POV Jonas Marra

Já estávamos nos encarando fazia alguns minutos, e a cada segundo que passava eu perdia mais um pouco do meu alto-controle, e bom, ele foi todo pro espaço quando Pamela começou a aproximar o rosto do meu.

Enrosquei os dedos em seus fios loiros e beijei-a desesperadamente.

Ah, como eu estava com saudade daquele beijo doce. Pamela retribuiu com desejo enquanto arranhava meu peito com as unhas.

O beijo durou bem mais que o imaginável e quando nos separamos estávamos ofegantes.

Ela colou sua testa na minha e sorriu. Aquele sorriso lindo de sempre. Retribui o sorriso e beijei-lhe a testa.

—O que foi isso? O que nós fizemos? – Pam perguntou sorrindo.

—O que nós já devíamos ter feito há muito tempo. – respondi e ela sorriu ainda mais.

—Você está certo pra variar, Jonas Marra. – Pamela suspirou frustrada e revirou os olhos.

Sorri e roubei um selinho dela, que enlaçou meu pescoço e aprofundou o mesmo, transformando-o em um beijo intenso e cheio de desejo.

Quando dei por mim já estava desfazendo o nó de sua camisola e beijando seu pescoço enquanto a ouvia gemer meu nome.

A coisa toda iria muito além se Dorothy Benson não tivesse batido na porta bem naquela hora.

—Pam, darling, já acordou? Você vai se atrasar para o café. – Dorothy comunicou do lado de fora.

—Já estou indo madrinha. – A voz de Pamela entregava seu nervosismo.

—Okay, mas não demore ein? – Dorothy pediu e se afastou.

—OMG! Quase que ela nos pega no flagra. – Pamela riu descontrolada enquanto falava.

—E daí? Que se dane! Já somos adultos e vacinados. – avisei e ela riu mais. – E se você tá preocupada que Dorothy vai nos pegar no flagra, então é melhor parar de rir histericamente. – falei e ela assentiu segurando o riso.

—Okay, sorry, mas agora vamos logo tomar café, por que eu estou morta de fome. – Pamela comunicou saindo da cama e indo até o closet.

Ela voltou de lá usando um vestido azul escuro na metade das coxas e sandálias prateadas altas e brilhantes.

Saí da cama também e fui até o closet. Vesti a mesma roupa que estava usando na noite anterior e quando voltei para o quarto Pamela já me esperava pronta.

—Vamos? – convidei.

—Vamos. –Pamela respirou fundo e sorriu.

Assim que chegamos na cozinha vi os queixos de todos que estavam sentado á mesa caírem lá no chão. Não sei se pelo fato de Pamela estar agarrada ao meu braço, ou por simplesmente ser eu e não Ernesto.

—Dad? O que faz aqui? Onde está Ernesto? – Megan perguntou de olhos arregalados e Pam estremeceu assim que ouviu o nome.

—Longa história peanuts.— informei em um suspiro e sentei a mesa junto com Pamela.

—Nós temos bastante tempo Jonas. – pronunciou Dorothy, e eu suspirei novamente contando toda a história a eles.

—... E vocês não ouviram nada por que eu pedi para os policiais serem silenciosos pra não fazer escândalo. – terminei de contar e todos ficaram boquiabertos com a capacidade de Ernesto.

—OMG! Ernesto não parecia ser assim. – Megan ainda estava incrédula.

—Eu sei my baby, eu sei. – Pamela tentou tranquilizar a filha que ainda parecia não acreditar.

—Mas Jonas, my brother, tem uma parte desta história que não se encaixa. - anunciou Brian.

—Qual parte Brian? – perguntei curioso.

—Se isto aconteceu ontem à noite, o que você faz aqui tão cedo? – perguntou o guru com a sobrancelha levantada. Olhei para Pam que baixou a cabeça envergonhada e senti meu rosto queimar. Olhei para Brian segurando o riso e ele entendeu tudo na hora.

—Oh My God! – ele e Megan falaram juntos e começaram a rir.

Pamela já estava ficando roxa de vergonha e a minha mão também de tanto ela apertar por debaixo da mesa.

—Ei, calma. – sussurrei em seu ouvido e beijei sua têmpora.

Pamela suspirou e sorriu de canto.

Todos os olhares da mesa estavam grudados em cima de nós, mas isso não me incomodou muito.

—Eu preciso ir My Princess. – informei e ela assentiu.

—Okay! E obrigada. – falou e eu beijei-lhe a testa com carinho.

—Tchau peanuts. – falei dando um beijo rápido na testa de Megan. – Dorothy, Brian. – me despedi dos dois. – Tchau. – dei mais um beijo no rosto de Pamela antes de sair. Ela sorriu de canto.

