C A P I T U L O 4

Quando cheguei em casa quis me esconder no meu quarto, mas Rose não deixou.

— Nem pensar que você vai ficar naquele enfurnada naquele quarto. – disse me arrastando pra sala de TV.

Digamos que minha família era um pouco rica. Certo, a gente tinha um bocado de dinheiro.

— Rosalie, é serio, não estou no clima pra filme ou serie ou seja lá o que for que você esteja pensando em fazer aí.

Minha querida irmãzinha me ignorou completamente e me jogou no sofá. É isso mesmo, JOGOU. E não é exagero.

— Cala a boca. – mandou. – Vamos assistir ao filme... – e começou a procurar um filme naquela estante cheia de DVDs. – Ah, achei.

Então ela me mostrou o filme.

— AH NÃO. NÃO VOU ASSISTIR ESSE NÃO. QUER QUE EU CORTE MEUS PULSOS?

Rose revirou os olhos.

— Ai, quanto drama. – virou o DVD e começou a ler a sinopse em silencio. – Ah, parece ser legal. – e então me olhou. – Qual é o problema com ele? – ela olhou para o titulo do filme e leu em voz alta. – Antes que termine o dia.

(ps: gente... eu AMO DEMAIS esse filme ta? só pra deixar claro.)

Sentei no sofá com perna de índio e braços cruzados sobre o peito com uma carranca gigante na cara.

— Ah nada demais. – disse irônica. – Só tem o fato de que o cara não da valor pra mulher que diz amar e então ela morre. Ai no dia seguinte do enterro ele acorda e descobre que tudo não passou de um sonho e ela está viva, mas ai tudo o que aconteceu no sonho dele começa a acontecer de verdade e aí na hora que ela vai morrer, ele morre no lugar dela pra não perder a mulher que ama. Ah, claro. Não sem antes ele realizar todos os desejos dela e dizer inúmeras vezes pra ela que ele a ama e prova isso. – disse num fôlego só. – Só isso.

Rose me olhou assustada.

— Isso não diz na sinopse não.

Revirei meus olhos.

— Rose, já que você não vai me deixar ficar no quarto em paz, então eu escolho o DVD.

Ela sorriu e colocou o DVD de volta no lugar e veio se sentar no sofá branco enorme dos nossos pais. Ao mesmo tempo em que levantei.

Procurei, procurei, procurei. Até que encontrei.

— Vai ser esse. – disse mostrando pra ela.

— A morte do demônio? – disse ela com a sobrancelha erguida.

Dei de ombros.

— É melhor chorar de medo do que chorar de tristeza.

Rose riu.

— Ok, coloca aí que eu já volto com o balde de pipoca e os refrigerantes.

Eu fui até o aparelho e coloquei o DVD lá dentro. Bem na hora que eu me sentei pra esperar a demorada da Rosalie, a campainha tocou.

Olhei no relógio, eram 22h30min. Meus pais sempre saem nas sextas e voltam só no sábado a tarde. Então não poderia ser eles. Até porque eles teriam ligado. E acho que já até fizeram isso. Devem ter ligado pra Rose.

 Levantei e fui até a porta. Olhei pelo olho mágico e vi Emmett.

Ah, não. Rosalie não ia me fazer segurar vela nem ferrando.

Respirei fundo e abri a porta.

— Oi, Emm... – minha voz morreu quando olhei e vi quem estava ao lado do Emmett.