. É só que... quero ficar feliz, mas... – disse o que era a verdade – Quando é o casamento? – suspirei me entregando.

— No sábado, dia 23.

Deste mês?— isso era loucura – Preciso conhece-lo.

— Claro. O ensaio da cerimônia...

— Nem pense nisso. Preciso conhece-lo agora. Estarei na sua casa amanhã à noite. Levarei vocês para jantar.

— Sinceramente, Kat, não tem necessidade.

— Preciso conhecer o homem que roubou o coração da minha irmã!

— Tudo bem, vejo você amanhã.— ela suspirou e por fim disse: — Vai ser bom ver você.

— É, vai ser bom te ver também. – nos despedimos e rapidamente e liguei para o escritório, deixando uma mensagem para a minha secretária – Elisa, quero que você envie tudo que temos sobre contratos pré-nupciais para minha casa até às 18 horas de hoje. Obrigada.

Sentei-me frente ao computador e comprei minha passagem para Belleville, Kansas. O voo duraria por volta de uma ou duas horas aproximadamente. Detestava ir para o interior, mas era preciso. Impediria que Prim cometesse o maior erro de sua vida. Isso que faria com toda certeza nessas férias idiotas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Próximo capítulo é o POV da Prim, aguardem. Para aqueles que ainda não viram, publiquei uma nova fanfic que se chama Together Again, uma belezinha, quem quiser dar uma passadinha por lá ficarei feliz demais... aos poucos irei atualizando meus projetos, ok? BH, Hart of Ocean e etc... nos vemos nos comentários, tenham todos um ótimo restante de semana e deixarei o link da nova fic aqui embaixo. Muito obrigada a todos um forte abraço.

https://fanfiction.com.br/historia/726951/Together_Again/