A Desconhecida. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 42
Talvez, apenas não fosse para ser... Ou fosse.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe quebrar o coração de vocês.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682213/chapter/42

Após a saída teatral de Elena todos foram para a casa de Isabella e começaram a conversar. Damon, Stefan, Caroline, Alaric e Davina sentaram-se num sofá. 

—Então essa era a sua família. –Disse Caroline a Alaric.

Alaric sorriu. 

—Exatamente.

—É uma bela família.-Disse comovida. -É estranho ver todos juntos, entretanto não deixa de ser bonito. 

—Obrigada. Isso e tudo graças a Izzy, ela nos juntou e nos transformou no que somos.

—Isso não é verdade. –Apareceu Isabella. –Care, eles são tão perfeitos individualmente. Só não se davam uma chance... Ficavam querendo se matar a todo momento. –Resmungou.

Damon, posso falar com você?—Perguntou Rebekah, ela se aproximou divagar procurando não chamar atenção. 

Claro, querida. –Disse levantando-se.

Eles sumiram ao subir as escadas.

—Estou esquecendo algo? -Perguntou-se Caroline. 

—Ele se casou com Rebekah. –Explicou Isabella.

Caroline e Stefan ficaram pasmos.

—Mas... –Stefan encarou Alaric. –Ele é feliz? 

—Há alguns meses atrás eu te responderia com certeza que sim. Mas hoje... –Ele suspirou.

Caroline e Stefan olhavam Alaric preocupados

—É difícil ver algo tão bonito se perder. –Completou Isabella.

Ela então começou a contar como tudo aconteceu.

Ouçam

Eles caminharam até o quarto, Rebekah foi até a varanda e se sentou no chão, Damon estranhou e a acompanhou.

—Tudo bem? –Perguntou Rebekah, o surpreendendo.

—Normais. –Mentiu.

—Acho que isso não é algo ruim. –Tentou sorrir. –Eu não estou. –Confessou, sua voz por um momento sumiu, mas ela respirou fundo. –Minhas estrelas estão sumindo Damon, deixando de brilhar, entende?

Ele permaneceu calado, sentindo o coração diminuir.

—Às vezes, não é para ser. Eu não te culpo, ninguém te culpa. Talvez Katherine, mas não se preocupe, ela esquece. Sabe por que eu não te culpo?

Um lagrima grossa caiu dos olhos dele.

—Não.

—Porque amar nunca é o problema. Em séculos nunca tinha descoberto, mas nos últimos anos isso ficou muito claro. Então, não se preocupe, viva seu amor com quem quer que seja. Ame Damon.

Ele deixou algumas lagrimas caírem.

—Você me odeia?

—Não, é claro que não. –Disse calmamente.

—Por quê? –perguntou depois de um tempo.

—Porque você foi um verão ensolarado, você me trouxe luz, muita luz. E eu não quero que esse verão acabe com uma tempestade. Foi um sonho, Damon, um sonho que eu sonhava por muito tempo, mas que acabou.  –Algumas lagrimas caíram.

—Não precisa acabar. –Disse rapidamente secando o pranto, desesperado.

—Já acabou, o conto chegou ao fim.

Rebekah olhou mais um vez para o céu estrelado, desejou que toda a dor que sentia passasse. Levantou-se e caminhou até a porta, virou-se e olhou mis uma vez para Damon. Abriu um sorriso calmo e continuou andando, desceu as escadas e encontrou todos reunidos no sofá. As palavras cessaram.

Elijah foi até ela e a abraçou.

—Estou bem, Lijah.

Damon continuava ali sentado. As lagrimas não paravam de cair. Todos os momentos juntos passavam pela sua mente, memorias que eram como facadas. Cada sorriso, o “sim” dito no altar, as quedas, cada ida à praia, as brincadeiras, cada batida do coração, a forma com que o seu ritmo acelerava quando estava com ela. Tudo.

A porta do quarto foi aberta e Isabella entrou por ela, sentou ao lado dele e deixou que ele coloca-se a cabeça no seu ombro e chora-se.

Aquela foi uma triste noite. Mas a manhã seguinte seria pior.

