Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 8
Resultados do pânico


Notas iniciais do capítulo

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Blair Waldorf

 

Vesti minha roupa rapidamente quando vi que o carro parou na frente da minha casa. Onde está a porra do meu sapato? Achei. Olhei rapidamente para o Chuck para garantir que ele já estava pronto. O que aquilo significava? Quer dizer, nós estávamos... namorando? Ou tinha sido só uma transa sem importância pela carência ou pelo momento? Aquilo significava que eu o perdoava. Mas será que significava que estávamos juntos de novo?  Sentia-me estranhamente alegre. Era como se tivesse tirado um grande peso das minhas costas. Ele terminou de calçar o sapato.

 

- Está pronto? – Perguntei arqueando uma sobrancelha.  Olhei pela janela e levei um susto. – Meu Deus! Quando começou a chover desse jeito? – Ouvi ele rir. Quando entrei no hospital, o tempo estava nublado, mas não a ponto de chover. Fora que estava um calor anormal quando saímos.

- Logo que saímos da delegacia. – Delegacia. Aquela palavra me deu arrepios. – Você não tinha percebido? – Ele pediu com um sorriso malicioso no rosto.

- Hm... não. – Tentei segurar um sorriso. Acho que não deu muito certo. – Vamos. Dorota deve estar preocupada. Além do mais, já deve ter enchido a casa com aquelas parafernálias para algum tipo de ritual polonês para saúde. Sabe como a Dorota é exagerada. – Revirei os olhos. Ele sorriu. Dorota era muito apegada às tradições do país dela. Ela saiu da Polônia, mas a Polônia ainda estava nela. Ela geralmente resmungava em polonês, fazia coisas pela cultura e vivia polindo a coroa. Ela era princesa, algo do tipo.  Saímos do carro correndo para não nos molhar. Muito. Embora não tenha dado muito certo. Eu estava sem casaco e com certeza estava frio. Eu me sentia tremer.

- Toma. Não quero ver você no hospital de novo. – O Chuck disse enquanto me entregava seu paletó.  Vesti o paletó depois de dar um beijo nele. Já estávamos encharcados quando consegui tocar a campainha. Vi o portão abrir calmamente e sorri. Enquanto entrava em casa lembrei rapidamente da minha mãe, meu pai e Serena.

- Você já avisou mamãe e papai? – Deixei o paletó na entrada e vi tantas velas que por um momento cogitei a hipótese de incêndio. Mas logo me lembrei da Polônia e imaginei quantas velas eram precisas para o ritual da Dorota.

- Liguei pra Eleanor. Ela disse que iria pegar o avião agora de noite e estaria aqui pela manhã. – Bufei. Não tinha motivos para minha mãe se deslocar de Paris até aqui. – Harold mandou melhoras e disse que assim que possível vem te visitar. – Senti meus olhos brilharem. Mesmo tendo passado as férias com meu pai, sentia sua falta.

Vi Dorota correndo. Ela escorregou em um tapete e quase derrubou algumas velas, mas conseguiu equilibrá-las e continuou vindo na nossa direção. Vi Chuck rir significantemente quando ela tropeçou.

- Miss Blair! Que bom que a senhorita está bem. Acendi as 101 velas pelo caminho que você fez a ultima vez que saiu de casa para que retornasse bem*! Eu sabia que a tradição polonesa não lhe abandonaria! – Fiz o possível para não rir. Olhei para o lado e vi o Chuck com a mão sobre a boca. Provavelmente segurando o riso.

- Ah. Obrigado Dorota. Agora ligue para o hospital e peça como está a S. Vou lá em cima deixar as minhas coisas no quarto e quero passar pela escola pegar as fichas das candidatas a seguidoras. Tenho que substituir a criminosa da Bridget Young – Ela assentiu com a cabeça.

- Vocês dois voltaram? – Os olhos dela brilhavam. Mas não sabia o que dizer. Na verdade, queria dizer sim. Mas eu não sabia o que ele pensava. Olhei para ele enquanto ele sorria.

- Sim Dorota, nós voltamos. – Senti meu coração parar na garganta quando ele disse aquilo. Dorota abriu um grande sorriso.

