Os Dez Mandamentos: E Se? escrita por JonFanfics


Capítulo 21
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez voltei rápido. Nem é um capitulo muito grande, mas espero que gostem.



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Moisés encontrava-se dentro de sua tenda, aflito pelas perdas que o povo hebreu havia sofrido por conta daquele ataque inesperado vindo dos inimigos. Milhares de mulheres e crianças indefesas haviam sido arrancadas sem piedade para longe de suas familias, milhares de hebreus estavam sofrendo naquele momento, e querendo ou não Moisés sentia que aquilo havia sido sua culpa. Afinal, ele era o líder, deveria ter tido mais sabedoria e posto mais segurança no acampamento. Suspirou.

— Moisés, precisamos conversar. - Safira entrou na tenda dele, aflita e nervosa.

........

Enquanto isso, Zípora estava reunida com suas irmãs na tenda onde elas habitavam relatando o episodio anterior na qual ela e Safira haviam sido salvas da morte por um misterioso Soldado Mascarado.

— E foi isso, meninas. Depois de nos salvar das garras dos amorreus o tal mascarado simplesmente foi embora, sem nos revelar quem era. - A midianita mais velha falava, ainda intrigada com aquilo tudo.

— Estou impressionada! - Exclamou Damarina. - Pra fazer o que fez essa pessoa tem que ter muita coragem. - Notou.

— Apenas não entendo porque ele não quis mostrar o rosto. Pra mim esse tal soldado mascarado não tem nada de corajoso, ele é um covarde. - Disse Ada, com toda a ironia e frieza presente em seu tom de voz assustando suas irmãs.

— Ada! - Repreendeu Jerusa. - Essa tal pessoa salvou a vida de nossa irmã. Talvez Zípora nem estivesse viva agora.

— Mas numa coisa Ada tem razão. Eu nem vejo motivo coerente para essa pessoa querer se esconder, não faz sentido. - Jaque expos sua opinião, também intrigada.

— Ah, mas o soldado deve ter seus motivos. - Jerusa retrucou, subitamente nervosa. - Deixem ele em paz. O que realmente importa é nossa irmã estar viva. 

Todas notaram o nervosismo da morena, mas resolveram nem se manifestar e começaram a conversar sobre outros assuntos. 

.........

— Ikeni, meu amor. Que saudade! - Karoma apertava o marido fortemente contra si, ainda sem acreditar que ele estava na sua frente, lagrimas de pura emoção rolando por sua face. Havia sido muito difícil para ela na época em que ela teve de decidir afastar-se do marido para seguir com os hebreus e praticar sua nova fé. Ikeni queria acompanha-la, mas tinha obrigações para com o Reino Egípcio, por isso havia decidido por ficar.

Ikeni beijou suavemente os labios da esposa, também emocionado.

— Karoma, senti muito a sua falta. Mas agora estou aqui, e vim buscar a Princesa Henutmire a mando da Princesa Tyie, mas não vou embora daqui sem minha esposa querida. - Ikeni falou, decidido.

Karoma engoliu a seco. Era fato que ela queria muito ir embora com seu marido, mas estava a algum tempo sem ter noticias de sua amiga Nefertari, e temia muito pelo que pudesse ter acontecido com ela agora que os inimigos haviam atacado o acampamento.

— Mas, e Nefertari. - Começou a falar, mas foi calada por um dedo de Ikeni depositado em sua boca.

— Tenho certeza que ela vai ficar bem, meu amor. Os hebreus irão tomar conta dela, afinal, aqui todos fazem parte de uma grande familia.

Karoma sorriu.

— Tem razão. - Sussurrou. - Então, vamos voltar para o Egito meu amor, para o nosso lar. - Exclamou, empolgada.

.........

Flashback On

— Apreciando a vista do Nilo? - Indagou Ramsés, pondo a mão no ombro da jovem, ato que fez Miriã estremecer e dar um pulo.

— Ah, príncipe. Me assustou. - Disse ela, nervosa.

— Não me chame de príncipe. Chame-me apenas de Ramsés. - Pediu ele, sorrindo docemente para ela, e Miriã não conseguiu evitar sorrir de volta.

— Tá bem. Então só Ramsés. - Ela disse, rindo, e o jovem sorriu também.

— Quando estou triste sempre venho ver o Nilo. Isso sempre levanta meu ânimo. - Ramsés explicou.

Miriã deu uma olhada discreta para ele.

— Sim, realmente a vista é muito bonita. Miriã disse.

— Sei de outra vista que é linda. - Acrescentou Ramsés, se aproximando ainda mais dela. Miriã ficou subitamente nervosa com essa proximidade.

— E que vista seria? - Perguntou, tentando desconversar.

— Você! - Ramsés falou, colando seu rosto ao dela.

Miriã não estava crendo no que estava acontecendo. Ramsés iria mesmo beija-lá? Não, isso não poderia acontecer! Ágil, a jovem se levantou rapidamente, quebrando o clima.

— Tenho que ir. Meu noivo me espera. A conversa foi muito agradável. - Miriã sorriu, e fez menção de se retirar, mas foi detida por Ramsés, que agarrou seu braço.

— Espere. - Sussurrou ele, seu rosto de novo próximo ao dela. Miriã estava com a respiração ofegante, nervosa com o que poderia acontecer. Ramsés se aproximou ainda mais, fazendo menção de beija-lá, mas se afastando bruscamente, deixando a jovem confusa.

Ao ver a cara dela Ramsés riu.

— Agora preciso mesmo ir. - Falou ela, ríspida.