Os primeiros raios de sol iluminavam o dia, quase todos dormiam, depois de algumas horas Isabella conseguiu fazer com que Damon parasse de chorar e adormecesse. Rebekah estava igual, do fundo do seu coração ela desejava voltar no tempo e ter evitado que acaba-se daquela forma. Entretanto, dentro de si ela ouvia algo dizer que era o certo a fazer, sua mente a lembrava com frequência que Damon não a citou, não a apresentou, não a olhou. Ele apenas ignorou.

Caroline e Stefan dormiam no quarto que era de Freya e está dormia no quarto de Alaric, suspeito. Davina e Kol ressonavam calmamente. Elijah estava abraçado a Katherine, com força, pois tinha medo que ela sumisse. Marcel dormia no quarto de Hope e a pequena lobinha dormia com a tia Rebekah, no quarto de Isabella. Foi uma ótima desculpa para não falar com Klaus e Isabella a usou com maestria. Renesmee e Jacob, que tinha ficaram com Hope, partiram assim que os outros se recolherão.

Já era dia e como num dia normal Isabella se levantou e, depois de se arrumar, desceu para preparar o café. Depois de preparar as torradas e fazer o suco, Damon desceu para fazer as panquecas.

—Bom dia. –Desejou, o seu rosto ainda estava inchado, pro causa do choro.

—Você está bem?

—Não. –Foi direto. –Mas, ela fez o certo.

—Sabemos, porém não esqueça que somos sua família. –O moreno assentiu, Isabella caminhou até ele e o abraçou. –Eu te amo Damon. Você é meu irmão.

—Eu também te amo. –Declarou. –Agora largue-me tenho que fazer as panquecas daquela criança.

—Pode preparar o café? Queria dá uma volta na floresta, ir ao lago.

—Claro, só tenha cuidado. Izzy. –Chamou. –Ainda quero que me explique essa história de Herege.

—Irei. Já volto.

Damon respirou fundo e se concentrou em fazer as panquecas. Quem o olha-se diria que ele já estava recuperado, entretanto ele estava destruído. Ouviu quando Isabella saiu e logo depois ouviu outro barulho de porta fechando.

Davina e Katherine apareceram depois de um tempo. A bruxa agiu normalmente, mas Katherine andou até Damon e deu uma tapa na sua cabeça.

—Idiota. –Disse, mas logo o abraçou. –Estamos aqui, sempre.

Davina riu.

—E não é que aquela promessa estupida pega, agora é o nosso lema. Sempre e para sempre.

—Admiro sua admiração pelas nossas promessas, bruxa. –Disse Elijah aparecendo.

—Agradeço a admiração, vampiro. –Retrucou.

Ouçam

Isabella andou pela floresta, depois de andar um pouco viu as arvores sumindo e um lago congelado aparecer. Por um momento ficou ali em pé. Admirou a neve que derretia e as flores ainda congeladas, sentiu a brisa em seu rosto.

E então começou a pensar.

Pensou em Klaus e no que sentia, sentiu um grande aperto no coração ao se imaginar longe dele, mas sentiu dor ao imaginar que ele gostava de outra. Pensou que ele só estivesse com ela por pena ou por causa das ligações que os unia: Uma família, uma filha, companheirismo. Talvez fosse. Será que Klaus sabia o que era?

Não muito longe dali o antigo vampiro andava, devagar, seus pensamentos estavam tão longes quanto os de Isabella. Mentalmente ele se perguntava o que estava acontecendo, porque, repentinamente, sentia falta de Caroline, porque sentia que o laço que o unia a Isabella estava tão fraco.

Caminhou, caminhou e parou na frente de um lago completamente congelado. Levantou a cabeça e viu Isabella.

—Isabella. –Sussurrou.

A neve caiu em flocos no cabelo dela.

—Klaus.

Ele andou até onde ela estava, parou na sua frente, Isabella olhava-o nos olhos.

—O que estamos fazendo? –Perguntou num sussurro.

—Temos uma família.

—Não é o bastante.

—Temos uma ligação de alma.

—Não é o bastante.

—Temos uma filha.

—Não envolta Hope nisso. Jamais.- Exclamou revoltada.- Podemos ter uma ligação de alma, mas sabe o que nós falta? AMOR. Sim Niklaus. Acreditamos que o Lobo e a Luna que existe em nós poderiam nos manter juntos, mas nos não nós amamos. Ontem, semana passada, nos últimos dias, você provou isso.

—Eu fiquei todo esse tempo com você, te protegi.

