Linhas Cruzadas. escrita por MissDream


Capítulo 6
O novo.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, sou a pior autora de todos os tempos, atraso capítulo, demoro a responder comentários, enfim... Um desastre. Mas só peço que continuem me apoiando como sempre e, por favor, continuem dando uma chance para LC ;)

Enfim, boa leitura, meninas!!



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"Why you wanna tell me how to live my life? Who are you to tell me if it's black or white?"

 

 

Felicity Smoak era uma mulher petulante, intrometida, arrogante e mandona. Desde a hora que a encontrei sentada na minha cadeira, eu sabia que aquilo não daria certo. Eu estava acostumado com o equilíbrio da minha equipe, apesar de todos cooperarem, eu sempre fui o líder, sempre ditei as regras. Mas algo no olhar daquela garota me dizia que toda a ordem e paz no team não durariam muito.

̶  Você pode, por favor, não me encarar como se eu fosse uma aberração da natureza? – observei suas têmporas ser massageada. Nós estávamos num silêncio absurdo desde que ela me rendeu, eu podia sentir o seu incomodo em ser observada,
̶  Então Smoak, por que Amanda te mandou? – analisei suas feições em busca de algum sinal de nervoso.
̶  Pelo caso. Sou uma agente cibernética especializadas em desaparecimentos, logo ela me pôs na equipe. 
̶  Como posso saber que não está blefando? 
̶  Você sabe que esse caso não voltou para sua equipe por acaso, certo? 
̶  O que está querendo dizer, agente? 

— Qualquer um aqui tem noção de que se fosse apenas um caso de tráfico humano, a inteligência de Star ou o FBI cuidaria disso, se fosse apenas a máfia, a Cia cuidaria. Mas a  coisa aqui é diferente, Queen, estamos lidando com algo muito maior, é uma facção perigosa e você sabe o que dizem: por mais que tentem, a Cia nunca é 100% discreta.
̶  O que quer dizer com isso?
̶  Que você não deveria questionar as escolhas da Waller e muito menos as minhas habilidades profissionais. Você vai me querer como amiga.

(...)

Senti minha cabeça latejar, eu já estava na segunda aspirina só naquela manhã, dois dias trabalhando nesse caso e eu já me sentia nadando em areias movediças. Abri meu email apenas para organizar as coisas do hotel, apesar de usá-lo como fachada, eu ainda precisava prestar conta com os outros sócios. Rolei meus olhos pela caixa de entrada observando novas mensagens, me surpreendi com uma em especial: Tommy Merlin.

̶  Oliver, chegaram esses documentos do setor financeiro do hotel para você. – ergui os olhos para encontrar uma Helena dentro de uma saia apertada e saltos extremamente altos.
̶  Entre. – fechei o notebook enquanto ela obedecia minha ordem. – Sabe que eu adoro quando você usa essas roupas coladas ao corpo?
̶  O que mais você gosta senhor Queen? – sua voz sedutora explicitava sua excitação.
̶  Gosto quando você desfila em minha frente apenas de salto. – agarrei sua cintura firme a ouvindo soltar um gemido. – Fazer sexo com você em cima dessa mesa é outra coisa que muito me agrada.
̶  Então faça, Oliver. – a sentei na mesa me encaixando em suas pernas, enquanto beijava sua boca com urgência, eu precisava extravasar. Estava prestes a tirar sua blusa, quando ouvi o barulho irritante do meu celular.
̶  Sim? – atendi sem prestar atenção no identificador.
̶  "Péssima hora para você inventar de fazer sexo".
̶  Que? Como?... - ouvi o riso sarcástico do outro lado e contive a minha raiva.
̶  "Descobri uma coisa e preciso que você suba até aqui".
̶  Fe.li.ci.ty. – rangi as palavras sentindo-me frustrado.
̶  "Agora Oliver". – a descarada desligou na minha cara.
̶  Então... Quem é Felicity? – só então me dei conta de que eu ainda estava entre as pernas de Helena.
̶  No momento, uma pedra insuportável no meu sapato. – recolhi meu terno. – Preciso ir. – a deixei com uma expressão confusa e fui até a entrada secreta, tentando controlar a raiva por Felicity ter interrompido meu momento.