Assim que ela saiu Ramsés sorriu.

— Sati ainda será minha. - Disse.

Flashback Off

 Enquanto dava de comer a Ester e dava uma olhadela em Rams, que estava dormindo profundamente, feito um anjinho, Miriã suspirava. Era assim. A toda hora vinham lembranças em sua mente de momentos felizes que ela havia passado com Ramsés, seu marido, o grande amor de sua vida. Ela sabia que ele estava morto fazia algum tempo, e nunca mais voltaria, mas também sabia que o imenso amor que sentia por ele nunca iria embora. Olhou para Ester mamando e sorriu. Seus filhos eram a única felicidade que tinha ultimamente. Se não fosse por eles ela estaria triste e amargurada com a vida. Respirou fundo.

Assustou-se ao perceber que haviam entrado em sua tenda e ainda mais ao ver quem era. Fechou os olhos, completamente atordoada. Aquilo não era possível, nunca seria. Ela devia estar sonhando. Respirou fundo, ainda com os olhos fechados quando sentiu caricias em seu rosto, os abriu e viu que era mesmo ele que estava ali, sentado na cama tão próximo dela. Engoliu a seco ao ve-lo sorrir largamente para ela.

— Ramsés. - Disse ela, sua voz baixa, estando ainda confusa com o que estava acontecendo.

O homem sorriu ainda mais largamente. Finalmente havia tomado coragem de se revelar e visitar Miriã, seu amor e seus filhos. Estava emocionado, e para ele Miriã estava mais linda que nunca. Sabia que tinha muito o que explicar para sua esposa, e temia que ela não o perdoasse, mas teria de arriscar.

— Sim, sou eu, meu amor. - Ramsés falou suavemente para ela. - Estou vivo, nunca morri. Eu sei que tenho muito a lhe explicar, mas peço que me ouça com calma. - Pediu.

Miriã suspirou, ainda entorpecida com tudo aquilo e preparou-se para ouvir a explicação de seu marido.

.........

Aruna limpava a tenda calmamente enquanto cantava. Era sempre ela que fazia todas as tarefas domesticas ali, e Leia sempre implicava com ela para que tudo ficasse absolutamente impecável, contudo a moça não se importava. Fazia tudo de bom grado sem reclamar pois sentia que ela devia isso a Leia e Quemuel por terem-na acolhido em sua casa quando ainda um bebe. Aruna as vezes se perguntava sobre seu passado, quem era seus verdadeiros pais, sua origem, mas era muito grata a essa familia que havia lhe adotado como filha.

Leia e Quemuel estavam discutindo exaltados no quarto, e Aruna sequer havia prestado atenção na conversa, até aquele momento, no qual o grito de Leia podia ser ouvido por todos os vizinhos.

— Você sabe muito bem que eu não gosto, nem nunca vou gostar de Aruna. E também sabe muito bem o motivo. - A mulher berrava, exaltada, nem se lembrava de que Aruna estava em casa e poderia ouvir tudo. - Ou quer que eu lhe lembre que ELA foi a desgraça do nosso casamento? Como acha que eu me sinto Quemuel, ao ter de olhar todos os malditos dias de minha vida para a cara dessa criatura e lembrar que ela é fruto de sua traição com outra mulher?

Afobada com o que acabara de ouvir, Aruna teve que se segurar firme na mesa para que não caísse. A jovem morena estava atordoada e sentia lagrimas se formarem em seus olhos. Era fato que ela sempre quisera saber mais sobre seu passado, mas havia descoberto tudo da pior maneira possível. Agora entendia perfeitamente porque Leia e Samara a desprezavam tanto. Ainda era difícil acreditar. Enxugou suas lagrimas silenciosamente. O que menos queria agora era ser notada. Estava confusa, sem saber o que pensar ou fazer, por isso esse motivo saiu da tenda, se perguntando se tomar um ar fresco melhoraria a sua situação.

......

A jovem hebreia Nina havia ido sozinha lavar roupas ao rio que havia ali perto. Ela sempre ia acompanhada das outras mulheres, mas naquele momento todas pareciam estar ocupadas e ela não via problema em ir sem ninguém. Absorta em sua tarefa sequer percebeu que um homem estrangeiro a olhava com malicia, e depois de alguns minutos fez-se visível e agarrou a jovem pelos cabelos, que olhava aterrorizada para ele.

— Por favor, me solte. - Nina suplicava, ja sentindo lagrimas se formaram em seu rosto enquanto o homem passava as mãos pelo seu corpo. Aquilo não podia estar acontecendo.

— Deixe-me provar um pouco desse corpo, hein sua gostosinha. - Disse ele, com um sorriso maldoso estampado no rosto.

Nina engoliu a seco e fechou os olhos, preparando-se para o pior. Mas surpreendeu-se ao ouvir um grito agudo de dor. Abrindo os olhos ela pode ver que o estrangeiro que a atacara agora estava no chão, havia sido atingido por uma flechada. Nina então olhou para o lado e o viu. Um Soldado Mascarado a encarava de cima de seu cavalo. Essa pessoa misteriosa havia a salvado, constatou a jovem. 


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Notas finais do capítulo

Reencontro Mirises, finalmente! Como vai ser a conversa deles? Aruna descobriu tudo sobre seu passado. Eu estou vendo A Terra Prometida a pouco tempo, mas ja ta na cara que é filha bastarda do Quemuel, hehehe. Novamente o Soldado Mascarado entra em ação. Comentem, espero que meus antigos leitores também voltem a dar sinal de vida.