Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Nem vou mais pedir desculpas pela demora, porque sempre demoro. kkkk
Espero que gostem do novo capítulo. =***



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~ Felicity Smoak ~

“- Uma bomba foi desarmada pelo Arqueiro Verde nas proximidades da Palmer Technology. Até agora o departamento de policia de Starling City não sabe explicar porque o esquadrão antibombas não pode ir ao socorro do mascarado, tudo porque um de seus carros, que levaria a equipe até o local, simplesmente sumiu. Mesmo que muitas pessoas sejam contrárias as atividades do Arqueiro, temos que dar o braço a torcer que se não fosse por ele teríamos perdido muitas vidas na noite passada.” 

Desliguei a tv e encarei minha cunhada que estava comendo o quinto donuts que Diggle trouxe para mim ao vir me visitar logo cedo. E agora eu queria entender porque nenhum dos dois me contou o que estava acontecendo. 

— Ops, acho que esqueci de te contar. – enfiando mais um pedaço do donuts na boca, sujando o rosto com o açúcar. 
— Esqueceu? – levantei me apoiando no sofá e sentei na cadeira de rodas. - Eu sabia que o Oliver não me pediria para ficar longe da empresa sem um motivo muito grave. – fui até o quarto e peguei meu celular. Eu até conseguiria andar sem precisar da cadeira, mas eu estava com pressa. Liguei uma vez para o Oliver sem sucesso, disquei mais uma vez e deixei tocar enquanto eu voltava para a sala. – Ele não atende. 
— Há essa hora ele já deve estar com a outrazinha. – revisando os olhos. 
— Eu deveria amar você ainda mais por falar assim dela, mas creio que sendo a mãe do seu sobrinho você deveria ser mais simpática, não? 
— Você não conheceu essa mãe abençoada na época que o Ollie carimbou ela. 
— Carimbou? 
— Sim, era assim que o Tommy falava sobre as aventuras amorosas do Ollie. Quando ele ficava com alguém elas eram carimbadas pelo Queen. – rindo, enquanto comia o açúcar que restou na caixa de donuts lambendo os dedos. 
— Que vida universitária divertida essa do seu irmão. – sem muita vontade de continuar falando de como meu ex-noivo era galinha.
— Teu carimbo é permanente mulher, não reclama. – levantando e indo levar a caixa para a cozinha. 

Mesmo com o passado do Oliver eu sabia que se tinha algo que eu não precisava me preocupar era de ser traída. Mesmo quando ele insistia em não assumir nossa relação, por medo de que eu me machucasse, nunca o vi com nenhuma mulher, nem quando eu estava com o Palmer.

— Agora é sério, Thea. O que aconteceu ontem? 
— Eu não estava lá, mas é como a repórter disse. – voltando para o seu lugar. – Eles acharam uma bomba a poucas quadras da Palmer e quando acionaram o esquadrão antibombas eles não puderam ir. Uma equipe foi chamada para uma falsa emergência do outro lado da cidade e o carro que levaria a outra equipe sumiu. 

Lembrei de como as ações da empresa estavam subindo e de todos os projetos que estávamos desenvolvendo. Pela demanda de trabalho e o dinheiro que estava circulando nas contas da empresa era de se espantar que isso não tivesse acontecido antes. 

— Preciso falar com o Curtis. 
— Liguei para ele ontem e já o alertei de tudo o que tem que ser feito para a segurança dos funcionários. 
— Sou sempre a última mesmo. – minha cara não era das melhores para ela. Joguei o celular no sofá e no segundo seguinte ele começou a tocar. – Sério mesmo? 
— Acho que o jogo virou, não é mesmo? – olhando para o aparelho.

Morar com a Thea estava colocando toda a minha sanidade a prova. Ela era o ser mais irritante do mundo e mesmo assim eu a amava cada vez mais. Quando ela atendeu o celular fez uma gracinha, seguida de uma careta. Devolvendo o aparelho para mim. 

