O amor é cego escrita por British


Capítulo 8
Flecha partida




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Broken Arrow ♪ < pra quem quiser ouvir.

O que fazer quando se está preso
Pois aquele que você ama
Te afastou
E você não consegue lidar com a dor
E agora você está tentando me consertar
Remendar o que ele fez
E encontrar o pedaço que me falta
Mas eu ainda sinto falta dele
Eu sinto falta dele, estou sentindo falta dele
Oh, como eu sinto a falta dele, eu sinto falta dele


— Você não deveria ter vindo até aqui comigo – falei agachada em frente ao tumulo de Kiba. Itachi se encontrava ao meu lado.
— Não ia te deixar vir sozinha.
— Obrigada. Sei que não é algo confortável vir a um cemitério.
— Tudo bem, eu vim conhecer meu rival.
— Ele era uma pessoa maravilhosa – sorri, afinal as lembranças sempre vinham até mim
— Tenho certeza que sim. Se ele não fosse tão maravilhoso você não o amaria tanto.
— Você não precisa considerar o Kiba um rival... Ele me pediu pra viver antes de morrer. Eu que sou teimosa e não sigo o que ele manda – levantei
— Então deixe de ser teimosa e se dê uma chance. Ele queria que você fosse feliz e eu também quero isso – senti as mãos dele no meu ombro e ele me abraçou com força. Ele estava ali comigo pelo simples fato de gostar de mim e querer o meu melhor e eu gosto dele também, mas é tão difícil esquecer. Tão complicado, pra mim é como se o Kiba continuasse vivo e ficar com Itachi seria uma traição...
— Você não vai desistir de mim?
— Nunca – ele sussurrou em meu ouvido e por um momento meu coração acelerou. Eu não podia negar que a presença dele em minha vida tinha me deixado diferente, mas... Ainda não... Não posso... Não quero... Não devo esquecer o Kiba...
— Vamos embora – falei e então segurei Akamaru pela guia me dirigindo até o carro de Itachi.
E você está sentado na primeira fileira,
Quer ser o primeiro da fila
Esperando na minha janela,
Dedicando todo o seu tempo a mim
Você poderia ser o meu herói
Se eu pudesse esquecer
Mas o amor dele ainda está em mim
Como uma flecha partida
.

— Chegamos – ele disse assim que parou em frente ao prédio onde eu moro
— Obrigada pela carona e pela companhia.
— Era o mínimo que eu podia fazer. Sakura, eu posso te dar um beijo?
— Sim – falei pensando que ele me beijaria na testa ou na bochecha, mas foi um pensamento ingênuo. Ele tocou meus lábios levemente selando nos dele. Não foi um beijo daqueles de cinema, nem parecido com o nosso primeiro beijo no Central Park, foi um leve roçar de lábios; não muito demorado. A mão dele deslizava pelo meu cabelo e quando senti ele se afastar fiquei completamente sem graça, vermelha e atrapalhada. Abri a porta do carro insegura sem saber nem que direção tomar. Ele preocupado tirou Akamaru do carro e me entregou ele para que pudesse me guiar.
— Não fique sem graça. – o tom de voz dele era gentil – eu fui abusado, eu sei, mas eu precisava te mostrar de alguma forma que eu sempre vou estar aqui pra você.
— Tudo bem, agora eu vou subir.
— Tome cuidado. – não disse mais nada, apenas me direcionei até meu apartamento com Akamaru. Assim que toquei a campainha e Hinata abriu a porta me surpreendi com a pergunta dela.
— Por que essa cara de quem acabou de ver passarinho verde?
— Não to fazendo cara nenhuma – tentei me esquivar
— Foi o tal Itachi que te deixou assim? – perguntou curiosa
— Ele só foi gentil comigo, me levou no cemitério, me fez companhia e me trouxe pra casa.
— Só isso?
— Não – fiquei envergonhada – ele também me beijou.
— Sabia que tinha alguma coisa a mais. E pra você ter uma idéia, o carro dele ainda está lá fora.
— Ele ainda está lá? – Hinata então me puxou pra janela
— Ele está ali – ela pegou meu braço e apontou para uma direção, eu não podia ver, mas eu sentia que ela falava a verdade, ele deveria estar lá. Foi então que eu ouvi uma buzina e Hinata disse.
— Ele buzinou pra você e já se foi. – Eu posso até não querer admitir, mas ele está me fazendo um bem danado. Além disso, eu gosto tanto dele que não sei nem direito o que estou sentindo.



