O amor é cego escrita por British


Capítulo 30
Mulheres




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— Sasuke aperta aqui pra mim? – pedia Karin para eu ajeitar o biquíni dela perto da piscina do hotel
— Não tem ninguém que possa fazer isso pra você? – olhei para ela por um momento tirando os óculos de sol
— Não, você está aqui, então aperta logo – disse se aproximando
— Deixa que eu aperto pra você – surgiu Temari do nada se pondo entre mim e Karin e apertando tanto o biquíni da ruiva que Karin reclamou
— Ta muito apertado – gritou
— Melhor assim que aí você não importuna mais o Sasuke – soltou Karin e me puxou pelo braço pra longe
— Pra que tudo isso? – perguntei
— Não vou deixar qualquer vadia encostar no MEU homem – me puxou para perto
— Seu homem? Temari você está interpretando errado as coisas, eu deixei você vir comigo, mas não sou seu homem.
— Não vá me dizer que depois de tudo que a gente passou você ainda pensa na tal Sakura?
— Vou ser sincero com você. Eu estou confuso. E penso sim na Sakura.
— Confuso como?
— Confuso. Não sei se te quero ou se quero a Sakura e essa viagem foi além de trabalho uma desculpa pra arrumar um tempo pra pensar, por isso eu repeti um milhão de vezes que não queria que você tivesse vindo.
— Você quer que eu vá embora? – ela fez bico.
— Quero. – falei sério de braços cruzados
— Mas eu não vou – me deu língua como uma criança birrenta e saiu de lá. Quando passou por Karin que estava na borda da piscina de pé, ela a empurrou e Karin caiu na piscina. A ruiva praguejou e desejou matar Temari na hora eu só ri.
— Vem me ajudar Sasuke – Karin acenou e quando eu ia estender minha mão a ela Temari me fuzilou com os olhos então eu deixei outro membro da equipe do filme resgatá-la.
— Essas mulheres – revirei os olhos, nunca ia entendê-las.
Gravamos o terceiro e último filme da trilogia decifra-me ou devoro-te o dia todo. Karin como a protagonista do filme teve um dia de trabalho árduo e nos intervalos ainda discutiu com Temari que não deixava ela chegar perto de mim. Imagine um cão raivoso de guarda? Então era exatamente assim que Temari estava, ela me cercava por todos os lados que eu ia. Até no hotel quando estava descansando para o próximo dia de filmagem ela dava um jeito de tentar se aproximar, mas não conseguia. Eu estava isolado. Ela e Karin começaram uma guerra entre elas e eu não me meti. Já estávamos lá há três dias gravando o filme e ficaríamos lá pelas próximas duas semanas gravando as cenas finais e depois teria uma promoção do filme no país. Estávamos em Dubai agora, já havíamos gravado no Egito e no Marrocos. De madrugada, antes de amanhecer eu saí sem ninguém perceber e fui dar um passeio na cidade. Pensar um pouco. Peguei o metrô e fiquei de lá pra cá por horas durante a manhã como só gravaríamos a noite não precisava me preocupar com o filme agora. De repente peguei meu celular e digitei uma mensagem, algo simples “não me esqueça” iria enviar para Sakura, mas na hora de apertar o botão perdi a coragem. Eu pedi o tempo, então porque agora ficar procurando-a? Minha confusão só aumentava. Mas exatamente nesse momento percebi que o que eu sentia pela Temari não passava de desejo. Era apenas isso, nada mais. Entretanto não podia simplesmente voltar para os braços de Sakura e ignorar o desejo que sinto pela Temari, porque desse jeito eu não estaria resolvendo o problema apenas adiando e com isso talvez futuramente pudesse magoar Sakura mais uma vez e a isso me recusava terminantemente. Olhei o céu que estava extremamente azul e cheio de nuvens e me lembrei do dia que observei o céu ao lado de Sakura, fiquei morrendo de saudades dela então privatizei o numero do meu celular e liguei para ela. Não teria mal só ouvir a voz dela.

— Alô – ouvi a linda voz de Sakura, por sorte não foi Hinata que atendeu ao telefone – Vou desligar se ninguém falar! Não vai mesmo me responder? Ok então. E arrume o que fazer. Não importune gente de bem – disse por fim desligando na minha cara. Mesmo sendo muito pouco aquilo me fez sorrir.

[...]

