Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 8
Capítulo 08


Notas iniciais do capítulo

Oie amores,
muitoooo obrigada pelos comentários e pelo carinho.
Vou postar esse, mas já estou escrevendo o próximo e até amanhã posto. #Boazinha

Espero que gostem. =***



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~ Felicity Smoak ~

A semana passou voando e o pior de todos os dias foi a sexta-feira. Uma quantidade absurda de empresários estavam na Palmer querendo falar comigo por conta das últimas mudanças. Nunca imaginei que executivos pudessem ser tão pegajosos quando dinheiro estava envolvido. 

E muito dinheiro estava entrando na empresa desde que o Curtis foi integrado à equipe de tecnologia. E eu estava tomando cuidado para não deixar aqueles homens vampirizarem o pobre. 

— Terminamos por hoje. – Curtis estava sentado na mesa ao lado do último projeto que estávamos trabalhando. 
— Finalmente. 
— Será que vamos conseguir dar conta de tanto trabalho? – olhando para trás, onde uma pasta arquivo mantinha os projetos organizados. 
— Claro, mas seu marido precisa se mudar para a empresa se quiser te ver na próxima semana. 

Já era noite e há essa hora eu deveria estar em casa descansando, mas só de pensar em ter tempo livre eu já sentia meu estômago embrulhar. Durante aquela semana todos os meus dias foram iguais e logo Thea apareceria para me levar embora a força. 

— Quer jantar lá em casa hoje? Meu marido está ansioso para te ver. 
— Me ver? 
— Sim, ele disse que quer saber da sua recuperação. Já que não pode assumir sua reabilitação quer ter certeza de que o colega dele está fazendo tudo certo.
— O Jonas é ótimo, o problema sou eu. 

Não consegui encara-lo porque se entrássemos nesse assunto eu começaria a chorar, sempre que ele tentava tocar no assunto dos meus dias de folga da fisioterapia eu fazia o possível para mudar de assunto. 

— Não deixe que os problemas façam você desista do que realmente importa. – descendo da mesa e se ajoelhando na minha frente. – E o que importa aqui é você e tudo o que tem planejado desde que assumiu a Palmer. 
— Eu estou tentando Curtis. – não conseguindo segurar o que há dias me sufocava. - Juro que estou, mas sempre parece faltar o essencial, como se tivessem arrancado de mim um órgão vital. – o choro veio em uma avalanche e ele me hesitou em me abraçar. 

Eu tinha sorte por não estar sozinha, mas mesmo rodeada das pessoas que eu gostava não tinha quem eu mais queria e precisava. 

— Porque você não fala com ele e resolve tudo? Vocês se amam e por mais errado que ele tenha sido, não compensa todo esse sofrimento. 
— Não consigo perdoa-lo Curtis. Se eu voltar para o Oliver com tanta magoa no coração vou acabar contaminando nossa relação. 
— Então você tem que encontrar um modo de confrontar esse sentimento, porque quanto mais você se afastar dele menos vai superar. 

Eu já tinha conversado com a Thea sobre isso. Mesmo brava com o irmão ela não queria que nosso término fosse definitivo, assim como eu, mas eu não conseguia encontrar uma maneira de resolver isso. 

— Então, jantar? 
— Ouvi alguém oferecendo comida na faixa? 

Minha cunhada tinha o dom de chegar nos momentos mais oportunos. Ela estava com uma bolsa grande que eu sabia ter sua roupa de vigilante. O que me deixou preocupada. 

— Está tudo bem? – olhei pra bolsa para ela entender sobre o que eu me referia. 
— Sim. Tudo tranquilo e vocês? – piscando pra mim.
— Eu estou bem e com fome. – levantando e indo cumprimenta-la. 
— Somos dois. 
— Acho que você terá que aumentar a quantidade de comida. – olhei pra Thea rindo da cara de pau dela. – Porque essa ai come por todos nós e mais alguns.
— Quanta calúnia.
— Meu marido cozinha para um batalhão mesmo quando só estamos nós dois. Fiquem tranquilas que a fartura mora naquela casa. 

Terminamos de guardar tudo o que precisava e o Curtis trancou a porta do laboratório. Nos últimos tempos tínhamos mudado todas as combinações de segurança. Tinha muito em jogo e Starling não era um lugar para se viver sem extrema cautela. 

Seguimos para o estacionamento e Curtis, como sempre, era nosso choffer. Pedi para que a Thea fosse na frente com ele e relaxei as pernas sobre o banco sentada na traseira, ajeitando o cinto mesmo estando de lado, eu já tinha problemas demais para andar de carro sem me cuidar. Minhas pernas estavam formigando e eu precisava arrumar um jeito de me alongar quando chegasse. 

— Está tudo bem ai? – Thea se virou pra trás me olhando preocupada. 
— Minhas pernas estão formigando. – esfreguei minhas coxas tentando aliviar a sensação.
— Hoje você parou para se alongar? 
— Não. 
— Quando chegar em casa você faz os exercícios. Se tem uma coisa que temos de sobra naquela casa é equipamento de fisioterapia. – me olhando pelo retrovisor.
— Você sabe que não pode passar tanto tempo sem se alongar, Felicity. 
— Eu sei, mas hoje o dia foi tão corrido que esqueci. 
— Só não brigo com você agora por você ter se cuidado todos esses dias. 
— Obrigada mamãe. 

Revirando os olhos ela virou pra frente e engatou uma conversa com o Curtis sobre comidas exóticas. Não sei bem como chegaram nesse assunto, mas eu estava muito distraída para prestar atenção. 

A casa do Curtis era em um condomínio fechado, já que a intenção dele e do marido era ter um filho em breve. Depois de passar por uma quantidade absurda de seguranças entramos em uma rua com casas enormes e seus jardins bem cuidados. Paramos na frente de uma casa branca como as dos filmes, com um caminho de pedra que levava a entrada. E foi olhando o jardim que me deparei com a moto de Oliver parada na entrada da garagem. 

— O que a moto do Oliver está fazendo aqui? 

Ambos estavam a ponto de descer do carro quando pararam e olharam pra mim. 

— Onde você está vendo a moto dele? 
— Ali. – apontei para a garagem e eles se viraram vendo o mesmo que eu. 
— Não faço ideia, mas já vou descobrir. 

Pegando o celular ele ligou para o Paul e logo a conversa deles se tornou mais calorosa, a ponto de Curtis precisar respirar fundo por algumas vezes. Quando desligou o celular se virou pra mim com a testa franzida. 

— Meu digníssimo marido foi até o supermercado comprar algumas coisas depois que telefonei para ele falando de vocês e encontrou o Oliver no farol quando voltava de lá. Como ele tem a tendência de esquecer até do próprio aniversário, ele não lembrou que vocês estavam separados e convidou o Oliver para jantar com a gente. Ah Felicity, me perdoe por isso. 
— Quer ir embora? - Thea me encarava como se a qualquer momento eu fosse desmoronar.

Olhei de novo para onde a moto estava e senti a ansiedade de vê-lo se misturar com a mágoa que ainda apertava meu peito, mas a conversa com Curtis na Palmer fez com que eu decidisse o que fazer.

— Não, vamos entrar. 
— Tem certeza? – Curtis me olhava de um jeito culpado.
— Tenho, vou seguir seu conselho e ver aonde isso vai me levar.


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