O que fazer quando o seu coração está dividido em dois?
Você sente arder, mas está destruído por dentro
Você sente o amor, mas não consegue se envolver com ele
E você encontrou a pessoa certa na hora errada
.


— Você viu ele Hinata? – perguntei após me sentar no sofá
— Não, quando eu fui à janela você já estava na porta do prédio e ele já estava dentro do carro, mas aí imaginei que fosse ele, e aí quando você entrou com essa carinha de apaixonada tive certeza.
— Eu não estou apaixonada – resmunguei
— Não minta pra você. Você está sim apaixonada por ele, só não vê quem não enxerga, ou seja, você.
— Será que é a hora certa de me envolver com ele?
— Não existe hora certa pra esse tipo de coisa Sakura, simplesmente acontece. Da próxima vez que você se encontrar com ele apenas ouça seu coração. Ele vai te guiar.
— Acho que vou fazer isso.

[...]

— Como foi com ela? Se beijaram? Deixe-me adivinhar, você já a pediu em namoro? Contou a verdade sobre quem é? Qual foi a reação dela? Ela também está apaixonada por você né? – Naruto não me deixou falar nada. Deixei ele lá fazendo seu monologo para a parede e fui direto pra cozinha beber um copo d’água. – Não vai me responder? – ele não desistia mesmo?
— Pra que eu vou te responder se eu mal me lembro de duas das várias perguntas que você fez?
— Quer que eu repita? – apenas revirei os olhos, Naruto era chato
— Não. Fica calado. – disse mal humorado
— ixe, levou o fora né? Só pode ter levado um fora pra ficar me dando coice desse jeito.
— Primeiro: Eu não dou um cavalo pra dar coice. Segundo: ela não me deu um fora. Ela só ainda pensa muito no ex namorado falecido dela. Hoje eu a levei pro cemitério pra ela levar flores a ele.
— Que programinha deprê esse hein? Vou corrigir, você não é um cavalo, é um burro mesmo. Por que não agarrou de vez e deu um daqueles beijões?
— Eu a beijei, mas não desse jeito, ela ia se assustar. Foi só um selinho de despedida, o suficiente pra ela ficar pensando em mim.
— bem, então serviu pra alguma coisa esse passeio, não saiu no zero a zero.
— Da próxima vez que a gente se encontrar eu vou contar a verdade a ela. Cansei de mentir.
— É o melhor mesmo cara, relação fundada na mentira ia dar errado.
— Bem, vamos ver, se ela quiser ficar comigo depois de saber que eu sou Sasuke Uchiha aí eu não vou mais querê-la.
— por quê? Você está todo apaixonado aí...
— Porque aí eu vou certeza que ela é igual as outras...
— Bem eu duvido que ela seja assim, sabe eu tenho certeza que se ela não te quiser agora depois de saber quem você é aí que ela vai te querer menos ainda.
— Eu prefiro que seja assim...

[...]

— O Naruto nunca mais veio aqui por quê? – Perguntei pra Sakura enquanto ela tomava sua coca-cola e comia pão de queijo.
— Da última vez que ele me ligou disse que estava vendo quais as melhores locações pro documentário dele, ele anda bem ocupado com isso.
— É uma pena. – não queria transparecer, mas estava sentindo falta dele.
— Está com saudade dele Hinata?
— um pouco
— Um pouco demais do que queria né?
— Chega Sakura. Não insista nisso.
— depois a apaixonada da casa sou eu.
— É você.
— Ta, eu posso até estar começando a me apaixonar pelo Itachi, mas você está completamente, perdidamente e irrevogavelmente apaixonada pelo Naruto. Confessa vai?
— Só no dia que você confessar que está apaixonada pelo Itachi.
— Você é durona mesmo né?
— Tanto quanto você. – Akamaru latiu
— Acho que o Akamaru não está mais agüentado nossa discussão. – disse Sakura
— Eu acho que ele está querendo dizer que você tem que assumir seus sentimentos pelo Itachi.
— Se eu assumir você assume também?
— Talvez. – Sakura sorriu, deu um pão de queijo na boca de Akamaru e saiu da cozinha como se tivesse obtido uma vitória no videogame depois de passar na última fase de um jogo super difícil.


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