- Eu vou preparar algo para vocês comerem. Imagino que estejam famintos. – Minha boca se encheu de água só de pensar em comer comida de verdade. Subi as escadas rapidamente e deixei tudo em cima da cama. Chuck subiu logo depois.

- Já tem alguma idéia de quem possa ter armado tudo? – Chuck me perguntou enquanto sentava na beirada da cama. Havia me esquecido de toda a confusão e que alguém tentou me matar.

- Arriscaria na Georgina, mas ela não está por aqui. Não imagino mais ninguém louco o suficiente para planejar um homicídio. – O que era verdade. Eu amava a idéia de ver Georgina atrás das grades. Mas realmente não achava possível ela sair do quinto dos infernos onde ela estava. Então minhas opções acabam.

- Não imagina ninguém? Nenhuma novata, ou algo do tipo?

- Não. Quer dizer, não presto atenção nas novatas. Não tenho como dizer se pode ter sido. – Realmente não pensava em ninguém. – Mas acho melhor dar um tempo em tudo e deixar as investigações para a policia. – Dei um selinho nele e vi a comida chegar. Alguns waffles com mel e um suco de laranja. Peguei um em um prato, coloquei o mel e cortei delicadamente.

- Liguei para o hospital senhorita Blair. A enfermeira geral garantiu que a senhorita Serena está bem, e que só não teve alta ainda porque algumas feridas infeccionaram. – Eu sabia que isso ia acontecer. – A policia também ligou. Acabaram de pegar a Bridget e pediram para senhorita ir à delegacia. – Merda. Não queria perder o meu resto de fim de semana enfiada em uma delegacia.

- E o que você disse? – Perguntei.

- Disse que a senhorita estava cansada e indisposta e iria assim que se sentisse melhor. – Ela afirmou com um pequeno sorriso no rosto. Já mencionei que Dorota é minha empregada mais eficiente?

- Ótimo, obrigada Dorota. Falaram algo do Carten? – Não adiantava terem prendido os dois se o dono do circo, de pulgas, ainda estava solto.

- Não senhora.

- Ok, está dispensada Dorota. – Ela saiu tranquilamente do quarto.

- Não acha melhor contratar um segurança Blair? – Tentei rir da idéia absurda do Chuck, mas o tom dele era sério. Não tinha divertimento e ironia. Tinha um pouco de... preocupação (?).

- Não é preciso, Chuck. – Ele continuava sério. – Eu não acho que irá ter alguém tentando me matar 24 horas por dia. – A expressão dele não mudou, Ele apenas virou o rosto para mim.

- Mas e se tiver? – Meu Deus. Nunca vi o Chuck tão... preocupado e... fofo (?). WTF?

- Quem é você e o que fez com o Chuck Bass que eu conheço? – Ele finalmente riu.

- Ainda sou eu... Eu só estou... Só acho que... Bom, acho que é melhor prevenir. - Que fofo. Ele estava gaguejando!

- Ok. – revirei os olhos e vi que ele abriu um pequeno sorriso. – Se isso for te deixar mais tranqüilo tudo bem. Mas que ele fique fora do meu raio de visão se não quiser ser decapitado. – Eu falei com um sorriso calmo. Ele riu de novo.

- Fique tranqüila. Eu vou falar com a equipe que cuida do Palace e pegar o mais competente. – Lancei um olhar ameaçador na direção dele. – E discreto. – Ele revirou os olhos e eu sorri.

- Tudo bem. Enquanto isso, eu vou tomar banho e trocar essa roupa encharcada. – Olhei para minha roupa que estava completamente molhada.

- Não me convida para ir junto? – Ele perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

- E desde quando você precisa de convite? – Disse enquanto entrava no banheiro e tirava a blusa, seguida por ele.

