Para sempre sua, Isabella. escrita por Lady Ink


Capítulo 4
Verdades.


Notas iniciais do capítulo

Ok, não vou mais prometer datas para a postagem.

Começo novamente pedindo desculpas pela demora. Ainda estou tentando conciliar meu tempo entre cuidar do apê, estudar, desenhar e escrever.

Quero agradecer todos os comentarios. Vocês são maravilhosos, sério, obrigada ♥ Ainda não tive tempo de responder todos os comentarios, mas eu li todos e cada um. Vocês não fazem ideia de como eles são importantes para mim.

Espero que gostem!



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POV Isabella.

 

Certa vez ouvi dizer que as maiores verdades são reveladas em meio a escuridão, nos preciosos segundos em que seu consciente e inconsciente lutam por você, pouco antes de você acordar. Eu sentia meu corpo desperto, sentia uma leve brisa sobre mim e a movimentação ao meu redor. Abri os olhos, porém, ao contrário do que esperava, nenhuma luz me alcançou, apenas mais escuridão.  

— Prefere O+ ou AB? - Reconheci a voz rouca de Damon em meio as sombras que permeavam minha mente.

Várias outras vozes ressoaram embaralhadas e sobrepostas quando um pequeno flash iluminou a cena. Era como se uma pequena vela fosse acesa em um grande salão, mal podia ver as silhuetas presentes, mas Reconheci a mim mesma parada frente a Damon com um pacote na mão. 

— Lá vamos nós - Minha voz ressoou pelo lugar enquanto colocava o pacote escarlate na boca. Assim que a outra eu realizou o gesto eu senti o liquido em minha boca, como se eu estivesse fazendo aquilo. Senti minhas gengivas se retrairem enquanto o sangue descia pela minha garganta. Era quente e levemente ferroso, a sensação de saciedade que trazia era indescritível porém durou pouco, logo a bolsa caiu aos pés do meu reflexo. 

E novamente a escuridão. 

Engraçado o quão amigável e torturante a escuridão pode ser quando se está sozinho. Não existe ninguém pra te ver, ninguém pra te julgar e ninguém pra te defender. Você é obrigado a lutar sozinho contra seus demônios. Mesmo que eu quisesse não conseguiria numerar os demônios que me assombravam nesse momento, afinal, eu era um demônio. Um demônio que não sabia seu nome, sua idade, de onde veio e o que faria agora. Acredite em mim, até mesmo demônios sentem-se perdidos e com medo.

— Bella... - Ouvi a voz rouca de Elijah me chamar de um lugar muito distante.
Porém, no momento me encontrava sem forças o suficiente para dar a ele qualquer resposta. - Isabella! - Ele chamou novamente, mas dessa vez seu tom era diferente, estava carregado de um forte sotaque britânico e possuía um "que" de exigência e medo, e não de chamado - Isabella você não entende. 

E então um ponto de luz foi aceso meio a escuridão e a consciência me recebeu.

— O que aconteceu? - perguntei assim que percebi estar realmente desperta. Ainda estava no sofá da sala, Bonnie estava a minha frente, Elijah escorado na parte de traz do sofá com um semblante intrigado, Elena, Stefan e Damon próximos ao Hall e Edward parado ao lado da janela com uma cara muito... Irritada. 

— Você desmaiou enquanto eu realizava o feitiço. - Bonnie respondeu minha pergunta. - Como se sentiu? Do que você se lembra?

— Eu lembro de você fazendo o feitiço, doía muito... Então comecei a ver imagens aleatórias e desfiguradas, logo depois a dor cessou e só havia escuridão. Em meio a toda escuridão eu ouvi a voz de Damon me perguntando que tipo de sangue eu preferia e aí me vi bebendo... Mas não era como se eu estivesse fazendo aquilo, parecia que eu estava vendo um filme. - Resumi o que havia acontecido. 

— Bom... Funciona. - Ela sorriu - Agora você decide se quer ir mais a fundo nisso ou continuar como se não tivesse acontecido.

— Não posso simplesmente ignorar isso... Sou uma vampira. Agora preciso descobrir quem eu sou. - Assim que terminei a frase ouvi Edward Bufar alto.

— Não acha que devíamos ao menos conversar sobre isso Bella? - Ele disse ríspido se aproximando.

