The Teacher escrita por Szin


Capítulo 30
99%


Notas iniciais do capítulo

Eu estou escrevendo isso porque eu quero falar sobre o Nyah, o meu Nyah. Vocês sabem que eu tenho andando muito ocupado e estranhamente eu não tenho notado isso. Amigos e pessoas queridas me têm falado que eu ando estranho… e comecei me dando conta disso. Eu ando me afastando das pessoas ultimamente, quer aqui, quer no Social, Facebook, WhatsApp. Eu não sei o porquê disso. Mas vamos falar aqui do Nyah. Há uns meses para cá, eu estou sentindo que estou me segurando aqui. Antes, eu agarrava no computador e havia momentos que eu escrevia e escrevia sem nem dar contar. Mas hoje, ao longo do tempo que o “WriterBook” virou uma obrigação para mim. Antes eu via o Nyah como uma forma de entretenimento e hobbie, uma parte de mim. Mas agora, eu não sinto vontade de escrever fanfics como antes. Eu não sei se estou me explicando direito.
Antes, eu escrevia porque eu queria, eu gostava. Agora parece que escrevo por obrigação entendem? E eu não estou gostando dessa sensação. Agora, todos os dias parece que eu estou me programando para escrever durante a semana, mas acabo sempre por adiar, e adiar e o tempo passa sem nunca abrir o word, o que antes era diferente, porque tinha dias que eu queria escrever todos os dias a toda a hora. Eu já não sei o que fazer aqui, não tenho ideia do que fazer e do que escrever. E eu estou ficando com medo disso, porque o Nyah era o que me salvava dos dias ruins, e agora nem ele está salvando.
Eu não quero ser aquele escritor de fanfics que se perdem em números e comentários sem não conviver com vocês. O famoso “escrever por escrever”.
Calma, eu não vou sair do Nyah, eu vou continuar escrevendo e espero que isso passe.
Eu espero que o que estou sentindo passe rápido e que eu volte a ser o outro Ivo.
Então até e fiquem com o capitulo… só quero que entendam que a razão por eu não andar postando não é por eu andar por ai entretido e ter abandonado o Nyah… pos não é.



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— Malcom pela amor de Deus – gritou Atena para o andar de cima – Venha cá abaixo ajudar com o arroz – os olhos cinzentos se viraram para a filha que estava a retirar os pratos do armário – Filha, por favor arrume a mesa.

— O pai vem?

— Eu convidei ele – Atena admitiu num tom frio – Não sei se vai aparecer.

— Entendo – Annabeth murmurou, transportando os pratos para cima da mesa.

— Mãe, Quem vem mais?

— Somos só nós querida – ela disse, enquanto cortava alguns legumes sobre a bancada da cozinha - os seus tios não puderam vir, estão presos em Filadélfia.

— Cheguei! – o rapaz loiro sorriu ao descer as escadas – O que é preciso?

— Mexa o Arroz – pediu a mãe já entrando em desespero. As mãos tremiam e as respirações apresadas já denunciavam a frustração em sua voz – Annabeth olhe os talheres!

— Mãe – a loira chamou pegando na sua mão – Calma sim? É só um almoço.

— É que… é o primeiro sem o seu pai… e eu preciso disso entende? – ela suspirou checando o forno pela sexagésima vez – Preciso de me libertar dessa confusão toda.

— Mãe, Mãe! – Annabeth chamou repetidamente segurando os braços da mãe firmemente – Me escuta, vai dar tudo certo e é só um almoço… se o pai não vier isso não vai impedir nada.

— Eu sei Annabeth – ela suspirou se sentando num dos bancos da cozinha, enquanto as suas mãos passaram pelo rosto – Eu só… Todos os anos nós festejávamos esse feriado todo juntos, agora sem o seu pai, eu- eu não me sinto bem fazendo isso tudo, é como se constantemente eu me lembrasse dele cá em casa.

— Mãe – a loira se ajoelhou segurando o seu rosto – Se você não se sente bem nós não precisamos de festejar nada.

