O amor é cego escrita por British


Capítulo 53
Pais, Entrevista e Universidade




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Chovia forte. O barulho dos pingos caindo no chão fazia de minutos em minutos Sakura se desconcentrar da prova. Estava ali há mais de uma hora respondendo as questões da prova que a faria entrar ou não na Universidade. Parte de seu futuro estava sendo decidido ali através de uma folha de papel e isso para ela era algo incomodo. Ser avaliada apenas por um papel parecia injusto, afinal o ser humano é muito mais do que isso. Fechou os olhos por alguns segundos e voltou a se concentrar, esquecendo-se de qualquer coisa que viesse a dispersar sua mente. Mentalizou que além da prova ainda teria a entrevista, e nessa entrevista daria tudo de si para mostrar do quanto era capaz de conseguir a vaga e ser uma boa estudante. Depois de quatro horas exaustivas de prova, a entregou com satisfação de não deixado nada em branco e saiu de cabeça erguida. Fora do recinto Sasuke a esperava de baixo da chuva agora fina com o guarda-chuva preto aberto. Ele sorriu para ela e ela se sentiu feliz, mesmo que ela não fosse tão bem naquela prova ela sabia que sempre teria Sasuke e seus amigos apoiando-a para tentar de novo e isso a faria jamais desistir. Abraçou seu namorado com força.

— Agora tenho que me preparar para a entrevista.
— Tenho certeza que vai se sair bem – Sasuke respondeu de pronto beijando-lhe a testa
— Deus te ouça. – sorriu novamente e entraram no carro.

Já em casa todos a esperavam aflitos para saber como havia sido a prova. O mais nervoso era Sasori, para ele era muito importante que Sasuke tirasse uma boa nota nessa avaliação, afinal foi ele que esteve o tempo todo se dedicando para que ela aprendesse tudo que era necessário. Sakura ao vê-lo ali a esperando saiu do lado e Sasuke e abraçou o ruivo agradecendo-o ao pé do ouvido “nada disso seria possível sem você”. Sasori por um instante se sentiu importante. Sakura reconhecera que ele era importante, não que antes ela não o reconhecesse, mas aquilo era uma prova. Papo vai e vem sobre a prova e suas questões; Sasori garantiu que Sakura iria tirar uma boa nota. Enquanto isso Sasuke, Hinata e Naruto davam dicas sobre a entrevista, que era para ela não ficar nervosa, que era pra responder tudo que perguntassem. Que mostrasse ser a aluna dos sonhos deles.
No meio da conversa a campainha tocou, eles não estavam esperando mais visitas. Todos estavam ali. Então quando Sakura atendeu a porta e deu de cara com seus pais ambos ficaram assustados. Ela por vê-los ali e eles por verem que ela já não era mais cega.

— Sakura, você está nos vendo? – a mãe da rosada perguntou incrédula. O queixo do senhor Haruno já se encontrava no chão. Era inacreditável o que viam.
— Sim. Mãe, pai, o que vocês fazem aqui? – perguntou surpresa
— Viemos te visitar querida. Como você está enxergando? – a mãe perguntava
— Foi um milagre? – Perguntou o pai
— Foi quase um milagre. Mas na verdade foi uma cirurgia que o Sasuke pagou. – Sakura revelou
— Devemos tanto a você – O pai da rosada passou pela porta indo imediatamente na direção do genro e apertando-o a mão em sinal de agradecimento. Enquanto isso a mãe de Sakura a abraçava por meio de lágrimas.
— A minha garotinha está de volta – a mãe dizia