— Seu futuro esposo está de mal humor. Boa sorte. – indo para seu quarto. – Vou tomar banho. 

Esperei que ela entrasse no quarto para colocar no telefone no ouvido, ao invés da voz de Oliver ouvi uma voz estridente de fundo. 

— Tenho que voltar ainda hoje para Central City, quanto mais você quer adiar essa conversa? 
— Oliver? 

Uma pausa se seguiu, mas não ouvi a voz dele, só de Willian pedindo que ele comprasse mais sorvete. 

— Um minuto, amor. 

Segui ouvindo o barulho do trânsito e depois ele voltou a falar comigo. 

— Desculpa. Voltei. 
— Pelo visto a coisa não está fácil ai. 
— Não, está bem pior do que eu imaginava. 

Ele ficou em silêncio e eu tinha medo do que estava por vir. Sabia que teria que lidar com o que quer que fosse porque eu me pegava pensamento constantemente em dar uma segunda chance a ele. 

— Ela não aceitou ficar no hotel e disse que por isso volta hoje mesmo para Central. Disse que não aceita que eu trate o filho dela com o mesmo descaso que a tratei quando trai a Laurel com ela. 
— Como se ela fosse uma santa por ter dormido com você sabendo que era comprometido. – deixei escapar, mas era a verdade. – Desculpa, falei demais. 
— Você pode falar o que quiser e está certa quanto a isso. Só não sei o que fazer, queria que o Willian ficasse mais tempo comigo. 

Ele não pediria minha autorização para deixar a Samanta ficar em nossa casa e eu mesma não queria que isso acontecesse. Então tive uma ideia que poderia ajudar. 

— E se ela ficar aqui na minha casa? Eu e a Thea podemos voltar para o apartamento. 

Falei aquilo com cautela para que eu mesma me convencesse de que voltar era o certo. Tudo que era meu estava lá, só as roupas que a Thea trouxe estavam na minha casa. E eu sentia falta de estar em nosso apartamento, inclusive dele que era o que mais me fazia falta. 

— Você voltaria? E ainda deixaria a Samanta ficar na sua casa? 
— Sim. Não é justo o Willian descobrir que você é o pai dele e no mesmo dia ter que voltar para casa. 
— Vou falar com ela e já te ligo. Pode ser? – falando rápido, quase perdendo o fôlego. 
— Sim, aproveito para contar a novidade para a Thea. Algo me diz que ela não vai gostar nada disso. 
— Te amo, e se tem uma coisa que me faz ter confiança de que tudo vai dar certo é ter você comigo. – desligando antes que eu pudesse dizer que o amava também. 
— Vou ser despejada de casa e sou a última a saber? 

Olhei para a porta do quarto e vi minha cunhada abusada usando meu roupão e minhas pantufas. 

— Levando em consideração que fui a última a saber sobre a bomba... sim é. – levantei da cadeira e sentei no sofá. Precisava esticar as pernas que começavam a formigar. 
— Tem certeza que quer fazer isso? – sentando do meu lado. 
— Não sei, mas só vou conseguir se você for comigo. 
— Eu estou a sua disposição, Felicity. Só não quero que você se machuque no meio disso tudo. 
— Eu sinto a falta dele e depois que ele se esforçou para me manter presente em tudo eu senti que poderia começar a confiar de novo, mas não vou voltar para ele... não por enquanto. 
— Se acha que é o melhor, então vou fazer nossas malas. E trate de trancar seu quarto. Deixe que a insuportável se vire no quarto em que estou.

Era difícil associar a Samanta que vi no parque com a que Thea descrevia e que estava dificuldade a vida do Oliver. Quem olhava para ela acreditava que ela era uma pessoa tranquila, mas as aparências podem enganar. O telefone voltou a tocar, quando atendi voltei a ouvir a voz da Samanta.

— Vou até o banheiro com o Willian e já volto.