— Verdade mãe – Malcom se aproximou, segurando os ombros de Annabeth – Nós não precisamos de um feriado. E se a senhora não estiver á vontade então não precisamos de fazer isso…

— Meninos – os olhos cinzentos da mulher se fixaram nos filhos – Lá porque o vosso pai não estar connosco não significa que a gente deixe de fazer as coisas que fazíamos antes.

— Claro que não mãe, mas mesmo assim, você não está em condições, esqueça essa droga de feriado… Mãe, nós estamos aqui, um feriado não mudará isso okay?

— Vocês não se importam? – a voz de Atena saiu num tom profundo e orgulhoso. Os olhos cinza olharam para os dois pares de iris quase gémeas, e sorriu.

— Mãe – a voz do garoto a reconfortou – Deixe isso, o feriado não significa nada, e se o pai não está com a gente é ele o idiota, não você.

— Eu só… eu não quero dar ao vosso pai a alegria que a ex. mulher deixou de fazer as coisas que adorava por causa dele… não quero.

— Mãe – Annabeth sorriu – Deixe isso, esqueça o pai, esqueça tudo isso… o que interessa somos nós, entendeu?

— Quando vocês se tornaram tão maturos? – o sorriso inocente rolou nos lábios da mais velha. Atena ergueu os braços recebendo os filhos num abraço apertado – Nenhuma mãe se sente mais orgulhosa de vocês do que eu… eu amo vocês dois.

— Nós sabemos mãe.

A mulher respirou fundo, limpando os rastos de lagrimas com a palma da mão. Um sorriso se reergueu dos seus lábios e voltou a suspirar num tom mais animado – Vocês têm razão, não é um feriado que vai fazer a vossa mãe ir abaixo. Não posso deixar que o George me veja assim.

— George? – Malco arqueou a sobrancelha.

— Quem é o George? – a loira acompanhou. Atena deu um sorriso acanhado, limpou as mãos ao avental e se dirigindo ás escadas – Crianças tomem conta do arroz eu vou me vestir.

— Mãe!

— Você acha que a mãe anda saindo com alguém? – Malcom sussurrou ao ouvir os passos da mãe subindo a escadaria. – Eu nunca tinha ouvindo nada sobre um “George”, você já?

— Mais ou menos… - ela sussurrou no mesmo tom encolhendo os ombros.

— Quê? E não me falou nada?

— Ai Malcom que saco! Tome conta do arroz eu preciso de fazer uma chamada – ela gargalhou ouvindo as reclamações do irmão mais novo do outro lado da divisão – Quem é o George? Que raio de Nome é George? Annabeth!

Ela se afastou dando um pequeno sorriso. Retirou o celular do bolso discou o numero de Percy que logo apareceu nas sugestões da lista telefónica.

— Sim? - (Que foi? Que saco você é muito embirrenta sabia? Não tem ninguém para chatear?)

 

— Percy, sou eu, desculpa estar ligando. – disse ela num tom ligeiramente baixo.

— Não tem problema – respondeu Percy dando uma pequena risada — Eu estou em Boston, os meus avós chegaram agora.

 

— Isso explica os barulhos – ela gargalhou — Eu prometo que vou chegar quando for possível, é só que as coisas se complicaram um pouco. — Annabeth olhou para os lados, certificando que ninguém a ouvia

 

— Está tudo bem com você? — o tom animado logo se transformou em preocupação. Sempre era assim com Percy.

 

— Não é isso, a minha mãe só teve uma recaída, está tudo bem agora.

 

— Seu pai? — testou ele.

 

É, mas não se preocupe, assim que acabar de almoçar vou a voar ter com você.

 

— Eu espero que sim – ouviu uma segunda voz, e depois uma terceira. – Ah minha avó está mandando um beijo para você.

 

— Mande outro para ela.

 

— Ela está ansiosa por conhecer você. Ah e vamos ter uma visita surpresa

 

— Quem?