 

Chuck Bass

 

Me enrolei em uma toalha e fui até o closet da Blair. Acho que ela ainda guarda alguma roupa minha por aqui. Abri a terceira porta e achei praticamente metade do meu guarda roupas ali. Peguei uma camisa e uma calça qualquer e vesti. Blair já estava pronta. Eu ainda não entendia por quê eu sentia necessidade de proteger ela. Não entendia porque sentia meu coração apertar só de pensar em perder ela. Também não entendia porque eu queria estar comprometido. Eu queria estar amarrado. Desde que fosse com ela. A policia precisava pegar o Carten logo. Não apenas pela segurança da Blair. Mas também para que eu possa ter certeza que minha ficha nunca chegará às mãos da Blair.

- Estou pronta. Vamos? – Ela pediu enquanto colocava as mãos nos meus ombros. Assenti com a cabeça e descemos as escadas e peguei meu paletó e um casaco para ela na porta. Entramos na limusine e pedi para seguir para o colégio.

- Você acha mesmo segurança necessário? – Eu sabia que ela iria tentar ao máximo se livrar disso. Mas acho que ficaria mais tranqüilo sabendo que tem alguém cuidando da segurança dela.

- Acho. – Falei da maneira mais autoritária que consegui. Acho que ela ficou chateada. – Olha... – cheguei mais perto. – Você não vai nem perceber que ele está ali. – Ela ficava tão sexy com cara de braba. – Eu prometo. – Vi um pequeno sorriso se formar no rosto dela. Ela se aproximou e me beijou. Paramos na escola e pegamos as fichas. Ela passou o caminho todo bufando e rabiscando as fichas com caneta vermelha. Ela deixou três fichas separadas e jogou o resto no lixo logo que saímos da limusine e fomos até o Palace. Conversei com Joseph, o chefe de segurança. Ele disse que tinha alguém sim. O nome dele era Derek e aparentemente é o mais competente da equipe. Ele era conhecido por ser discreto e saber lidar com pessoas difíceis. Perfeito. Mandei o contratar.

Ouvi meu celular tocar ao mesmo tempo em que o da Blair. Já imaginei o que seria.

Olá Upper East Sidders! Tenho novidades bombásticas! Depois de pesquisar um pouco, descobri que tem alguém tentando matar nossa querida Queen B. Ao que parece, B. tem mais inimigos do que imaginávamos!  Mas tenho uma novidade ainda mais incrível: ao que tudo indica, B. e C. voltaram. Acabo de flagrá-los descendo da famosa limusine de Chuck Bass e entrando no Palace em clima de romance. Parece que tentativas de assassinatos superam tudo. Fica a dica.

XOXO. Gossip Girl.

Vi a Blair revirando os olhos, mas com um sorriso no rosto a poucos metros de mim. Sorri para mim mesmo. Em outras circunstancias, olharia para os lado e tentaria ver se tinha alguém com uma câmera na mão, mas como nunca encontrava, achei melhor poupar meu tempo.  Fui em direção a Blair quando fui parado pelo recepcionista.

- Senhor Bass, acabaram de deixar isso na recepção. – ele disse me entregando um pedaço dobrado de papel. Agradeci e comecei a abrir ansioso o papel. Poderia ser algum telefone...

Saiba que costumo terminar o que começo Bass. Aproveite sua bonequinha... enquanto ainda pode. Não deixe as coisas muito fáceis para mim. Irá perder a emoção.

Carten Baizen

Amassei o papel com raiva e o joguei no chão. Minha próxima atitude foi olhar para o lado e garantir que Blair estava sob minha visão. Ajuntei o papel e levei até ela. Ela me olhava assustada.

- Leia isso. – entreguei o papel para ela e ela não pareceu se assustar. Apenas sorriu levemente e colocou uma das suas mãos sobre meu peitoral.

- Ele só mandou isso para te irritar. E pelo jeito, conseguiu. Fique tranqüilo, eu sei me cuidar. – Ela me beijou. Eu não conseguia ficar tranqüilo. Não sabendo que tinha alguém tentando colocar as patas na minha Blair. Não que isso me impedisse de aproveitar o momento.


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Notas finais do capítulo

* O ritual sitado é realizado na Polônia mesmo! As velas desejam que a pessoa volte para o lugar da mesma maneira que saiu!

— Espero que tenham gostado! Viram como estou postando com mais frequencia? Continuem deixando as reviews!

XOXO. Neli ;*