Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke
Pov. Conrad:
—Não quero ir papai.- Connie pediu revirando seu cereal enquanto tomávamos café da manhã em meu apartamento.
Havia decidido que era hora de levar Connie a uma psicóloga infantil, já que toda vez que tocava no assunto do acidente ela começava a falar com Mel, a sua boneca, e me ignorava completamente.
—Por que não amor? - questionei desviando a atenção do meu café para vê-la.
—Por que não quero lembrar do que houve. Mel e eu sempre ficamos tristes quando lembramos.- ela sussurrou com a voz chorosa.
—Vem cá com papai, meu cupacke.- pedi me afastando da mesa para que ela pudesse sentar em meu colo.
—Sei pelo que está passando amor.- sussurrei acariciando seus cabelos enquanto olhava em seus olhos.
—Sabe como?
— Perdi meus pais em um acidente de carro também.
— Sinto muito. Você também era pequenininho como eu?
—Não. Eu era um pouco maior que você, mas a dor é a mesma. Foi difícil para mim e ainda é, mas minha psicóloga me ajudou na época.
—Ás vezes acho que eles morreram por minha causa.- ela sussurrou enquanto desviava a atenção para Mel que estava em seu colo.
—Claro que não meu bebê. Foi um acidente. Um motorista bêbado atingiu o carro deles, você não teve nada a ver com o acidente.- assegurei sério.
—Tem certeza papai?
—Tenho.- assegurei e ela levantou os olhos para me ver.
—O senhor vai estar lá? - ela questionou insegura e sorri suave.
—Não me vejo em outro lugar que não seja ao seu lado.- prometi e Connie sorriu antes de me abraçar com força.
Assim que terminamos de tomar café peguei a chave do meu carro e fui para a garagem indo em direção ao meu Land rover branco. O caminho até o consultório da Dra. Valera foi calma e percebi pelo retrovisor que minha filha estava insegura por ter que falar com alguém sobre o acidente.
—Conrad é bom vê-lo.- a Dra. Valera disse assim que entrei em sua sala de mãos dadas com Connie.- Como está meu querido?
—Muito bem doutora.- disse suave antes dela voltar sua atenção para Connie.
—Mas que linda menininha. Como se chama querida? - ela perguntou amável para Connie que se escondeu atrás de mim.
—Papai, quero ir embora.- Connie sussurrou chorando e a peguei no colo.
—Vai ficar tudo bem amor.- sussurrei acariciando suas costas de leve já que Connie havia escondido seu rosto em meu peito.
A Dra. Valera já havia me explicado por telefone que talvez Connie não quisesse falar, e que se ela manifestasse tal atitude não deveríamos força-la a nada, quando ela se sentisse segura iria falar.
—Foi um prazer conhece-la princesa.- a Dra. Valera disse amável para minha filha.
—Meu amor, que tal se você me esperasse lá fora com a Mel?
—O senhor vai demorar muito? - ela questionou desviando o rosto do meu peito e enxuguei algumas lagrimas que ainda estavam em seu rosto.
—Não, serei rápido.- assegurei e ela concordou antes de colocá-la no chão.
Assim que se viu livre Connie correu para fora da sala como se estivesse sendo perseguida.
—Isso é normal querido. Ela passou por muita coisa.- Dra. Valera disse assim que a porta se fechou.
—Não queria que ela passasse por isso.
—Eu sei disso. E como você está lidando com isso tudo? - ela questionou e sorri suave.
—Não sou mais seu paciente Dra. Valera.- a lembrei em um tom brincalhão e ela sorriu.
—Sei disso. Mas convivemos por muito tempo, então me sinto como sua avó. E agora me vejo como bisavó da sua filha.- ela disse dando de ombros e suspirei antes de me sentar no sofá e colocar a cabeça entre as mãos.
—Não sei como ajudar a minha própria filha. Como posso ajuda-la se nunca conseguir me desculpar pelo acidente.- sussurrei com pesar e senti a Dra. Valera se sentar ao meu lado antes de acariciar meu cabelo de leve.
—Sempre soube que você ainda se culpava. E sempre lhe disse que a culpa não foi sua. Mas só você pode julgar se é culpado ou não, assim como sua filha deve jugar se está pronta para querer ajuda.- ela aconselhou e levantei a cabeça para olhá-la nos olhos.