— Edward, eu acabei de descobrir que fui forçada a esquecer quem eu sou, não há o que conversar, eu preciso reverter isso. É a minha vida, preciso conhece-la. - Me pus de pé.

— Claro... Faça o que quiser - Ele me olhou de cima - Afinal é a sua vida - E então saiu da casa pisando firme.

— Edward! - Gritei mas ele apenas continuou. Que merda estava acontecendo aqui?

— O que foi que deu nele? - Perguntei mais pra mim mesma do que para os outros.

— Bom eu também ficaria assim se minha namorada chamasse por outro cara enquanto está apagada. - Damon disse debochado enquanto ia pegava algo no bar. 

Olhei pasma e confusa de Bonnie para Elena.

— O que exatamente aconteceu enquanto eu estava desmaiada?

— Logo que você apagou começou a se debater, como se estivesse em um sonho ruim. Quando parou você chamou um nome... - Elena começou.

— Que nome? - Perguntei apesar de achar já possuir a resposta

— O meu - A voz quase encabulada de Elijah confirmou minha suspeita. Senti minhas bochechas corarem fortemente e baixei o olhar assentindo com a cabeça. 

— Talvez você deva descansar um pouco. Podemos continuar amanhã - Bonnie sugeriu.

— Acho que sim... - Disse me levantando - Não tenho como agradecer vocês pelo que fizeram hoje. Talvez eu nunca descobrisse a verdade se não fossem vocês. Obrigada, de verdade.

— Não tem de quê Bella. Ninguém merece passar por isso - Elena me abraçou e eu retribui. Caminhei até o Hall e só então me dei conta de que meu namorado havia me deixado ali e eu não tinha como ir pra casa.

— Posso te levar até em casa Bella - Stefan ofereceu.

— Obrigado Stefan, mas acho que preciso caminhar um pouco e com sorte eu lembro do caminho de casa.

— Você quem sabe... - Ele sorriu e eu devolvi. 

— Até amanhã - Disse já passando pela porta. 

Caminhei algumas quadras na provável direção da casa onde estávamos. Eu realmente precisava de um tempo sozinha. Havia uma pilha de pensamentos que eu devia organizar.

Primeiro: Eu era uma vampira que havia sido compelida a esquecer isso.

Segundo: Eu não sabia meu nome, minha idade, ou o que já tinha vivido.

Terceiro: Eu não fazia ideia de por que Elijah Mikaelson me afetava tanto.

Passei em frente à uma praça que indicava que eu estava no caminho certo.

E como tudo o que está ruim pode e deve piorar, começou a chover. 

— Era só o que faltava - Resmunguei ao sentir as gotas geladas sobre meus braços nús.

Caminhei mais alguns passos quando um carro preto parou ao meu lado e abaixou o vidro revelando o último rosto que eu gostaria de ver.

— Sai da chuva - A voz rouca soava como um pedido enquanto o moreno abria a porta para mim.

— Obrigado. - Disse simplesmente entrando e evitando ao máximo encontrar seus olhos. 

Mantivemos silêncio durante os poucos minutos até a casa. 

— É a casa cinza - Disse assim que entramos na rua certa.

O moreno estacionou o Carro duas casas antes da casa indicada.

— Elijah... - Olhei pra ele pela primeira vez desde que soube que havia falado o nome dele enquanto tinha apagado - Nós já nos conhecíamos?

— Não - Ele desviou o olhar como se tivesse algo a esconder - Quando estava inconsciente, você disse meu nome... O que estava acontecendo na sua mente?

— Logo depois que me vi tomar o sangue tudo virou escuridão. E ai ouvi você me chamar. Primeiro de Bella e depois de Isabella, disse que eu não entendia. - Suspirei pesadamente - Eu tenho que ir. - Disse rapidamente enquanto puxava maçaneta da porta - Obrigada pela carona. - Disse já do lado de fora, a tempo de ve-lo acenar contidamente com uma expressão quase perturbada.

Entrei na casa e para a minha sorte apenas Esme estava no andar de baixo.

— Bella querida, como você está? Cade o Edward? - Ela perguntou vindo da cozinha onde arrumava algumas flores num vaso.

