O amor é cego escrita por British


Capítulo 86
Complicado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681030/chapter/86

— E aí irmão, pronto pra mesa de cirurgia? – disse Itachi depois de dar um abraço no irmão

— Pronto e ansioso pra isso acabar. Quero que minha vida volte ao normal logo.

— Vai dar tudo certo. Você sabe disso.

— Verdade. E a Konan aqui com você significa alguma coisa?

— Ainda não, mas pode ser que as coisas mudem entre nós. E a Sakura?

— Ela ficou sabendo pela Hinata e ficou preocupada. Resolveu me apoiar, então eu...

— Esqueceu tudo e resolveu se entregar a paixão? – falou num tom brincalhão

— Não. Resolvemos nada, mas rolou um clima estranho. Eu ainda gosto dela e ela se preocupando tanto me deu a entender que ela sente algo por mim.

— Ela terminou com o namorado?

— Não, e eu sinceramente não quero pensar nisso, mas de qualquer jeito eu não sei se consigo perdoá-la pela traição.

— Conselho de irmão: Conversem primeiro antes de tirarem conclusões. Maus entendidos acontecem com mais frequência do que imaginamos.

— Vou conversar com ela, mas só depois da cirurgia.

— Fica bem ta?

— Eu to bem, Itachi. – reclamou com o irmão que estava apertando suas bochechas

— Você sempre vai ser o caçula maninho – disse com uma voz melosa e então notaram que as garotas estavam olhando e disfarçaram voltando a conversar como gente grande.

[...]

— Eles são tão bobos, não? – disse Konan rindo

— São, mas eu acho bom eles estarem assim tão relaxados, porque uma cirurgia é sempre algo complicado. Enfim, você e o Itachi voltaram?

— Ainda não. Ele andou tentando me impressionar e mostrar que mudou, mas aí a gente acabou brigando e ele me entregou o cd com uma música que compôs pra mim aí a gente ficou de conversar.

— Sinto que você vai dizer que volta pra ele.

— Não é bem assim, eu quero conversar primeiro. Mas tenho que confessar que ouvir aquele CD me fez querer dar uma chance a ele. Então ele vai ter direito de falar e se depois de tudo que ele disser eu sentir que não devo voltar, não farei isso.

— Mas se sentir que pode voltar?

— Aí eu meu jogo de cabeça. – disse sorrindo – E você e o Sasuke?

— É complicado. Eu estou com o Sai e realmente gosto dele, mas eu amo o Sasuke e só com a possibilidade de perdê-lo eu senti meu estomago revirar. Morro de medo de perdê-lo.

— Então se o Sasuke pedir pra voltar, você volta?

— Se ele fosse capaz de assumir que também errou comigo eu voltaria sim. Eu preciso dele Konan.

— Diz isso pra ele. – Konan falou e então os dois vieram até sua direção.

— Vamos Konan? Meu irmão está em boas mãos – piscou Itachi

— Vamos – sorriu Konan – Vai dar tudo certo Sasuke. Você vai ter uma ótima companhia pra se recuperar rapidinho.

— Valeu Konan. Cuida do meu irmão também.

— Ok. – disse e se foram

— Acho que agora somos só nós dois. – avisou Sasuke

— Vão demorar muito pra levarem você? – perguntou impaciente

— Não muito. Daqui a pouco uma enfermeira me leva pra fazer os exames e eu fico no quarto esperando.

— E a sua médica?

— Ela tinha um compromisso, mas prometeu acompanhar a cirurgia amanhã.

— Não é ela que vai te operar?

— Não. Ela é maravilhosa, mas é uma cirurgia delicada e ela não tem experiência nisso. Um médico cirurgião, mais especializado vai fazer. Ela vai só assistir.

— Entendi.

[...]

— Antes de irmos ao médico preciso te contar uma coisa urgente – avisou Shizune

— O que? – perguntou ansioso

— A Sakura está aqui.

— Como? – respondeu assustado

— Eu a vi hoje no hospital.

— E o que ela foi fazer no hospital?

— Ela foi acompanhar o Sasuke que está internado lá para operar.

— Eles voltaram?

— Não sei, mas peço pra você se preparar porque eles pareciam íntimos. Talvez ela aguarde até você voltar de “viagem” pra contar, mas eu notei que tinha clima de romance ali.

— Eu sabia que ela não tinha esquecido ele.

— Então porque aceitou namorará-la? Eu prezo pela sua felicidade e pelo seu bem-estar e Sai, todo mundo aqui sabe que a Sakura e o Sasuke tem um laço forte. Sasori já me contou deles um milhão de vezes.

— Eu sei, mas ela me procurou, disse que sentia a minha falta e que me queria como namorado. Não fui eu que fui atrás dela. Eu me declarei, mas ela que me procurou.

