Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 28
É sempre mais difícil na segunda chance


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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http://www.youtube.com/watch?v=bRk2BcsLdQA || Second time around - Lady Gaga

 

Ele estava distante. Chuck Bass estava calado ultimamente. Eu não sabia o que havia acontecido, mas desde a semana que nós voltamos, ele estava calmo demais.

 

Last time I thought we had this talk. Boy you were getting ready to leave, I thought that baby you were done. Cause for a while you could barely look at me.

Da última vez que eu achei que tínhamos conversado sobre isso. Garoto, você estava quase pronto para ir. Eu pensei, baby, que você estava cansado. Porque, por um tempo, você mal podia olhar pra mim.

 

- Quer conversar? - Eu perguntei, no banco da limousine, enquanto ele encarava o chão.

- Não. - Ele respondeu seco, enquanto continuava da mesma maneira.

- Você anda distante... - Disse, e ele se virou para mim com um sorriso sem muita emoção.

- Apenas meus negócios. Eles estão me preocupando. - Ele me beijou, mas eu já sabia que ele mentia. E o beijo... não tinha paixão. Era como se ele estivesse se sentindo obrigado a fazer aquilo. Eu senti meu coração congelar com aquele pensamento.

 

I'm so unpredictable, you don't know what to think. So unemotional. Wonder if I'm even still in love. You see I don't know what to tell you now. It's always harder the second time around.

Eu sou tão imprevisível, você não sabe o que pensar. Tão insensível, me pergunto se eu ainda estou apaixonada. Veja, eu não sei o que te dizer agora. É sempre mais difícil na segunda chance

 

- Você não se parece com você mesmo. - Eu falei, separando o beijo e me encolhendo no canto. Ele tentou tocar minha face, mas acho que desistiu. Quando a limousine parou em frente a minha casa, não nos despedimos.  Eu tinha aceitado fazer as pazes com ele, mas depois de uma semana que estávamos juntos, ele mudou. Talvez estivesse cansado de mim.

 

We tried going back to Joe's, that always was our favourite place. Long rides baby by the coast... Do you remember where we stayed?

Nós tentamos voltar ao Joe's, que sempre foi nosso lugar favorito. Longas viagens, baby, pela costa... Você se lembra de onde nós ficamos?

 

Peguei o celular com a mão levemente trêmula, discando o número da S. Ela não atendeu. Eu queria ajudar, mas como quando o problema é oculto?  Eu sabia que aquilo não era meu Chuck Bass. E eu não podia fingir que estava gostando da mudança. Talvez eu não amasse aquele Chuck Bass que me levou para o restaurante hoje. Talvez aquele Chuck Bass não me agradasse da mesma maneira que eu Chuck narcisista agrada. E aquilo me machucava. Eu sabia que ia ser complicado para ambos esquecer todas as palavras duras. Será que era por isso que Chuck estava estranho. As mudanças de temperamento me enlouqueciam. O eram apenas meus hormônios? 

 

I'm not sure the best way to say this... But I can't pretend to love you no more babe. This ferris wheel`s got me crazy. Maybe the second time around is not meant for us babe. Not meant for us babe...

Não sei ao certo qual a melhor maneira de dizer isso... Mas não posso mais fingir que te amo, baby. Essa roda gigante me deixou louca. Talvez a segunda chance não seja para nós, baby. Não seja para nós, baby...

 

Dorota subiu para meu quarto com alguns calmante e olhos preocupados. Não precisava daquilo. Tecnicamente, Chuck e eu não havíamos brigado. Ou rompido.  Ouvi meu celular tocar e quase sorri ao ver o nome do identificador de chamadas.

- Alô? - Disse com voz brada, escutando um suspiro aliviado do outro lado da linha.

- Você estava certa. - Chuck falou, sem dizer nada antes, Sua voz estava levemente embaralhada, mas eu consegui escutar claramente buzinas no fundo. 

