Meu corpo estava leve, e meus lábios sorriam sem motivo aparente. Ah, é claro que tinha. Chuck Bass. Dessa vez nós realmente nos acertaríamos! Era tudo que eu esperava, que dessa vez, desse certo. Abri meus olhos, e o sorriso se dissipou. Ele não estava ali. Levantei, jogando um hobbie sobre a pele e o amarrando enquanto descia as escadas.

- Dorota! Você viu o Chuck? - Ela meu olhou, tristemente. Parecia tão triste que eu não sabia se queria ouvir sua resposta.

- Sim, senhorita Blair. Ele saiu cedo, não falou muita coisa. Apenas pediu para mim lhe entregar isso assim que você acordasse. - Ela me entregou um envelope, branco, normal. Estranhei veemente a falta do CB, mesmo assim, subi para meu quarto, de dois em dois degraus.

Abri o envelope e tirei uma folha de papel clara, que estava na minha escrivaninha pela manhã. Não restavam dúvidas que era a caligrafia dele. Eu não queria ler. Fiquei mais de quinze minutos brincando com a aba do envelope, desejando que eu acordasse desse pesadelo, passasse a mão pelos lençóis e Chuck estaria ali, do meu lado, fazendo círculos nos meus braços com o polegar dele. Então, ele iria sorrir e murmurar que meu cabelo está horrível, mas que ele não se importava, e me beijaria nos lábios com aquela delicadeza, aquela sutileza dele. Mas não aconteceu. E eu me vi obrigada a desdobrar a folha e deixar meus olhos correrem pela letra altiva. 

“Desculpe, odeio fazer isso. Não quero que você pense que eu não gostei da noite passada, nem nada do tipo. Foi ótima, como todas as noites com você. Mas ela simplesmente não pode voltar a acontecer. Quando vamos aceitar que nós dois juntos, nunca vai acontecer? Um de nós - geralmente eu, eu sei disso - sempre estraga tudo. Por que tentarmos? Pra nos machucarmos ainda mais, como sempre fazemos? Eu estou cansado de errar com você e te ver sofrendo, por minha causa!  Está óbvio que não fomos feitos para ficar juntos. Nunca vamos dar certo, não importa quantas vezes digamos o contrário. Nada vai mudar. E eu só quero que isso pare de doer, de corroer. Ao mesmo tempo em que eu quero você, eu quero que você seja feliz. E você não vai conseguir ser feliz comigo. É hora de seguir em frente e aceitar que mesmo nunca te esquecendo, eu tenho que continuar minha vida. Lembra-se do que eu disse ontem? Que meu coração ficaria com você pela manhã? Então, ele ficou. E nunca, nunca vai deixar de estar com você. Mas vamos admitir que é melhor assim: nós paramos de sofrer e seguimos em frente.

Eu te amo.

Sempre seu, Chuck Bass.”

É óbvo que eu já chorava deseperadamente depois de terminar a carta. Eu me agarrei os lençois, tentado acordar. Eu precisava acordar. Mas, novamente, não aconteceu. Era verdade. Então, eu afundei minha cabeça no travesseiro, me perdendo no meio das lágrimas.

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2 meses depois...

- Blair, você viu isso? Sempre soube que o Chuck era um grande canalha. - Minha mãe falou, me jogando o jornal. Serena estava sentada na minha frente, e me lançou um olhar tristonho. Li a manchete.

"Casamento do ano: É amanhã que o empresário Chuck Bass e a filha do grande juiz Rinaldi, Analisa."

Suspirei. As machetes do noivado deles começaram a sair um mês depois que chuck partirá. Eu já estava acostumada. As especulações do casamento tão apressado não paravam, mas aquilo me machucava um pouco mais. E amanhã... Fui para a página da reportagem.

"Em Londres, as 18h, acontecerá a união do ano. Analisa se diz muito feliz com a abadia onde o casamento irá acontecer, que foi alugada por quase $50.000,00."

Parei de ler, subindo as escadas correndo. Abri meu closet, joguei duas malas sobre a cama, e comecei a socar várias roupas aleatórias dentro dela. Serena apareceu na porta, de repente, mas eu estava tão absorta na minha tarefa que mal virei o rosto para ela.

- O que está acontecendo? - Ela gritou, abismada.

- Eu vou impedir que Chuck se case! É isso que está acontecendo. - Gritei o mais alto que pude, sem interromper minha correria até as malas.

- O que você prentede fazer!? Aparecer lá e dizer que o ama? 

- É.! - Ela atravessou o quarto em poucos passos largos e me agarrou os braços, olhando nos meus olhos.

- Blair... ele vai casar. Encare isso. - Mas eu mal prestei atenção no que ela falava. Aquele perfume... era... enjoativo... doce demais, forte demais. Meu estomago embrulhou, e eu senti a bili na minha garganta, e corri para o banheiro. 

Serena segurava meu cabelo, educadamente, enquanto eu mal entendia aquele enjoo tão forte pela manhã. S. me encarou enquanto eu lavava o rosto.

- Eu sei que você quer falar algo. Fale logo, - Eu disse. Já era desonfortável o suficiente ter vomitado, para que alguém ficasse me encarando.

- Sua menstruação está em dia? - Eu não entendi a principio, mas depois compreendi onde ela queria chegar, e revirei os olhos.

- Isso é ridículo. - Maneei a cabeça.

- Está? - Pensei por um minuto, e depois o pânico tomou conta de mim. Era verdade. Há 1 mês e meio, minha menstruação não vinha. 

- Está. Mas isso não significa nada, minha menstruação sempre foi irregular.

- Blair! O  Enjoo! Menstruação! Qual a ultima vez que você dormiu com Chuck? Há dois meses, mais ou menos, certo? 

- Serena! Pare por ai! Eu não estou grávida! - Gritei, não admitindo o quanto estava assustada. Era possivel. Eu e Chuck sempre nos cuidavamos, mas naquela noite foi tão... intenso que acabos esquecendo. Eu estava solteira, e tinha parado com os anticonssepcionais. Eu estava vulnerável.

- Nós vamos tirar isso a limpo. Fique ai, parada. Eu vou até a farmácia buscar um teste. Não fale para sua mmãe até eu voltar. - S. vocerifou, antes de sair correndo pela porta. Desabei no chão novamente, colocando uma mão sobre a barriga. Blair Waldorf... grávida?