Porto-Seguro - Corações Incompletos I escrita por Bia Zaccharo


Capítulo 23
Uma Reconciliação




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—Ana. —Olho para a porta e vejo papai saindo. Ele me abraça e eu sinto um alívio imenso. —Onde está o Christian?
—Ele foi embora. —Digo abaixando o olhar.
—Entendo. Você pode ir sozinha? Ou prefere que eu te leve.
—Eu estou bem, mas preciso pegar algumas roupas.
—Faça isso depois querida.
—Ele morrou? —Pergunto olhando nos olhos de papai.
—Sim.

Fecho os olhos e apenas balanço a cabeça.
Pego Pheobe no colo e el me abraça.

—Eu te vejo em casa.
—Até lá querida.

Entro no carro com Pheobe e os cachorros e nós vamos para casa dos meus pais.

Assim que chego em casa Fadinha e Floquinho vão para dentro de casa correndo, pego Pheobe e vou atrás deles, mas quando chego vejo os dois parados em frente à mamãe que tem um olhar de espanto no rosto.

—Espero que haja uma boa explicação para isso. —Mamãe diz olhando o sangue nos cachorros.
—Eles atacaram o Josh. —Sussurro.
—O Josh? —Mamãe quase grita.
—Ele entrou em casa e tentou me machucar, mas os cachorros me defenderam.
—Depois você me explica isso, vai tomar um banho que eu vou mandar os empregados darem banho neles.
—Ok. —Sussurro. Mamãe se aproxima e dá um beijo em mim e outro em Pheobe, depois leva os cachorros para tomarem banho.

Já são onze horas da noite. Pheobe está deitada ao meu lado sobre a cama dormindo tranquilamente, bem, agora ela está tranquila, a menina chorou o dia inteiro chamando o "papai".
Meu celular começa a tocar e eu vejo que é Grace.

—Grace?
—Oi, Ana, sua mãe me contou o que aconteceu com você. —Ela diz num tom preocupada. —Como você está?
—Agora eu estou bem.
—Que bom. Então, é que já está um pouco tarde, e o Christian ainda não voltou para casa. Você sabe onde ele está?
—Como assim não voltou? —Sento-me com o coração acelerado.
—Ele saiu e não disse onde ia, eu pensei que ele estava com você.
—Não. Ele não está, eu não o vejo desde o ocorrido, ele saiu com a moto, e eu não sei onde ele está.
—Ah meu Deus. —Grace diz preocupada.
—Você já tentou o celular dele?
—Já, ele não atende. —Pelo tom de Grace acho que ela está chorando.
—Grace fica calma, você quer que eu vá ficar ai?
—Não precisa querida, está tarde, só me avise se souber de algo.
—Está bem.

Desligo o celular, mas estou muito nervosa, tento ligar para Christian, mas ele não atende.
Merda!
Onde esse idiota foi se meter?
Meu celular começa a tocar e eu vejo a foto de Christian aparecer na tela.

—Christian. —Digo.
—Ana. —Ele diz baixinho e acho que está bêbado.
—Onde você está?
—Você se importa?
—Você acha que eu estaria chorando se não me importasse?
—Eu não gosto de te ver chorar.
—Então me fala onde você está, por favor.
—Eu não sei onde estou... Roubaram minha moto.
—Ah meu Deus! Olha, eu vou te buscar, mas eu preciso do endereço daí.
—Eu não quero que você venha.
—Para com isso. —Digo entre lágrimas. —Eu te amo e não vou te deixar sozinho.
—Me ama?
—Você sabe que sim, agora tenta achar algum ponto de referência. E rápido, a Pheo está dormindo e se ela acordar e não te ver aqui ela vai entrar em desespero.
—Ela quer me ver?
—Sim bebê, ela passou o dia inteiro te chamando. Mas chega de mudar de assunto, onde você está.
—Eu vou perguntar. —O telefone fica mudo por alguns minutos e logo Christian volta. —Eu estou em um posto de gasolina, perto de Portland.
—Me passa o endereço.
—Anota ai.
—Pode falar. —Digo com o papel e a caneta na mão. Anoto o endereço e arranco a folha. —Promete que não vai sair daí?
—Prometo.
—Eu te amo.
—Eu também te amo baby.

Cubro Pheobe e a ajeito na cama.

—Floquinho, Fadinha, cuidem dela.

Os dois sobem na cama e deitam ao lado da Pheobe, pego as chaves do meu carro e meu celular, aviso mamãe que vou sair e saio.

A viagem leva bastante tempo por causa da chuva, mas logo avisto o posto de gasolina e vejo Christian sentado no meio-fio. Estaciono o carro e desço correndo, ele se levanta e eu o abraço.

—Não suma mais desse jeito. —Digo chorando contra seu peito.
—Desculpa baby. —Christian sussurra me apertando.
—Eu te amo. —Olho em seus olhos e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.
—Eu também te amo. —Ela diz e enxuga minhas lágrimas.
—Vamos para casa.
—Para a nossa?
—Não... —Sussurro. —Nós temos que pegar nossa filha primeiro.

Christian sorri e beija minha testa.
Nós entramos no carro e eu obrigo Christian à ligar para Grace, vou dirigindo enquanto ele vai falando com a mãe que está dando gritos estéricos no telefone.

Levamos mais algumas horas para chegar em casa, e quando chegamos Christian já dormiu por causa do alcool.
Sorrio e acaricio seu rosto, ele solta um gemido baixinho.

—Chegamos. —Digo beijando seu pescoço e posso ver um arrepio dominá-lo.
—Hum... —Ele murmura. —Já?
—Sim.

Desço do carro e ele desce logo em seguida, nós entramos em casa e vamos para o meu quarto.
Pheobe está dormindo abraça com os cachorros, Christian se aproxima e senta ao lado dela, ele acaricia o rosto da pequena e ela abre os olhinhos.

—Papai. —Pheobe diz rouca pelo sono.
—Oi querida.
—Você veio me ver. —Ela sorri e fecha os olhos de novo.

Christian da um beijo nela e eu fico toda boba com a cena.
Aproximo-me de Christian e ele se levanta me abraçando.

—Toma um banho comigo Srta. Steele?
—Será um prazer Sr. Grey.


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