—Você fez o mesmo papel que o reto da nossa família faz, a única diferença era que pensávamos está apaixonados, enamorados.

Klaus caminhou até Isabella e colocou as mãos no seu rosto, carinhosamente.

—Não faça isso conosco.

—Não posso aguentar. –Sussurrou.

—Ótimo! –Exclamou. –Deveria saber que você me abandonaria. Igual às outras.

—Você acredita que eu sou como as outras? Olhe para mim.

Ele olhou nos seus olhos.

—Acha que sou igual a todos?

Olhando nos seus olhos Klaus suspirou sentindo o lobo dentro de se se contorcer.

—Não. –Confessou. –Eu sei que você é especial. Mas dói tanto, parece que estou sendo atacado minuto após minuto. Só de pensar em te ter longe sinto vontade de destruir o mundo.

—Isso é o seu lobo falando. –Isabella abriu um pequeno sorriso.- Eu posso ver o verdadeiro Niklaus daqui. Ele me adora e a ultima coisa que quer é me machucar, neste Niklaus eu acredito, este Niklaus eu pretendo ter na minha vida até o fim.

—Não iremos nos afastar? –Perguntou com receio.

—Você continua sendo a minha família. Sempre e para Sempre.

Ele a abraçou, já sentindo a sua falta. Quando se soltaram Isabella sentiu um frio descomunal em seu coração. O mesmo Klaus sentiu. Eles não sabiam, mas aquilo era a tristeza que os companheiros, o lobo e a luna, sentiam por se distanciarem.

Na volta para casa, Isabella contou a Niklaus tudo que tinha lembrado. Quando abriram a porta da casa ouviram as habituais vozes dos familiares. Escutaram a voz de Hope, se entreolharam, preocupados com a sua reação. Adentraram a casa, deixaram os casacos e foram até a cozinha.

No balcão Damon conversava com Hope e Davina, próximo a eles estavam Elijah e Katherine, grudados. Marcel, Alaric e Freya conversavam com Caroline. Kol discutia com Rebekah sobre algo e a loira já ameaçava jogar outro vaso nele. O rosto de Rebekah estava maquiado para esconder as manchas que as lagrimas deixaram. Renesmee e Jacob entraram pela porta dos fundos.

Jacob rapidamente se juntou a Kol e começaram a comer panquecas. Renesmee e Rebekah conversavam sobre a loja.

—Não tem comida não na casa de vocês?- Perguntou Klaus, atraindo os olhares para ele, inutilmente, tentou enganar e se mostrar normal.

—Eu adoro a comida que o vampirinho faz. –Disse Jacob de boca cheia.

Alguns riram, e Klaus fez uma expressão de nojo. 

Isabella ainda estava escorada na porta quando Stefan chegou. Ele ficou observando-os por longos segundos. Observou que mesmo triste Damon estava feliz. Feliz como nunca vira.

—Eles são sempre assim?

Isabella sorriu, vendo a bela família que tinha.

—Às vezes são piores.

Uma semana depois, as coisas na mansão mudaram, agora Damon e Klaus dividiam o mesmo quarto, que possuía duas camas de solteiro. Isabella, Rebekah e Freya (que cedeu seu quarto a Caroline e Stefan) compartilhavam o mesmo quarto. Foi um pouco complicado explicar a Hope que agora Tia Rebekah não era mais namorada do Tio Damon e que a mamãe não estava mais com o papai.

—Não estamos mais juntos como um casal, mas uma família.

No fim, a menina acabou entendendo. A rotina dela não mudou , mas era estranho ver Klaus um pouco distante de Isabella. A semana foi mais difícil para os ex-casais, às vezes Damon pegava Rebekah saindo do banheiro (o único que a casa possuía, tirando as suítes) e a vontade que sentia era de agarra-la e faze-la sua. Isabella respirava fundo ao ver Niklaus sem camisa, já que com o fim do inverno o sol começou a aparecer e Hope desejava outra casinha na arvore.

Os adultos estavam distribuídos pela casa: alguns estavam na cozinha; outros nos jardins, os homens e Davina; na sala ou nos quartos. Hope estava no quarto dela entretida desenhando num caderno. Não era algo estranho, já que a menina adorava desenhar. Mas, dessa vez o desenho era estranho, até mesmo para ela. Parecia um símbolo, tinha um V, desenhos pequenos que pareciam caules e arvores seca, sem vida.