— Edward ainda não chegou? Ele... Saiu de lá antes de mim...

— Eu sinto muito por tudo o que está acontecendo - Ela disse sincera.

— Bella, céus, você está bem? - Uma figura minúscula apareceu do nada me sufocando em um abraço.

— Alice. Eu ainda preciso... De ar - Disse me soltando do abraço e recuperando o fôlego.

— O que exatamente aconteceu? Porque do nada, seu futuro seu futuro se tornou um borrão sem rumo. - Ela despejou as palavras mais agitada que o normal.

— Bom eu... Descobri que sou uma vampira - Bufei pela ironia da frase que estava dizendo. - Alice eu preciso tomar um banho, prometo que depois te conto tudo. - Disse enquanto me encaminhava para o segundo andar apesar da cara de protesto da vampira.

Ok, eu devia parar de descrever os outros assim "a vampira" ou "o vampiro" afinal, eu me enquadrava nessa categoria agora.

Entrei no banheiro e fitei minha imagem nua no espelho enquanto a banheira enchia. Efeitos da minha descoberta mais recente talvez, não sei explicar ao certo, porém era como se eu olhasse para uma estranha, mas que no fundo era eu. Apenas precisava retirar sei lá quantos anos de Compulsão para me descobrir.
Entrei na banheira e deixei que meu corpo fosse submerso pela água e fiquei assim até que a falta de ar se tornou insuportável.

Repeti esse ciclo por incontáveis vezes até ouvir a porta do quarto se abrir.

Precisava ter uma conversa com meu namorado.

Sai do banheiro e encontrei Edward encostado no parapeito da sacada fitando os últimos resquícios de laranja no céu.

Me aproximei com cautela, afinal não sabia como ele estava devido aos acontecimentos de hoje.

— Estava lembrando da minha transformação... – Ele disse rouco ao perceber minha aproximação, mas sem olhar para mim. – Como foi difícil, doloroso e cruel ser obrigado a deixar tudo o que eu conhecia. E de como foi importante ter Carlisle ao meu lado naquele momento. A dor é bem maior quando se está sozinho... – Ele virou para me encarar e seus olhos estavam marejados – E eu te deixei sozinha, em meio a tudo isso eu te deixei lá Bella...

— Edward, eu... – Me aproximei um pouco mais e antes que pudesse dizer mais alguma coisa ele estava na minha frente me tomando em seus braços.

— Eu fui um idiota. Não sei o que deu em mim, eu... – As palavras dele se perderam e um lampejo de raiva brilhou em seu olhar e tão rápido quanto veio ele tentou disfarçar.

— Hei, - Ergui seu rosto para que olhasse em meus olhos – Eu sei que isso não esta sendo fácil pra você e que de uma hora pra outra nossas vidas viraram uma loucura... Mas ainda sou eu e... Ainda somos nós – Passei o polegar sobre o mármore de sua pele – E mais do que nunca preciso de você comigo Ed... – E assim ele selou os centímetros que nos separavam com um beijo.

— Eu vou estar ao seu lado. É uma promessa Bella. Eu te amo. – Ele prendeu os braços ao meu redor com força e eu me aconcheguei em seu colo.

— Eu também te amo – Disse envolvida por seu perfume.

— Estão todos preocupados com você – Ele disse nos separando.

— Acho que temos uma longa historia pra contar – Ri enquanto nos dirigíamos ao andar de baixo.

Como esperado todos estavam aguardando por nós, contamos tudo o que havia acontecido, Alice me bombardeou com perguntas e no fim todos concordaram que talvez fosse preciso ficar mais que duas semanas em Mystic Falls.

Era por volta das 10 horas quando eu decidi que precisava dormir um pouco já que iria ver Bonnie e Elena cedo no outro dia.

Deitei na cama e podia ouvir Edward, Jasper e Emmett jogando videogame no andar de baixo.

Enquanto a inconsciência não me acolhia ocupei minha mente com as desculpas que daria a Charlie e Renée para ficar mais tempo em Mystic Falls. Só então me dei conta de que eles não eram meus pais. Isso talvez explicasse muitas coisas em minha vida, até mesmo a culpa que eu sentia por não estar disposta a morrer por eles a qualquer segundo, como a maioria dos outros filhos. Já havia me formado então não tinha que me preocupar com a escola. Deixei minha mente divagar por conta própria sobre tudo o que havia mudado desde que me levantei hoje e quando dei por mim meu pensamento estava tomado por um certo moreno de olhos castanhos.

