Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 19
“Let every woman know I'm yours (I)”


Notas iniciais do capítulo

Relou, pípols!! Como estão?

Eu estou bem, apesar de ter passado parte do domingo empenhada em escrever para vocês. Todo mundo foi tão lindo quando postei na última semana!! Ninguém me xingou, houve mais acessos do que nunca e os reviews foram adoráveis, então valeu a pena a dor nas costas.

Espero que gostem desse capítulo, está bem divertido. E ele é só a primeira parte de um dos mais importantes da fic toda!!

Bos leitura!! Bjs*



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— Não, não e não! — Subi a passos firmes os degraus da entrada da mansão dos Queen.

— Você está sendo teimosa!

Oliver reclamou caminhando na minha cola, e quando me virei para rebater a ofensa, esbarrei nele, que acabou dando um encontrão em Diggle e Roy, logo atrás de nós.

Sim, ele ainda insistia com isso.

Não, esse não era o motivo da briga da vez.

— Vocês não vão estragar mais esse jantar de negócios! — Laurel finalmente se manifestou ao nosso lado. — A Palmer Tech é a negociação mais importante da QC, e já é a terceira tentativa de reunião que não dá certo!

Ela estava certa. A primeira reunião acabou quando Sara jogou uma taça inteira de vinho no terno caríssimo do Palmer, ainda naquele almoço dos infernos. A segunda não deu certo pois ele e Oliver quase saíram na pancada, já que eu e Laurel não pudemos comparecer à reunião na empresa. E agora, aqui estamos nós, indo para um jantar na mansão de Oliver, uma última tentativa de Laurel para nos fazer terminar aquilo.

— Eu vou me comportar nesse jantar se Oliver desistir dessa ideia estúpida!

— Que ideia estúpida? — Tommy tinha um sorriso enorme nos lábios quando levantou-se do sofá da sala assim que adentramos o cômodo, e para nosso desespero, Sara também estava lá. — Vocês estão muito bem vestidos para a noite do filme.

— Oh, não. — Os olhos verdes de Laurel quase saltaram da órbita ao vê-los ali.

— Também senti saudades, amor — o moreno se declarou galante, e a advogada apenas desviou-se do beijo que ele tentou lhe dar. — É que a gente não gosta de carícias em público, mas vocês precisam ver o que fazemos entre quatro paredes — ele se justificou com um sorriso safado.

— Calado, imbecil!

— Já vamos começar o filme? — Barry e Caitlin surgiram da cozinha, cada um com uma bacia de pipoca nas mãos. Minha amiga estava passando uma semana lá em casa, me fazendo lembrar que tínhamos mesmo marcado filme hoje.

— Qual é a dos vestidos chiques? — Sara voltou ao assunto inicial e soltei um suspiro. Ray estava chegando. Aquilo não ia prestar.

— Vai dar merda. — A campainha tocou. — E vai começar bem agora. Dig, me protege. — Corri covardemente para trás do segurança. Quando perceber que há uma guerra iminente, escolha a maior pessoa e se esconda atrás dela.

— Agora admite que precisa dele?

— Cala a boca, Oliver, antes que sobre pra você! — rebati sem sair do esconderijo.

— Boa noite, espero não ter me adiantado. — O sorrisão do moreno fechou-se como mágica a olhar para o fundo da sala e ver a loirinha, lhe dando uma piscadela e uma continência em provocação. — Aqui também?

— Também não me avisaram que teríamos a presença do senhor perfeito.

— O memorando sobre ter que usar uma capa de chuva para evitar os desastres de uma mini loira também não chegou na minha mesa!

— Melhor desistirmos desse jantar de vez! — Laurel comentou dramática escondendo o rosto no ombro de Tommy.

— Meu bem, você precisa me explicar melhor porque a noite do filme de repente virou uma versão empresarial de Game of Thrones.

— O problema é a Felicity! Ela resolveu namorar tudo que é bilionário e agora não conseguimos terminar a droga de uma reunião.

— Alto lá, Vareta, até onde sei quem está de treta com Ray é Oliver e Sara — me defendi com o dedo em riste. — Eu estou muito de boas, exceto pelo fato de que o babaca do meu namorado querer me obrigar a ir na festa de reencontro do colégio. Vai ser tipo a convenção das ex peguetes de Oliver Queen, eu não sou obrigada!

— Ela está certa, Ollie — Tommy gargalhou, dando um soquinho amistoso no ombro do amigo, que lhe retribuiu com uma olhada mortal.

— Ei, esperto, você já convidou sua namorada para te acompanhar na convenção das exs de Tommy Merlyn? — devolveu. — Porque se vocês acham que saí com muitas, imagine o que meu amigão aqui aprontou sem a supervisão da obcecada da Laurel.

— Obcecada é sua avó! E que história é essa, Merlyn?

— Valeu mesmo, cara. — Tommy ironizou.

— A gente veio aqui pra debater sobre Centro de Ciências Aplicadas, ou sobre quem enganava mais garotas no colégio? Cada minuto que perco aqui, minha empresa deixa de faturar alguns milhares de dólares! — Foi a vez de Ray reclamar.