Com concentração a menina detalhava o desenho, uma concentração que acabou quando Renesmee adentrou o quarto.

—Hope, mamãe está chamando para lanchar.

A menina levantou a cabeça, sorri e concordou. Renesmee olhou com curiosidade para o caderno.

—Posso ver os desenhos?

—Sim, vou atrás da mamãe.

—Ok, já vou.

Hope saiu do quarto e foi à procura de Isabella, Renesmee caminhou até a cama e sentou-se, pegou o cadernos e com cuidado começou a olhar, passou por desenhos de pássaros e nuvens, viu casinhas e alguns flores. Estava encantada pela inocência da criança.

Ouviu a campainha tocar e o grito de Kol.

MERDA, AQUI TEM CARTEIRO!

—EU ATENDO. –Gritou do quarto.

Fechou o caderno e segurou a pagina que parou com o dedo, desceu as escadas e encontrou Kol deitado no sofá com as pernas para cima. Abriu e porta e pegou a correspondência.

—Algo está errado. –Exclamou Renesmee.

—Correspondência trocada?

—Não, é uma carta. –Disse assustada.

—E o que tem de especial em uma carta? –perguntou Isabella.

—Quando era criança, mexendo nas suas coisas, encontrei uma carta com o mesmo símbolo que esta.

Isabella se levantou rapidamente.

—Que símbolo? –Perguntou Kol.

Quando pegou a carta mão de Renesmee, a ruiva acabou derrubando o caderno de Hope no chão e caiu aberto em um desenho em especial, ela se abaixou para pegar até que viu uma pagina pintada de preto com partes brancas, desenhos de um castelo começaram a surgir, pessoas de costas com longas capas, e por fim um símbolo. Um símbolo que a deixou em agonia.

O símbolo que estava em toda parte de um famoso castelo que ficava em Volterra.

—O brasão dos Volturis. –Disse Isabella.

Hope, entrava na sala com um copo de suco na mão olhou para o desenho no chão.

—Eles estão chegando. –Disse inocentemente.

Após a campainha foi tocada novamente, dessa vez não era o carteiro, eram os Cullens, juntos a uma assustada Alice.

...

Lembrança

Ouçam

 

I found love where it wasn't supposed to be
Right in front of me, talk some sense to me
I found love where it wasn't supposed to be
Right in front of me, talk some sense to me

Hope andava a frente com Kol, Davina e Alaric. Elijah e Katherine vinham logo atrás de mãos dadas, ele falou algo no ouvido dela que a fez rir. Damon e Rebekah estavam mais próximos ao mar, o braço dele estava ao redor do pescoço dela, ela chutava a agua e logo o ouvia resmungar.

—Está me molhando, Rebekah! –Exclamou Revoltado.

—Está no mar é para se molhar. –Disse e piscou.

—É mesmo? –perguntou num tom de desafio.

—É mesmo.                                                     

—Então, meu amor, vamos nos molhar.

Rapidamente ele a pegou no colo e correu mar adentro com ela em seus braços.

Isabella e Klaus observavam a família.

—Que brincadeira, ein. –Comentou vendo Rebekah bater em Damon, mas logo rir e o beijar.  

—Oh, não gosta? –Contestou.

—Não faria algo assim com você.

—Não? Acho que devo encontrar alguém mais romântico...

Isabella ameaçou correr, mas Klaus segurou sua cintura com firmeza, ela riu.

—Será que o lobinho pode me soltar?

Ele aproximou-se dele, ficando muito próximo.

—Nunca. –Sussurrou. –Jamais irei te soltar.

—Jamais?

—Nunca.

Eles quebraram a distancia com um beijo. Ambos sentindo algo queimar dentro de si. Um prazer. Separaram-se ao ouvir risos. Era Hope e Kol, o moreno corria atrás da crianças que ria. Todos olhavam a cena admirados.

Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar
Bem na minha frente, faça isso fazer sentido
Eu encontrei amor onde não era suposto encontrar
Bem na minha frente, faça isso fazer sentido

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem.
Só respondi alguns comentários porque estou escrevendo os últimos capitulos, depois respondo todos.
Obrigada pelos comentários maravilhosos.
Comentem, comentem, comentem!!! Logo solto o próximo capitulo.
Ah, antes que eu me esqueça: Recomendações também são bem vindas ;)