— Droga Isabella – Murmurei para mim mesma me virando na cama.

Por mais que me esforçasse para pensar em outras coisas meu pensamento sempre acabava na mesma pessoa: Elijah Mikaelson. Por quê? Não fazia ideia. Aquela era outra incógnita da enorme equação que minha vida havia se tornado.

Finalmente me dei por vencida e deixei que aquela imagem permanecesse em minha mente até que, enfim peguei no sono.

 

 

 

POV Elijah.

 

Estava a ponto de abrir um buraco em meio ao chão da sala de tantas vezes que havia feito o percurso entre o sofá e a mesa de jantar.

Mal podia entender o que estava acontecendo. 

Há um dia havia saído de Nova Orleans com a esperança de que uma bruxa me ajudasse a achar o motivo pelo qual eu sonhava com a mesma pessoa a 50 anos. E o que encontrei foi nada menos que a pessoa em questão com uma lacuna enorme no passado criada por uma possível compulsão realizada por meu pai. Como se não bastasse, quando tentamos reverter a Compulsão ela desmaia e chama por mim. 

E apesar de tudo isso nenhum momento que passei em meus mil anos de existência se compararia ao momento em que meu olhar cruzou com o dela.

Estava prestes a completar a centésima nona volta no espaço reduzido entre os moveis quando meu celular tocou.

— Irmã – Atendi ao ver o nome de Rebekah no visor.

— Como vai Mystic Falls irmãozinho? – A voz doce e animada perguntou.

— Exceto pela numero crescente de criaturas sobrenaturais, exatamente da mesma forma que estava no século passado.

— E temos novidades sobre nossa misteriosa garota dos sonhos? – Ela perguntou em um sussurro fingido.

— Se eu te contar não acredita... – Sentei-me ao sofá e comecei a contar, resumidamente, tudo o que havia acontecido no dia e, por incrível que possa parecer, não fui interrompido uma vez se quer – Rebekah? Ainda esta ai? – Perguntei após os instantes de silencio que se seguiram depois do meu relato.

— Ai meu deus Elijah! Isso é... Céus, coitada dessa garota. É terrível o que aconteceu com ela, mas maravilhoso você te-la encontrado. Por Odin como eu queria ver sua cara quando a viu... – Minha Irma desandou a falar e eu me amaldiçoei pelo momento em que decidi contar a ela. – ...Isso é loucura. – Ela ficou muda por alguns segundos novamente – Eu preciso ir – E desligou.

Estranho. Rebekah não é o tipo de pessoa que desliga na minha cara. A não ser que esteja tomando uma decisão que eu possa não apoiar.

Contrariado com os rumos que meus pensamentos estavam tomando subi as escadas e tirei o terno, me deitando em seguida.

Minha mente pensava em milhares de coisas a cada milésimo de segundo e a maioria delas se resumia a uma pessoa: Bella.

Fechei os olhos mantendo a imagem da garota em meu pensamento quando uma questão se fez presente: Eu ainda sonharia com ela essa noite?

Ri do questionamento e esperei a inconsciência me tomar e me responder.

 

 

 

 

POV Isabella.

 

“Estava sentada sobre a carcaça de um carro qualquer no que parecia ser uma oficina mecânica quando uma garota loira acompanhada por dois caras, um tão loiro quanto ela e outro moreno se aproximaram de mim.

— Eu acho que deveríamos ir – A garota me esticou um folheto de show.

— Não sei Amanda... – Disse olhando para o papel – Philadelphia é longe pra caralho.

— Mas é o Bon Jovi Izzye, o Bon Jovi! – Um dos garotos, o loiro, falou.

— Mas é Philadelphia  – O moreno retalhou – São dois dias de viajem. Você quem decide Iz.

— Não sei... Algo me diz que não é uma boa ideia... Mas é o Bon Jovi. – Suspirei ainda sem decidir.

— It’s now or never (É agora ou nunca) – Amanda praticamente gritou.

— We ain’t gonna live forever (Nós não vamos viver para sempre) – O loiro continuou.

