Primeiro Beijo escrita por Bruna


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, essa aqui é minha primeira fic Spideypool, espero realmente que gostem!
Sou apaixonada por esse casal já faz tempo, finalmente decidi postar essa one que criei, sinceramente, eu gostei dela, e qualquer coisa que tenha Wade e Petey já ganha pontos comigo kkkk
Adorarei saber o que acharam, e se devo escrever mais sobre esse casal.
Até o próximo! (talvez)
Beijos s2



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"Beijar é como beber água salgada: você bebe e aumenta a sua sede."

(José Feliciano Damião) 

 

Era mais um dia comum, escola, conversas e combater o crime. Bom, esse era um dia comum para mim, já que desde a mordida de aranha que eu havia ganhado eu tinha poderes sobre-humanos e vestia um uniforme vermelho e azul apertado.

Depois de dar uma lição em dois assaltantes, fui com minhas teias para cima de um prédio alto que havia lá perto. Foi só eu chegar em cima do parapeito e encarar toda a cidade, que estava na maior tranquilidade, que um peso saiu dos meus ombros. Era relaxante poder respirar fundo e apreciar uma vista como aquela.

Mas o meu momento de descanso foi bem curto, logo escuto passos e uma voz atrás de mim.

— Você é previsível assim ou eu que conheço muito bem você? – perguntou Deadpool se aproximando de onde eu estava.

Fazia cerca de dois meses que Deadpool havia me descoberto, e desde então, praticamente todos os dias, ele dava um jeito de aparecer para dizer alguma de suas brincadeiras.

No começo, eu o achava o cúmulo do insuportável, todavia, eu deveria admitir, ele começava a se tornar uma presença boa em minha vida. Não que eu fosse admitir em voz alta, mas o dia em que eu não o via, eu sentia saudades.

— Ou a terceira e óbvia opção, você me segue. – digo saindo do parapeito, enquanto Deadpool senta no parapeito virado para mim e balança seus pés como uma criança.

— Acho que é você que me conhece bem, baby boy. – falou com a voz doce, revirei os olhos irritado.

— Eu acho que eu já pedi para você não me chamar assim.

— É que é um apelido tão fofo, e você é tão fofo e eu gosto de ter um nome que apenas eu o chame. – justificou descontraído.

Por baixo da máscara eu dei um pequeno sorriso.

A estranha sensação que passava pelo meu corpo quando ele falava essas coisas era no mínimo indescritível, e estranhamente incómoda. Talvez, mas só talvez, boa também.

Entretanto, eu não gostava de sentir isso, eu sabia o que era, e não iria dar o braço a ceder e simplesmente admitir que eu gostava do... Não! Eu não gostava dele, não desse jeito!

— Quer uma bala? – perguntou me tirando dos meus devaneios. Olhei para Deadpool e ele segurava uma bala de hortelã em suas mãos.

— Não, valeu Deadpool.

— Já disse que você pode me chamar de Wade. – começou e deu uma pausa para puxar sua máscara até o seu nariz e colocar a bala em sua boca. – W-A-D-A, Wade... Vamos, repita comigo, Wa...

— Eu vou derrubar você desse prédio se você não calar a boca.

— Você não teria coragem, baby boy. – novamente reviro meus olhos ao ouvir aquele nome. Mas novamente sinto aquela sensação passar pelo meu corpo.

— Pode apostar que eu teria sim, Wade. – dei ênfase em seu nome, o que fez o mercenário sorrir.

Sim, já fazia umas semanas que ele decidiu, não sei por que, me dizer seu nome. Wade Wilson. Devo dizer que achei bem legal, mas era hábito o chama-lo de Deadpool.

Na época, quase disse meu nome também, havia achado a ação de Wade muito legal, revelar sua identidade secreta não era para qualquer um, era a única coisa que nos permitia ser quem somos. Apesar de eu achar que Wade não ligava muito se sabiam quem ele era.

Todavia, me acovardei. Não confio tanto em Wade a ponto de dizer meu nome. Minhas inseguranças tinham fundamento, ele era um mercenário que apenas se importava com dinheiro, eu não tinha certeza se ele não estava me seguindo apenas para conseguir saber quem sou eu e me vender para quem pagasse mais.

— Sabia que você fica uma gracinha quando está parado, pensativo e com o corpo apertado nesse uniforme? As vozes adoram ver você desse jeito. – dei uma leve corada por baixo do uniforme, estranhamente eu estava me acostumando com essas coisas ditas por ele.

E as vozes eram outra coisa que Wade havia confiado em mim para contar. Depois de tudo o que ele passou, ele adquiriu um pouco de esquizofrenia. Ouvia vozes, às vezes tinha visões e o mais importante, o resto de filtro que havia em seu corpo havia sumido. Tai o motivo de “mercenário tagarela”, como se não bastasse seu lado louco de antes, depois de se transformar em Deadpool, isso havia ido a novos extremos.