—Obrigado pelo conselho Dra. Valera.- disse agradecido ela sorriu.
—É para isso que servem as avós. E não desista de trazer a Connie aqui, em alguém momento ela irá se abrir. Talvez, ela seja igual ao pai, que demorou sete sessões para se abrir comigo.- ela comentou e sorrimos.
—É quem sabe.
—Me dê um abraço garoto.- ela disse amorosa e sorri antes de abraça-la com força.
Para mim a Dra. Valera era muito mais que minha antiga psicóloga.
Ela era como uma segunda avó para mim.
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Passaram- se algumas semanas até que o juiz me intimasse para o veredito sobre o julgamento da guarda de Connie, na qual tive que lutar contra os pais do noivo de Lucy já que a avó materna abriu mão de Connie.
Estava andando de um lado para o outro no corredor do juizado de menores a espera de César que não estava em lugar nenhum. Tive que deixar o caso mais importante da minha vida nas mãos do segundo melhor do meu consultório, pois os pais de Tyler alegaram que eu como um renomado advogado com um nome respeitável e temido em NY poderia influenciar o veredito. O que era um absurdo.
—Ótimo é isso que dá deixar coisas importantes para terceiros. - resmunguei furioso enquanto pegava meu celular a procura do número de Cesar.
—Me desculpe o atraso Dr. Labonair, mas o transito de NY está uma loucura. - uma morena disse se aproximando de mim e desviei os olhos do celular para olhá-la.
—Quem é você? - questionei confuso e ela sorriu.
—Sou a Dra. Michele Alonzo, sou assistente do Dr. Cesar. Ele não veio por que está doente. - ela explicou suave e segura.
A olhei de cima a baixo e percebi o quanto ela era bonita
—Certo.- disse tentando manter meu lado “pegador” controlado.
Afinal, era o futuro da minha filha em jogo e não poderia estraga-lo por um par de pernas bastante atraentes.
Talvez, mais tarde.
— Você já está a par do processo? - questionei tenteando ser profissional.
—Sim, não se preocupe doutor. - ela disse segura e concordei.
—A promotoria já foi avisada da mudança? - questionei enquanto caminhávamos em direção a sala de julgamento.
—Sim senhor.
—Por favor, me chame de Conrad. Afinal, temos a mesma idade.- pedi sorrindo e ela sorriu suave.
— Então me chame de Michele, por favor.- ela disse antes de entramos na sala.
Fomos em direção aos nossos lugares esperando pelo juiz que entrou em seguida.
— Todos de pé para receber o Juiz Harrison.- o assistente da promotoria pediu e todos ficaram de pé para recebermos os Juiz.
— Sentem-se por favor. Veredito do processo 356 sobre a guarda da menor Connie Norris. Diante da afirmação da mãe da menor, do sinal de nascença e do teste de DNA e também da recusa da avó materna em possuir a guarda da menor assim como o desejo dos avós adotivos de possuírem a guarda. Concedo a guarda definitiva da menor Connie Norris a seu pai biológico Conrad Labonair, e o direito a visitas aos avós adotivos se a menor em questão desejar. Caso encerado.- o juiz disse e bateu o martelo.
Agora sim Connie era minha filha legalmente.
—Obrigado por tudo Dra. Alonzo. - disse assim que saímos da sala.
—Não há o que agradecer.
— Minha avó fará um jantar para comemorar a guarda definitiva de Connie e gostaria muito que você fosse.
—Estarei lá. - ela disse e sorri.
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—Então, você foi para a audiência da guarda da sua filha e arrumou uma ficante?!- Ang questionou enquanto tomávamos champanhe.
—Não é uma ficante, é apenas uma conhecida. E não é por que sou pai agora que vou esquecer minhas “necessidades”. - disse e ela revirou os olhos.
— Só que agora você tem a Connie e se ela se apegar a uma de suas “amigas” ?! Como ela irá ficar se você as dispensar?!
—Odeio quando você tem razão. - disse e tomei meu champanhe antes de ver Michele na porta. - Ela chegou, como estou?
—Normal. - ela disse obvia.
—Obrigado pela sinceridade. - resmunguei e ela sorriu enquanto eu ia até Michele.
—Que bom que você veio, e você está linda. - disse e sorri sedutor.
Nenhuma mulher resistia ao meu sorriso sedutor.