- Sobre o que? - Pisquei delicadamente, quase esquecendo que ele não podia me ver.

- Eu não lhe falei a verdade toda. Estou a caminho e te explico tudo. - Sorri, vendo que meu Chuck estava quase de volta.  

 

I'm so unpredictable. You don't know what to think.

Eu sou tão imprevisível, você não sabe o que pensar.

 

Quando a porta do meu quarto abriu, pensei que ia sentir alivio. Mas pelo contrário, senti um punhal no meu peito. Chuck estava vermelho e com lágrimas nos olhos e no rosto. ele me olhou, como se estivesse envergonhado, mas não conseguiu conter um soluço.

 

- O que aconteceu? - Corri da cama, envolvendo ele nos meus braços e sentindo ele desabar, deixando mais soluços escaparem sobre meu ombro. Eu não sabia o que havia acontecido, mas para que a muralha de Chuck Bass caísse, deveria ser algo muito grave. Ele me mirou, com aqueles olhos vermelhos e tristes, deixando outra lágrima correr pelo rosto igualmente vermelho e triste.

- Eu conheci minha mãe. - Por incrível que pareça, ele ainda tentou parecer indiferente. Mas não consegui fingir que acreditava, e o abracei novamente, porém mais apertado.

- Você podia ter me contado antes. - Eu falei, o soltando delicadamente. - Eu poderia ajudar, você não tem que carregar o mundo nas costas sozinho, Chuck. Eu estou aqui. - Ele sorriu, e dessa vez, eu pude sentir que ele era verdadeiro.

- Eu sei que essa volta está sendo difícil. Eu não queria complicar as coisas ainda mais com esse melodrama todo. - Imaginem uma criança de 6 anos braba por não conseguir alcançar um interruptor porque é muito baixo. Chuck falou dessa maneira, como se não conseguir controlar os sentimentos fosse algo anormal. 

- Quando alguma coisa que se trata de nós foi fácil algum dia? Se tudo fosse fácil como em novelas mexicanas, provavelmente estaríamos separados há muito tempo. Agradeça que nossa relação seja tão dramática, pois nós somos dois potes de drama concentrado. - Ele gargalhou, sentando-se sobre a minha cama e olhando para mim.

- Você tem razão. Nós já passamos por situações assim antes. - Maneei a cabeça negativamente.

- Não, geralmente você tem culpa, e isso é algo fora da sua zona de comando. - Rimos e ele me olhou, com um sorriso maroto que não combinava com seu rosto molhado.

- Ela quer te conhecer. - Meus olhos se abriram, em pânico, e aquilo fez com que ele gargalhasse mais.

- E se ela não gostar de mim? - Perguntei, sentando ao lado dele na cama.

- Quem, em sã consciência, não gostaria de Blair Waldorf? - Franzi o cenho, e depois sorri.

- Você tem razão. - Ele me beijou, e a paixão estava ali, me fazendo sorrir novamente.

- Talvez a segunda tentativa funcione melhor que a primeira. - Ele me disse, sorrindo.

- Espero que sim. Mesmo que não for, resolveremos isso. - Nada se colocaria entre nós, eu não me importava. Eu queria ele comigo, era só o que me importava naquele momento, pois nada podia mudar nosso passado. Um vídeo de todos os nossos momentos passou na minha mente enquanto ele se colocava sobre mim. Só desejava conseguir apagar os momentos ruins, mas eles continuavam lá. Com sorte, sumiam quando ele me beijava, ou quando eu olhava para ele. 

 

I don't know what to tell you now. It's always harder the second time around. The second time around.

Eu não sei o que te dizer agora. É sempre mais difícil na segunda chance. Na segunda chance.

 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? A próxima fase sai logo, cheia de drama, romance, comédia e é claro, muitas coisas sexy estilo Blair&Chuck! *--*

Deixem reviews amores!

XOXO. Neli ;*