— Talvez eu esteja enganada e ela te ame. – admitiu depois vendo que o amigo tinha ficado triste

— Vamos ao médico. Não quero me atrasar. – disse Sai cortando o assunto

[...]

— A gente pode achar outra solução Sai. – disse Shizune tentando consolar o amigo

— Você não ouviu o que ele disse? – rebateu Sai chorando – Não é possível fazer a operação.

— Mas você ta vivo e isso é o que importa.

— Eu vou ficar vivo até quando? Eu posso desmaiar amanhã e morrer. Eu não tenho mais controle sobre nada!

— Como médica eu posso te garantir que você pode ter uma vida longa, porque muitas pessoas passam muitos anos convivendo com essa doença e o aneurisma nunca se rompe.

— Eu não quero a médica agora, eu quero a minha amiga! – pediu Sai e ganhou um abraço bem forte

— A sua amiga estará pra sempre com você. – Então saiu continuou chorando até que suas lágrimas se esgotassem. Por que a vida fez isso com ele? Sai não sabia, mas a partir de então teria que
aceitar.

— Eu só me senti sem rumo três vezes na vida. – falou para Shizune depois de se acalmar

— E quais foram?

— A primeira foi quando os meus pais morreram. Eu era novo e tive que aprender a me virar, vendia meus quadros na rua pra ter o que comer. A segunda vez foi quando você terminou comigo, era como se tudo que eu tinha construído fosse destruído em frente aos meus olhos. E a terceira vez foi agora com a noticia dessa doença, eu finalmente estava feliz. Eu tinha Yale, meu sonho de ser um grande artista e o amor de uma jovem tão sonhadora quanto eu. E tudo virou pó agora.

— Não sei se adianta dizer, mas você ainda tem Yale e a tal jovem. Apesar do que eu te disse, a Sakura ainda é sua namorada e agora é a hora de você dizer a ela que está doente e pedir para que ela fique ao seu lado.

— Dizer pra ela por quê? Pra ela sentir pena de mim e desistir de ficar com o Sasuke? Seria egoísmo demais. Deixa eu acabar com a minha vida sozinho ta?

— Você não vai acabar com a sua vida, me ouviu? Você vai viver por muitos anos, até quando Deus permitir; e eu vou orar para que prolongue seus dias toda noite, além disso, você sempre vai
ter a mim.

— Eu não quero te atrapalhar.

— Você não me atrapalha. Sabe, Sai eu conheci você vendendo seus quadros e eu comprei um porque fiquei encantada com a forma como você desenhava. Eu acreditei no seu talento e na sua força, e quando menos percebi estava apaixonada. Você é uma das melhores pessoas que eu conheci na vida e eu não vou deixar você acabar com você mesmo. A doença existe, mas você pode conviver com ela.

— Você foi a pessoa que mais me ajudou na vida. Lembro de quantos dias você conseguiu pessoas para comprarem meus quadros, você me incentivou a ir para Yale também. Acho que sem você eu nunca teria coragem.

— Você é talentoso e tudo que eu fiz foi porque você merece.

— Me diz, você terminou comigo porque tinha deixado de me amar ou foi só por causa do trabalho?

— Foi difícil terminar o que a gente tinha, mas a minha profissão não me deixava outra escolha. Mais do que a minha profissão de médica que exige demais, também tinha a sua faculdade. Se eu dissesse que não poderia me mudar para perto de você certamente você desistiria de Yale e você sempre foi talentoso, merece explorar isso e conseguir reconhecimento.

— Eu teria desistido, é verdade. – sorriu com o pensamento – Eu te amava demais

— Eu também. Mas vamos pensar assim, a vida foi generosa com a gente. Afinal, a gente se conheceu e viveu tanta coisa juntos, e depois pudemos conhecer outras pessoas e nos relacionar novamente. O Sasori e a Sakura são maravilhosos e a gente deu sorte.

— Verdade, mas agora eu tenho que deixar a Sakura ir.

— Por quê? Você a ama, não ama?

— Amo. E é por isso mesmo, que eu devo deixá-la ir, porque ela ama o Sasuke. E mesmo que eu quisesse lutar por esse amor, minhas condições de saúde não permitem. E se eu morrer amanhã? Serei responsável por ela renegar o amor da vida dela?

— A coisa mais justa a fazer é contar a verdade e deixar que ela decida.

— E se ela sentir pena de mim?

— Ela sabe que você é forte e deixe claro para ela que você não está sozinho. Você tem a mim.

— Eu vou conversar com ela, mas não hoje.

— Tudo bem. Tudo tem seu tempo, amanhã é a operação do Sasuke ela deve estar aflita. Vá depois, poque ela vai ficar mais calma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O amor é cego" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.