— Mãe, a sua garotinha sempre esteve aqui. Só porque eu não enxergava; eu deixei de ser? – a mãe dela ficou sem palavras. A senhora Haruno sabia que isso era a verdade, desde que Sakura perdeu a visão ela não conseguia a ver como filha. Tinha renegado a própria filha por seus preconceitos imbecis, a mesma coisa aconteceu com o pai da rosada. Sakura tinha raiva, magoa e se sentia órfã por seus pais a terem abandonado quando ela mais precisou e agora eles apareciam ali tão amáveis e agradecidos por ter a filha de volta como se Sakura tivesse desaparecida e dada como morta e não apenas fosse cega. Era decepcionante. 
— Vocês não têm mais nada a dizer? – Sakura perguntou; os olhos já cheios de lágrimas
— Perdão minha filha – pediram em uma só voz
— Eu perdoo, mas eu não quero vê-los mais por aqui. Se pra vocês eu fui dada como morta durante todo esse tempo, agora quem morreu pra mim são vocês.- as lágrimas desciam sem parar
— Mas nós te sustentamos. – Disse o pai
— Eu já posso me manter sozinha. E eu vou entrar para uma universidade. Se quiserem de volta todo o dinheiro que gastaram comigo eu assim que começar a trabalhar vou pagando tudo até não ter divida alguma com vocês.
— Não queremos que você nos pague nada minha filha – disse a mãe
— A Sakura não deve nada a vocês; vocês que devem a ela. – Sasuke se pronunciou
— Demos tudo que ela precisava, nada faltou a ela – garantiu o pai orgulhoso
— Faltou amor – Sasuke falou, amparando a namorada que já não conseguia dizer mais nada, apenas chorava
— E quem é você para falar de amor seu moleque? Quero ver o que você faria em nosso lugar se sua filha, sua fonte de orgulho, virasse uma inútil! – esbravejou o senhor Haruno enfurecido

— Eu sei muito mais sobre amor do que vocês. Se minha filha ficasse cega eu não viraria minhas costas para ela. Pagar médicos, remédios e uma acompanhante é muito fácil, mas o dever de uma família é dar amor e apoio e isso a Sakura nunca teve de vocês. Saiam daqui e não ousem em atrapalhar mais a vida dela. – ordenou Sasuke. Os pais de Sakura saíram pela porta sem dar mais um pio e depois disso Sakura apenas abraçou Sasuke com toda a força e foi amparada por seus amigos. Agora mais do que nunca ela precisava deles.

[...]

O momento crucial para a definição do futuro de Sakura havia chegado. Ela esperava impaciente na sala de espera e quando finalmente seu nome foi chamado pela recepcionista para ser entrevistada ficou ainda mais nervosa, suando frio. Ergueu a cabeça e adentrou na sala. Sentando-se de imediato após cumprimentar seu entrevistador. 

— Sua prova foi boa senhorita Haruno, mas eu gostaria de saber por que você acha que é a candidata perfeita para Yale? – perguntou diretamente
— Bem, acredito que Yale seja o lugar perfeito onde possa aprender a ser uma profissional completa. Yale faz parte de um sonho muito importante que deixei para trás por causa das minhas limitações. O senhor não sabe, mas eu fiquei cega aos dezoito anos num acidente e perdi todos os meus amigos. Foi um trauma grande e foi muito difícil me recuperar, mas depois de sete anos eu consegui dar a volta por cima e por causa da minha perseverança acredito ser a candidata perfeita a Yale, pois saberei valorizar cada dia de aprendizado e honrar futuramente o nome dessa maravilhosa instituição.

[...]

Sakura andava pelo apartamento de um lado para o outro esperando que o telefone tocasse com o aviso que a sua correspondência havia chegado. Ela estava com os nervos à flor da pele porque a resposta da Universidade poderia chegar a qualquer momento. De repente ela ouviu a porta se abrir, certamente era Hinata.
— Como foi com meus pais Hinata? – pergunto
— O que nós já esperávamos eles me mandaram embora, porque você não precisa mais de mim. 
— Mas você precisava do emprego.
— Mas eu vou arrumar outra coisa. Ainda mais agora estou terminando de me mudar. Quero cuidar um pouco da minha casa e do meu marido, além disso, sempre que você precisar é só chamar – sorriu e Sakura a abraçou
— Você é a melhor amiga do mundo – então sakura reparou nas cartas que tinham na mãe de Hinata
— Você também é.
— Que cartas são essas? – perguntou
— São algumas contas e uma carta de Yale. – disse e Sakura arrancou a carta com o símbolo de Yale da sua mão
— É a minha resposta – começou a pular
— Calma mocinha. Só fique feliz depois de abrir, lembre-se que isso pode ser tanto uma aceitação quanto uma rejeição.
— Deus queira que eu seja aceita – pediu de olhos fechados e depois rasgou o envelope com pressa, lendo em voz alta – “Cara senhorita Sakura Haruno, é com um enorme prazer que a Universidade Yale vai recebê-la no próximo ano como caloura no estudo de artes. Seja bem vinda e aproveite ao máximo.” – Sakura apenas gritou e começou a pular feito uma louca
— Você passou mesmo? – perguntou Hinata incrédula e pulando junto de sua amiga
— PASSEI! – pulou mais uma vez e agarrou Akamaru que latia e pulava junto com sua dona


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