̶  Eu realmente espero que seja algo importante. – invadi a sala de Ray, onde a vi digitando freneticamente em alguma coisa.
̶  E voilà. – falou dando uma ultima checada no monitor. – Um baile municipal para arrecadar fundos para uma instituição de caridade. 
̶  O que tem isso? – franzi o cenho confuso.
̶  Nossa pista. – olhei os outros que pareciam tão alheios quanto eu, exceto Ray.
̶  O baile municipal atrai vários grandões de Star. – ela continuou sua explicação sem pressa nenhuma.
̶  Eu sei, é a festa mais tradicional da cidade, só não entendo como esse evento se tornou nossa pista.
̶  A questão aqui é que Donner estará nesse baile, se levarmos em conta que ele não é um milionário, é uma ponta solta. – Ray começou a fazer sentido. – Então vamos a esse baile e investigamos alguns empresários, e claro, nosso querido suspeito.
̶  Só não entendo como vamos a essa festa se nem somos ricaços. – ri da dúvida de Felicity.
̶  Se nota que não é daqui. -  provoquei.
̶  Preciso concordar de onde eu venho as pessoas trancam as portas e desligam as câmeras antes de levar uma funcionaria pra cama, ou seria pra mesa?
̶  Você é uma intrometida. – esbravejei sentindo a irritação irradiar dos meus poros.
̶  Eu apenas respeito meu local de trabalho, agora se me der licença eu tenho muito o que fazer.
̶  Certo vocês dois, já chega. – Sarah entrou na conversa. – Entramos no sistema da polícia e parece que tem uma universitária desaparecida a dois dias.
̶  E desde quando viramos agentes da polícia? – Roy se pronunciou. 
̶  Não foi uma simples garota, foi Rachel Scott, a filha mais velha do sargento Scott, um oficial que fornece informações a Argus.
̶  Como ela desapareceu? – senti algo subir pela minha espinha, um arrepio de sobreaviso.
̶  Vista pela ultima vez entrando num táxi.
̶  Sarah... – era coincidência demais.
̶  Oliver não, eu cuido disso. – eu sabia que não teria como protestar – Felicity e eu vamos cuidar da universidade, Ray e John sondarão o escritório de Adam, Roy vai rastrear e montar uma planilha de todos os passos dele e você vai cuidar de nossas entradas pro baile.
̶  Posso falar com você? – ela assentiu me guiando até sua sala. – Tommy estará de volta e quer que o busquemos no aeroporto. 
̶  Aquele filho da mãe não me avisou nada. – Sarah resmungou em falso aborrecimento. – Estou louca para abraçar aquele desgraçado.

Tommy, Sarah e eu crescemos todos juntos, quando terminamos o colegial seu pai o mandou para Londres, uma universidade renomada o tornaria um brilhante empresário. Pobre Malcon, mal sabia que o filho matava aula para encher uma lancha com as mais belas mulheres na baía de Coast City. Foi só no fim do terceiro período que Tommy resolveu deixar claro para o pai que nunca quis ser como ele, então voltou para Star e sua velha vida de boêmio, Malcon sempre fez os gostos do filho. Apenas quando Malcon faleceu a pouco mais de dois anos, é que Tommy resolveu se interessar pelo negócio da família, ao contrário de mim, ele realmente fez a faculdade de administração e expandiu a Global Merlyn para outros estados, agora ele estava voltando de NY o que me deixa animado.

̶  Ollie. – observei o homem entusiasmado sair da sala de desembarque empurrando suas bagagens. 

̶  O bom filho a casa torna. – zombei indo até ele, - Como vai, Tommy? – o abracei em cumprimento. 
̶  Louco por um café bem forte. – rimos. 
̶  Oliver, acabei de falar com Felicity e ela... Thomas Merlyn seu desgraçado, que saudades. – Sarah se lançou nos braços dele.
̶  Tampinha. – o observei a rodopiar no ar, a relação deles era linda.
̶  Diga que veio para ficar. – a loira inquiriu curiosa.
̶  Não pretendo ir a lugar algum, mas o que acham de jantarmos juntos para por o papo em dia? Não vejo vocês desde o casamento da tampinha.
̶  Por mim tudo bem, acho que temos muita conversa para por em dia.
̶  Eu só preciso avisar ao Ray, que por sinal te mandou um abraço. – falou já sacando o telefone do bolso.
̶  Tinha minhas dúvidas se ele sobreviveria a você. – Tommy caçoou recebendo uma língua malcriada em resposta.
̶  Você fez falta irmão. – confessei tocando seu ombro.
̶  É bom estar em casa.


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Notas finais do capítulo

E ai? Eu sei que ta pequeno, prometo um maior no próximo. Aliás, a rainha vem no próximo pov, então fiquem atentas ;)



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