De repente amor escrita por Thamires


Capítulo 2
Capítulo 2 - Campina


Notas iniciais do capítulo

E aí vai outro capitulo para vocês. Espero que gostem.
Boa leitura.



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Sai do refeitório sem rumo e acabei indo parar na quadra do colégio. Sentei na arquibancada e fiquei pensando na vida, em como muita coisa mudou até o sinal bater. Só teria mais uma aula, por isso fui rápida, para não me atrasar.
Entrei na sala, novamente me apresentei ao professor e fui sentar na ultima cadeira. Como os alunos ainda estavam entrando, baixei a cabeça tentando chamar menos atenção, depois de algum tempo senti uma movimentação na cadeira ao meu lado. Nessa aula as mesas eram duplas e eu pensei que ninguém ficaria comigo, já que todos já deveriam ter um par.  Olhei para ver quem estaria ao meu lado e me arrependi na mesma hora, aqueles lindos olhos dourados (nunca tinha visto nada igual) me encarava a centímetros de distancia. Sim, era o garoto do refeitório. De perto ele era ainda mais bonito, podendo ser comparado a um Deus grego. Isso se ele não fosse um.
Fiquei apenas encarando ele e não sei por que não conseguia parar, até que finalmente ele disse algo.
—Prazer, meu nome é Edward Cullen.
Aaaa, então ele era irmão da Alice. Nossa que voz é essa?  Uma voz aveludada, gostosa de ouvir. Lindo, ele realmente é muito lindo.
Fiquei perdida em meus pensamentos até que escutei ele se pronunciar novamente.
—Desculpa. Você ouviu o que eu disse?
—Haa eu ouvi sim. Meu nome é Isabella Swan. Prazer - E que prazer...
Eu tinha que para de pensar essas coisas.
—Na verdade eu já sabia Bella, todos comentam sobre você.
Como se eu não soubesse disso.
—Ata. Então ta. - fui grossa.
Não podia dar confiança, não pra ele. O que o Deus grego ia querer comigo? E além do mais, meu plano é não me envolver com ninguém, então tenho que para de ficar dando confiança pra mim mesma. Parar de dar asas a minha imaginação.
 O tal Edward não entendeu o meu tom grosseiro, e quando ia provavelmente perguntar se eu tenho problema, o professor começou a dar a aula e ele desistiu. Depois disso ele não disse mais nada
Quando a aula acabou, peguei meu material e sai dali o mais rápido possível, evitando contato com ele com medo de que resolvesse puxar assunto. Deixei-o sem entender nada. Cheguei rápido no carro e fui embora. Eu precisava pensar. Tinha que parar de pensar no Cullen. Esse foi meu primeiro dia, e o Lucas? Eu não estava sofrendo por ele? E tudo que ele me fez? Alguém pode fazer de novo. Não é?  
Fui direto pra casa. Queria ficar em meu quarto e pensar no que eu faria a respeito de tudo. Quando cheguei minha mãe tinha saído e havia um bilhete na geladeira dizendo que ela estava no mercado. Resolvi tomar um banho, talvez eu relaxe um pouco mais. Coloquei uma roupa confortável, mas nada que eu fazia me deixava melhor. Por isso resolvi dar uma volta na floresta. Não iria longe, e antes de ir deixei um bilhete aos meus pais dizendo que iria dar um volta, porque minha mãe era neurótica com isso de sair e não dá notícias.
Comecei indo por uma trilha que tinha atrás da minha casa. Caminhei por um bom tempo. O lugar era lindo e eu consegui finalmente um momento de paz em meus pensamentos, encontrei um lugar onde a luz do dia passava por dentro das arvores. Ali ficava em uma campina linda, gostei do lugar na hora em que o vi, era magnífico, fazia um circulo perfeito, com flores lindas e de diversas cores. Deitei-me na relva e fiquei curtindo o calor do Sol em minha pele (não havia raios de Sol, novidade). Adoro a sensação que o calor provoca. Tudo estava bem, até que escutei um barulho estranho e tive a sensação de alguém me vigiando.
Virei assustada procurando por alguém a minha volta.
—Tem alguém aí? -perguntei para o nada. Porém o silencio continuou.
Estava começando a ficar com medo. Poderia ser algum animal perigoso e quando me preparava para levantar e ir embora, escutei alguém falar comigo.
—Você não deveria ficar sozinha na floresta.
Não acreditei em quem eu vi. Era ele, Edward. Mas como ele me encontrou?
—Estava apenas conhecendo a floresta. O que você faz aqui?
—Mas aqui é perigoso, não acha? -ele ignorou completamente minha pergunta.
—Bom, ainda não vi nenhum perigo. Fora a minha falta de coordenação motora.
—Se você diz...
Ele foi se aproximando de mim. Seus olhos eram tão hipnotizantes, que não conseguia resistir à tentação de olhá-lo. Ele se sentou tão perto que podia sentir seu cheiro. Era algo doce e maravilhoso. Nunca tinha sentido algo assim tão bom, era doce e suave, muito diferente...
—No que tanto pensa?
—Hã, como assim? - ele acabou me tirando do transe.
—Toda vez que falo com você, parece está perdida no mundo da lua.
—Desculpa. Não consigo evitar pensar em algumas coisas.
—O que você tanto pensa?
—Que pergunta diferente de se fazer.
—Bom, é que eu consigo decifrar muito bem as pessoas. Mas você é um enigma pra mim.
—Acho que sou um enigma que não quer ser decifrado. -dei de ombros, notando como ele estava próximo de repente.
—Mas eu quero decifrar!
Com uma movimentação tão rápida, ele ficou por cima de mim a centímetros de meu rosto, e quando eu ia protestar ele me beijou. O pior é que eu não conseguia parar. Era bom de mais. Seu beijo é algo totalmente diferente. Minha mão correu pela suas costa. Ele era todo definido, em alguns minutos minhas mãos foram parar em seus cabelos, macios e sedosos. Fiz uma certa pressão, e ele correspondeu me pressionando mais no chão. Edward passava a mão pelas minhas pernas e eu sabia que não ia conseguir parar, mesmo sabendo que eu só o conhecia há 1 dia. Mas meu corpo queria mais, muito mais. Ele me colocou por cima e eu pude ver seus olhos quando ia beijá-lo novamente. Ouvi um barulho muito alto e me espantei.
Levantei imediatamente do chão e percebi que tudo tinha sido um sonho. Eu ainda estava deitada na campina. Que agora estava escura e notei que o barulho que me acordou foi de um trovão. Estava armando o maior temporal.
Levantei e comecei a buscar o caminho de casa. Como estava escuro, demorei a encontrar a trilha de volta. Principalmente porque eu ainda estava sobre o efeito do sonho. Minhas pernas tremiam e eu não sabia o porquê tinha sonhado com ele, um sonho um tanto íntimo.
 Consegui encontrar o caminho de volta, e a chuva começou a cair me deixando ensopada em questão de minutos quando faltavam alguns metros para chegar.
Entrei em casa e minha mãe estava na cozinha preparando o jantar.
—Que demora e ainda por cima está toda molhada.
Minha mãe me olhou sorrindo da cabeça aos pés.
—Desculpa. Acabei esquecendo-me da hora.
—Vai trocar essas roupas, não quer pegar um resfriado na primeira semana na casa nova, não é?
—Já estou indo.
Corri para o banheiro e tomei um banho demorado. Algo me dizia que essa noite também sonharia com ele.


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Notas finais do capítulo

Então? ansiosa para o primeiro comentário, isso incentiva muito a continuar essa história!



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