 

— Logo você vê (Que foi? Sim agora cala a boca sua peste! Sim ela vem ter com a gente mais tarde! Tá não atrofia comigo! Chata!) Desculpe… estão me fazendo um montão de perguntas sobre você.

 

Annabeth gargalhou – Tudo bem Mr. Jackson, eu vou desligar sim? Nos vemos logo?

 

— Estou ansioso, vai tudo correr bem prometo.

 

— Eu espero que sim… beijo.

— Sabe que amo você não sabe?

— Eu também….

Ouviu mais uns gritinhos do outro lado e por fim a ligação terminou.

Ela estava nervosa? Estava. Não podia deixar de sentir receio se lembrando da ultima vez que Percy contara para alguém. Grover não ficara muito feliz com certeza, e mesmo apesar de tudo ter acabado bem, ela tinha medo da reação dos avós de Percy… e da tal visita surpresa.

Quem seria?

A campainha tocou, quebrando a sua linha de raciocínio. Annabeth guardou o smartphone no bolso das suas jeans avançando até á porta.

— Eu vou! – anunciou num tom alto. Ao abrir a porta se deparou com um homem loiro de sorriso amistoso e olhos claros tão profundos quanto o céu num domingo á tarde. Na sua mão carregava um chapéu que condizia perfeitamente com o terno formal e uma rosa branca na qual segurava com firmeza.

Parecia que Simon Baker havia saltado da série The Mentalist e vindo bater á sua porta.

— Desculpe menina – ele disse com um perfeito sotaque inglês – A senhora Athena mora aqui?

— É a minha mãe – Annabeth respondeu – o senhor é?

— George, George William. – ele completou – A sua mãe me convidou.  

— Ah, você é o George desculpe, faça favor de entrar.

— Annabeth quem é? – questionou Malcom. Os olhos cinza se estreitaram para o homem á sua frete – Quem é você

— Malcom!

— Sou o George – ele sorriu cordial – Amigo da sua mãe. Deve ser o Malcom, a sua mãe me fala muito de você.

— Que engraçado – ele disse com um sorriso irónico, cruzando os braços á altura do peito – Ela nunca me falou de você.

— Malcom! – Annabeth repreendeu.

— Meninos quem é? – a voz de Athena se aproximou descendo as escadas, indo ao encontro deles – George!

— Graças a Deus Athena – ele sorriu dando um suspiro de alivio.

— Que faz aí fora entra – ela disse. O homem caminhou tentando ignorar o olhar mortal que o garoto mais novo lhe direcionava – Eu já tinha comentando que você ia aparecer.

— AI tinha? – atirou o Chase.

— Malcom você não tem que ir cuidar do arroz? – protestou Annabeth empurrando o garoto até á cozinha enquanto este tentava se debater contra os braços da irmã – Fique a vontade Senhor William, mãe nós estamos lá dentro.

— Tudo bem, querida.

— Você não foi vai deixar aquele esnobe sozinho com a mãe. – ele reclamou alto quando já estavam a sós na cozinha.

— Fala baixo idiota! Deixa a mãe em pás, e principalmente deixe o cara á vontade.

— Á vontade você viu o sorrisinho dele? Na minha mãe ele não vai encostar um dedo!

— Ai Malcom! Para de encher o saco, deixa ela estar com ela quiser.

— Com ele não!

— Ouve bem Malcom, se você arruinar esse almoço eu juro por Deus que queimo seus videogames!

— Ah! Pela amor de Deus você vai permitir aquilo?

— Cala a Boca! Vai mas é ver o arroz enquanto eu ponho mais um prato na mesa!

— Mas-

— Olha o Arroz Malcom Chase!

***

A garota subiu as escadas receosa. O coração parecia querer pela boca e os pulmões pareciam querer secar a cada respiração profunda que ela dava. Ajeitou a saia preta que havia vestido e o cabelo num coque frouxo que havia feito á ultima da hora. Graças a Deus Malcom havia se comportado dignamente – apesar de algumas indiretas e olhares desconfortantes. George era um cara simpático, carismático demais para simpático… sua mãe merecia depois de tudo.