— We Just want to live while we alive (Nós apenas queremos viver enquanto estivermos vivos) – Os dois cantaram juntos.

— Ah, ok, vocês venceram – Levantei as mãos em sinal de rendição.

— Ai vamos nós Philli! – Comemoram.”

Acordei com uma tremenda dor de cabeça e lembranças esquisitas de um sonho esquisito. Tateei a cama em busca do meu celular e pelo corpo mármore de Edward encontrando apenas a primeira coisa.

Eram 7:40, havia marcado com Bonnie e Elena as 8:30 no Grill, para tomar café e conversar antes de começarmos o feitiço novamente.

Levantei, tomei um banho e coloquei uma calça jeans, uma camiseta branca e um all star.

Enquanto descia as escadas algo me ocorreu. Será que Elijah se juntaria a nós hoje? Balancei a cabeça para afastar o pensamento e agradeci por Edward não poder ler minha mente.

— Bom dia – Esme me cumprimentou enquanto eu ainda descia as escadas.

— Bom dia Esme... – Respondi sorrindo – Viu Edward?

— Esta la fora com Emmett concertando o Jeep – Ela riu – Deve estar com fome, vou preparar seu café.

— Não precisa, eu marquei com Bonnie e Elena para o café, obrigada.

Desci até a garagem e vi pernas que eu julgava pertencer a Emmett em baixo do  Carro.

— Bom dia. – Cumprimentei.

— Bom dia. – Edward me deu um selinho

— Bom dia Belinha – Emmett saiu de baixo do jeep – E ai, vai ir ver os filhos do Drácula hoje?

— Bom se eles são os filhos isso faz de mim o que? A Filha do Drácula? – Ri – Marquei com as meninas no Grill – Me dirigindo a Ed.

— Eu te levo, nem pense em contestar.

 

 

 

 

POV Elijah.

Estava dando um nó na gravata quando ouvi um carro parar em frente a minha casa. Suspirei já prevendo quem seria.

Desci as escadas me dirigindo imediatamente a porta com um inevitável sorriso no rosto. Provocado não pela visita que estava prestes a receber é claro, mas pelas lembranças do sonho que ainda estavam nítidas em minha mente, maravilhosas porém questionadoras.

 

“Eu andava por uma das ruas mal iluminadas de Paris a procura de Niklaus. Faltavam vinte minutos para a meia noite e o Conde de Orleanistas fazia questão da presença de todos os convidados para a celebração do ano novo.

Dobrei uma das esquinas que levava ao rio Sena quando a visão de uma figura me parou.

Estava de pé em uma das pontes que cortavam o rio, com um vestido pouco armado para um baile da corte.

— Não é certo uma senhorita caminhar desacompanhada pelas ruas nesse horário. – Disse me aproximando.

Assim que ouviu minha voz ela se virou bruscamente, nos olhos um misto de alivio e surpresa.

—Sugere que eu deva procurar alguma proteção senhor? – Ela sorriu corando delicadamente sob o luar - Me perguntava se te encontraria aqui... – Ela baixou o olhar.

— O que faz em Paris?

— Não sei na verdade. – Ela começou a caminhar sobre a ponte –Estava em uma ilha ao norte da Austrália.  Eles vivem como selvagens lá. – Começou a contar enquanto eu caminhei para acompanhar seus passos – Acredita que fiquei la por 17 anos sem se quer me dar conta do tempo? – Ela riu olhando para os próprios pés.

— Isso é comum para a maioria dos imortais, dias equivalem a horas humanas e décadas a semanas. Mas admito que me surpreenda um espírito tão... Livre quanto o seu permanecer tanto tempo no mesmo lugar.

— Bom, só ouve um lugar onde fiquei tanto quanto lá... – Sua voz se perdeu em meio a lembranças. – É por isso que estou aqui.”

 

E foi nessa hora que o maldito despertador do celular soou.

Abri a porta e fitei a figura loira parada ao lado de duas malas.

— Rebekah – Não pude deixar de sorrir ao vê-la.

— Oi irmãozinho.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que estão achando, não esqueçam de me contar nos comentários!

Até o próximo capitulo! (me esforçarei ao máximo para que não demore)

Bjos ♥