— Quem era? – Perguntei a Sakura
— Não sei, dá uma olhada no bina e vê o número. – ela me pediu
— O número é privado. – disse colocando o telefone em seu lugar
— Era trote então, algum desocupado. – sorriu despreocupada
— Então Sakura, fomos interrompidos pelo telefone, mas agora me responda o que achou da minha proposta? – meus olhos estavam presos aos dela implorando por uma resposta positiva
— Voltar a estudar ia ser bom, mas você acha Sasori que eu consigo mesmo sendo cega? – ela perguntou insegura
— Claro que consegue, você é cega, mas não é inútil Sakura. Você pode muito bem entrar para alguma Universidade. Eu estou te oferecendo ajuda pra estudar e poder fazer a prova que será oral e a entrevista. Tenho certeza que você consegue – tentei estimulá-la e ela pareceu gostar da idéia
— Mas eu disse que a gente ia se afastar, não acho certo nos aproximarmos tanto depois de toda confusão.
— Eu não vou te agarrar mais, eu prometo. Nenhum beijo.
— Mas o Sasuke não vai gostar.
— O Sasuke não está aqui. Ele te deixou. – quando disse isso os olhos dela se encheram de lágrimas. Eu a magoei dizendo isso. – desculpe – murmurei e ela ignorou
—Se eu quiser mesmo passar para uma boa Universidade teria quanto tempo para me preparar?
— Uns seis meses.
— Não é pouco?
— Acho que é o suficiente.
— Então fechado, eu vou estudar com você e me preparar para entrar numa Universidade. – sorriu e aquilo me deixou feliz
— O que você pretendia fazer?
— Sempre gostei de artes, mas minha família queria que eu fizesse direito.
— Então faça artes, é melhor ainda pra mim te ajudar, pois eu sou artista plástico.
— Verdade. Você vai me ajudar muito Sasori - sorriu e eu a abracei por um breve momento

[...]

Era um jantar de negócios entre Naruto e Ino; pelo menos era isso que ele achava. 

— Ino, pensava que a gente já tinha discutido todos os detalhes do seu filme na reunião da semana passada. – falei enquanto me ajeitava na mesa posta apenas para dois a luz de velas.
— Tínhamos querido, mas eu quero alterar algumas coisas – ela sorriu gentil, pousou a mão dela sobre a minha e acariciou devagar com as pontas dos dedos. Ela era bonita, muito bonita, mas pra mim não chegava nem aos pés da Hinata.
— O que quer mudar? – perguntei tirando minha mão do lugar
— Tudo – ela riu e eu me assustei, estava tudo preparado e ela queria mudar tudo?
— Como assim tudo?
— Ah, eu não gostei do modo como vocês vão contar minha história, quero cortar a parte de quando eu era pobre... e também não quero depoimento de familiares.
— Quer o que então?
— Quero que me mostrem recebendo prêmios, durante a turnê, num mega show num estádio lotado e depoimentos de amigos famosos, aliás, quero que você consiga um depoimento do Sasuke.
— O Sasuke mal te conhece Ino.
— Mas ele me conhece, só não somos melhores amigos.
— Ele te conhece como a loira louca que quer um filme a qualquer custo.
— Vê, ele me conhece muito bem. – piscou
— Faça uma lista com todas as suas exigências que eu e o resto da produção vamos ajeitar tudo conforme seu gosto.
— Adorei – sorriu – você sabe muito bem como me agradar.
— Que bom, vamos jantar? – mudei de assunto, pois ela estava me constrangendo
— Vamos, mas antes eu quero outra coisa, só pra abrir o apetite – ela então sentou no meu colo e me beijou. Meus olhos estavam abertos e as mãos dela por debaixo da minha camisa me arranhando.
— Melhor você parar Ino – avisei afastando-a rapidamente
— Por quê? – os olhos azuis dela estavam grudados nos meus – Eu quero você
— Mas eu tenho namorada.
— Eu não sou nenhum pouco ciumenta – sorriu e dessa vez beijou meu pescoço.
— Mas eu não quero nada com você. – a afastei de novo
— claro que quer – ela disse e em seguida rasgou minha camisa. Sério eu estava ficando com medo dela.
— Não. Não quero. – meu celular então tocou, mas antes mesmo deu pensar em tocá-lo Ino já tinha pegado-o do meu bolso e atendido.
— Alô? – ela disse
— Ino me dá o celular! – pedi enquanto ela fugia de mim pela casa com o celular
— hã? O Naruto está muito ocupado comigo pra te atender. Tente amanhã – riu e desligou
— Quem era? – perguntei
— Ninguém interessante – então ela jogou o celular na cama e eu subi na cama para pegá-lo só que em instantes ela já estava sobre mim na cama segurando meus pulsos e me beijando
— Agora você vai ser meu – ela disse
— Me solta. – como eu era mais forte que ela consegui levantar da cama
— Volta aqui! – ela gritou enquanto eu me encaminhava para a porta da sala
— Ino meu assunto com você é estritamente Professional. – declarei
— Bem, se você se arrepender eu ainda vou estar aqui amanhã – sorriu e eu apenas bati a porta com força e fui embora. No carro olhei o número e para a minha desgraça total era o telefone da casa da Hinata.


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