Gerações - Interativa escrita por Litsemeriye, Haria Ana


Capítulo 5
Especial de Natal - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Lits aqui!
O próximo capítulo (capítulo IV, no caso) está no e-mail da Haria para revisão (e o motivo da demora com atualização vai estar na nele também)
Esse especial de Natal é um mimo e um pedido de desculpas pela demora. Eu queria tanto que chegasse a vocês que nem pela Haria passou ainda :D
todos upando a tag #tiaHarianaomataotioLits
O especial está dividido em duas partes, e mostram pequenas cenas de 500 palavras (500 pelo contador do word, não sei se muda aqui no Nyah) cada sobre um Natal bom de cada um dos personagens, em períodos aleatórios de suas vidas.

Eu não dormi então ainda é dia 24 para mim (é, tô virado de dois dias), então... Feliz natal :D
Espero que gostem e maiores explicações nas notas finais c:


Edição da Haria: (27/12, 23:30)
BONITO HEIN?! Some e nem me fala as coisas, vou ter crise de abandono ;^;
Kkkk ok, parei. já que te encontrei hj mais cedo não vou te bater.
Feliz Natal a todos! E feliz ano novo também !
Gente, eu vou revisar isso aqui e depois vou ajeitar o próximo capítulo pra postar, ok? ok.
Queria mudar as conjugações para o tu de Portugual na parte do Dario mas Lits falou pra eu consertar então se vcs verem alguma conjugação que eu esqueci me falem.
As gírias foram obras do Lits.



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Nebbia

“Está quase na hora, Nebbia.” Arinne pôs a cabeça para dentro do quarto da mais velha, encontrando-a de frente para o espelho, mas sem realmente olhar para o reflexo. “Nebbia?”

A mais velha pareceu ter saído de um transe, e virou o pescoço em direção a porta tão rápido que Arinne ficou com medo dela ter quebrado algo.

“Eu desço logo. Diga a Lussuria para deixar de vir aqui de cinco em cinco minutos me apressar.”

Arinne franziu o cenho. Não era do feitio de Nebbia ser tão educada ou falar em tom tão baixo. A morena trouxe o resto do corpo para dentro do cômodo e trancou a porta, se aproximando lentamente da outra ao perceber o motivo de tanta demora.

A brasileira se pôs ao lado da italiana.

“Você deveria falar para o Vice-Líder sobre isso.” Elas se olhavam pelo reflexo, era muito mais fácil desse jeito.

“Ele vai achar que eu sou uma aberração.”

Arinne levantou uma sobrancelha, dessa vez  pondo-se entre a mais alta e o espelho, seus olhos cravados nos cinzentos.

“Squalo tem dentes afiados como os de um tubarão. Mammon é um bebê há décadas, sendo um dos ilusionistas mais fortes do mundo. Belphegor vem de um reino que a gente nem sabia da existência. Xanxus é a única pessoa desde o Segundo que controla chamas sem precisar de um intermédio, e ele nem realmente tem sangue Vongola. Lussuria, meu próprio tio, é a porra de um necrófilo e Levi, é, bem, Levi.” Ela sorriu, ajeitando o colarinho do vestido da outra. “Você acha mesmo que você ser gênero fluído vai ser a coisa mais bizarra que já foi noticiada nesse lugar?”

“Acredite. Armas que fazem a gente viajar no tempo, maldições tão velhas como a Terra... Você é bem comum pra tudo que eles já viram. Eu ia esperar pra te entregar, mas...” A castanha tirou uma caixinha pequena do bolso do casaco, de cor azul marinho e com um laço de cetim vermelho – meramente decorativo – na parte de cima.

Nebbia pegou a caixa e Arinne meneou a cabeça em encorajo. A tampa se abriu, revelando duas pulseiras prateadas, uma com pingentes azuis e outra com eles pretos.

“Eu sei que no italiano, ou português, não existe gênero neutro e isso ia facilitar muito sua vida, então eu comprei isso. A preta para quando você quiser que eu te chame no masculino, a azul para o feminino. Não é muito, mas...”

“Obrigado, Arinne.”

A brasileira congelou. Ela nunca havia ouvido Nebbia dirigir essas palavras para si, ou ninguém que ela tenha conseguido se lembrar – nem mesmo em reuniões oficiais ou eventos sociais. Enquanto isso, Superbi pegou uma das pulseiras e colocou no pulso direito.

