Aquela estava sendo uma noite agradável para os ciganos que viviam no pátio dos milagres.

Todos estavam alegres e bem dispostos.

 As ciganas podiam ser vistas dançando. Todas com graça e elegância.

Suas saias rodadas flutuavam e esvoaçavam enquanto moviam seus braços e pernas sincronizadas com o ritmo e melodia da musica emitida pelos ciganos que estavam a cantar ou tocar os tamborins violões e violinos.

Fazia parecer que tinham a vida totalmente livre e descontariada.

Porem sabiam que o lado de fora, na cidade eram algo que os religiosos fanáticos mais temiam.

Assim como o juiz Claude Frollo os temera no passado e tentara matá-los numa ocasião.

Mesmo assim eram nômades espertos e sempre aproveitavam o melhor que a vida sempre lhes oferecia.

Clopin era um cigano talentoso e decidido.

Era muito respeitado por todos de seu clã e era tido como astuto e capaz.

Algumas mulheres por muitas vezes o consideravam sábio.

Pois era dotado em cantar incríveis melodias como nenhum homem sabia fazer

Alcançando notas que muitas vezes um homem normal jamais conseguia executar..

Dançava e realizava acrobacias com muito entusiasmo, encantando todos a sua volta.

Ele em troca cuidava zelosamente do grupo que em resposta convivia pacificamente uns com os outros.

Mas apesar de seus trinta e dois anos, ainda não possuía uma esposa.

Isso muitas vezes deixava todas as ciganas com duvidas em mente.

Porem elas não comentavam com mais ninguém a respeito disso e só entre si, quando muitas vezes  se reuniam para conversar.

Com a intenção que os outros ciganos não dissessem nada a ele.

Porem nem elas desconfiavam que ele já soubesse a respeito daqueles fatos e boatos que elas sempre estavam a comentar umas com as outras.

“Se ele não tem esposa ainda, deve ser por que nenhuma delas tem coragem para dizer a ele o que sente.” Deduzia uma delas que se  encontrava sentada com as outras em circulo na tenda.

“Ou pode ser que ele ainda não tenha achado alguma mulher que o faça se sentir totalmente atraído ou apaixonado” deduziu outra em meio a elas.

E pelo resto da noite elas ficaram até tarde conversando.

Clopin continuou observando tudo e todos.

E se perguntava se alguma vez na vida iria conhecer alguém que o fizesse se sentir entregue a um novo tipo de sentimento.

E se depois ela o retribuiria o amando em troca.

“Consigo sentir que em breve você terá uma mulher que te ame pelo que você é e te valorize completamente.”

Sussurrou uma voz firme e decidida ao mesmo tempo em que tocou a mão dele.

 Era Esmeralda acompanhada de seu marido Phoebus e seu filho Zephyr que o abraçou sorrindo.

Clopin sorriu para eles e recuperou a confiança no destino, certo que um dia a mulher de sua vida iria aparecer.

“Um dia você vai se casar com uma cigana linda como a mamãe, tio Clopin. Acredite!”

Disse o pequeno Zephyr enquanto continuava sentado em seu colo.

“É! Um dia.” Disse ele sorrindo para o pequeno garoto acariciando seus cabelinhos loiros.

 Depois que ele e seus pais se afastaram, Clopin se adentrou em sua carroça.

Sem deixar de observar os outros ciganos que continuavam a dançar e depois passou a observar o céu noturno.

A lua e as estrelas brilhavam forte em meio ao céu escuro, deixando aquela noite romântica e admirável.

Ele então rezou um breve pedido a Deus e a todos os santos que lhe mandassem uma mulher que fosse para ele a oitava maravilha do mundo.

 Que risse de suas piadas se encantasse com suas historias e que o transformasse no homem mais feliz de toda a Paris.

“Tenho certeza que isso me faria tão feliz.” Conotou para si mesmo ao mesmo tempo em que adormeceu.

Ainda ouvindo a musica alegre dos ciganos e o bater de palmas e dos tamborins enquanto continuavam a dançar felizes e empolgados.

Durante todo aquele tempo toda a Paris continuou adormecida.

Porem, mal sabiam todos eles que algo inesperado estaria para acontecer no dia seguinte.

Os ciganos continuavam dançando e comemorando felizes.

 Sem nenhum pingo de preocupação.

Crentes de que suas vidas continuaria a ser tranquila e sem nenhum problema.