— Essa conversa de gente rica é tão engraçada — Barry cochichou para Cait, que deu um risinho em resposta.

Ninguém sabe como aconteceu, mas no segundo seguinte, a sala dos Queen virou um verdadeiro campo de batalha. Laurel interrogava Tommy pedindo a lista completa de todas as garotas que ele havia ficado no colégio, eu argumentava porque não queria ir à festa, e Ray e Sara arrumavam motivos, só Deus sabe de onde, para brigarem. Barry e Caitlin se divertiam com a coisa toda, enquanto Diggle tentava, em vão, acalmar a criançada.

— Vocês são tão hilários! — Thea chamou a atenção de todos quando falou mais alto descendo as escadas. — Meu Deus, renderiam fácil umas cinco temporadas de uma série de TV. Eu assistiria.

— Isso aqui é sério, Speedy. Alguém diz pra Felicity que ela tem que ir comigo, ou vou sozinho.

— Ah, mas não vai mesmo! Nunca foi preciso.

— Não precisa ter ciúmes.

— Eu não estou com ciúmes. Quer ver ciúmes, olha a cara da Vareta!

— Você pode me deixar fora das suas comparações, nerd? Tommy está tentando me explicar quando ele pegou a Mackenna, minha melhor amiga — Laurel rebateu, olhando criticamente para o Merlyn.

— Oliver também ficou com ela, e ele era seu namorado!

— Você é meu namorado agora, quero mais que Oliver se foda.

— Ok, chega! Vocês são burros, ou cegos? Qual o problema das pessoas quando passam dos 21, ficam todas retardadas quando o assunto é relacionamento?

— Eu conheço você, mocinha? — Ray questionou a Thea quando também foi incluído nas ofensas.

— Não, e não me interessa. — Abanou as mãos, não dando importância à Ray. —Mas eu vou dar uma de psicóloga e explicar rapidamente uma coisinha que todos parecem que esqueceram. Vocês estão complicando demais as coisas. Sabe o que tem de sobra nessa sala? Amor, tesão e vários cabeças duras que não sabem lidar com isso.

— Thea, eu acho que...

— Shiu, Tommy! Você e Laurel: claramente se amam. Mas ela está preocupada de estar entrando em um relacionamento com um Oliver 2.0 e terminar ruim, e você não tem exatamente uma ficha limpa. Mas vocês precisam deixar o passado no passado e seguir em frente com o tem agora. Sempre foram amigos acima de tudo, conversem! — Thea praticamente gritou para os dois. — Já os dois nerds amigos da Felicity deviam parar de conversa e apenas se pegar, todo mundo sabe que vocês querem. — Meu irmão e minha amiga coraram absurdamente olhando para qualquer ponto que não fosse um para o outro. — Sara e o grandão também podem parar com as briguinhas e ir direto pra cama. Dá pra cortar a tensão sexual de vocês dois com uma faca.

— Menina, você é nova demais pra saber disso — Oliver foi o único que falou, já que os demais citados estavam pasmos demais para dizer qualquer coisa.

— Meu Deus, Ollie, você é o mais burro de todos! Tenta controlar Felicity, quer que ela faça o que você quer. Queridinho, ela não é como as outras, já deveria saber a esse ponto.

— Obrigada! Alguém entende!

— Você também não facilita, não é, cunhadinha?!  Ele se importa com você, todas essas idiotices são por causa disso. Então custa ver que ele se orgulha de ti, por isso quer te levar a essa festa, e que ele te ama, por isso não quer te perder? — Meu olhar caiu sobre Oliver, entendendo aos poucos através das palavras de Thea, o que não conseguia entrar em minha cabeça antes.

— Dá licença, quem é essa menina mesmo? — Ray mais uma vez questionou, atraindo a atenção para si e quebrando o nosso olhar. — Não vou seguir conselhos de uma adolescente riquinha.

— Ok, hora da aula prática. Sejam simples, se querem uma coisa, vão pegar.

A Queenzinha atravessou a sala e, sem que ninguém previsse, tascou um beijão no pobre do Roy, que quase caiu pra trás de susto, mas logo retribuiu. Vi o tom da pele de Oliver assumir a coloração de um pimentão vermelho, e por um momento pensei que fosse sair fumaça pelo nariz e ouvidos dele, igual nos desenhos. Tommy, Laurel e Sara explodiram numa gargalhada, enquanto eu, Barry e Caitlin assistíamos a cena perplexos.

Que menina mais doida!

— Viram? Não foi simples? Agora se me derem licença, tenho uma festinha para ir. Depois você me passa teu número, loirinho. — Ela passou o indicador no peitoral de Roy, se direcionando à saída em seguida. — Boa noite.

— Eu tenho uma proposta — Oliver se manifestou depois de algum tempo de silêncio absoluto. — Eu, Felicity, Laurel e o Palmer nos reuniremos no escritório. Os outros tentam não se matar enquanto estamos lá, ok?

No fim, todos acabamos concordando, já que aquele era o único jeito para nos livrarmos de vez daquelas situações. A reunião não durou muito, papéis foram assinados e apertos de mão falsos foram trocados.