Lussuria bateu na porta.

“Vamos logo! Vamos acabar nos atrasando para o jantar dos Vongola desse jeito!”

Arinne se virou para responder a gritaria do tio, enquanto a mais velha pegava seu casaco no cabideiro. Quando saíram lado a lado, Nebbia sorriu prepotente.

“Os dois, Lussuria.”

Ele usava a pulseira preta.

X

Arinne

Arinne costumava gostar muito dos natais no Brasil.

Não havia neve, mas sua mãe cozinhava maravilhosamente bem e valia a pena esperar até o relógio virar do dia vinte e quatro para o dia vinte e cinco para poder comer as especiarias que só eram vendidas naquela época do ano.

O pai passaria o dia se dividindo entre entreter os irmãos e ajudar a esposa na cozinha. O clima era tão leve que ela não realmente se preocupava em atormentar o irmão mais velho ou mesmo responder as provocações dele. E, quando a noite chegasse, sentada na mesa com a família, ela tinha a certeza de que tudo estaria bem.

Isso até o acidente.

Ela nunca entendeu direito o que aconteceu, mas lembrava de sua mãe chorando ao lado do telefone e seu irmão na sala. Ele perguntava onde o pai estava, e Arinne, mesmo que não verbalizasse, teve certeza de que algo muito ruim havia acontecido.

Seu pai nunca mais voltaria e a família começou a ruir aos poucos. O irmão se trancava no quarto e sua mãe se tornara uma sombra da mulher que um dia tinha sido.

Quando tudo parecia perdido, Ian apareceu.

Ian resgatou a mãe e o irmão, mas por algum motivo ele nunca se esforçou para salvar Arinne também.

Quando Lussuria a achou naquele internato, foi como um sopro novo. Ele a ensinou a lutar de verdade e dava tudo o que pudesse para suprir a fome de tecnologia que a menina sentia. Havia Nebbia, a garota rabugenta e antissocial, mas que parecia sempre falar as coisas certas. E quando tudo parecia reconstruído, o segundo baque.

A mãe falecera em um acidente sem explicação. O registro oficial dizia que o carro tinha deslizado no asfalto molhado, mas a questão era que não chovia no Rio de Janeiro naquela época do ano.

Ela tinha desistido de tentar ser amiga de Nebbia, seu porto seguro não existia mais e, por mais que custasse admitir, tio Lussuria estava certo quando disse que era suicídio voltar ao Rio depois dos acontecimentos recentes. Arinne parecia prestes a desistir da vida, quando ela viu.

A garota antipática estava ajoelhada na floresta, as pernas afundadas na neve. O tronco em sua frente havia sido transformado numa espécie de altar.

“Eu também os perdi...”, Nebbia murmurou, prestando uma última reverencia aos desenhos marcados no tronco. “Acidente de avião. Não foi um acidente, mas não adianta saber isso e não fazer ideia de quem é o culpado.”

“Mas eu sei quem é o culpado!”

Arinne contou sua história.

Na semana seguinte, Nebbia viajou com Squalo. Eles passaram duas semanas fora, e retornaram com uma caixa quadrada embrulhada em papel de presente.

“Vamos, abra logo, bebê chorão.”

Arinne, mesmo incerta, desfez o laço e rasgou o embrulho. Euforia veio junto com a abertura do presente.

“Feliz natal!”

A cabeça de Ivan parecia mais viva separada do corpo do que jamais foi enquanto ele estava vivo.

Nebbia era oficialmente seu exemplo de vida.

X

Thea

A maioria do que Thea havia experimentado em Londres era extremamente diferente com o que ela havia se acostumado morando por dezessete anos na Grécia. Ela pensava que o Natal não era uma dessas coisas muito diferentes, mas antes mesmo de começar sua quaresma natalina ela tinha percebido que estava redondamente enganada.

Hazel estava terminando de pendurar os pisca-piscas no teto da sala já que, segundo ela, era “um jeito de fingir que podemos ver estrelas em Londres”. Hazel era divertida, mesmo que tivesse um gosto duvidoso para decorações e pouco tato.

“Eu mal posso esperar para comer suas me... melo... meloro...”

Melomakaronas, Hazel.” Thea riu.

Desde que havia contado para a companheira de apartamento sobre os costumes gregos, a inglesa não havia parado quieta, querendo provar comidas e entender melhor como ela nunca havia sequer ouvido falar de tantos doces tradicionais. Mas a coisa que mais havia assombrado Hazel sem dúvida era a decoração natalina dos gregos – ou a falta dela.