Aquele tom era bem diferente do que ela tinha usado quando ele me ligou pela primeira vez, era quase meloso, o que me deixou com vontade de desligar o celular.

— Felicity?
— Oi. – não conseguindo esconder meu incomodo.
— O que foi? Porque está falando assim?
— Não é nada. Já contou a ela sobre vir para cá?
— Contei, de primeiro momento ela não queria por achar que eu tinha que ficar o tempo todo com meu filho. Então eu disse que pegaria ele com frequência durante essa semana para ficar com a gente e ela pareceu aceitar melhor.
— Tudo bem, a Thea está fazendo nossas malas.
— Em meia hora chegamos ai, passamos em uma lanchonete para comprar alguma coisa para o Willian e já estamos indo.

Fiquei em silêncio e esperei que ele dissesse alguma coisa. Sabia que ela estava falando diferente com ele por ter conseguido que o filho tivesse mais tempo com o pai, mas eu tinha receio de que as intenções dela mudassem do filho para o pai.

— Você está estranha. O que aconteceu enquanto esperava minha ligação?
— Nada, Oliver. Está tudo bem.
— Ela não vai ficar com a gente, se é isso que a está incomodando. Nem mesmo sair comigo ela vai quando eu estiver com o Willian. Já deixei claro que mesmo separados sou comprometido com você e isso nunca vai mudar.

Senti meu coração acelerar e meus olhos encherem de lágrimas. Aquele era o Oliver que eu sempre quis que ele fosse, mas a magoa ainda estava lá e eu não podia dizer o mesmo antes de ter a certeza de que conseguiria assumir nossa relação de novo. Eu tinha decidido tentar, mas tudo teria que ser feito com muita calma e cautela.

— Estou te esperado. – voltando a falar com ele como antes.
— Eu sei e isso é tudo que eu preciso no momento.

Sorri por ouvir aquilo, mas meu sorriso foi embora quando lembrei o motivo de ter ligado para ele.

— Bomba perto da Palmer. Porque você não me contou isso ontem, Oliver?
— Porque eu iria te contar quando você não estivesse sob os efeitos dos remédios. E a Thea está morando ai, pensei que ela contaria de qualquer jeito.
— Vi no noticiário, porque nem mesmo a desnaturada da sua irmã teve a decência de me contar.
— Eu estou ouvindo viu. – gritou Thea do quarto.
— Para de ouvir minha conversa. – gritei de volta.
— Impossível, estou estirada na cama e ainda assim escuto.

Revirei os olhos sabendo que ali o caso era perdido, por isso me concentrei em Oliver.

— O que acha de trancar a Samanta e a Thea no mesmo quarto e esperar que somente uma sobreviva? – falei sem pensar, mas gostando da ideia.
— Sou totalmente a favor, mas acho que na lavanderia seria o local ideal. É mais apertado e a luta duraria pouco. – rindo.
— Assim que chegarmos ao apartamento quero saber tudo o que está acontecendo, ok?
— Claro que sim. Eu achei que a linguaruda da Thea contaria tudo. Juro que eu ia te contar quando chegasse ai.
— Eu acredito em você.
— Não quero que você fique preocupada.
— Já estou Oliver. Você sabe que temos projetos na Palmer que nas mãos erradas colocariam o seu trabalho em risco.
— Eu sei, vamos conversar e juntos encontraremos um meio de manter tudo em segurança.
— Tudo bem, venha logo então.
— Antes que você sinta saudades já vou estarei ai.

Nos despedimos e quando desliguei senti que a partir daquele dia eu teria que lidar com minha antiga vida com ele em um contexto diferente. Iria aceita-lo de volta somente no meu dia a dia, mas não sei até quando conseguiria ignorar minha vontade de ir mais além. Só que ele precisava se esforçar mais, eu precisava ter a certeza de que ele tinha entendido que uma relação ia muito além de estar junto e a vinda da Samanta para Starling seria sua prova de fogo.


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