Ajeitou pela milésima vez a saia na sua cintura…

Calma Annabeth, vai correr bem, ele vai estar lá com você.

O que podia ter correr mal?

Tropeçar e cair em cima da avó dele lhe causando um desvio da coluna e mandar ela para o hospital e Percy nunca mais falar com ela?

Com a sorte de Annabeth? Isso poderia acontecer.

As probabilidades, segundo ela, eram de 99%, com certeza.

Respirou fundo, encarando a porta com o 3B marcado a letras douradas.

Suspirou e bateu na porta.

Não tardou até que ela abrisse. Uma garota de cabelos negros, olhos verdes profundos e um sorriso frenético lhe sorriu do outro lado da porta.

Havia duas hipóteses.

A avó do Percy era extremadamente nova.

Ela tinha se enganado na porta.

E dada as frequências que ela vinha nesse apartamento, tinha de ser sem sombra de duvida a hipótese a).

— Você é a Annabeth? – ela sorriu quebrando o silêncio.

— Er… Sim? – não conseguiu controlar o tom nervoso na sua voz

— Hey Percy! A sua namorada está aqui, vem depressa porque acho que ela está tendo um ataque.

— Annabeth – Percy apareceu num segundo – Você veio.

— Eu disse que vinha. – ela sorriu. A mão dele agarrou na sua a puxando para dentro lhe cumprimentando com um beijo rápido. – Desculpe a Nikki ela é uma chata mesmo.

— Eu estou aqui cabeça de algas – ela reclamou bem ao seu lado. Os seus olhos – mais escuros que os de Percy – se fixaram nela abrindo um sorriso matreiro.

Claro… as semelhanças eram notórias.

O cabelo rebelde, os olhos amendoados, o sorriso preguiçoso. Copia magnifica.

— E aÍ? E você que tem amolecido o coraçãozinho desse cabeça dura aqui – ela disse apontando para Percy A garota deu um sorriso brilhante, cumprimentando a loira com dois beijos no rosto – Eu sou a Nikki muito prazer.

— Annabeth – sorriu a Chase.

— Nossa maninho, sim senhora é um belo partido, sempre pensei que você iria acabar morrendo sozinho mesmo.

— Você não tem que ir fazer uma chamada não?

— Ah deixa ser resmungão. – ela sorriu bagunçando o seu cabelo.

— Avó, Avô – Percy Chamou para o outro lado da divisão – a Annabeth está aqui.

Uma senhora apareceu sorrindo. O corpo largo e o sorriso amigável davam a Annabeth uma estranha sensação alivio. Ela parecia simpática.

— Anda cá querida – ela disse abraçando a garota com os seus braços rechonchudos e fortes. O seu sorriso era aberto e o cabelo chegava até á altura dos seus ombros. Vestia uma blusa vermelha e um par de jeans que se ajustavam á sua estatura larga e baixa – Percy você não me falou que ela era tão bonita assim.

— Avó – censurou Percy.

— Sou a Kaytlin, mas me chame de Kate.

— Prazer.

—Terry! – ela gritou – Larga a tarde de cereja e vem cumprimentar a garota!

Um homem estatura média e cabelo grisalho se aproximou. – Há então essa é a menina que o meu neto sempre tanto falou.

— Avô!

— Deixa de ser tímido garoto – ele disse caminhando até á loira – Muito Prazer, Terry Jackson avô do Percy.

— Prazer – Annabeth cumprimentou – sou a Annabeth.

— Annabeth, nome bonito – ele sorriu.

— Então Annabeth – Nikki sorriu – me conte aqui como conseguiu aqui pegar o meu irmãozinho?

— Ai pronto Nikki, deixa a Annabeth respirar sim? – resmungou Percy continuando a apertar a sua mão firmemente.

— Não tem mal Percy – sorriu a Chase.

— Vem querida – disse Kate a puxando até ao sofá – Quero que me conte tudo!

Uma coisa Annabeth tinha a certeza: Seria uma longa tarde…


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Notas finais do capítulo

Leiam as notas iniciais por favor.



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