“Isso aí. Mas, cara, como assim vocês não decoram nada?”

“Nós decoramos! A gente monta barcos e põe maçãs caramelizadas nas mesas.”

“Ok, e onde ficam os presentes? Tipo, onde o Papai Noel deixa eles?”

“Bom, os presentes ficam em um canto da sala ou em cima da mesa mesmo. E a gente não acredita no Papai Noel. São Basílio é quem distribui presentes para as crianças, e é só dia dois de janeiro isso.”

“Puta merda, vocês gregos são bizarros.”

“Fala a garota que tem um varal com cartões natalinos do lado da mesa. Conhecem uma coisa chamada redes sociais não?”

“Okay, somos bizarros também.” A morena finalmente desceu da escadinha bamba de metal e olhou o teto, orgulhosa com seu trabalho. Ela também havia montado a árvore e, mesmo com os protestos de Thea, arranjado os presentes embaixo dela.

Em cima da mesa o barquinho de madeira da grega estava montado, trazido com a tradição de morar numa cidade litorânea. Em volta dele haviam algumas maçãs caramelizadas, uma delas com as marcas de dente que Hazel deixou ao tentar morder uma.

Thea Callis estava feliz por ter Hazel como amiga. Elas duas conseguiram manejar e entrar em acordo para que as tradições de cada país fossem respeitadas. Iriam fazer a ceia grega na véspera e o almoço natalino típico dos ingleses. Tinham árvore e barco, presentes para serem dados no natal e no dia de São Basílio.

“Hey, Tea”, a companheira de apartamento cumprimentou enquanto vestia o sobretudo. “Estou indo para a missa. Volto assim que acabar para provar sua comida maravilhosa.”

“Vai com cuidado, Esquilo.”

Thea ainda ligou para os pais e passou alguns minutos no telefone. Falou sobre a faculdade, sobre Hazel, sobre a visita recente da Família Vongola a Londres e como a Herdeira da Família, Minah Kwon, era incrível. Ouviu sobre a praia, sobre os novos vizinhos dos pais. Ficou horas no telefone, e só percebeu isso quando Hazel abriu a porta.

Era Natal e Thea estava, surpreendentemente, feliz.

X

Dario

Afonso não parava de falar sobre a viagem a Santa Maria de Feira que, com muito custo, convenceu Dario a acompanhá-lo. Não era exatamente uma grande viagem, já que a cidade ainda ficava na área metropolitana de Porto e, embora ficasse no norte do país, a viagem nunca duraria mais que três horas.

Quando embarcaram no trem expresso Lisboa-Porto, Dario sentia as palmas das mãos molhadas com suor frio. Era tarde do dia vinte e três e eles só voltariam para Chiado dali a duas semanas, depois do ano-novo. Era a primeira vez que o moreno saía da área metropolitana de Lisboa, mas, claro, ele não contaria isso para Afonso.

“Você vai ver, cara. A melhor missa que eu já vi na vida foi lá.”

“Você sabe que eu não exatamente me importo de onde eu vou rezar, já que Ele escuta não importa onde eu esteja, não?”

“Dario, você é um grande cuzão.” Afonso girou os olhos, se recostando melhor no assento do trem. O apito soou forte na estação e, em seguida, eles deixavam a estação de Lisboa para trás. “O único problema é que eu não consegui comprar musgo para o presépio, e as bichas devem estar gigantes tão em cima da hora.”

“Não adianta olhar para mim desse jeito. Você é o esquecido aqui. Se quiseres ir sozinho para a mata te misturar com os putos e conseguir musgo, fica a vontade.”

“Você é o pior melhor amigo do mundo.”

“Eu sou teu único amigo, Afonso.”

“O que te faz o melhor e o pior ao mesmo tempo.”

Os lusos riram, e o próprio Dario se surpreendeu. Ele nunca teve essa leveza na casa do pai, e viagem era um dos luxos que ele não fazia questão de ter. Nunca viu motivo, mas o amigo insistia que ele tinha dinheiro e tempo, então por que não? Não era como se o sr. Monller fosse ligar se ele não aparecesse na ceia de Natal – e, na verdade, Dario sabia que o pai preferia assim.