— Não sei quem é mais pervertido, você ou suas vozes. – comento olhando ele por outra bala em sua boca.

— Devo dizer que perto de você, eu ganho em disparada. – novamente dei uma leve corada, o sorriso de Wade agora era sacana. – Então, com foi o seu dia?

— O mesmo de sempre, e o seu?

— Uma chatice, até você finalmente aparecer de aranha e eu poder te seguir.

No meu íntimo eu me perguntava se Wade tinha algum senso. E também me perguntava o porquê de ser logo eu? O que eu tinha que o havia atraído? Por que ele me adorava e me seguia tanto, mesmo eu sendo um chato com ele?

Essas eram perguntas que duvidaria até que Wade soubesse a resposta.

E relembrando tudo o que passamos até agora, minha mente se expandiu e meu pudor desapareceu quase por completo.

Se eu tivesse tido um dia ruim, pode apostar que Wade me ajudaria com suas piadas e conselhos malucos.

Se eu quisesse qualquer favor, Wade era capaz de matar por mim, suas palavras.

E já estava na hora de eu cair na real mesmo. Nem minha maior masculinidade guardada no canto mais profundo do meu ser poderia negar que eu gostava de Wade. Gostava mesmo. Mais do que como amigo.

Era a sua fantasia colorida que eu me alegrava ao ver, era a sua voz que eu adorava ouvir, e era a sua companhia que tinha virado minha favorita.

Mas sinceramente, a dúvida do porque eu estar gostando de Wade Wilson, o mercenário tagarela mais inconveniente do mundo, que vestia todo dia seu uniforme de Deadpool, ainda era, e provavelmente seria para sempre, um mistério.

Assim como a vida e o rosto do homem ainda eram um mistério para mim.

Talvez eu não estivesse pensando direito ou estivesse carente, mas não importava, eu olhei os lábios de Wade, que estavam repuxados ainda em seu sorriso sacana, e senti uma grande vontade de beijá-lo.

E foi o que eu fiz.

Rapidamente, puxei minha máscara até acima do nariz e me aproximei de Wade, selando nossos lábios enquanto tocava levemente em seu rosto descoberto, que mostravam algumas cicatrizes.

Não havia passado de um selinho desesperado, mas quando me afastei, senti dois sentimentos extremamente fortes:

Vergonha. Minhas bochechas estavam vermelhas e quentes, eu pensava e repensava o porquê de eu ter feito isso, eu havia beijado um homem! Eu havia beijado Deadpool!

Desejo. Uma parte de mim sentia vontade de beijá-lo de novo, aquele selinho não havia tirado a vontade súbita que eu havia tido de beijá-lo.

Olhei seu rosto e ele parecia chocado, sua boca estava aberta em um O perfeito, o me fez ter vontade de chorar. Baixei meu rosto e senti uma grande vontade de desaparecer.

Ele não queria, ele não esperava e agora eu quero morrer. Da onde eu sou gay agora?

Estava pensando em como começar minhas desculpas quando sinto os lábios de Wade serem colados aos meus. Fui pego de surpresa e Wade quase se jogou em mim, me fazendo quase perder o equilíbrio.

Seus braços estavam ao redor do meu rosto, mas não encostados em mim, e seu rosto estava quente. Não recuei, pelo contrário, cedi para Wade, que logo que eu abri meus lábios já explorou avidamente todo o interior da minha boca.

E, pelos céus, era o melhor beijo que eu já havia tido.

Wade delicadamente afastou seus lábios dos meus, abri meus olhos e deixei minha boca entreaberta, ainda sem reação por tudo que havia acontecido.

— Quem diria que Peter Parker tinha uma tara por mim? – perguntou sorrindo sacana. Revirei os olhos e larguei meus braços, ele tinha conseguido estragar o momento.

Até que a ficha caiu. Arregalo meus olhos e o encaro abismado.

— Como você sabe o meu nome?  - questiono alarmado.

— Ah, bem... – Wade desfaz seu sorriso sacana e em um movimento rápido puxa sua máscara para baixo e sobe no parapeito. – Sexto sentido? Foi o melhor beijo que já dei, vamos repetir um dia desses? – e então pulou do prédio, me deixando sozinho lá em cima.

— Vá se ferrar, Deadpool! – grito com raiva olhando para baixo e vendo que ele havia caído no chão e já se levantava todo torto. Ele olha para cima e me manda um beijo, correndo manco para longe. Não pude deixar de abrir um sorriso.

Acho que sabia agora o motivo de gostar de Wade Wilson.

E também não tinha mais porque não confiar nele.


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