— Deveria ficar para o filme, Ray — Laurel propôs abraçada a Tommy. — Para selarmos de vez a paz, minha irmãzinha promete se comportar.

— Eu não prometo coisinha nenhuma.

— Sara! — Laurel ralhou.

— ‘Tá, pode ficar. Não faz diferença. — A loirinha deu de ombros, fazendo um barulho irritante com as unhas compridas.

— Tudo bem então, já tinha liberado minha agenda pelo resto da noite, de todo modo.

— Perfeito! Vou escolher o filme antes que os nerds tomem o controle — Tommy era o mais animado, e foi seguido pelos outros, começando novamente o burburinho. Quando Oliver começou a seguir na direção deles, segurei seu braço.

— Acho que podemos pular o filme essa noite, Oliver. Precisamos conversar. — Ele assentiu me olhando nos olhos.

— Vamos, eu te levo pra casa.

Eu sei que fui que disse que precisava conversar, e aquela era a primeira vez que ficávamos completamente sozinhos desde a invenção de Oliver em colocar Diggle na minha cola, mas as palavras apenas não saíram.

— Você sabe que a gente já está aqui sentado há mais de meia hora, não sabe? — Oliver comentou com o braço em torno dos meus ombros, me trazendo mais para si.

— E tem sido nosso recorde sem brigas! — comemorei, deitando a cabeça em seu peito que se mexia em um riso discreto e inspirei seu perfume maravilhoso. — É verdade que você tem medo de me perder?

— Claro que é verdade, meu amor. — Ele virou-se para ficar em frente a mim. — Cada segundo que você não está comigo, eu vejo como uma oportunidade para você pensar melhor e desistir de nós!

— Meu Deus, mas você é Oliver Queen! Insegurança não combina com todos esses músculos. — Apenas não entrava na minha cabeça que justo ele teria medo que eu o deixasse. Laurel não nos deixava esquecer como eu era caída por ele desde o colégio.

— Você é boa demais para mim, eu sei disso. Mas quero estar com você e também quero que todo mundo saiba. — Oliver fez carinho em meu rosto enquanto dizia cada palavra que quebrava e deixava qualquer briguinha que estávamos tendo insignificante.

— Eu tenho sido uma chata — admiti. — Mas eu não tenho um histórico bom de relacionamentos, e acabei me blindando para quebradores de coração. As coisas nem deram errado e eu já estou seguindo em frente, sabe? — Ele riu com meu trocadilho, mas ainda se manteve atento para o que eu falava. — Tem sido apenas eu e minha mãe desde que eu me lembro, e ela nunca me controla, às vezes eu tenho que fazer isso com ela. Quando você começou a ser o controlador, eu não pude admitir.

— Eu nunca quis te magoar.

— Eu sei, eu sei. Eu também não. Me perdoa?

— Só se você me perdoar primeiro.

Meu sorriso saiu natural, que logo foi espelhado nos lábios dele, para em seguida estarem unidos. Desde que iniciamos nossa última crise, eu nem lembrava há quanto tempo não o beijava, então o carinho veio repleto de saudade e uma ânsia por mais. Mas não antes de resolvermos tudo.

— E sobre o segurança na minha cola?

— Eu te recomendei Diggle, porque ele é a pessoa mais justa e leal que eu conheço, mas você está livre para dispensar os serviços dele, mesmo eu ainda achando que você precisa. Mas agora a decisão está na sua mão — Oliver finalmente cedeu.

— Tudo bem. — Também acabei me rendendo. Não aprovaria uma sombra 24 horas, mas de vez em quando, quem sabe. — Dig é um amigo, acho que não me fará mal tê-lo perto de mim mais algumas horas do dia. Podemos aproveitar o tempo para nos queixarmos de você, querido. — Beijei seu rosto, e o vi sorri fitando algum ponto específico em minha parede.

— E você, vai na festa do colégio?

— Ah, Oliver... — reclamei. — Você precisou de três tentativas para fechar um negócio com meu ex, apenas uma pessoa, o sempre feliz da vida Ray Palmer. O que eu vou fazer em um lugar com algumas dezenas de garotas malvadas querendo minha cabeça por estar com você?

— Aí entra seu segurança particular — gracejou, e como me mantive séria, ele voltou aos seus argumentos. — Eu estarei com você.

— Promete não sair do meu lado?

— Para onde mais eu iria? — Ele me beijou novamente. — Agora você não quer aproveitar que todos nossos amigos e parentes inconvenientes estão ocupados com um filme na minha casa, e passar a noite juntinhos? Estou morrendo de saudades.

— Podemos ver um filme aqui também — sugeri.

— Não estou falando de filme, morena.

Sua insinuação se tornou em atos quando ele me ergueu do sofá com apenas um movimento e já me levou ao quarto.

Esse homem ainda ia tirar o pouco juízo que me restava!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Thea sambando, certo ou certo?
No próximo teremos a festa de reencontro do colégio, garotas malvadas e muito mais.
Deixem suas opiniões, nos reviews, compartilhem a fic com os amigos e se acharem que a história merece, recomendem!! Amo ler o que vocês escrevem!!

Até mais!! Bjs*



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