Afonso disse algo sobre dormir até chegarem na cidade, mas Dario não conseguiria. Seu estômago revirava e ele suava frio. Depois de cometer tantos crimes a coisa mais assustadora que o luso fazia na vida era uma viagem, que nem internacional era, e parecia uma piada sem graça a constatação.

O moreno tocou a cruz de prata em seu pescoço e fechou os olhos. Ele nunca pedia nada em suas orações, mas gostava de repassar as rezas em sua mente para acalmar-se. Aquele era um novo passo em sua vida, e, com a única pessoa que conseguia manter uma conversa consigo adormecida, a única companhia que lhe restava era Fernando Pessoa e sua coletânea de contos, mas por hora era o bastante.

Quando o trem parou em Porto e a dupla finalmente desembarcou, pareceu que toda a ansiedade que havia assolado Dario nas três horas de trem simplesmente desapareceram.

Era uma mudança, mas, pela primeira vez, estava tudo bem.

X

Minah

Embora a família Kwon não fosse católica, Massimo Vongola conseguiu, em seu breve tempo de vida, introduzir um pouco dos costumes mais tradicionais na Casa Kwon. O Gidoktansinil passou a chamado oficialmente de Seongtanjeol, e agora, quando o relógio batia as oito horas da noite na véspera de natal, uma missa em latim era celebrada por um padre.

Minah havia acabado de sair dessa missa e agora se encontrava na varanda, admirando o jardim de inverno. No andar de baixo da casa a celebração acontecia com os católicos da Família, e o jogo de luz e sombras na neve lhe era muito agradável.

“Eu não esperava te ver em casa esse ano, Minah.”

A coreana se virou, curvando-se um tanto quanto rápido demais.

“Chefe.”

Sangerine riu baixo, fechando a porta antes de entrar no quarto da filha, quase arrependida de ter chamado sua atenção. A primogênita estava tão leve olhando o jardim que, às vezes a mulher se perguntava se ela teria aquela expressão mais constantemente se sua família não fosse como fosse.

“Mãe, Minah. Hoje eu sou só sua mãe.” A mais velha se aproximou devagar, até estar encostada no limite da varanda, ao lado da filha. “Por que não foi comemorar com seus amigos?”

“Que amigos, mãe?” Minah suspirou, enrolando uma mecha dos cabelos negros entre os dedos. “Ninguém quer se envolver comigo. Uma Kwon-Vongola faz piscar um alerta vermelho para que as pessoas se afastem.”

“Eu entendo.” A Chefe murmurou, um tanto entristecida pela filha. Então, seu rosto se iluminou. “Eu vim te procurar porque tenho um presente de seu pai. Ele queria que você abrisse no seu aniversário, mas acho que para ele o Seongtanjeol é uma data tão importante quanto.”

A mais nova não conseguiu deixar de olhar o rosto da mãe, mesmo com a pequena caixinha vermelha em mãos. Sangerine quase nunca falava de Massimo e, quando o fazia, normalmente era para comparar ele e a filha. A mulher fez um movimento leve com a cabeça, como se autorizando a abertura do presente, e a adolescente não esperou mais para desfazer o laço e se livrar da tampa da caixinha – que cabia com perfeição na palma de sua mão.

Havia uma almofadinha preta e, em cima dela, um brasão dos Vongola.

“O que é isso?”

“Quando eu conheci Massimo ele tinha acabado de ganhar isso do seu avô”, Sarangine sorriu, sentindo os olhos úmidos com a lembrança. “É um broche que é passado de geração em geração para o primogênito.”

Minah tocou o broche, sentindo as lágrimas correrem por seu rosto. Pela primeira vez na vida ela realmente próxima do pai que nunca chegou a conhecer.

“Ele parou de usar quando soube que eu estava grávida. Eu nunca entendi o porquê, mas pelo o que vejo agora, ele queria manter intacto para v—“

Sangerine não conseguiu terminar de falar, pois uma Minah de catorze anos se jogou contra si, abraçando sua cintura.

“Obrigado, mamãe.”

Meri keuriseumaseu, minha pequena.”

Sungtan chukhahaeyo, mãe.”