— Obrigada, e eu prometi que vinha. E então... O que tem de bom para beber? - ela questionou sedutora e sorri.
Essa noite prometia.
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—Bonito Conrad, passando a noite fora. - minha avó disse assim que entrei em sua casa.
—Bom dia vó. - disse e lhe dei um beijo. - Minha filha dormiu bem?
—Dormiu, e o que você fez a noite toda? - ela questionou e sorri malicioso.
—Você quer mesmo saber vó?!- questionei malicioso enquanto me sentava para tomar café.
—Vai tomar um banho garoto antes que sua filha acorde, ela não pode ver o pai com cara de quem passou a noite toda na orgia. - vovó disse me levantando da mesa enquanto eu ria.
Depois que estava devidamente banhado e arrumando fui acordar a minha filha preguiçosa.
—Hora de acordar meu cupacke. - sussurrei em seu ouvido e ela reclamou sonolenta o que me fez sorrir.
—Papai. - ela sussurrou dengosa abrindo os olhos para me ver e lhe dei um beijo de bom dia.
—Como passou a noite filha? Espero que tenha gostado do seu quarto na casa dos seus bisavôs. - disse acariciando seus cachos loiros.
—Gostei pai, mas senti sua falta. Não consegui dormir depois que você saiu, então a tia Ang me contou historias até que eu dormisse.
—Papai promete que não vai mais dormir fora de casa.- ela pediu suave.
—Prometo filha. - prometi e lhe dei um beijo antes de fazê-la levantar para tomar seu café.
Pov. Angélique:
—Tudo bem, qual foi à crise? – questionei preocupada assim que parei ao lado de Conrad que estava vendo Connie brincar no carrossel.
Conrad me ligou dizendo que precisava conversar, então dei a ideia de irmos ao parque. Afinal, Connie precisava se divertir e nós também.
—Lembra da Michele? - ele questionou enquanto me dava minha pipoca que estava à minha espera.
—A última com quem você transou? - questionei e ele concordou.
—É. Me senti tão culpado quando Connie me disse que não dormiu direito ontem à noite. Não consigo mais passar a noite fora, acho que vou acabar entrando em um celibato. - ele se queixou comendo pipoca e sorri.
—Não exagera, se você quiser posso tomar conta dela enquanto você se “alivia”.
—Nem pensar. Peter já me odeia, e se ele se souber que você vai ficar com a minha filha enquanto transo por ai vai ficar maluco. Dessa vez vou ser responsável e não ficar jogando minhas responsabilidades para os outros.
—Estou tão orgulhosa de você. Está se tornando adulto tão rapidamente. - disse orgulhosa e ele corou.
—Por favor, Ang.- ele pediu corado e lhe dei um beijo na bochecha enquanto entrelaçava meu braço ao seu.
—Pai, posso ir ao carrinho de bate-bate?! - Connie pediu assim que veio correndo ao nosso encontro.
—Claro que pode. Que tal se fossemos nós três? - Conrad sugeriu e sorri aceitado enquanto íamos para o brinquedo.
Passamos a tarde toda brincando no parque, Conrad me deixou em casa antes de ir para sua colocar uma Connie totalmente apagada na cama.
—Você demorou. - Peter disse assim que entrei.
—Fui ao parque de diversões com Conrad e Connie e você chegou cedo hoje. O que houve? - questionei tirando meu casaco.
—Resolvi pedir o jantar no seu restaurante preferido por que queria ter uma noite romântica com você. Mas acho que a comida já esfriou então... - Peter disse e tirou uma caixa de veludo do bolso do casaco. - Angélique, você quer se casar comigo?
E eu fiquei ali, sem saber o que dizer olhando do solitário para Peter que esperava ansioso pela resposta.
—Angélique? - ele questionou ansioso esperando pela reposta e sorri suave.
—Sim.- disse antes de ser beijada por ele.
Mas algo dentro de mim me dizia que essa não deveria ser a resposta para a sua pergunta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Imagens do capitulo:
Dra. Valera:
http://images6.fanpop.com/image/photos/34100000/Castle-Season-3-Cast-Promo-Photos-susan-sullivan-34169538-2250-3000.jpg
Michele:
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Anel de noivado de Ang:
http://www.poesie.com.br//uploads/aneis_de_noivado/75/Anel-de-Noivado-Uni-Ouro-18K-Diamante-I.jpg