Depois de sair da mansão passei no hotel para tomar um banho rápido e trocar de roupa antes de ir trabalhar e quando cheguei na Marra Murphy já me esperava com um bilhão de problemas para resolver.

Eram muitos, porém eram simples, então resolvi tudo antes das 11h00min, que coincidentemente foi o horário que Pam chegou para ver os relatórios.

Abri um enorme sorriso ao vê-la, mas ela parecia estressada e cansada.

—Hey, My Princess. – cumprimentei.

—Hey.— ela estava terrivelmente desanimada.

—O que aconteceu? – perguntei abrindo os braços e ela prontamente veio e sentou-se no meu colo.

—Estou estressada, só isso. – falou enterrando o rosto na curva do meu pescoço. – Depois que você saiu da mansão hoje de manhã me fizeram um interrogatório. – contou e suspirou estressada.

—E o que você respondeu pra eles? – perguntei.

—Nada, me revoltei e saí de casa, fui direto pra Parker TV trabalhar pra esfriar a cabeça. – contou e deu outro suspiro.

—É bem a sua cara. – falei com um meio sorriso e ela riu fraco.

—Tantos anos separados e acho que você ainda me conhece melhor que eu mesma. – Pamela falou desta vez olhando no fundo dos meus olhos.

—E como esquecer qualquer coisa sobre uma pessoa tão incrível como você? – perguntei num sussurro e Pamela colou nossos lábios em um beijo calmo.

O beijo teria durado bem mais do que durou se Murphy não tivesse entrado na sala sem bater e quase nos matado do coração.

Fuzilei o indiano com os olhos e ele saiu correndo sem olhar pra trás.

—OMG, o que Murphy vai pensar? – Pam enterrou o rosto no meu pescoço rindo envergonhada.

—Ele vai ficar feliz, acredite. – informei. – Mesmo depois de tantos anos ele ainda torcia pra nós voltarmos a ficar juntos. Ele deve estar no céu agora. – falei rindo e ela me acompanhou.

—Bom, chega de moleza, me mostra logo esses relatórios por que eu preciso ir. – Pam falou depois de alguns minutos em silencio.

—Precisa ir mesmo? Fica aqui e almoça comigo? – convidei fazendo cara de pidão.

—Bem que eu queria, mas eu não posso, ainda tenho muitas coisas pra resolver na Parker antes do almoço. – informou-me.

—Tudo bem, fazer o que? – banquei o ofendido para convencê-la.

—Okay, Jonas Marra, você venceu, mas por que você não vai até a Parker e nós almoçamos lá? – propôs.

—Tudo bem, pode ser. Que horas? – perguntei.

—12h30min está bom pra você?

—Estarei lá. – falei sorrindo.

—Estarei te esperando, mas agora eu tenho que ir. – Pam disse com um sorriso nos lábios. – Bye Mr. Marra. – despediu-se me dando um selinho rápido e saindo do meu colo.

— Até mais tarde My Princess. – me despedi dela que saiu da sala a passos largos, com pressa obviamente.

Saí da Marra era pouco mais de meio dia e fui direto para a Parker, onde Pamela já me esperava pronta para almoçarmos.

—Hey Mr.— cumprimentou-me sorridente.

—Hey My Princess. – a cumprimentei com um beijo no canto da boca. Recebi um olhar mortal em troca, mas tudo bem.

O almoço correu tranquilo e passou mais rápido do que eu esperava, quando dei por mim já eram 13h50min e eu ainda estava conversando com Pamela no restaurante da emissora. Dei um salto da cadeira fazendo Pamela pular de susto.

—Meu Deus Pam eu preciso correr, eu tenho uma reunião importantíssima as 14h00min e não posso me atrasar por nada. – falei afobado.

—Okay, mas cuidado com o transito ein? Eu conheço você. – ela recomendou autoritária.

—Pode deixar Srta. – falei rindo. – De noite eu apareço lá, ok? – falei dando-lhe um selinho rápido.

—Okay. Você fica pro jantar? – perguntou-me esperançosa.

—Fico sim, até a noite My Princess. – me despedi dando-lhe outro selinho rápido e sai correndo de volta pra Marra.

Cheguei 2 minutos atrasado na sala de reuniões, mas já tinha gente lá dentro querendo me comer vivo.

A reunião e o resto do dia correram bem e eu saí apenas alguns minutos antes do fim do expediente.

Antes de ir para casa ainda tinha que passar em alguns lugares, pois planejava uma little surprise para Pam.

Depois de ir em todos os lugares que precisava, fui direto para o hotel, precisava me arrumar por que hoje a noite promete. Ah promete!