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Notas finais do capítulo

Foi muita pesquisa. Eu acho que passei mais tempo pesquisando sobre natais do que realmente escrevendo esse especial, mas eu acho que valeu a pena c:
Algumas considerações sobre cada uma das cinco partes que compuseram a primeira parte do especial:
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Nebbia (16 anos): Começo dizendo que sim, Nebbia é uma pessoa transexual não binária, assim como eu (Litsemeriye). Eu pensei muito sobre isso, porque ter um personagem cujos pronomes mudam é bem difícil de lidar quando se escreve em português, já que nossa língua não usa gênero neutro, mas eu vou sempre deixar vocês saberem se estaremos tratando Nebbia no feminino ou masculino nas Notas do Capítulo. Aqui, Nebbia tem 16 anos e tem medo de contar ao tio sobre seu gênero, mas ao mesmo tempo está de saco cheio de disforia (quando usam seus pronomes errados, intencionalmente ou acidentalmente). Um agravante é que, assim como na língua portuguesa, o italiano não faz uso do gênero neutro, então mesmo que Neb se assuma ninguém tem como saber qual pronome usar em qual dia. Arinne tem a solução.
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Arinne (10 anos): Esse é o primeiro natal de Arinne na Varia, e em novembro ela recebe a notícia de que sua mãe faleceu. Ela está certa de que o culpado é seu padrasto e conta para Nebbia. É importante entender que Nebbia acabou de perder toda a família, mas não sabe ainda quem é o responsável, então ela não mata o padrasto de Arinne por compaixão, e sim porque ela pode e precisa descarregar a raiva em algum lugar.
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Thea (17 anos): Thea é grega, e o Natal na Grécia é extremamente sóbrio. Não tem árvores e luzes como a gente tá acostumado aqui no Brasil. Eles tem uma grande ceia na véspera de Natal e as cidades portuárias (como a de Thea) decoram barcos. Porém, como ela atualmente mora na Inglaterra, os costumes são bem diferentes. Esse também é o primeiro Natal de Thea longe da família, e ela achava que seria um desastre, mas Hazel e ela fizeram dar certo.
Thea tem uma pronúncia se assemelha a “tea”, e como chá é uma bebida clássica da Inglaterra, não pude deixar passar a piada. Já Hazel significa avelã, então a piada pareceu apropriada :D (desculpa meu humor é podre eu sei)
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Dario (16 anos): Aqui, Dario já comete crimes para aliviar o tédio, porém seu alcance é só na área metropolitana de Lisboa. Afonso o convence então a viajarem juntos para Santa Maria de Feira, no norte do país, e como Dario não tem nada a perder ele vai. É a primeira vez na vida que ele sai de Lisboa, e isso abre seus horizontes (e sim, essa linha Lisboa-Porto realmente existe, é um trajeto de aproximadamente 2h 45 minutos).
Em Português de Portugal, “bicha” é fila, e “putos” significa crianças. Eu sei disso porque meu pai foi para lá essa semana e eu por algum motivo ri muito quando ele me contou isso.
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Minah (14 anos): A Coréia do Sul, por mais chocante que possa ser a notícia, é um país majoritariamente católico (52% da população se declarava católica em 2013), por isso o Natal é um “feriado” nacional por lá. Entre aspas porque, apesar dos alunos serem dispensados e a maioria das pessoas não precisar trabalhar, o feriado é considerado um dia romântico, então restaurantes e parques de diversões se encontram, em sua maioria, abertos.
Sarangine pergunta sobre os amigos de Minah porque, na Ásia, é comum que se passe o Natal com os amigos (ou parceiro) e o Ano-Novo com a família.
Gidoktansinil é como os não católicos chamam natal, e Seongtanjeol é como os católicos se referem ao feriado.
Sungtan chukhahaeyo é como os cristãos dizem feliz natal. Já aqueles das demais crenças podem dizer Meri keuriseumaseu (pronúncia coreana de "merry christmans") ou Jeulgaeun krismas doeseyo. Escolhi o primeiro porque o segundo passaria do limite de palavras que eu mesmo estabeleci c:
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Como eu disse, não teve revisão, então desculpem qualquer erro c:
A parte dois sai dia um ou dois de janeiro (porque dia um é aniversário da minha mãe, então não tenho certeza se vou conseguir entrar na internet).
Obrigado por não desistirem da fanfic, e espero que tenham gostado conhecer um pouco mais da vida dos personagens c:
(Haria eu te amo não me mata por eu não ter te mandado o capítulo antes de postar)


Edição da Haria:
Acabei de terminar de ler aqui, e adivinha? Encaixei a frase que você queria :p
Mas tive que mudar algumas palavras, mals aí.
Me ame mesmo o3o Não vou te matar.